LIÇÃO 08 - A PROTEÇÃO, A MISERICÓRDIA E OS JUÍZOS DIVINOS
20
DE MAIO DE 2012
TEXTO
ÁUREO
“Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a
hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu e a terra, e o mar, e as
fontes das águas”. Ap 14.7
VERDADE
APLICADA
Hoje, mais do que em todas as gerações passadas,
precisamos pregar o Evangelho.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
Ensinar que aquele que tiver a
marca do caráter de Cristo herdará o novo céu e a nova terra;
Exibir a perfeita unidade
entre o Apocalipse e as profecias do Antigo Testamento;
Estimular a igreja a pregação
ousada dos juízos contidos no Evangelho Eterno.
GLOSSÁRIO
Tendência: propensão, inclinação e
disposição;
Distinção: diferença, ou efeito de
distinguir; e
Impenitentes: obstinado no erro, ou no
crime.
Textos de Referência
Ap 14.1 E olhei e eis que estava o Cordeiro
sobre o Monte Sião, e com Ele cento e quarenta e quatro mil, que em sua testa
tinham escrito o nome dEle e o de
Seu Pai.
Ap 14.2 e ouvi uma voz do céu como a voz de
muitas águas e como a voz de um grande trovão; e uma voz de harpistas, que tocavam
com a sua harpa.
Ap 14.3 E cantavam um cântico novo diante do
Trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender
aquele cântico, senão os cento e quarenta quatro mil que foram comprados da
terra.
Ap 14.6 E vi outro anjo voar pelo meio do
céu, e tinha o Evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a
terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo.
Ap 14.9 E os seguiu o terceiro anjo, dizendo
com grande voz: Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na
testa ou na mão,
Ap 14.10 Também o tal beberá do vinho da ira
de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da Sua ira, e será atormentado
com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
- Segunda feira: Mt 7.13-14
Entrai pela porta estreita; porque larga é a
porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram
por ela;
E porque estreita é a porta, e apertado o
caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
- Terça feira: Hb 4.1-3
Temamos, pois, que, porventura, deixada a
promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás.
Porque também a nós foram pregadas as boas
novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto
não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram.
Porque nós, os que temos crido, entramos no
repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira Que não entrarão no meu
repouso;
- Quarta feira: Mq 4.1-3
Mas nos últimos dias acontecerá que o monte da
casa do SENHOR será estabelecido no cume dos montes, e se elevará sobre os
outeiros, e a ele afluirão os povos.
E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos
ao monte do SENHOR, e casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus
caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de sairá a lei, e de Jerusalém a
palavra do SENHOR.
E julgará entre muitos povos, e castigará nações poderosas e longínquas, e converterão as suas espadas em pás, e as suas lanças em foices; uma nação levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.
E julgará entre muitos povos, e castigará nações poderosas e longínquas, e converterão as suas espadas em pás, e as suas lanças em foices; uma nação levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.
- Quinta feira: Am 9 11-12
Naquele dia tornarei a levantar o tabernáculo
caído de Davi, e repararei as suas brechas, e tornarei a levantar as suas
ruínas, e o edificarei como nos dias da antiguidade;
Para que possuam o restante de Edom, e todos os
gentios que são chamados pelo meu nome, diz o SENHOR, que faz essas coisas.
Sexta
feira: Ef 4.11-13
E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros
para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao
conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa
de Cristo,
- Sábado: Jr 50.2
Anunciai entre as nações, e fazei ouvir, e
arvorai um estandarte; fazei ouvir, não encubrais; dizei: tomada é Babilonia,
confundido esta Bel, atropelado esta Merodaque, confundidos estão os seus ídolos,
e caídos estão os seus deuses.
INTRODUÇÃO
Em Apocalipse 14.1-13, Jesus mostra o destino
dos selados e o ministério deles. Informa que eles são primícias para Deus e
para o Cordeiro. Encoraja os judeus a permanecerem firmes no propósito de
seguir a Cristo, pois os que receberem o selo de proteção sofrerão angústias
indizíveis, mas sobreviverão a elas e seguirão o Cordeiro para onde quer que
Ele vá. Informa, também, que não executará os últimos juízos antes que o
Evangelho Eterno seja pregado a todos os habitantes da Terra para adverti-los
quanto ao fim dos que seguirem a Besta e aceitarem sua proteção.
