LIÇÃO 09 - AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS
27
DE MAIO DE 2012
TEXTO
ÁUREO
“E vi outro grande e admirável sinal no céu Sete
anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de
Deus”. Ap 15.1
VERDADE
APLICADA
Só entenderemos as maravilhosas implicações de
pertencer à Igreja, quando formos arrebatados para estar para sempre com o
Senhor.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
Exaltar a importância da igreja
e o privilégio incomparável de pertencer a ela;
Enfatizar que estaremos prontos
para julgar o mundo quando amarmos justiça e a santidade; e
Deixar claro que só serão
julgados por Deus aqueles que se recusarem a sofrer a disciplina do Senhor.
GLOSSÁRIO
Vindima: colheita de uvas
Impraticável: que não se pode por em
prática, inexequível; e
Recrudescimento: aumentar, recrescer.
Textos de Referência
Ap 15.5 E, depois disto, olhei, e eis que o
templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu.
Ap 15.6 E os sete anjos que tinham as sete
pragas saíram do templo, vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos com
cinto de ouro pelo peito.
Ap 16.1 E ouvi vinda do templo, uma forte
voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete taças da
ira de Deus.
Ap 16.7 E ouvi outro do altar que dizia: Na
verdade, ó Senhor, Deus Todo Poderoso, verdadeiros e justos são os Teus juízos.
Ap 16.17 E o sétimo anjo derramou a sua taça
no ar, e saiu grande voz do Templo do céu, do Trono, dizendo: Está feito.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
·
Segunda feira: Ap 14.14-20
E olhei, e eis uma nuvem
branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha
sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda.
E outro anjo saiu do
templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a
tua foice, e sega; a hora de segar te é vinda, porque já a seara da terra está
madura.
E aquele que estava
assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra, e a terra foi segada.
E saiu do templo,
que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda.
E saiu do altar
outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha
a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha
da terra, porque já as suas uvas estão maduras.
E o anjo lançou a
sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande
lagar da ira de Deus.
E o lagar foi pisado
fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço
de mil e seiscentos estádios.
·
Terça feira: Ap 15.2-4
E vi um como mar de
vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua
imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de
vidro, e tinham as harpas de Deus.
E cantavam o cântico
de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e
maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros
são os teus caminhos, ó Rei dos santos.
Quem te não temerá,
ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas
as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são
manifestos.
·
Quarta feira: Ap 16.2-6
E foi o primeiro, e
derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens
que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.
E o segundo anjo
derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu
no mar toda a alma vivente.
E o terceiro anjo
derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue.
E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor,
que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas.
Visto como
derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a
beber; porque disto são merecedores.
·
Quinta feira: Ap 16.8-11
E o quarto anjo
derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens
com fogo.
E os homens foram
abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder
sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.
E o quinto anjo
derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e
eles mordiam as suas línguas de dor.
E por causa das suas
dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se
arrependeram das suas obras.
·
Sexta feira: Ap 16.12-16
E o sexto anjo
derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para
que se preparasse o caminho dos reis do oriente.
E da boca do dragão,
e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos,
semelhantes a rãs.
Porque são espíritos
de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e
de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus
Todo-Poderoso.
Eis que venho como
ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não
ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.
E os congregaram no
lugar que em hebreu se chama Armagedom.
·
Sábado: Ap 16.17-21
E o sétimo anjo
derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono,
dizendo: Está feito.
E houve vozes, e
trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que
há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto.
E a grande cidade
fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande babilônia
se lembrou Deus, para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira.
E toda a ilha fugiu;
e os montes não se acharam.
E sobre os homens
caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens
blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva; porque a sua praga era mui
grande.
INTRODUÇÃO
Você estudou na lição anterior que a pregação do
Evangelho Eterno será, ao mesmo tempo, apelo à conversão, anúncio da destruição
da sociedade fundada na injustiça e na soberba humana e aviso quanto ao destino
último da Besta e de seus adoradores. Cumpridas estas etapas o julgamento
divino sobre a terra e seus habitantes será concluído e as últimas sentenças
serão executadas “porque nelas é consumada a ira de Deus”.
1.
