LIÇÃO 10 - A GRANDE BABILÔNIA
03
DE JUNHO DE 2012
TEXTO
ÁUREO
“E ouvi outra voz do céu que dizia Sai dela,
povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não
incorrais nas suas pragas”. Ap 18.4
VERDADE
APLICADA
Sob nenhuma hipótese, a Igreja do Senhor na
terra, pela qual Ele entregou a própria vida na morte, deve ser confundida nem
comparada com a meretriz do Apocalipse.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
Entender que os falsos cristãos
são, por Satanás, introduzidos na igreja, mas não fazem parte dela;
Ensinar que a meretriz não é
somente a instituição religiosa, mas todo o conjunto de doutrinas e idéias que
apoiam projetos contrários a Deus e ao Seu reino; e
Enfatizar que verdadeira igreja
não deve tolerar a Meretriz. Mas rejeitá-la através de ensino veemente e
constante da sã doutrina.
GLOSSÁRIO
Descrição: narração
pormenorizada;
Teocrático: governo em que o poder
está na mão do clero, ou de Deus; e
Hesita: ter falta de decisão.
Textos de Referência
Ap 17.1 E veio um dos sete anjos que
falava comigo, dizendo-me: Vem e mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta
que está assentada sobre muitas águas,
Ap 17.2 com a qual se prostituíram os reis
da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua
prostituição.
Ap 17.3 E levou-me em espírito a um
deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta, que estava cheia de nomes
de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.
Ap 17.6 E vi que a mulher estava embriagada
do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E vendo-a, eu
maravilhei-me com grande admiração.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
·
Segunda feira: Ap 17.4,5
E a mulher estava
vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e
pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da
imundícia da sua prostituição;
E na sua testa
estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e
abominações da terra.
·
Terça feira: Ap 17.8-14
A besta que viste
foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na
terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do
mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá.
Aqui o sentido, que
tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está
assentada.
E são também sete
reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier,
convém que dure um pouco de tempo.
E a besta que era e
já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição.
E os dez chifres que
viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como
reis por uma hora, juntamente com a besta.
Estes têm um mesmo
intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.
Estes combaterão
contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o
Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis.
·
Quarta feira: Ap 17.15-18
E disse-me: As águas
que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e
línguas.
E os dez chifres que
viste na besta são os que odiarão a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e
comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.
Porque Deus tem
posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia, e que
dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.
E a mulher que viste
é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.
·
Quinta feira: 18.1-8
E depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha
grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória.
E clamou fortemente
com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande babilônia, e se tornou morada de
demônios, e covil de todo espírito imundo, e esconderijo de toda ave imunda e
odiável.
Porque todas as
nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se
prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância
de suas delícias.
E ouvi outra voz do
céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus
pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
Porque já os seus
pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela.
Tornai-lhe a dar
como ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no
cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro.
Quanto ela se
glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto;
porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e não
verei o pranto.
Portanto, num dia
virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo;
porque é forte o Senhor Deus que a julga.
·
Sexta feira: Ap 18.9-24
E os reis da terra,
que se prostituíram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela
prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio;
Estando de longe
pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande babilônia, aquela
forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo.
E sobre ela choram e
lamentam os mercadores da terra; porque ninguém mais compra as suas
mercadorias:
Mercadorias de ouro,
e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura,
e de seda, e de escarlata; e toda a madeira odorífera, e todo o vaso de marfim,
e todo o vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de mármore;
E canela, e perfume,
e mirra, e incenso, e vinho, e azeite, e flor de farinha, e trigo, e gado, e
ovelhas; e cavalos, e carros, e corpos e almas de homens.
E o fruto do desejo
da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas gostosas e excelentes se foram de
ti, e não mais as acharás.
Os mercadores destas
coisas, que com elas se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor do seu
tormento, chorando e lamentando,
E dizendo: Ai, ai
daquela grande cidade! que estava vestida de linho fino, de púrpura, de
escarlata; e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas! porque numa hora
foram assoladas tantas riquezas.