1.
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
A tendência geral entre os intérpretes é evitar
explicar a preferência de Deus a Israel e por Sião, atribuindo significado simbólico
a Apocalipse 14.1, porém isso não é necessário, pois os pensamentos de Deus são
superiores aos nossos (Is 55.8,9; Jr 29.11). Portanto, podemos confiar que
Deus, por razões próprias de Sua soberania e conhecimento ilimitado, elegeu a
Israel para seu povo na Terra e a Sião para sede de Seu governo físico no
Planeta. Além do que, o texto não trata propriamente de eleição, mas da
harmonia entre Céu e Terra. Vejamos:
“...o Cordeiro sobre o monte de
Sião”. “Sião” é
mencionado somente uma vez no Apocalipse e é um termo extremamente
interessante. Como certo escritor expressou: “Das 110 vezes que Sião é
mencionado, 90 são em termos do grande amor e afeição do Senhor por ele, de
modo que o lugar tem grande significação. No Novo Testamento, Sião é mencionado
nas seguintes passagens: (Mt 21.5; Jo 12.15; Hb 12.22; 1Pd 2.6). “A palavra “Sião” significa “monte ensolarado”. Ainda que a palavra tenha uma ampla aplicação,
(incluindo até mesmo o local do templo de Jerusalém, algumas vezes), indica a
colina mais oriental das duas sobre as quais Jerusalém foi edificada. O monte
Sião também é identificado com a Jerusalém “lá de cima” (Gl 4.26), e com a
cidade de Deus nos céus (Hb 12.22)”. A cidade de Davi era Jerusalém (1Rs 8.1).
O templo foi edificado no monte de Moriá; o palácio de Davi, no monte Sião.
Portanto, Sião se tornou o lugar escolhido como a sede do reinado de Cristo
durante o Milênio (Is 2.3; Ob v.17). (apocalipse – versiculo por versiculo –
Severino Pedro)
1.1.
Uma festa no céu (Ap
14.2)
“...como a voz de muitas águas”. A descrição da palavra “voz” que
se repete por quatro vezes no texto em foco, é similar
à várias outras que aparecem no Apocalipse. A voz é associada ao “trovão”,
conforme também se vê no presente versículo. Há quase sessenta ocorrências da
“voz”, neste livro, e com certa variedade de discriminações. (Cf. notas
expositivas sobre isso em Ap 1.15, p.2). Agora a “voz” assume uma qualidade
musical, produzida por instrumentos de cordas. O grande som dos céus se
transforma em uma música, e de natureza agradável. Tais simbolismos eram usados
para mostrar a “bem-aventurança” daquele que entrar nos céus por meio do
martírio; e isso visa também a consolar aqueles que em breve teriam de seres
martirizados pelo próprio Anticristo (cf. 6.11). Nos versículos que se seguem,
são chamados de “primícias”. Isto é, o nome que se dava à parte das coisas que
os israelitas adquiriam para oferecer ao Senhor (Lv 22.12; Nm 5.9; 18.8; 28 e
29). Segundo o Dr. J. Davis, os primeiros frutos colhidos, penhores da futuras
messes, pertenciam ao Senhor. Assim também, os 144.000 são as “primícias”
dentre os israelitas comprados para Deus e para o Cordeiro. (apocalipse
– versiculo por versiculo – Severino Pedro)
Esta é a voz dos 144 mil entoando
seu cantico, que é acompanhado por 144 mil harpas tocadas por eles. O som é
comparado às muitas aguas e a um grande trovão, como a voz dos remidos nas
bodas do Cordeiro (19.6). Todos os remidos tocarão harpas e cantarão (v.2; 5.8;
15.2). se eles farão isto no céu, certamente deve-se aceitar que instrumentos
sejam tocados com todos os santos. (Biblia
de Estudos Dake – Atos)
Aqui podemos entender que João vê,
a nova Jerusalem que descerá sobre o monte das oliveiras. O caso aqui, é que
cap. 14 segue uma ordem de acontecimentos onde não tem cronologia, ou seja o
cap 14 é a revelação de fatos que irão acontecer isto depois do cap 19 e João
ante-vê esses acontecimentos e os registra antecipadamente. (grifo meu)
1.2.