CURIOSIDADES INICIAIS
A seção intitulada “A ceifa e a vindima” (Ap
14.14-20) faz parte dos preparativos para o derramamento das últimas pragas da
ira de Deus, por isso, foi incluída nesta lição. Nela aparecem quatro anjos que
somados aos três de Apocalipse 14.6-13 perfazem um total de sete. Pelas suas
características parecem apontar para os anjos das trombetas em Apocalipse 8.2,
e para os que derramarão os sete cálices do furor de Deus sobre a Terra.
1.1. O
anjo de coroa na cabeça e foice na mão
A ceifa dos gentios (Ap 14.14-16). A
esta altura dos acontecimentos o agrupamento das nações rebeladas contra Deus,
em Armagedom, está às portas. Ver Ap 16.16 combinado com 19.19. Aqui temos uma
antevisão daquela cena indescritível! O Ceifeiro é justo, pois é visto sentado
numa nuvem branca, cor esta que indica pureza e justiça. O juízo ou julgamento
é também justo porque o Juiz julga calmamente. Ele está sentado sobre a nuvem
(v. 14). Esta ceifa mostrada aqui a João é a das nações gentílicas.
Jesus falou disso quando disse:
"Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na
consumação do século. Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do
seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade e os lançarão na
fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes." (Mt 13.40-42). "Choro" tem a ver com o padecimento
dos perdidos; "ranger de dentes"
tem a ver com a sua própria ira que arderá por dentro.
Em 13.49 de Mateus, Jesus voltou a
falar sobre essa ocasião, dizendo: "Assim será na consumação do século:
sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos." (Daniel e o Apocalipse – O Panorama do
Futuro – Antonio Gilberto)
“...um semelhante ao filho do
homem”. O profeta
Daniel (cerca de 607 a.C.) teve uma visão sobre o Filho do homem no presente
quadro: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas
nuvens do céu um como o Filho do homem: e dirigiu-se ao ancião de dias, e o
fizeram chegar até ele” (Dn 7.13). Baseado na passagem de (Mateus 13.37), que
diz: “...O que semeia a boa semente, é o Filho do homem” e, Gálatas 6.7:
“...tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. João identifica o Ceifeiro
celeste como sendo o Senhor Jesus Cristo. “Sentado em uma nuvem branca está o
Criador de todas as nuvens. Fazendo dela sua carruagem, ele parte para sua
tarefa sombria. O sentar-se sobre a nuvem do juízo sugere “calma e
deliberação”. Sem pressa: o Ceifeiro sega sua colheita”.
Uma foice aguda. A foice “aguda” (afiada) indica que a ceifa
será rápida e completa. Temos aqui o simbolismo da “ceifa” (Jl 3.13), que
representa o julgamento no fim da presente era (Mt 13.39-43). A foice é objeto
mencionado por mais de 12 vezes nas Escrituras (Is 2.4; Jl 3.10, 13; Mq 4.3; Mc
4.29), e por sete delas nos versículos que temos nesta secção (vs. 14, 15, 16,
17, 18, 19). O livro do Apocalipse apresenta Cristo em sua magnitude! “No
capítulo 22.1 vê-se seu poder repousante. O Pai e o Filho estão “assentados no
trono”. No capítulo 19.11 ele está “assentado sobre um cavalo branco”, o que indica
seu poder que avança. Mas aqui o Cordeiro está “assentado sobre uma nuvem”, o
que indica seu poder de executar o juízo”. (Apocalipse
versiculo por versiculo – Severino Pedro)
1.2. A
colheita final
“...outro anjo saiu do templo”. Cremos que a pessoa do Pai está
em foco nesta passagem. Um anjo comum jamais teria dado ordem ao elevado poder
da nuvem branca (cf. Hb 1.4 e ss). Na passagem de Joel 3.13, Deus é que manda
“lançar a foice”, e a seguir o Filho do homem (que ali está oculto e aqui
revelado) age prontamente, pois a seara está madura, ou “mais do que madura”,
ou “seca”. A “seara da terra” diz respeito a Israel e não as nações gentílicas; enquanto que a “vinha da terra”
(diferente da “vinha do Senhor” – Israel), diz respeito aos gentios e não Israel.
“A palavra grega usada aqui é a mesma empregada para a figueira de Marcos
11.20; em Lucas 23.32 usa-se a forma adjetiva: o que se fará no caso?
Significando o último e terrível estado de Israel”.