E todo o piloto, e
todo o que navega em naus, e todo o marinheiro, e todos os que negociam no mar
se puseram de longe;
E, vendo a fumaça do
seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade?
E lançaram pó sobre
as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela
grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão
da sua opulência; porque numa hora foi assolada.
Alegra-te sobre ela,
ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa
quanto a ela.
E um forte anjo
levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual
ímpeto será lançada babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada.
E em ti não se
ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de flautistas, e de
trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de
mó em ti não se ouvirá mais;
E luz de candeia não
mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque
os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram
enganadas pelas tuas feitiçarias.
E nela se achou o
sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.
·
Sábado: AP 19.1-10
E, depois destas
coisas ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia:
Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus;
Porque verdadeiros e
justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia
corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos
seus servos.
E outra vez
disseram: Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o sempre.
E os vinte e quatro
anciãos, e os quatro animais, prostraram-se e adoraram a Deus, que estava
assentado no trono, dizendo: Amém. Aleluia!
E saiu uma voz do
trono, que dizia: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o
temeis, assim pequenos como grandes.
E ouvi como que a
voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz
de grandes trovões, que dizia: Aleluia! pois já o Senhor Deus Todo-Poderoso
reina.
Regozijemo-nos, e
alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já
a sua esposa se aprontou.
E foi-lhe dado que
se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as
justiças dos santos.
E disse-me: Escreve:
Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E
disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
E eu lancei-me a
seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha não faças tal; sou teu conservo,
e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a Deus; porque o
testemunho de Jesus é o espírito de profecia.
INTRODUÇÃO
Em Apocalipse 16.17, já foi dado o anúncio da
queda de Babilônia. O capítulo 17 se detém na descrição daquela que foi, e será
a grande prostituta, até que seja julgada e destruída. O capítulo 18 se ocupa
dos pormenores da queda e destruição dela, bem como das suas conseqüências para
os habitantes da terra.
1.
A MULHER MONTADA NA BESTA
Ao estudar os capítulos 17 e 18 de Apocalipse,
somos tentados a identificar tanto a Besta quanto a meretriz com algum sistema
político ou religioso passado e contemporâneo. Até somos estimulados a isso
pelo próprio livro (Ap 13.18). Porém aqui evitaremos esta linha e nos
esforçaremos para obter a maior compreensão possível do texto.
1.1. A
área de influência
“... As águas que viste”. Diz o anjo intérprete: significa “povos, e
multidões, e nações, e línguas”. Nisso pode existir uma paródia blasfêmia
contra Deus, conforme depreendemos do salmo 29, 3 e 10: “A voz do Senhor
ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas
águas”...) “O Senhor se assentou sobre o dilúvio...”. O simbolismo do presente
texto, é bastante usado no antigo Testamento e em passagens de o Novo” (Sl
18.4, 16; 124.14; Is 8.7; Lc 21.25; Ap 17.15). Durante o reinado cruel da Besta
estas águas representam o estado de depressão os habitantes da terra (Lc 21.25;
Tg 1.6). Portanto, é evidente que, num consenso geral, a extensão da autoridade
da Besta, geograficamente, é grande, ela alcançará o mundo (Ap 13.16). O leitor
deve observar que em vários lugares do Apocalipse há tais “enumerações”,
incluindo totalidade ou universalidade. O governo romano era universal. O
governo do Anticristo também será universal (cf. 13.4). (Apocalipse Versículo por Versículo – Severino Pedro)
1.2. Os
trajes da mulher
“...uma mulher assentada”. A mulher e a Besta nesta secção
simbolizam dois poderes: o religioso e o político. O fato de ela está
“assentada sobre a Besta” indica que a grande prostituta e domina as nações
religiosamente, assim como a Besta sobre a qual cavalga faz politicamente. Isso
também revela sua influência e, ao menos aparentemente, parece controlar e até
dirigir a Besta. por sua vez a mulher é sustentada pela Besta. O presente texto
nos mostra o primeiro poder (religioso) à cavalgar sobre o segundo (político).
