“O CONSOLADOR E O DISCIPULADO”


LIÇÃO 12 – 16 DE SETEMBRO DE 2012


TEXTO ÁUREO
“E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo”. Jo 16.8
8. Convencerá o mundo. Convencer e condenar. O Espírito tinha de vir primeiro para os discípulos  (veja final do v. 7), e através deles assumiria a tarefa de convencer os homens. Num certo sentido este ministério está em correlação com a atividade de perseguição do mundo.
O mundo poderá dar a impressão de fazer incursões na Igreja, mas já um contra-ataque na obra do Espírito, com o intuito não de ferir, mas de converter, ou de pelo menos convencer. O Espírito, operando através dos apóstolos, produziu convicção do pecado na própria cidade onde Jesus fora condenado à morte (Atos 2:37). (Comentário Bíblico Moody – João)

VERDADE APLICADA
As obras do Consolador são a continuidade daquilo que Jesus fez por meio da Igreja.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
      Mostrar que o Espírito Santo continua o que Jesus realizou através da Igreja;
      Relembrar como o Espírito atua no cristão na obra da evangelização;
      Apresentar suas ações na vida das pessoas não cristãs.

GLOSSÁRIO
Compungir: causar a, ou sentir enternecimento; sensibilizar (-se);
Preliminarmente: que antecede (o principal); prévio, preambular, introdutório;
Tabernáculos: santuário portátil onde os hebreus guardavam e transportavam a arca da aliança e demais objetos sagrados.

Textos de Referência

Jo 16.7      Todavia, digo-vos a ver­dade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consola­dor não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.
Jo 16.12    Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.
Jo 16.13    Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
Jo 16.14    Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
Jo 16.15    Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar. Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora;

INTRODUÇÃO
Nos momentos finais de sua carreira ministerial, quando Jesus começava a se despedir desta vida com os seus discípulos, pois sabia que a hora de sua partida deste mundo se aproximava, dedicou esses últimos momentos a eles, ensinando-lhes preciosas lições e intercedendo por eles. Exemplo que jamais deveria ser esquecido por seus seguidores. Depois de ter-lhes falado sobre a importância de estarem conectados a Ele passou a falar-lhes da obra do Consolador, que o substituiria neste mundo e a Sua missão, e é o que veremos a seguir.

1. OBRAS DO CONSOLADOR EM RELAÇÃO A CRISTO
A obra de Jesus se dividia em vários aspectos, é necessário entender os principais, a fim de entendermos a missão do Consolador, o Espírito Santo. Jesus, no seu ministério público, profético e salvador, em linhas gerais pregava, ensinava, operava curas e milagres e discipulava. Embora o Senhor tivesse um público certo e numeroso ninguém discorda que Ele se dedicou mais integralmente aos seus discípulos, do que qualquer outra coisa, visto que eles continuariam a sua obra após sua partida deste mundo, então eles agora precisavam contar com a ajuda de um outro Consolador, como veremos a seguir.

1.1. Substituir a Cristo (Jo 16.7)
E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. (Rm 8:26)
26. Semelhantemente, o Espírito ajuda nossa fraqueza. A fraqueza mencionada é a nossa incapacidade de analisar situações e orar inteligentemente sobre elas. Sabemos que esta é a fraqueza mencionada por causa da frase seguinte. Dá-se que o Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis. Às vezes não conseguimos orar porque as palavras não podem expressar a necessidade que sentimos. A ação do Espírito com gemidos inexprimíveis mostra como Deus penetra em nossa experiência através do Se Espírito. (Comentário Bíblico Moody – Romanos)

7. Vos convém que eu vá. A desvantagem em termos de separação e tristeza seria ultrapassada pelo lucro ocasionado pela vinda do Consolador (ajudador). Só é preciso que se comparem os discípulos do final do ministério de Jesus com esses mesmos homens depois da vinda do Espírito para ver como desenvolveram grandemente sua compreensão e eficiência no serviço. 
Se eu não for, o Consolador não virá (cons. 7:37-39). Isto não é um sinal de hostilidade ou inveja entre o Filho e o Espírito. Na verdade, o Espírito veio sobre Cristo para lhe dar poder para a Sua obra; e logo viria sobre os seguidores de Cristo, como que compensando a perda da presença pessoal do Senhor.