A mesma festa na Terra
(Ap 14.2,3)
“...cantavam um como cântico
novo”. O cântico do
Senhor, é declarado nas Escrituras como “um novo cântico” (Sl 40.3; 96.1;
149.1) e só pode aprendê-lo aquele que está com seus pés em um lugar firme
“como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre” (Sl 125.1).
Não devemos nos esquecer de que os 144.000 regozijam-se porque foram “comprados
dentre os homens”. Temos a frase dupla “comprados da terra” (um lugar
pecaminoso) e “comprados como primícias” (os primeiros). Algumas versões dizem:
“comprados” ou “resgatados” em lugar de “redimidos”.
A última vez que vimos o Cordeiro
ele estava diante do trono, no céu (9.9); aqui ele está na cidade Santa, Sião
ou Jerusalém. É possível que devemos entender também que simbolicamente o monte
Sião, significa lugar de vitória e libertação. O Salmo 2, promete que o Ungido
do Senhor será colocado “...sobre... o monte de Sião”. No Novo Testamento,
todavia, Sião se tornou “a cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial” (Hb
12.22). Os 144.000 são todos novas criaturas, e por este motivo entoam “um novo
cântico” ao Cordeiro que os resgatou. (apocalipse – versiculo por versiculo –
Severino Pedro)
O único cantico em que as palavras
ou o tema não são dados. Um novo cantico entoado por um novo povo sobre um novo
tema.
Do gr. kainos, renovado, novo,
recém-apresentado. O cantico será novo para eles. (5.9; 15.3). É um cantico que
nenhum homem pode aprender, senão os 144 mil, implicando que eles tem uma
experiencia que nenhum outro homem dde nenhum outro grupo já teve. (Biblia de Estudos Dake – Atos)
1.3.
O perfil do povo de Deus
“...não estão contaminados com
mulheres”. A sabedoria
divina divide este versículo em quatro partes distintas, como segue:
(a) Não estão contaminados. É esta
uma das razões que os faz “primícias” à semelhança de Cristo as primícias dos
que dormem (1Co 15.20). Isso não quer dizer (segundo se depreende) que os
144.000 são somente homens (ainda que a expressão “não se contaminaram com
mulheres” tenha esse sentido), ou meninos recém-nascidos como tem sido interpretado
por alguns eruditos.
(b) São virgens. Devemos
compreender isto no sentido espiritual (Mt 25.1 e ss), em contraste com a
igreja apóstata (14.8), que espiritualmente era uma “prostituta” (17.1 e ss).
Significa que não foram desviados da fidelidade ao Senhor. Conservaram em si
mesmos seu amor virginal. 2Co 11.2; Ef 5.25-27; Ap 2.4.
(c) São os que seguem o Cordeiro.
Essas palavras estão de acordo com o que lemos em Mc 2.14; 10.21; Lc 9.59; Jo
1.43 e 21.19, que falam sobre as exigências do discipulado cristão e sobre o
fato que Cristo chama alguns para “segui-lo”. As exigências feitas por Cristo
ao discipulado é “renúncia total”, e logo a seguir: “tomar a cruz”. O caráter
dos 144.000 demonstra isso muito bem, a seriedade em suas vidas e no seu
caráter, os declarou “pioneiros da fé” não fingida durante o sombrio tempo de
extrema apostasia.
(d) Como primícias. Isso é dito também acerca de Cristo, em
primeiro Coríntios 15.20, quando Paulo faz uma importante defesa sobre a
“ressurreição”. Paulo diz que Cristo ressuscitou, como o emblema expressivo, da
ressurreição da imortalidade. Na qualidade de “colheita”, Cristo foi o primeiro
exemplar. No presente texto, os 144.000 foram também aceitos como os primeiros
exemplares a aceitarem o testemunho de Cristo, e por cuja razão são contados
como “primícias”, e “seguidores” do Cordeiro para onde quer que vai. (apocalipse
– versiculo por versiculo – Severino Pedro)
2.