A mulher e a Besta são significativas especialmente em suas
vestes e em seu poder, mas habitam no deserto. Isso indica claramente suas
naturezas demoníacas (Lc 11.24). Ela é realmente vista onde deve ser vista: num
lugar desolado, faminto, sedento apropriada para uma meretriz horrenda. A esse
lugar o anjo levou o profeta. Há ainda neste versículo um fato curioso que
chamou a atenção de João: a Besta estava coberta de nomes de blasfêmia. Isso
indica que o sistema predominante da Besta é totalmente corrupto.
“...a mulher estava vestida”. Em muitos texto do Apocalipse,
emprega-se termos como “adultério”, “prostituição”, “meretriz”, para simbolizar
o afastamento dos povos da comunhão espiritual. Quando a palavra “mulher” é
usada simbolicamente nas Escrituras, dependendo do contexto, significa
religião. Uma mulher pura, como uma “noiva” ou a Esposa”, designa uma “religião
pura e imaculada”, como a verdadeira Igreja de Cristo (19.7 e 21.9). Portanto,
quando o Apóstolo João emprega o termo “meretriz” na descrição de suas visões,
sem dúvida alguma está se referindo a um sistema religioso que havia
prostituído sua própria existência com algo que é totalmente contrário aos
propósitos da Igreja do Senhor. Nos tempos dos monarcas babilônicos os súditos
do imponente poder da grande Babilônia, consideram-na como se fora “rainha” (Jr
51.7). O “cálice de ouro” em sua mão demonstra o seu desejo de implantar no
mundo uma falsa “comunhão”, e sua doutrina afermentada (ela embriaga). Mas um
dia ela ouvirá a voz poderosa de Deus a lhe dizer: “peso do deserto do
mar...caída é Babilônia, caída é!” (Is 21.1, 9). (Apocalipse
Versículo por Versículo – Severino Pedro)
1.3. A
embriaguez da mulher
“...a mulher estava embriagada”. Sabemos pela história que Ninrode
“o poderoso de almas em oposição a face do Senhor” foi o primeiro imperador.
Fundou o primeiro governo e além de ser caçador, “começou a ser poderoso na
terra”. A esposa deste monarca era Semíramis, figura bastante conhecida na
história secular, uma prostituta. “Quando Ninrode foi assassinado, ela assumiu
a posição de imperatriz do governo. Para manter-se no poder...ela criou um mito
ao redor da figura de seu falecido marido, Ninrode, atribuindo-lhe o nome de
Zoroastrita, que quer dizer “A semente da mulher”. A partir deste princípio,
tudo que está ligado direto ou indiretamente com a cidade de Babilônia, é
sempre representada por uma figura feminina.
Nos dias do Anticristo, esse grande poder
“político-religioso” estará ainda mais reforçado, e acrescentará a todas as
suas maldades anteriores (cf. lc 3.20). Ela é a única responsável (direta ou
indiretamente) pelo sangue derramado das testemunhas do Senhor, em qualquer
tempo e em qualquer lugar. Eis a razão dela agora se encontrar embriagada. As
testemunhas a que João aludi, originalmente eram os cristãos que sofreram no
primeiro século da Igreja cristã. Profeticamente falando, isso aponta para os
cristãos que sofrerão sob o Anticristo: Eles são os “santos” do Apocalipse. (C.
8.3, 4; 11.18; 13.7; 14.12; 15.3; 16.6;17.6; 18.24; 19.8; 20.9), etc. (Apocalipse Versículo por Versículo – Severino
Pedro)
O cálice de ouro em sua mão, cheio da
sua impureza, de prostituição espiritual e de abominações pelas quais ela
frauda potencias políticas prova que é uma potencia religiosa (Biblia de Estudos Dake)
2.
O MISTÉRIO DA BESTA
Já tivemos oportunidade na lição sete, de
estudar um pouco a respeito desta Besta, por isso, neste tópico, analisaremos
somente sua relação com Babilônia, a grande meretriz. Leia atentamente o
capítulo 17 para maior aproveitamento da lição.