14.16. Esses mandamentos só podem ser guardados no poder do Espírito Santo, chamado aqui o outro Consolador. Uma tradução melhor neste ponto seria Ajudador. A palavra outro coloca o Espírito em pé de igualdade com Jesus (cons. Fl. 4:13). No Espírito temos mais do que um ajudador ocasional – a fim de que fique convosco para sempre. (Comentário Bíblico Moody – João)

Quando Jesus estava ensinando Seus discípulos, preparando-os para o que Ele sabia ser o fim, Seu coração estava preocupado com eles, porque sabia que eles estavam confusos e tristes. Posso imaginá-Lo indo de um em um, pondo seu braço ao redor do ombro deles. A cada um ele explicava em palavras simples, assim como nós o fazemos com nossas crianças, as verdades importantes que queria que eles entendessem. A certa altura Ele disse: "Agora vou para junto daquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais? Pelo contrário, porque vos tenho dito estas coisas, a tristeza encheu o vosso coração. Mas eu vos digo e verdade: Convém-vos que eu vá, porque se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei" (João 16:5-7).
Isto é uma promessa! A vinda do Espírito estava baseada sobre a palavra do Senhor Jesus Cristo. Não foram estabelecidas condições, Jesus me disse que enviaria o Consolador (ou "Ajudador") a alguns crentes, e não a outros. Nem disse que deveríamos pertencer a alguma organização especial ou estar mais alto na escala de espiritualidade do que outros. Ele disse especialmente: "Se eu for, eu vo-lo enviarei." (O  ESPÍRITO  SANTO - Billy Graham)

1.2. Representar a Cristo (Jo 16.13)
Jl 2.28. Derramarei o meu Espírito. Com grande abundância (Calvino). O Espírito é o princípio da vida no homem (com. Gn. 1:2; Jó 33:4), o poder invisível para o qual revertem todas as ações externas, e que concedeu aos heróis de Israel energia guerreira (por exemplo, Juízes 3:10; 11:29). O Espírito produz poder profético em sua forma mais elevada e mais simples (I Sm. 10:6, 10; 19:20; Is. 61:1). Toda a carne. Não os animais, mas  toda a humanidade profetizará, sonhará, terá visões. Nesta futura manifestação do Espírito, nenhuma distinção será feita com base em sexo, idade ou posição; mas ela será feita, nos diferentes métodos pelos quais a revelação for recebida e o dom profético exercido. Isto é, seus filhos, filhas, pessoas idosas e jovens receberão o Espírito do Senhor com todos seus variados dons. Profetizarão. Virão a serem "órgãos da revelação divina" diante de todas as nações! (Comentário Bíblico Moody – Joel)

13a. A comunicação dessas coisas podia ser seguramente adiada até que viesse o Espírito da verdade, que é um professor tão eficiente quanto o próprio Senhor. 
Toda a verdade. Não a verdade em todos os ramos do conhecimento, mas a verdade nas coisas de Deus, num sentido mais restrito, as coisas que nós chamamos de espirituais (cons. I Co. 2:10).  (Comentário Bíblico Moody – João)

1.3. Trabalho profético e de glorificação (Jo 16.13b, 15)
13b. Não falará por si mesmo. Ele não tentaria ensinar coisas de Sua própria invenção, mas tal como o Filho (15:15), transmitiria aos homens o que lhe fora dado por Deus Pai. Uma só fonte garante unidade de ensinamento. Em última análise os crentes são ensinados por Deus (I Ts. 4:9). 
As coisas que hão de vir. A volta de Cristo e os acontecimentos concomitantes podiam estar em vista, mas antes deles, a morte e a ressurreição de Jesus e suas consequências, aquelas coisas sobre as quais os discípulos tropeçaram quando Jesus lhes falou sobre elas.

15. Uma vez que as coisas de Cristo incluem as verdades referentes ao Pai e Seus conselhos, quando o Espírito comunica as coisas de Cristo comunica toda a verdade. 
Logo a seguir o Senhor lidou com as compensações que aliviariam a dor ocasionada com a Sua partida. Essas incluíam a promessa de que os discípulos o veriam novamente (v. 16); sua alegria em vê-lo (v. 22); o privilégio da oração (vs. 23, 24); aumento de conhecimento (v. 25); e o amor sustentador do Pai por eles (v. 27). (Comentário Bíblico Moody – João)

2. OBRAS DO CONSOLADOR NO DISCÍPULO DE CRISTO
De certa forma, já adiantamos esse assunto no tópico anterior, pois quem representa alguém, o faz diante de outra ou outras pessoas. Mas trataremos especificamente da obra do Espírito na Igreja cristã, com enfoque na grande comissão. Comissão é formada por duas palavras, “co” que significa junto ou em comum; e missão, incumbência, encargo, dever a cumprir. Logo, comissão é dever a “cumprir junto, em comum” que é um aspecto da obra de expansão do Reino de Deus aqui na terra.