A seara da terra. Há muitas interpretações sobre a “seara da
terra” visto nesta secção. Alguns opinam que ela se refere a uma “colheita
especial” dos “bagos caídos”: da grande colheita – o arrebatamento (1Ts
4.13-17) e tomam a passagem de (Lv 19.9-10) para exemplificar. Essa ceifa o
Filho do homem não só mas usará também seus anjos como reais ceifeiros (Mt
13.39). Haverá então a “separação entre o trigo e o joio”. (Apocalipse versiculo por versiculo – Severino Pedro)
Conclusão
Sobre as Duas Ceifas (Ap 14.14-16 e 17-20)
1. Na ceifa propriamente dita (w.
14-16), os produtos são separados uns dos outros, mas na vindima (vv. 17-20),
só as uvas entram em questão. Na Bíblia, Israel é sempre contado à parte como
nação. "... eis que o povo que habita só e não será reputado entre as
nações" (Nm 23.9). "... Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos separei
dos povos.” (Lv 20.24). Estas duas ceifas - a dos gentios e a de Israel, não
são ceifas de santos para o céu, mas de ímpios para o justo juízo, como
acabamos de mostrar escrituristicamente.
2. Sete vezes nos versículos 14-19 é
mencionada a palavra foice, o que destaca a magnitude dessa ceifa final. Está
aí uma prova que o dia de Deus chegará. Nos Salmos e nos Profetas encontramos
repetidas vezes a pergunta do povo de Deus, "Até quando, ó Senhor?",
querendo dizer: "Quando intervirás nesse estado de coisas; quando
repreenderás de vez o mal; quando retribuirás ao ímpio?" (Ler SI 10.1;
4.2; 13.2; 94.3,4.) Chegou afinal, o dia da resposta divina! (Apocalipse versiculo por versiculo – Severino Pedro)
1.3. Os
três anjos e a proclamação dos juízos (Ap 14. 6-13)
Um anjo proclamando "... um
evangelho eterno..." (Ap 14.6,7). Ler estes versículos. Trata-se de um
anjo, mensageiro da misericórdia de Deus, mesmo em meio aos juízos daqueles
dias. Deus chama pela última vez ao arrependimento os habitantes da terra que,
naquela época, não serão tantos como se pensa, dizimados que foram pelos juízos
anteriores. Dissemos atrás, que Deus nunca
ficou sem testemunho, e naqueles últimos dias até o testemunho angelical se
ouvirá na terra, tendo como púlpito os céus: "Vi outro anjo voando pelo
meio do céu..." (v. 6). Pela leitura do versículo 7, vê-se que o anjo
anuncia boas-novas (o significado da palavra "evangelho") do
estabelecimento final, do reino de Deus entre os homens. Chegou à hora do juízo
para que seja inaugurado o reino do Filho de Deus.
Um anjo anuncia a queda de Babilônia
(Ap 14.8). "Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande
Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua
prostituição." A referência aqui é à futura cidade de Babilônia. (Ler Ap
18.2,9.) Disso trataremos na abordagem do capítulo 18. O "vinho da fúria
da sua prostituição" são os falsos ensinos religiosos partidos daí.
O julgamento dos adoradores da Besta
(Ap 14.9-12). Aqui um anjo anuncia um juízo extremamente severo prestes a cair
sobre todos os seguidores da Besta. "... será atormentado com fogo e
enxofre..." (v. 10). Fogo e enxofre são símbolos de tormento inexprimível.
O Senhor já fez isso uma vez sobre Sodoma e Gomorra e as demais cidades da
campina do Jordão (Gn 19.24,25).
Mensagem da bem-aventurança dos mortos
no Senhor (Ap 14.13). As verdades deste versículo mostram que diante das
terríveis circunstâncias daqueles dias, inclusive as densas trevas espirituais,
será melhor morrer do que viver. Os crentes que porventura escaparem com vida
durante a Tribulação ingressarão no reino terrenal de Cristo. Os que morrerem
pela sua fé irá estar com o Senhor. Serão, pois bem-aventurados. (Daniel e o Apocalipse – O Panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
2.
OS ANJOS DAS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS
O capítulo 15 relata a detalhada preparação para
o julgamento final. “E os sete anjos... saíram do templo” (Ap 15.6). O juízo
provém do mesmo templo celestial. Os anjos saem não como servos ou mensageiros,
mas como administradores reais do juízo, cingidos à altura do peito com cintos
de ouro. A ira de Deus é repartida entre os sete anjos por um dos seres
viventes e estará contida em sete taças de ouro.