DISTINGUINDO ENTRE MÁRTIRES E SELADOS
Ainda não ficou esclarecido se a multidão dos
mártires (Ap 7.9-14) fala de um grupo de salvos e os selados de outro
agrupamento de remidos ou se ambos tratam do mesmo grupo de salvos, apenas
designados por nomes diferentes. Entendemos que se trata de grupos distintos de
remidos. Vamos às razões para esta conclusão
2.1. O texto
O selo de Deus e os selados (Ap
7.2-8). Nestes versículos está o primeiro grupo de redimidos deste
capítulo parentético.
"... o selo de Deus vivo..." (v. 2). "... até
selarmos na fronte os servos do nosso Deus." (v. 3). O selo deve ser o da
proteção divina mediante a inscrição dos nomes de Cristo e do Pai nas frontes
destes redimidos "... e foi-lhes dito que não causassem danos à erva da
terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens
que não têm o selo de Deus sobre afronte."
(Ap. 9.4). Mas também, em Apocalipse 14.1 diz: "Olhei, e eis o
Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil,
tendo na fronte escrito seu nome e o nome de seu Pai."
O segundo grupo de redimidos (Ap 7.9-17). Esse se encontra no céu, é
constituído de todas as nações. "Depois
destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas
as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro,
vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos." (v. 9), Esse
grupo é de gentios salvos durante a Grande Tribulação. Uma vez martirizados, como vemos no capítulo
6.9-11, aparecem agora perante o trono de Deus. Ressurgirão (isto é, seus
corpos) antes do Milênio, como um dos grupos de ressuscitados da primeira
ressurreição. (Ler Ap 20.4.)
"... com palmas nas mãos." (v. 9).
Palmas é símbolo da vitória. Eles venceram.
João os viu no céu (vv. 5,9). Não tinham coroas; somente palmas. Coroas
são galardões por algo feito para Deus, e estes não tiveram oportunidade para
isso porque, uma vez professando sua fé em Cristo, foram mortos. A "...
grande Tribulação" já assola aqui (v. 14).
"... E Deus lhes enxugará dos
olhos toda lágrima. " (v. 17). É tocante isso para os nossos corações!
"Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei..." (Is
66.13). (Daniel e o Apocalipse – O
Panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
2.2. O
contexto
“...mar de vidro misturado com
fogo”. No capítulo
4.6 deste livro encontramos este mar de vidro visto por João. Neste ponto,
porém, João adiciona uma característica ao que já dissera antes, a saber: que
seu colorido era como “fogo”. Nas passagens de Apocalipse 4.6 ele é descrito
como “mar completamente transparente”, que se mantém calmo, pois um “mar de
vidro” indica uma massa compacta. Além disso, mostra-se que ele é atravessado
pela luz, como o cristal. Isso lembra o grande acontecimento nas margens do Mar
Vermelho, quando Israel, salvo por Deus da fúria de Faraó, cantou ao Senhor do
outro lado em voz de trunfo (Êx 15.1 e ss). Parece que João queria dizer em seu
informativo apocalíptico que esse “mar” do presente texto se tornara uma
espécie de “mar vermelho celestial”, onde os vencedores da Besta e seus
sequazes, se encontram do outro lado da vida, e em pé, à margem do mar de
vidro, antes de prosseguir em direção ao trono, entoam “o cântico de Moisés...
e o cântico do Cordeiro”.
“O mar de vidro espelha a divina beleza e glória de Deus.
Está repleto de luz, clara e brilhante como cristal, e transparente como os
pensamentos e planos de Deus, os quais são de sabedoria, clareza e veracidade
indescritíveis...”. Os capítulos sétimo e décimo quarto deste livro já haviam
descrito este grupo de peregrinos como “vencedores”, e o autor sagrado somente
faz, aqui alusão ao fato; a não ser que agora eles cantam o novo cântico, o
hino da vitória de Moisés, por terem atravessado o mar Vermelho e terem
triunfado.