2.1. Era e
já não é (Ap 17.8a)
“...foi e já não é”. Há uma corrente de comentaristas,
tanto do passado como do presente, que baseados em Ap 11.7 e 13.3 e o versículo
que temos secção, defendem a posição da reencarnação de Nero. Para eles a
expressão: “Foi e já não é”, que se complementa na parte final com a frase:
“mas que virá”; aludi à tradição de Nero redivivo. Nero “foi”, mas morreu.
Todavia, voltaria. Esta interpretação para nós não se harmoniza com a tese e
argumento principal da Bíblia. Ela condena a reencarnação. Devemos ter em mente
que João olhava para o futuro dos séculos (os dias do Anticristo) e depois
lança retrospectivamente um olhar para traz e, contempla o império romano de
455 d.C. a 754 a.C. Assim temos o antigo império romano como existiu na forma
imperial até os dias de João, e até sua destruição por Odoacro rei dos Hérulos.
(Apocalipse Versículo por Versículo –
Severino Pedro)
2.2. Ainda
virá
Mas que virá. Isso fala do novo ressurgimento do império
romano na pessoa do Anticristo (13.3). Ele ressurgirá do “abismo” (literalmente
falando: do caos político); e (espiritualmente falando: da inspiração de
Satanás, o dragão); mas “irá a perdição”. Seu destino final será a perdição: o
lago de fogo (20.10). Essa “perdição” será física e terrena e também eterna.
Judas Iscariotes foi chamado também um “filho da perdição”. Tal expressão é
empregada em outras passagens do Novo Testamento, somente para indicar Judas e
o Anticristo (Jo 17.12 e 2Ts 2.3). Ambos após serem derrotados (um já sendo
passado) irão a seu próprio ‘lugar” (At 1.25; Ap 17.19; 20; 20.10). (Apocalipse Versículo por Versículo – Severino
Pedro)
2.3. As
sete cabeças e os dez chifres
As sete
cabeças da Besta: sete reis. Já pudemos ver no versículo 3, o significado do
símbolo da Besta, de sete cabeças e dez chifres. As sete cabeças figuram sete
montes e também sete reis ou reinos (vv. 9, 10). Muitos comentadores da Bíblia acham que os
sete montes refere-se a Roma, que originalmente foi edificada sobre estes, e
também por ter absorvido em grande parte o culto idolatra babilônico, ainda
hoje visto disfarçadamente na liturgia da igreja romana. A criação do Mercado Comum Europeu, em
Roma, em 1957, (depois, Comunidade Econômica Européia, e, por fim,
União Européia), pode ser a fase inicial dessa confederação de nações.
"... São também sete reis dos
quais caíram cinco, um existe e outro ainda não chegou; e, quando chegar, tem
de durar pouco." Os reinos que já caíram:
Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persa e Grécia. "... e um existe...": o império romano (no tempo de
João). "... outro ainda não é vindo...". Talvez o império romano, ao
ser ressuscitado. Desse sétimo reino levantar-se-á o Anticristo, reino que
consistirá de uma liga de dez nações (v. 12).
Daniel 7.24 diz: "...
dez reis que se levantarão daquele mesmo reino... ". É pois uma forma
daquele antigo império. É claro que não poderá ser o mesmo, porque aquele era
regido por um único soberano, e o futuro
sê-lo-á por dez governantes com suas dez capitais. Eles formarão uma confederação
de nações durante
a Tribulação. Dizemos con
federação porque num pé, os dedos são ligados (Dn 2.42). Com a
formação desses dez
Estados estará pronto o palco para a formação do reino do Anticristo - o
oitavo rei (v. 11). A área
geográfica desses dez reinos é a mesma do antigo Império
Romano, isto é, parte da Europa, da Ásia e da África.
O reino dos
dez chifres (Dn
7.24) . Esse futuro reino é equivalente
ao da primeira Besta de Ap 13.1-8, e 17.12-17.