2.1. Eles
saíram do Templo no Céu (Ap 15.5,6)
“... o templo do tabernáculo’. No Novo Testamento dois vocábulos gregos: “hieron” e
“naos”, são traduzidos geralmente por “templo”. Mas, em uso literal ou
figurado, no pensamento cristão, deve-se conferir o emprego dos termos “casa”
(oikos) e “lugar”. O uso metafórico de “templo” deve ser também comparado a
“edifício” (oikodom~e).
A expressão “tenda” (sk~em~e) ou o tabernáculo do testemunho
se acha somente em trecho do Novo Testamento, em At 7.44. Mas ali não há
qualquer alusão ao templo, e, sim, ao tabernáculo original, armado no deserto.
Em algum sentido todos os templos (isto é, o de Salomão; de Esdras; de Herodes;
esses que os judeus erigirão, no local da Cúpula da Rocha (Dn 9.27; Mt 24.15;
2Ts 2.4), e o templo escatológico de Ezequiel, capítulo 40 a 48), todos serão
tratados como uma só “casa”: a casa de Deus. No presente texto, o “templo” que
João viu se “abrir” não foi na terra, mas no “céu”. O Apóstolo foi capaz de
olhar para o “interior” do lugar do testemunho de Deus. Os judeus criam que as
coisas terrenas eram figuras das celestiais (Hb 8.5 e 9.23), de maneira que o
templo terrestre era apenas uma “cópia” do celestial (Ap 3.12; 7.15; 11.19;
14.15, 17; 15.5, 6, 8; 16.1). (Apocalipse
versiculo por versiculo – Severino Pedro)
Versículo 5. "Depois destas coisas...". Aqui se
fechou o parêntese e a marcha dos acontecimentos dos selos e das trombetas,
interrompida em 11.19 é reiniciada. “... abriu-se no céu o santuário do
tabernáculo do Testemunho". "Santuário" aqui é a palavra que no
original corresponde ao compartimento mais interior do tabernáculo, denominado
Santo dos Santos (no original, nãos). Cremos tratar-se da habitação literal de
Deus e dos anjos. Duas palavras predominantes no Apocalipse são santuário e
trono. Elas aparecem a cada passo do livro. Aí está à origem e segurança da
salvação, e o governo do universo. Esse trono é hoje para a Igreja um "...
trono da graça..." (Hb 4.16), pela mediação do nosso Sumo Sacerdote, o
Senhor Jesus Cristo, mas nesse tempo será um trono de juízo para os ímpios. (Daniel e o Apocalipse – O Panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
2.2. Eles
estão vestidos de linho puro
“...vestidos de linho”. Observemos que os trajes dos anjos, no presente
texto, são semelhantes ao traje de Cristo, visto glorificado no capítulo (1.13)
deste livro. Isso significa “dignidade” e “elevado ofício”. Estas vestes e
cintos só eram usados pelos sacerdotes e juízes da Alta Corte. No caso de
Cristo, isso representa sua dignidade como “sacerdote e juiz”. No caso dos
anjos nesta secção, refere-se à função de “juízes” por eles desempenhado. Os
sete magistrados da Suprema Corte estavam também cingidos com cintos de ouro; a
mesma coisa é dita acerca de Cristo, em (Is 11.5 e Ap 1.13) respectivamente; “A
justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade o cinto dos seus rins”. Esses
anjos estavam encarregados de uma missão; uma comissão proveniente dos mais
elevados céus. Seus trajes, devidamente equipados, fala de poder, dignidade,
retidão e verdade (Is 22.21; Jr 12.18; Ef 6.14). A passagem de (Dn 10.5, 6;
12.7), mostra um anjo celestial vestido da mesma forma. (Apocalipse versiculo por versiculo – Severino Pedro)
2.3. Peito
cingido com cinto de ouro
Este sete anjos são homens. Em (Ap
17.1), um deles mostrou a João o mistério da grande prostituta e a besta que a
trazia e, em (Ap 21.9), outro mostrou a João a Cidade Santa. Depois de ver
essas coisas, João caiu aos pés do anjo e, com isso, foi-lhe dito que ele era
um homem comum – um dos profetas (19.9,10; 22.8,9). Ele é chamado de homem em
(Ap 21.17). (Bíblia de Estudos Dake)
Is
11.5 JUSTIÇA... VERDADE. A justiça e a verdade são elementos essenciais do
reino do Messias. São, também, requisitos para todos que dirigem, na igreja do
Messias (Bíblia de Estudos Pentecostal)
A veste comprida de Cristo era uma vestimenta talar, usada
exclusivamente pelos sacerdotes e juízes no desempenho de duas funções. É isso
realmente, a dupla função do Filho de Deus atualmente (2 Tm 2.8 e Hb 3.1). “O
cinto de ouro cingido a altura do peito era também usado elo sacerdote quando
este ministrava no santuário, estava à altura do peio e não nos rins, para
ajustar as vestes de modo a facilitar os movimentos; assim, quando o cinto está
em volta de seus lombos, o serviço é proeminente. (Cf. Jó 38.3; Jo 13.4, 5),
mas quando o cinto está em volta do peito implica juízo sacerdotal dignificado,
coisas que são inerentes ao Filho de Deus tanto no passado como no presente. Na
simbologia profética das Escrituras Sagradas aponta também: a pureza, a
inocência de Cristo (Sl 123.9). (Apocalipse
versiculo por versiculo – Severino Pedro)
3.