“...todas as nações virão, e se prostrarão”. Essas palavras frisam a conversão
das nações durante o Milênio (cf. 21.24 e ss; 22.2). Na passagem de 14.7 as
nações são exortadas a se arrependerem e adorarem a Deus. Naturalmente, isso
envolverá somente as nações que sobreviverem aos juízos divinos; mas
certamente, também está em foco o estado eterno; subentendendo que todas as nações
encontrarão em Cristo a razão de sua existência, pois ele é o “Mediador entre
Deus Pai e todas as criaturas” (Ef 1.23; 1Tm 2.5). nele, tudo encontra seu
propósitos, pois ele é “tudo para todos”. Deus é o Senhor de todos; tanto da
presente era como na eternidade. Ele é e será proprietário e Senhor. O mundo
inteiro, finalmente, haverá de perceber isso, mediante o processo histórico
completado por meios de várias intervenções divinas. (apocalipse – versiculo por
versiculo – Severino Pedro)
2.3. O
motivo da selagem dos israelitas
"...
cento e quarenta e quatro mil selados...” (7.4). Trata-se de um grupo de
judeus, salvos e preservados na terra durante a Grande Tribulação para
testemunharem de Cristo em lugar da Igreja. O grupo está na terra, a qual é
mencionada nos versículos l e 3. Certamente é o cumprimento do que está predito
em Isaías 66.19: "... e alguns dos que foram salvos enviarei às nações, a
Társis, Pul e Lude, que atiram com o arco, a Tubal e Javã, até as terras do mar
mais remotas, que jamais ouviram falar de mim, nem viram a minha glória; eles
anunciarão entre as nações a minha glória.”
NB.
Os filhos de Jacó foram: de Lia: Rúben o primogênito, depois Simeão, Levi,
Judá, Issacar e Zebulom; de Raquel: José
e Benjamim; de Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali; de Zilpa, serva de Léia:
Gade e Aser.
A omissão das tribos de Dã e Efraim. Entre as 12
tribos arroladas nos versículos 5-8 não aparecem Dã e Efraim. Seus nomes são
substituídos pelos de José e Levi. E só comparar a lista com outras como Gn 29;
30; 49; Dt 33, etc. Certamente Dã e Efraim são omitidos por causa
de sua gritante e ostensiva idolatria, imoralidade e roubalheira. Dã, por
exemplo, foi à primeira tribo a cair fundo nesses pecados, levando multidões na
sua esteira. (Ler Jz 18.14-20, 30.31 e l Rs 12.28-30.) O caso de Juizes 18, é
por demais sério. Os danitas, cujas
proezas são aí relatadas,
agem como autênticos
ladrões. Sem quaisquer motivos
roubam o ídolo de Mica e ainda subornam seu moço sacerdote, fazendo com que a
idolatria, que estava restrita à família de Mica, fosse à religião de sua tribo
inteira. Esse foi um procedimento por demais iníquo. O procedimento de Efraim
não foi melhor. (Ler Os 4,17; 7.8; 11.12; 13.1,12.)
Dã e Efraim, não sendo selados aqui,
passarão pela Grande Tribulação sem a proteção do selo de Deus. No entanto, na
lista das tribos em evidência durante o Milênio de Cristo na terra, Dã vem em
primeiro lugar, e logo mais também Efraim (Ez 48.2,6). Como se explica isso?
Certamente na conversão de judeus durante a Grande Tribulação, Dã e Efraim não
crerão a princípio, mas crerão depois. Deve ser isso. Acima de tudo está a
graça de Deus para com os indignos.
Apesar da omissão de Dã e Efraim, o total de 12 tribos permanece em
evidência. Parece Deus querendo dizer que mesmo havendo mudanças por causa de
fracasso do homem, o Seu plano e propósito permanecem firmes.