Até hoje não ocorreu esta forma de governo do Império Romano. Não se
trata do próprio império restaurado, como muitos precipitadamente afirmam. O
texto de Dn 7.24 afirma que esses países se formarão "... daquele mesmo
reino...". (Daniel e
Apocalipse – O Panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
“... As sete cabeças são sete montes”. Todos sabem a quem esta passagem se refere:
geograficamente. É a Roma. Simbolicamente, porém, ela diz respeito a os “sete
sistemas de governo” que existiu neste império (v.10). A cidade de Roma é das
mais antigas da península Itálica, está edificada “sobre sete colinas”, que o
Apóstolo João chama de “sete montes”. Nos dias do império estas montanhas eram
denominadas de; (Aventino, Palatino, Célio, Esquilino, Vidimal, Quirinal e
Capitólio). A cidade ficava à margem esquerda do rio Tibre, a 24 quilômetros da
sua desembocadura no mar Tirreno, na costa ocidental da península. O seu
fundador foi um habitante do Lácio (donde vem a palavra latino) chamado Rômulo
que junto com Remo seu irmão fundou a cidade e o império em 754 a. C. ou
segundo os cálculos astronômicos em 750 a. C. Mas tarde, Rômulo se desentendeu
com Remo, e o matou em combate. No capítulo dois do profeta Daniel, esse
poderoso império é contemplado nas “pernas de ferro” da estátua colossal do
sonho do monarca Nabucodonosor. (Apocalipse
Versículo por Versículo – Severino Pedro)
3.
O MISTÉRIO DA MULHER
A meretriz do capítulo 17 pode e deve ser
identificada com o sistema religioso que desde sempre se opõe ao povo de Deus.
Porém jamais deve ser confundida com a igreja visível, pois esta foi edificada
por Jesus (Mt 16.18) e será sustentada por Ele mesmo depois que os fiéis forem
arrebatados (Ap 12.14). Ela não se transmutará em meretriz, mas deixará de
existir quando se extinguirem os motivos para sua existência.
3.1. Quem
é a Meretriz
“...
grande prostituta”. Nos capítulos 17 e 18 deste livro, nas sete visões da condenação
da “grande Babilônia”, são vistos dois “sistemas” se combinando entre SI:
Babilônia (política e religiosa) e (literal e comercial). A primeira sendo
descrita no capítulo 17 e a segunda, no capítulo 18. As predições bíblicas têm
cumprimento a curto ou a longo prazo. Portanto, nos “últimos dias”, que são
dias da ira tanto humana como divina, veremos o “aparecimento” tanto de um
império político: a federação dos dez
reis escatológicos, pelo Anticristo (v.13),
tendo como sede
a cidade de Roma, como também veremos o
“aparecimento” de “um falso culto”
dedicado à Besta, o homem
do pecado. Também veremos ainda,
a condenação duma grande prostituta denominada “a grande Babilônia” envolvida
em “mistérios”. A Babilônia, a grande, cerca de 713, (a. C.). O profeta Naum
chamou-a de “graciosa meretriz” (Na 3.4). De modo bem similar, e por razoes
idênticas um outro profeta aplica o mesmo
epítero vergonhoso a cidade de Tiro, predizendo sua
ruína (Is 23.15).
Profeticamente falando, este “sistema
misterioso” desta secção, representa o novo paganismo do tempo do Anticristo, e
especialmente, o culto dele e suas formas de expressões. (Apocalipse Versículo por Versículo – Severino Pedro)
"...