OS ALVOS DAS QUATRO PRIMEIRAS TAÇAS
No capítulo 16, à semelhança das pragas
derramadas sobre o Egito, os sete anjos recebem ordem para despejar suas taças
sobre a terra. Será o julgamento definitivo anunciado pela proclamação do
Evangelho Eterno. Será também a última etapa do resgate do povo de Deus dos
domínios do ‘iníquo’ e da purificação do planeta. Um processo parecido com a
colheita e o preparo do solo para um novo plantio. Depois virá o Milênio.
3.1. O solo
“...uma chaga má e maligna”. Os juízos das trombetas
limitam-se, mais ou menos, aos limites do mundo romano, mas os juízos das taças
hão de cobrir a terra e devem constituir a guerra total de Deus sobre o mundo.
Na consumação deste juízo encontramos paralelo na passagem de Jó 2.7, onde
lemos: “Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó duma chaga
maligna...”. J. Filo refere-se a úlceras (elkos) dolorosas como castigo
apropriado que se deveria esperar contra os aderentes do “culto do imperador”.
Nos últimos dias maus, os adoradores da Besta, terão de sofrer os horrores
descritos neste versículo. Os medicamentos terrenos não poderão impedir ou
curar essa “chaga má e maligna”. Os magos de Faraó (Janes e Jambres) não podiam
permanecerem quietos diante de Moisés “...por causa da sarna; porque havia
sarna em os magos, e em todos os egípcios” (Êx 9.11b); ali, aquelas eram de
caráter temporários; porém, sendo de caráter escatológico; são incuráveis (Dt
28.27, 35). A sexta praga do Egito que tem o seu paralelo nesta primeira aqui,
foi dirigida contra os magos egípcios; neste ponto, porém, a praga se volta
contra aqueles que adorarem a Besta. “Assim como se submeteram à marca da
Besta, assim também terão de submeter-se à marca do Deus vingador”. (Apocalipse versiculo por versiculo –
Severino Pedro)
3.2. As águas
“...e morreu no mar toda a alma vivente”. Esta segunda praga tem seu
paralelo, na primeira praga que caiu no Egito, quando o Rio Nilo tornou-se em
sangue, matando os peixes (Êx 7.14 e ss). Mas aqui o próprio “mar” é afetado em
grau supremo. Quando dos juízos das trombetas, somente uma “terça parte” se
transformou em sangue, e somente uma “terça parte” da vida marinha pereceu
(8.9). Mas, no presente texto, os efeitos serão mais vastos. O mar tornou-se em
sangue como de um morto, imundo e coagulado, impossibilitando a vida no mesmo.
“O sangue é uma vívida e terrível da morte, o salário do pecado. Essa foi a
primeira praga do Egito, o Nilo transformou-se em sangue... mas agora será o
mar... cardumes de criaturas que tinham vida no mar morreram, e como testemunha
apodrecida da iniqüidade dos súditos da Besta, o homem do pecado...”. Alguns
estudiosos da Apocalipse, opinam que toda essa descrição é simbólica,
referindo-se ao envenenamento do sangue da vida das nações, como se a questão
fosse de ordem “moral” ou “espiritual”, e não literal. Mas devemos ter mente o
que disse Jesus a João: “...estas coisas hão de acontecer” (1.1, 19; 22.6).