2.1. Sua presença (Jo 14.16-17)
Eu rogarei ao Pai, Aqui Jesus esta assumindo a responsabilidade de se tornar o mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5), e pela minha mediação e intercessão todas as bênçãos da graça deverão vir até vocês (Rm 8.34; Hb 7.25)
Outro, não eu, mas outra pessoa divina. Consolador, Gr. Parakletos “consolador, advogado” vemos em (Jo 14.16,26; 15.26; 16.8; 1 Jo 2.1). Significa aquele chamado para ajudar ou consolar. O Espírito é nosso Advogado ou Ajudador na terra, e Cristo é nosso Advogado ou Ajudador no céu.
Para sempre, não somente até o arrebatamento ou outra época quando, então, ele será retirado do mundo. Ele nunca deixará o mundo. Estará aqui durante a tribulação, o Milênio e para sempre (At 2.16-21; Ap 7.14; 12.17 com 19.10; Zc 12.10). O Espírito Santo deixar o mundo significa a anulação dos eternos benefícios do N.T. para os homens. Isto é inconcebível e nega as Escrituras. A única passagem sugerida como prova para tamanha mentira é (2Ts 2.7
O mundo não pode receber Gr. Kosmos, o mundo social; os não salvos não podem recebê-lo. Portanto, não são todos os homens que possuem o Espírito Santo (Rm 8.9, 14-16; Gl 4.6; 1 Co 3.16,17).
Porque não o vê, a razão por que os não salvos não possuem o Espírito Santo. Eles se recusam a “vê-lo”, compreendê-lo (1Co 2.14) ou conhecê-lo por intermédio do evangelho, permitindo sua obra em suas vidas. (Jo 1.12; 3.5,16-20,36; 5.24; 16.7-15)
Vós o conheceis, vocês (os discípulos) o conhecem, ou o têm experimentado, porque ele habita em vocês em certa medida, e virá em suas vidas em toda a sua plenitude quando forem batizados no Espírito (daqui cerca de 50 dias; Jo 7.37-39; Lc 24.49; At 1.4-8) (Bíblia de Estudo Dake)

2.2. Seu testemunho (Jo 15.26-27)
26, 27. Os discípulos não teriam de enfrentar o mundo sozinho. Teria um ajudador divino, o Espírito da verdade. Ele traria à baila a verdade sobre a condição pecadora dos homens e a verdade sobre Cristo, o remédio para esse pecado. O Espírito viria em dupla missão, por assim dizer, sendo enviado do Filho pelo Pai, a fim de testificar de Cristo (cons. 16:7-13).  E vós também testemunhareis. Provavelmente mais indicativo que imperativo. Do ponto de vista da associação com Jesus, a qual lhes deu o conhecimento necessário para um testemunho válido, já estavam qualificados, uma vez que estiveram com Ele desde o princípio - o começo do seu ministério. Mas, para vigorar, seu testemunho tinha de se juntar ao do Espírito operando neles e através deles (cons. Atos 5:32). (Comentário Bíblico Moody – João)

2.3. Guiar a toda verdade (Jo 16.13)
13. A comunicação dessas coisas podia ser seguramente adiada até que viesse o Espírito da verdade, que é um professor tão eficiente quanto o próprio Senhor. 
Toda a verdade. Não a verdade em todos os ramos do conhecimento, mas a verdade nas coisas de Deus, num sentido mais restrito, as coisas que nós chamamos de espirituais (cons. I Co. 2:10). 
Não falará por si mesmo. Ele não tentaria ensinar coisas de Sua própria invenção, mas tal como o Filho (15:15), transmitiria aos homens o que lhe fora dado por Deus Pai. Uma só fonte garante unidade de ensinamento. Em última análise os crentes são ensinados por Deus (I Ts. 4:9). 
As coisas que hão de vir. A volta de Cristo e os acontecimentos concomitantes podiam estar em vista, mas antes deles, a morte e a ressurreição de Jesus e suas consequências, aquelas coisas sobre as quais os discípulos tropeçaram quando Jesus lhes falou sobre elas. (Comentário Bíblico Moody – João)

3. OBRAS DO CONSOLADOR NOS NÃO DISCÍPULOS
São muitas as obras do Espírito Santo junto ao homem natural até que ele venha tornar-se uma nova criatura em Cristo, mas aqui nos prenderemos a algumas principais abordadas no Evangelho de João. De acordo com esse Evangelho, o Consolador testifica de Cristo aos homens por meio da Igreja; Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; para em seguida levá-lo ao arrependimento e a conversão total ao Senhor Jesus.