da grande meretriz...". Na Bíblia, religiões falsas são
chamadas prostituição, porque são uma forma de infidelidade a Deus. (Ler Na
3.4; Is 23.17.) "... sentada sobre muitas águas". Isto é explicado no
versículo 15. (Daniel e Apocalipse – O
Panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
17.1
GRANDE PROSTITUTA. Trata-se da Babilônia religiosa, e abrange todas as religiões
falsas, inclusive o cristianismo apóstata. Na Bíblia, os termos prostituição e
adultério, quando empregados figuradamente, normalmente denotam apostasia
religiosa e infidelidade a Deus (Is 1.21; Jr 3.9; Ez 16.14-18; Tg 4.4), e
significam um povo que professa servir a Deus enquanto, na realidade, adora e
serve a outros deuses. Note o nítido contraste entre a grande prostituta e a
esposa do Cordeiro (19.7,8). A prostituta é súdita de Satanás; a esposa é
súdita de Cristo. Satanás veste a prostituta (v. 4); Deus veste a esposa do
Cordeiro (19.8). A morte eterna é a porção da prostituta; a glória eterna é o
destino da esposa.
Concernente a esta falsa religião: (1)
A prostituta rejeitará o evangelho de Cristo e dos apóstolos, o poder da
piedade (2 Tm 3.5; 4.3; Mt 24.24). (2) Ela se alinhará com os poderes e a
filosofia de "Babilônia", i.e., o estilo de vida do mundo com sua
imoralidade (v. 2; 3.16). Os poderes político e religioso se unirão para
apoderar-se do controle espiritual das nações (v. 18). (3) Seus líderes
perseguirão os verdadeiros seguidores de Cristo (v. 6). Ela será uma miscelânia
de religiões e credos, sem preocupação com a doutrina bíblica. Seu principal
interesse estará na conquista das massas e na adoção dos seus sistemas, valores
e objetivos religiosos. Ela se tornará "morada de demônios, e abrigo de
todo espírito imundo" (18.2; cf. Is 47.12,13). (4) A todos os verdadeiros
crentes se lhes ordena que saiam de "Babilônia", para que não sejam
condenados com ela. (5) Deus fará com que o anticristo a destrua (ver v. 16
nota). (BIBLIA DE ESTUDOS PENTECOSTAL –
CPAD)
3.2. Como
surgirá a cidade da meretriz
A reconstrução da Babilônia como uma
cidade literal é mencionada no cumprimento de muitas coisas que hão de
acontecer depois do arrebatamento (14.8; 16.19; 18.1,24)
Zacarias prenunciou a reconstrução da Babilônia
(Zc 5.5-11, nota 5.11a)
A Babilônia deverá ser novamente um grande
centro comercial (18.3-10)
A Babilônia deverá ser novamente um
grande centro religioso (18.2-10, 23,24)
Suas feitiçarias enganaram todas as
nações depois do arrebatamento (18.23; 2Ts 2.10)
Ordens para que os santos sejam martirizados
partirão da Babilônia (18.24)
A Babilônia será destruída no final
desta era (16.19; 18.1-24; Is 13.19; Jr 50.40)
Esta cidade será a capital do
Anticristo antes dele entrar na Palestina para fazer do templo dos judeus a sua
capital durante os últimos três anos e meio desta era (Dn 11.40-45; 2Ts 2.3,4;
Ap 11.1,2; 13.1-18). Ainda que ignoremos todas as profecias anteriores do A.T.
ainda que ignoremos todas as profecias anteriores do A.T., somos forçados a
crer em uma cidade literal para o cumprimento de (Ap 14.8; 16.17-21; 18.1-24) (Bíblia de Estudos Dake)
3.3. A estrutura da meretriz
Este capítulo trata de uma cidade
literal que será a capital do Anticristo antes dele ocupar Jerusalém. Trata-se
de uma cidade literal, pois em Ap 16.19 ela é citada em conjunto com outras
cidades literais. Talvez seja construída no sítio da antiga cidade de
Babilônia, às margens do Eufrates. Não sei.
Tudo indica que será uma cidade importantíssima, um notável centro político,
comercial e religioso nos últimos dias. É o que revela este capítulo.
Em 1971 estava o autor deste livro,
cursando nos Estados Unidos, quando leu com grande interesse nos jornais, a notícia
de que a cidade de Babilônia ia ser reconstruída pelo governo do Iraque.