O caso de Rubem e Judá. Rubem sendo o primogênito de Jacó (Gn 35.23)
foi rebaixado nesta lista das tribos do capítulo 7 de Apocalipse. A primazia
coube a Judá (v. 5). Certamente esse revés de Rubem vem do seu abominável
pecado, registrado em Gn 35.22; 49.3,4; l Cr 5.1, demonstrando inominável
fraqueza de caráter. A razão de Judá, não sendo primogênito, ser o primeiro da
lista em Apocalipse 7, talvez venha do fato de Cristo ser descendente dessa
tribo (Gn 49.9,10; Hb 7.14; Ap 7.5). (Daniel
e o Apocalipse – O Panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
3.
144.000 SELADOS
Neste tópico, deter-nos-emos sobre os cento e
quarenta e quatro mil selados, visto que a presença deles no Apocalipse
desperta calorosas polêmicas. Inicialmente, é importante destacar que eles são
reais, embora o número seja um número perfeito e completo de mil dúzias de
dúzias. Neste caso, simboliza os crentes judeus fiéis na terra, que permanecem
firmes no meio da calorosa perseguição do Anticristo, pois não se curvaram
diante de suas ordens demoníacas. No entanto, para outros teólogos que não
fazem distinção entre Igreja e Israel, a multidão e os 144.000 são um mesmo
povo, pois eles acreditam que a Igreja no Novo Testamento é o verdadeiro Israel
de Deus (Gl 6.16).
3.1. O
selo de Deus
14:1-5. O capítulo
começa com uma cena no monte Sião, o qual sem dúvida representa o céu –
única referência a Sião no Apocalipse. Somos apresentados a um grande grupo de
144.000, com características que os destaca de maneira fora do comum: 1) nas
suas testas trazem os nomes do Cordeiro e do Pai – o que acontecerá com todos
os redimidos por toda a eternidade (22:4); 2) só eles são capazes de
compreender o novo cântico cantado diante do trono pelos harpistas; 3) não se
contaminaram com mulheres, pois são virgens – uma declaração mais tarde
examinada neste estudo; 4) seguem o Cordeiro por toda parte; 5) são as
primícias de Deus; 6) são irrepreensíveis. Sem dúvida é um grupo selecionado de
santos de Deus, dos quais nada mais sabemos.
7:1-8. A segunda
série de juízos é muitíssimo mais severa e extensa do que aquela que foi
apresentada pela abertura dos selos. Antes que os sete anjos façam soar as sete
trombetas, duas grandes multidões são apresentadas, uma na terra (7:1-8) e
outra certamente no céu, em pé diante do trono e diante do Cordeiro
(7:9-17). O primeiro grupo está identificado como os 144.000 selados. . . de
todas as tribos dos filhos de Israel (v. 4). Não se diz que são mártires. O
sinal dá a entender que este grupo particular será divinamente protegido nas
tribulações que estão para se desencadear sobre a terra. (Comentário Bíblico de Moody)
“...à erva da terra, nem a verdura, alguma, nem a árvore
alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus”. O
autor alude ao trecho de (Ap 7.1 e ss). Ali, os quatro anjos guardiões das
forças da natureza, são proibidos de danificar as “verduras”, até que sejam
assinalados “os servos” de Deus. Aquele capítulo passa, então, a descrever os
144.000: (b) “Assim como Israel, no Egito, escapou das pragas que puniam aos
seus vizinhos egípcios, assim também o novo Israel (144.000) será isolado dos
ataques dos gafanhotos que emergirão do abismo”. (apocalipse – versiculo por
versiculo – Severino Pedro)
3.2. A
virgindade dos selados (Ap 14.4)
a) Os remidos não se prostituíram com
a grande meretriz (v. 4) - A expressão: não se
contaminaram com mulheres e castos não se trata de celibato. A Bíblia não
considera o sexo no casamento uma contaminação; ao contrário, ela exalta o
casamento como imagem da mais elevada dignidade (Ap 19-22). Antes, é uma
expressão que denota pureza espiritual. João fala diversas vezes da idolatria
da besta como porneia (Ap 14:8; 17:2; 18:3,9; 19:2). A igreja é uma virgem pura
apresentada ao seu noivo, Cristo (2 Co 11:2). Assim, os 144.000 são virgens e
castos no sentido de terem se recusado a se manchar, participando da
prostituição que é adorar a besta, mantendo-se puros em relação a Deus. (Estudos no Livro do Apocalipse – Hernandes
Dias Lopes)
"... não se macularam com
mulheres..." (v. 4). Significa: não praticaram religiões falsas; não
fizeram parte da igreja falsa. "... porque são castos...". Isto
tem sentido espiritual. Tanto no Antigo como no Novo Testamento a prática de
religiões falsas, bem como a união da igreja com o mundo é chamada de
infidelidade ou prostituição espiritual. Em Mt
25.1,2 temos a Cristandade representada sob a forma de dez virgens, cinco prudentes e cinco loucas. (Ler também Tg 4.4.) (Daniel e o Apocalipse – O Panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
3.3. O
caráter irrepreensível dos selados
b) Os remidos são os seguidores do
Cordeiro (v. 4) - Eles não seguiram a besta como todos os demais (13:8), mas
seguiram o Cordeiro (v. 14:4). Seguiram o Cordeiro, ainda que para a morte
(12:7). Os remidos são discípulos de Cristo. Eles ouvem a voz do Pastor e o
seguem (Jo 10:3-4). Eles negaram-se a si mesmos, tomaram a Cristo e seguiram ao
Senhor.
