LIÇÃO 06 - O HERDEIRO TOMA POSSE E O USURPADOR REAGE


06 DE MAIO DE 2012


TEXTO ÁUREO
“E, se somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com Ele padecemos para que com Ele também sejamos glorificados”. Rm 8.17

VERDAE APLICADA
Deus tem todo direito de dispor de todas as suas obras como lhe agrada. Mas ainda que todas as coisas lhe pertençam por direito de criação, Ele não age de forma arbitrária.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Fortalecer a confiança do crente na Justiça de Deus;
Mostrar que a Justiça de Deus não só se manifesta em Seu caráter, mas também no modo como julga e aplica as suas próprias leis;
Remover a falsa idéia de que a Terra será destruída e incutir a doutrina da redenção e restauração de todas as coisas.

GLOSSÁRIO
Co-herdeiros: Que, ou o que herda com outro ou outros;
Arbitrária: Que não é regulado por lei ou praxe, mas só depende do critério ou vontade; e
Castiçais: Utensílio em que se coloca uma vela para alumiar.

Textos de Referência

Ap 10.1      E vi outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o rosto era como o sol, e os pés como colunas de fogo;
Ap 10.2      e tinha na mão direita um livrinho aberto e pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra.
Ap 10.8      E a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar co­migo e disse: Vai, toma o livri­nho da mão do anjo que está em pé sobre o mar e a terra.
Ap 10.9      E fui ao anjo, dizendo-lhe: dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como o mel.
Ap 11.15    E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre.

LEITURAS COMPLEMENTARES
  • Segunda feira: Ap 10.1-7
1 - E VI outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo;
2 - E tinha na sua mão um livrinho aberto. E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra;
3 - E clamou com grande voz, como quando ruge um leão; e, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes.
4 - E, quando os sete trovões acabaram de emitir as suas vozes, eu ia escrever; mas ouvi uma voz do céu, que me dizia: Sela o que os sete trovões emitiram, e não o escrevas.
5 - E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a sua mão ao céu,
6 - E jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora;
7 - Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus servos.
  • Terça feira:  Ap 10.8-11
8 - E a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra.
9 - E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel.
10 - E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo.
11 - E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.
  • Quarta feira: Ap 11.1,2
1 - E FOI-ME dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram.
2 - E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses.
  • Quinta feira:  Ap 11.3-7
3 - E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco.
4 - Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.
5 - E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto.
6 - Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem.
7 - E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará.
  • Sexta feira:  Ap 11.8-13
8 - E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.
9 - E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros.
10 - E os que habitam na terra se regozijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.
11 - E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
12 - E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
13 - E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu.
  • Sábado: Ap 11.14-19
14 - É passado o segundo ai; eis que o terceiro ai cedo virá.
15 - E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.
16 - E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus,
17 - Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste.
18 - E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.
19 - E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva.

INTRODUÇÃO:
Jesus, o dono do Planeta, está voltando para tomar posse daquilo que lhe pertence e todos os impostores serão banidos. É o assunto desta lição. Vamos estudar?

1. A LEITURA DO TERMO DE POSSE
“E vi outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem e por cima da sua cabeça estava o arco celeste, e o rosto era como o sol, e os pés como colunas de fogo; e tinha na mão um livrinho aberto e pôs o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra.” (Ap 10.1,2; Sl 68.17; Dn 7.10; Ez 38.4). Pés como colunas de fogo de fogo e rosto como o sol são características de Jesus listadas no capítulo um (Ap 10. 15,16). O livrinho é o mesmo que estava na mão direita de Deus. Com estas informações em mente podemos afirmar que:
Tal como diz em Ap 5.1, 7. A mão do anjo na qual estava o livrinho, provavelmente, era a “direita” conforme se depreende de Dn 12.7 e o contexto do quinto versículo desta secção. Devemos observar que os livros que trazem mensagens no apocalipse são primeiramente vistos na mão de Deus Pai (5.1); depois passam para a mão de Cristo (5.7); depois, para a mão de um anjo (cf. 1.1 e 22.16); e finalmente, para a mão de João (10.10).

1.1. Os capítulos dez e onze tratam da tomada de posse do planeta
Pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra. “O pé direito de Cristo está sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra (10.2). Nesta figura audaz e gráfica que João nos dá do anjo forte, ele é apresentado como uma figura colossal com um pé na terra e o outro no mar. Como Senhor da criação, ele domina a cena por completo”. Três vezes o anjo forte é retratado como estando de pé sobre o mar e a terra (10.2, 5, 8), e esta repetição denota a ênfase divina. À Besta que tinha dois chifres se levantará da terra (13.11 e ss): a Besta com sete cabeças e dez chifres se levantará do mar (13.1e ss). Isso significa apenas poder parcial, em contraste com a pessoa de Cristo, pois sua mão divina alcança todos os limites do universo (cf. Mt 28.18). Seus pés sobre o mar e terra significam domínio total de toda região (Dt 11.24; Js 1.3; Sl 8.6). Ele é Senhor do mar e da terra; é capaz de por-se de pé sobre uma vasta área; a mensagem que Ele traz alcançará toda a humanidade. Nada haverá de provincial ou localidade nesta mensagem que não seja atingida. O imenso domínio desse anjo aumenta com a descrição de sua “majestade” e “poder”.