Tratava-se de um plano a longo prazo, incluindo hotéis, restaurantes, museus,
estradas, terminais e
outras instalações requeridas num tal projeto. A finalidade principal desse
projeto era incrementar o turismo na região, mas bem pode ser o início da reconstrução
dessa cidade do capítulo 18 de Apocalipse.
Há uma grande diferença entre esta
Babilônia do capítulo 18 e a do capítulo 17. A do capítulo 17 é destruída por
homens. "Os dez chifres que viste e a besta, esses odiarão a meretriz, e a
farão devastada e despojada, e lhe comerão as carnes, e a consumirão no fogo.
" (Ap 17.16). Já a Babilônia do capítulo 18 é destruída por Deus, mediante
terremoto e fogo (Ap 16.18,19; 18.8).
Versículo 2. O texto mostra a cidade
como sendo um centro de demonismo. "... Ave imunda...", é sem dúvida
mais uma referência a demônios. (Ler aqui Mt 13.4,19.) Assim, a cidade será um
centro demoníaco, espírita.
Versículos 11-18. Esses versículos
retratam a cidade de Babilônia reconstruída como um colossal centro comercial e
financeiro. Atualmente as coisas, até certo ponto, se encaminham para isso. Os
povos árabes do Oriente Médio, do dia para a noite tornaram-se os principais
banqueiros do mundo. Esses bancos têm no momento a maior reserva de ouro da
terra. E vão adiante com seus projetos. Essa região possui mais petróleo do que
qualquer outra área do globo.
Versículo 19. Aqui vemos que essa
cidade com todo seu império sucumbirão de vez, repentinamente.
Versículo 23. Mais uma vez a Escritura
menciona a feitiçaria de Babilônia. Fica bem claro que a capital do Anticristo será
permeada de espiritismo. Por toda parte a escalada preparatória de demonismo está
ocorrendo perante nossos olhos. (Daniel
e Apocalipse – O Panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
v.
7 “...não sou
viúva”. A imponente
cidade vista neste capítulo, se glória como o “nécio no seu coração”. Ele diz:
“Não há Deus” (Sl 14.1). Ela diz: “Não sou viúva”. A cegueira física pode ser
causada pela falta de vitamina (“A”) no organismo humano, porém, os olhos
espirituais, sempre são cegados pelo orgulho. A grande cidade do pecado se
gloriava, pois dizia no seu coração: “Não sou viúva”. O Dr. Lang observa que
até mesmo agora, tão insuspeitamente segura ela se sente, que não percebe os
sinais dos tempos. Ela se sente “rainha” (esposa de um monarca). Em Isaías ela
declara: “Eu serei senhora para sempre” (Is 47.7), e acrescenta: “Viúva não
sou”. Uma viúva, no sentido lato, é alguém abandonada (cf. (s 47.7-9). Mas
também não era mais do ponto divino de observação uma “noiva” ou “esposa”, mas
apenas uma “poliandra”. O primeiro item deste versículo diz que ela se
“glorificou”. O padrão cristão permite que gloriemos exclusivamente no Senhor,
pois a autoglorificação é, na realidade, uma forma de idolatria própria.
v.9 “...a chorarão”. A começar por este versículo,
temos a segunda secção natural do capítulo que é o lamento das nações por causa
da queda de Babilônia. “Mas, porque essas pessoas estão tristes? A tristeza na
verdade não é por Roma; trata-se de puro egoísmo de sua parte. Os reis da terra
lamentam apenas que seu parceiro de prostituição tenha desaparecido...”.
Observemos três grupos de magnatas
lamentando sua perda na queda deste sistema: incluindo a cidade e o sistema (a)
os “reis da terra”. Versículos 9 e 10; (b) Os “mercadores”. Versículo 11 e ss;
(c) os “capitães e marinheiros”. Versículos 17 a 19. Mas, finalmente os “Céus”,
os santos Apóstolos e profetas; a Igreja, incluindo os mártires, sem qualquer
dúvida, se regozijarão sobre sua queda, portanto a Justiça terá sido feita. A
descrição que se segue na passagem de Ez 26. a 28 é paralela a que está em
foco: os reis (26.15-18), os negociantes (27.36), os marinheiros (27.29-36) se
lamentam ante a queda de Tiro. As Escrituras são proféticas e se combinam entre
si, em cada detalhe.