3.1. Testemunhar Cristo (Jo 15.26-27)
Às vezes nós nos sentimos confusos, depois de aceitar a Cristo como Salvador, porque muitas das velhas tentações não desapareceram. Ainda pecamos. Às vezes "explodimos". Orgulho e inveja ainda tomam conta de nós de vez em quando. Isto não só nos deixa confusos, mas nos desencoraja, e pode nos deixar deprimidos espiritualmente. Talvez até tenhamos algum pecado "insistente", que nos assedia, e que parece que não somos capazes de vencer.
Mas no momento em que você e eu recebermos a Cristo e fomos regenerados pelo Espírito Santo, você e eu recebemos uma nova natureza, de forma que agora temos duas naturezas. A velha natureza é do nosso primeiro nascimento; a nova natureza é do novo nascimento. Pela velha, somos filhos da carne; pela nova, filhos de Deus. É por isto que Jesus disse a Nicodemos que "Vocês precisam nascer de novo".
Seja qual for o problema, sempre que a natureza velha se manifesta em nós, um crente novo pode duvidar se realmente foi regenerado. Satanás quer que nós duvidemos da realidade da nossa salvação – o que na verdade é duvidar da Palavra de Deus. Falarei mais extensamente sobre a certeza da nossa salvação em outro capítulo, mas a esta altura precisamos nos lembrar que o Espírito Santo também nos dá a certeza de que nascemos de novo e nos tornarmos membros da família de Deus. "E o Espírito Santo também nos dá testemunho" (Heb. 10:15). Sabermos, pela Palavra escrita de Deus e pela atuação silenciosa do Espírito em nossos corações, que nascemos de novo – apesar das acusações de Satanás. "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus" (Rom. 8:16). (O  ESPÍRITO  SANTO - Billy Graham)

O Espírito Santo não é somente nosso selo e penhor, mas também é o testemunho dentro de nós, dando-nos certeza da realidade da nossa salvação em Jesus Cristo. Jesus falava pessoalmente com Seus discípulos e lhes transmitia segurança enquanto estava com eles. De maneira semelhante o Espírito Santo testemunha aos e nos corações de todos os crentes verdadeiros. Diversas passagens do Novo Testamento tocam neste assunto.

Em 1º lugar a Escritura ensina que o Espírito Santo é testemunha do caráter decisivo e da suficiência da expiação de Jesus Cristo. Lemos isto em Hebreus 10:15-17, onde o autor bíblico contrasta a ineficácia dos sacrifícios levíticos que sempre se repetiam com o sacrifício de Cristo, que foi oferecido um por todos e de uma vez por todas. Nunca a nossa consciência receberia alívio completo do peso do pecado por sacrifícios de animais, Por outro lado, "com uma única oferta (Jesus Cristo) aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados. E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo" (Heb. 10:14,15). Este testemunho está ligada a Jeremias 31: "Perdoarei as suas iniqüidades e dos Seus pecados jamais me lembrarei" (v. 34). Já que este testemunho está impresso na Palavra escrita de Deus que nunca muda, o conforto que ele nos dá nos liberta do medo através de cada mudança dos tempos.

Em 2º lugar a Escritura ensina que o Espírito Santo nos dá testemunho de que nós nos tornamos filhos de Deus, pela fé em Jesus Cristo e no que Ele fez na cruz. "O próprio Espírito testifica com o nosso Espírito que somos filhos de Deus" (Rom. 8:16). Nós não só fomos salvos e batizados no corpo de Cristo, mas também fomos adotados na família de Deus. "E, porque vós sois filhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus" (Gál. 4:6, 7). Nós podemos exclamar: Aba, Pai, porque o Espírito testifica que nós somos filhos de Deus. Esta é a Carta Magna da libertação do cristão do poder do pecado para os privilégios e a riqueza de Cristo. A declaração de que nós somos filhos é repetida muitas vezes. Você e eu deveríamos untar todo dia : "Eu sou filho do Rei".
C. S. Lewis escreveu sobre o relacionamento pessoal entre o cristão e Deus nestes termos: "Colocar-nos num nível pessoal com Deus, sem autorização, é em si nada mais que presunção e ilusão. Mas a Bíblia nos ensina que é Deus que nos coloca nesta posição. Porque é pelo Espírito Santo que nós clamamos 'Pai'. Descobrindo e confessando nossos pecados e 'fazendo conhecidos' os nossos pedidos, nós assumimos a alta posição de pessoas diante dEle. E Ele, descendo, Se torna Pessoa para nós."4
Assim, o cristão tem no Espírito Santo uma testemunha dentro dele. "Aquele que crê no Filho de Deus tem em si o testemunho" (1 João 5:10). Ninguém mais se lembrará dos nossos pecados. A família celestial nos adotou, O Espírito dá testemunho de que como crentes no Senhor Jesus Cristo nós temos vida eterna.