“...nos rios e nas fontes das águas”. Essa praga tem também seu paralelo
na primeira praga que caiu sobre o Egito, que atingiu não somente o rio Nilo,
mas também as fontes, os poços e os ribeiros, transformando-os em sangue. Nos
dias sombrios do governo do Anticristo homens terão manchado a terra com o
sangue dos mártires. Deus agora lhes dará sangue a beber – uma justa
retribuição, como é declarada em Gl 6.7. Esta é a lei da compensação divina
para os súditos da Besta. deus como Justo Juiz, em sua perfeita justiça e
retidão, derramará a sua grande ira, no tempo da terceira taça, dando sangue a
beber aos que derramaram sangue dos santos. Será uma das mais horrendas pragas
desta série de “sete” quando os homens e os animais terão somente sangue
coagulado para beber. (Apocalipse versiculo por versiculo –
Severino Pedro)
3.3. O sol
“...abrasasse os homens com fogo”. A quarta taça tem mais ou menos
seu paralelo na sexta praga do Egito. A da saraiva misturada com fogo (Êx 9.24
e ss). Na introdução, porém, tem seu paralelo na nona praga egípcia (Êx
10.21-23). Na passagem em foco vemos os homens sendo abrasados com “fogo”,
embora a palavra “fogo”, no grego, culto ela indique a extrema intensidade do
calor solar. A literatura paralela do Apocalipse predissera que Deus fará o sol
ficar parado na mesma altura por três dias, criando um calor excessivo que
castigará aos povos ímpios e rebeldes. É lamentável dos homens desprezarem a
“sombra do Altíssimo” e se submeterem, mesmo que contragosto, ao fogo do juízo
de Deus. A profecia bíblica não foi escrito para satisfazer a curiosidade humana,
antes do que “cumprimento”, e, sim, para “instruir” aqueles que viverem na
época do seu cumprimento. Oremos pelos homens! Deus pode humilhar os que andam
na soberba (Dn 4.37).
. “...não se arrependeram”. Já tivemos a oportunidade de ver
no Apocalipse, os juízos de Deus a cair sobre a humanidade, em ordem crescente,
e, ao mesmo tempo, vemos homens endurecidos contra Deus, seguindo um paralelo
na mesma escola: Não se arrependeram! “Note-se como as primeiras quatro taças
segue o curso das quatro trombetas. Porém, quanto à cronologia não são
paralelas. Os juízos das trombetas marcam a introdução destes juízos e caíram
numa área delimitada: terra, mar, rios, fontes das águas, sol, lua e estrelas
(8.7, 8, 10, 12), contudo, foram limitados, cada vez, à “terça parte”. Mas não
há limites nos juízos das taças; elas varrem tudo”. O que os homens persistem
em fazer, se for mau, torna-os incapazes de vencer a própria corrupção de sua
natureza. A fibra moral é tão debilitada que os tornam incapazes do arrependimento;
e esse é um dos aspectos do julgamento contra o pecado (Rm 6.23). (Apocalipse versiculo por versiculo –
Severino Pedro)
CONCLUSÃO
O controle de todas as coisas pertence a Deus.
Quando chegarem os dias compreendidos pelo derramar das sete taças, todos os
poderes inimigos de Deus e resistentes ao Seu domínio estarão a serviço dEle, e
prepararão o palco, onde eles mesmos serão julgados e condenados. Portanto,
querido irmão, se tudo estiver dando errado na tua vida, sossegue Deus está no
controle.