c) Os remidos são os eleitos de Deus (v. 4) - Eles
seguem o Cordeiro, porque não pertencem a si mesmos. Eles foram redimidos pelo
sangue do Cordeiro (Ap 5:9). Eles foram escolhidos dentre os homens. Fomos
escolhidos pela graça.
d) Os remidos são primícias para Deus (v. 4) -
Primícias aqui não são um grupo seleto da igreja, mas toda a igreja: Toda a
igreja é a igreja dos primogênitos (Hb 12:23).
e)
Os remidos são puros de lábios e de vida (v. 5) - Enquanto os ímpios blasfemam
e se contaminaram com a meretriz, e seguiram uma mentira, a besta e seus falsos
milagres, os redimidos não têm mentira na sua boca nem mácula em sua vida. (Estudos no Livro do Apocalipse – Hernandes
Dias Lopes)
CONCLUSÃO
Ao estudar esta lição, você pôde observar a
providência amorosa de Deus para com Israel, para com a humanidade e para com o
Planeta. E viu também que sua justiça e santidade não são limitadas por seu
amor e paciência. No tempo oportuno, os pecadores impenitentes serão julgados e
para sempre castigados junto com o líder e protetor deles Satanás. Portanto, “se
hoje ouvirdes a voz do Espírito Santo, não endureçais o vosso coração”.
Amados e queridos irmãos, não podemos
nos esquecer que todas as revelações transmitidas a João têm relação com seu
povo Israel. O próprio objetivo da tribulação é purificar o povo de Deus de
todas as iniqüidades como Dn 9.24-27 onde fala das 70 semanas.
As setenta semanas tratam das
provações e sofrimentos pelos quais Israel terá de passar antes que o seu
Libertador apareça, para, como diz o final do versículo 24 da profecia, dar fim
aos pecados dele e trazer sobre si a justiça eterna. Estas "semanas"
não se referem à Igreja, mas a Israel. "...
sobre o teu povo (o povo de Daniel) e sobre a tua santa cidade..." (a
cidade de Jerusalém) (v. 24). Esta profecia não tem, pois, aplicação quanto à
Igreja.
Muitos comentaristas colocam a igreja
como sendo participante dos 144 mil, mais este numero é literalmente dos filhos
de Israel das 12 tribos como já foi falado na 5ª lição e mais um pouco nos
tópicos acima. A igreja não pode aceitar outra interpretação, pois estaríamos
desvirtuando o sentido profético referindo à nação de Israel. (grifo meu)
Fontes:
Bíblia de Estudo Dake – Atos
Comentario Biblico de Moody - Apocalipse
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva – CPAD
Daniel e o Apocalipse – o Panoramana do Futuro – Antonio Gilberto –
CPAD
Estudos no Livro do Apocalipse – Hernandes Dias Lopes – Hagnos
Revista: APOCALIPSE –
Editora Betel - 2º Trimestre 2012 – Lição 08.
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