v. 12 “...ouro, e de prata, e de
pedras’. Um fato
curioso deve ser observado nos versículos (12 e 13); cerca de 28 mercadorias de
luxo são aqui, enumeradas, e que 23 são substâncias inanimadas, que começa com
“ouro” e termina com “trigo”; a seguir, vêm “cavalgadura, e ovelha... e
cavalos”; depois vêm novamente objetos inanimados (carros), e finalmente a
lista termina com “corpos... e almas de homens”.
O Dr. Dr. Lockyer, Sr comenta o
que segue: “A classificação em sete partes dos artigos comerciados neste
armazém do mundo pode ser categorizada assim: (a) Coisas de valor e
ornamentação: ouro, prata, pedras preciosas e pérolas; (b) Vestimentas caras:
linho fino, púrpura, sede e escarlata; (c) Mobília suntuosa; vasos
manufaturados de madeira preciosa, marfim e metais. Talvez a madeira odorífera
seja a árvore cheirosa de Cirene, usada para incenso; (d) Perfume caros;
canela, incenso e óleo; (e) Vida abundante: vinho, azeite, farinha, trigo,
animais, ovelhas; (f) Desfiles triunfais: cavalos e carros; (g) Tráfico
infamante: escravos, corpos e almas de homens”.
v. 13 “...corpos e de almas de
homens”. A grande
lista de mercadorias continua nesta secção trazidas pelos mercadores à cidade,
depois de cavalos e carros, e numa progressão habilmente ascendente, chega-se a
Sôma kai psyché anthopôn, que traduzido classicamente exprime por “corpos e
almas dos homens”, que outros traduzam: “escravos e cativos”. A Babel do
passado, também tinha o mesmo alvo: Ninrode, o poderoso caçador, foi seu
primeiro rei. Deste monarca está dito na poesia: “Ninrode, poderoso caçador de
alma em oposição à face do Senhor” (Gn 10.9). A grande Babel (Babilônia)
escatológica, terá em poderoso “caçador de almas em oposição a Deus”. Será ele,
sem dúvida, a figura sombria do Anticristo. Ele controlará com seu poder e
habilidade, o mundo político e comercial. O autor sagrado frisa esse mal,
declarando mais elaboradamente o seu modo de ser.
v. 17 “...todo o que navega em
naus”. Essa
passagem reflete a importância da grande cidade, sobretudo no campo do comércio
do levante. Plínio fala disso em sua História Natural. “Os negociantes e reis
têm seus lamentos agora adicionados pelos lamentos dos homens do mar, aqueles
cujas riquezas estavam vinculadas aos navios e ao comércio marítimo. Eles
também se postarão “de longe”, o que agora é dito pela terceira vez (vs. 10,
15, 17)”. A lamentação do presente texto pode ter também um sentido literal. A
cidade em referência, aqui, é Roma. “O Tevere não é, praticamente, negável. Os
portos mais próximos de Roma estão no Mediterrâneo, olhando para a Córsega ambas
não internacionais: Civitavecchia, a 90 quilômetros, e Ostia, apenas a 24. Se
mostram, talvez se veja a fumaceira da cidade”. (Apocalipse
Versículo por Versículo – Severino Pedro)
CONCLUSÃO
A visão da grande prostituta fascina. Poder,
riqueza, luxo, ócio e vícios, exercem atração sobre as pessoas em todos os
tempos e lugares. Asafe, no Salmo 73, comprova que a grande tentação é pensar e
agir como os ímpios. “Mas nós aguardamos novos céus e nova terra em que habita
a justiça” (2Pe 3.13).
Bíblia de Estudo Dake – Atos
Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva – CPAD
Daniel e o Apocalipse – o Panoramana do Futuro – Antonio Gilberto –
CPAD
Revista: APOCALIPSE –
Editora Betel - 2º Trimestre 2012 – Lição 10.
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