Por último, a Escritura ensina que o Espírito Santo dá testemunho da verdade de cada promessa que Deus nos faz em Sua Palavra. O Espírito, que inspirou a Palavra escrita de Deus, também atua em nossos corações para nos dar a certeza de que as promessas são verdadeiras e que valem para nós. Nós sabemos que Cristo é nosso Salvador porque a Bíblia o diz e o Espírito o confirma. Nós sabemos que nos tornarmos filhos de Deus porque a Bíblia o diz e o Espírito novamente é quem nos dá a certeza disto. "Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (João 16:13). "A tua palavra é a verdade" (João 17:17). (O  ESPÍRITO  SANTO - Billy Graham)

3.2. Convencer o mundo (Jo 16.8-11)
A obra do Espírito no mundo é dupla. Em primeiro lugar, Ele veio para convencê-lo do pecado, da justiça e do juízo (João 16:7-11). A Bíblia ensina, todos nós sabemos isto de experiência própria, que todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus (Rom. 3:23, BLH). Um pecador não pode herdar a vida eterna. Todos que nasceram neste mundo revivem a queda de Adão. Todos nascem com a semente do pecado dentro de si, e ao chegarem à idade responsável não tardam a ser culpados de multidão de pecados. Há diferença entre pecado e pecados. O pecado é a raiz, os pecados são os frutos.
Pode ser que alguém não esteja consciente de que seu maior problema é o pecado, ou que o pecado o separou da comunhão com Deus. Por isso é tarefa do Espírito Santo perturbá-lo e convencê-lo do seu pecado. Ele não pode experimentar a salvação sem que isto aconteça. Nas concentrações das nossas cruzadas eu tenho visto pessoas erguerem seu punho para mim enquanto eu pregava. Eles não estavam hostilizando a mim, tenho certeza, mas o Espírito Santo os tinha convencido. Muitas vezes estas pessoas depois vêm para aceitar a Cristo.
O Espírito Santo não só convence de pecado, Ele convence as pessoas também que Jesus é a justiça de Deus. Ele mostra aos pecadores que Jesus é o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém vem ao Pai a não ser por Ele.
O Espírito Santo também convence o mundo do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado, e todos os que recusarem a oferta de vida eterna que Deus faz também serão julgados. Quando o apóstolo Paulo falando do que Cristo tinha feita em sua vida, diante de Agripa, disse que na estrada para Damasco, na hora da sua conversão, Deus lhe tinha revelado o tipo do seu ministério. Seria entre os gentios, para "lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que recebam remissão de pecados..." (Atos 26:18, IBB). (O  ESPÍRITO  SANTO - Billy Graham)

3.3. Produzir arrependimento
At 2.37. Os ouvintes de Pedro ficaram convencidos e convictos. Compungiu-se-lhes o coração compreendendo que tinham condenado à morte o Messias de Deus, e conseqüentemente perguntaram o que deviam fazer para se livrarem dessa horrível culpa.
38. Pedro replicou que a misericórdia podia perdoar até mesmo esse pecado. Era preciso que houvesse uma reação dupla: arrepender-se e ser batizado  em nome de Jesus Cristo. Arrepender-se significa dar meia-volta e abandonar seus caminhos pecaminosos, confessando a fé em Jesus como seu Messias. O batismo seria a evidência pública desse espírito de arrependimento. O resultado seria a remissão dos pecados e a recepção do dom do Espírito Santo. A recepção do Espírito Santo não depende do batismo, mas segue-se ao batismo, que é o sinal exterior e visível de um espírito penitente. Na igreja primitiva os convertidos eram batizados sem delongas. Assim o batismo e a recepção do Espírito eram praticamente simultâneos. (Comentário Bíblico Moody – Atos)

CONCLUSÃO
Quanto à grande comissão, que envolve a evangelização e discipulado do mundo, Jesus agora ressuscitado e prestes a retornar aos céus estranhamente não tinha um outro plano, caso os seus discípulos diretos falhassem. Eles não falharam porque o Consolador os assistiu todo o tempo com a Sua presença, com Seu testemunho, com a Sua orientação. Jesus jamais precisaria de um plano B, pois Ele tem a pessoa “C” o Consolador!


Fontes:
Bíblia de Estudo Dake
Revista: JESUS CRISTO – Editora Betel - 3º Trimestre 2012 – Lição 12.

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