Dando continuidade com as pragas temos a quinta lançada agora
sobre o trono da besta v.10
“...se fez tenebroso”. A presente passagem ainda tem seu
paralelo na nona praga do Egito. Ali o reino de Faraó também se fez “tenebroso”
durante três dias (Êx 10.22). Aqui o “trono da Besta” afetado pelo juízo da
quinta taça é o mesmo que ela herdou do dragão logo no início de seu reino
(13.2). A missão deste anjo celestial, é derramar a sua taça sobre o “grande
trono” não só da apostasia religiosa do mundo, mas, conseqüentemente, sobre
todo o ‘falso” poder. As trevas que envolveram o trono da Besta, são “trevas
sobrenaturais”. É verdade que através da história tem havido trevas estranhas e
aterrorizante, em que o sol, por assim dizer, não dava luz. Diz um astrônomo
que “Isso se deve à (“poeira cósmica”) ao atravessar as elevadas camadas da
atmosfera terrestre, em quantidade apreciável”. Mas na quinta taça este
fenômeno, será produzido por uma intervenção sobrenatural; sem dúvida alguma: O
poder de Deus. W. Ramsay declara que a expressão “mordiam as línguas de dor” é
a única na Bíblia e indica uma agonia mais intensa e excruciante.
A sexta taça sobre o rio Eufrates
v.12
“...O grande rio Eufrates”. O rio Eufrates era um dos rios do
Paraíso (Gn 2.14). Seu nome em hebraico é “perath”, derivado do acadiano
“purattu’, que representa o sumeriano “buranun”, e a forma neotestamentária,
“Euphart~es”. Os hebreus o chamavam de “o grande rio” (ver notas expositivas
sobre isso, 9.14). O Eufrates forma-se pela junção de dois tributários: o Murado-Su,
que começa no lago Van, e o Kara-Su ou Frata, que nasce a 74 quilômetros a
nordeste de Erzerum.
1. “O curso total do rio Eufrates
desde sua nítida nascente até sua desembocadura no Golfo pérsico é de 3.093
quilômetros e 600 metros. Sua profundidades varia entre 3 e 10 metros e sua
largura é de 200 a 400 metros aproximadamente”. Seu leito se encravava na Ásia
Continental, e na antiguidade era conhecido como a linha divisória entre o
mundo oriental e Ocidental. O juízo desta taça secará suas águas momentaneamente,
pois doutra forma, seriam necessários três anos consecutivos sem chuver.
Ilustrando a passagem em foco, temos Deus abrindo o mar Vermelho (Êx 14.21, 2),
de igual modo o Jordão 40 anos depois (Js capítulo 3). Também está profetizado
a secura do rio Nilo (Is 11.15). O grande rio Eufrates passará por um momento
semelhante na história. Suas águas secarão preparando assim “o caminho dos reis
do oriente” que vêem em demanda da terra de Israel.
2. Reis do Oriente. H. Lindsey
diz: “Cremos que a China é o princípio da formação dessa grande profecia
chamada “reis do leste” pelo Apóstolo João”. Como o emblema nacional do Japão é
“o sol nascente”, pode ser que essa nação partilhe no avanço das asiáticas.
Isso se depreende na forma plural (“reis do Oriente”) vista no presente texto.
Recentemente um documentário de TV sobre a China Vermelha, denominado “A Voz do
Dragão”, citava potência dispor de um “exército popular” de 200.000.000 de
homens.
A setima taça é o terceiro ai v.17
“...Está feito”. A sétima taça é a consumação do “terceiro ai” (a sétima trombeta), Ambas
as coisas nos levam ao fim desta era, e ambas envolvem a “ira final”. A
presente expressão lembra-nos das últimas palavras do Senhor Jesus na cruz,
quando disse: “Está consumado” (Jo 19.30). Elas marcam o término de uma grande
obra e o início de outra; ambas são consolidadas na terceira expressão: “Está
cumprido” (Ap 21.6). Está feito, no presente texto, é para declarar que “os
reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo”. É o fim da
presente era e o estabelecimento do governo de Cristo com poder e grande
glória. A grande vos que disse: “Está feito”. É a voz de Deus e sua declaração
final. Deus é que diz a última palavra. Convém notar que no segundo dia da
criação quando Deus criou “os ares”, não pronunciou a palavra: (“bom”); isso se
reveste de significação especial (Gn 1.6-8). Satanás é o príncipe “...das
potestades do ar” (Ef 2.2), e portanto sua influência perniciosa será derribada
de qualquer posição nesta sétima taça. (Apocalipse versiculo por
versiculo – Severino Pedro)
Fontes:
Bíblia de Estudo Dake – Atos
Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD
Comentário Bíblico de Moody - Apocalipse
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva – CPAD
Daniel e o Apocalipse – o Panoramana do Futuro – Antonio Gilberto –
CPAD
Revista: APOCALIPSE –
Editora Betel - 2º Trimestre 2012 – Lição 09.
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