1.2. A tomada de posse da herança será pública
Os sete trovões. Os trovoes não foram proferidos pelo anjo forte, porque suas vozes seguiam o seu clamor. No texto em foco, os sete trovões fizeram ecoar suas vozes como se fosse um eco retumbante de “améns” ao brado do anjo forte. Para alguns expositores do Apocalipse o simbolismo dos sete trovões provavelmente depende literalmente do trecho do sl 29.3-9. Ali é descrito a voz de Deus, em sete aspectos, semelhante a trovão, a qual fala de vários “eventos estremecedores”. Por causa do artigo definido “os” e do número “sete”, as vozes dos sete trovoes têm sido interpretadas, como uma totalidade de vozes, a saber: (a) “A voz do Senhor ouve-se sobre as águas...”. V. 3; (b) “A voz do Senhor é poderosa...”. V. 4; (c) “A voz do Senhor é cheia de majestade...”. V. 4; (d) “A voz do Senhor quebra os cedros...”. V. 5; (e) “A voz do Senhor separa as labaredas do fogo...”. V. 7; (f) “A voz do Senhor faz tremer o deserto...”. V. 8; (g) “A voz do Senhor faz parir as cervas...”. V. 9. (Ver notas expositivas sobre isso no v. seguinte).
O Apóstolo João entendeu muito bem o sentido da voz dos sete trovões, porém a exemplo de Paulo, lhe foi vedado escrever ou revelar a mensagem (cf. 2Co 12.4). O Trovão é símbolo de aviso, tanto neste livro como fora dele. Em outras passagens preliminares em que ocorrem trovões (8.5 e 11.19 e 16.18), são anúncios prévios de juízos da ira divina, o que provavelmente, se dá aqui também. No Apocalipse o trovão do hebraico “estrondar”.

1.3. A posse seguiu todos os trâmites legais
João recebe a ordem de pegar uma cana para medir o santuário de Deus, o seu altar, e os que naquele adoram (v. 1), o que certamente implica de que haverá alguma espécie de templo em Jerusalém nessa ocasião. Faz-se a declaração de que a cidade santa será pisada por quarenta e dois meses (v. 2), um período de tempo também encontrado em 13:5, idêntico aos 1.260 dias de 11:3 e 12:6. Eu o entendo como sendo a primeira metade do período de sete anos da nossa dispensação, ocorrendo a Grande tribulação na segunda metade, quando o Anticristo exercerá poder universal.

Necessariamente três coisas devem ser medidas nesta secção: (a) O Templo; (b) O Altar; (c) Os que nele adoram:
O TEMPLO. Realmente tem havido muitas especulações e debates sobre a hipótese do Templo que será erguido e por quem será erguido (o Anticristo ou judeus?) no local onde hoje se encontram as Mesquitas de Omar e El-Aksa.
Em Ezequiel capítulos 40 a 47, encontramos algo semelhante, onde se descreve a medição cuidadosa do Templo, em todas as suas dimensões. A tarefa, realizada por um mensageiro celeste, foi feita com “...um cordel de linho... e uma cana de medir”. C. Ez 40.3 cena similar aparecer em Jr 31.39 (nestas passagens, a medição é uma providência preparatória para a restauração e a reconstrução do Templo). Em 2Rs 21.13; Is 34.11; Am 7.7, 9; Lm 2.8, a palavra “medição” tem o sentido de “medido para destruição”. Em Ez 40.1 e 41.13 e 44.31 e Zc 2.2-8, encontramos uma medição completa do Templo e de suas cortes. Nestas passagens, medição tem o sentido de “reconstrução”. No presente capítulo, porém, a destruição se destina apenas aos que estão no “átrio que está fora do Templo”, e não dentro do Templo.

2. O HERDEIRO ENTREGA O PLANETA AOS CO-HERDEIROS
“E a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo e disse Vai e toma o livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra. E fui ao anjo, dizendo-lhe Dá-me o livrinho. E Ele disse-me Toma-o e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como o mel.” (Ap 10.8.9; Jr 15.16; Ez 2.8; 3.1-3). Por que Jesus mandou João comer o livrinho Por que seria amargo no ventre e doce ao paladar Por que depois disso João ainda teria que profetizar a muitos povos, nações e línguas? Vamos às respostas?

2.1. João come o livrinho
“... tomei o livrinho”. Ele não deve ser interpretado como sendo o mesmo do capítulo 5: o livro selado (ainda que esteja já aberto como no v. 8); mas pode ser a continuação do mesmo M. S. S. Novah diz o que segue: “O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e aramaico e essas línguas não poderiam ter uma palavra significando livro como entendemos atualmente...”. O vocábulo foi usado pela primeira vez por S. Crisóstomo no 4º século, embora se tenha também notícia que, o uso mais antigo de TA BIBLIA (‘os livros’) pelos cristãos, com esse sentido, segundo se diz, foi iniciado em 2 Clemente 14.2 (c. de 150 d.C.) Onde lê-se as seguinte frases: “...os livros e os Apóstolos declaram que a Igreja Primitiva tem existido desde o principio”. Dispunham, entretanto, das palavras significando “escritura” e “rolo”. João, escrevendo em grego, usou a palavra “biblos’ (de onde se origina “bíblia’’ e “biblioteca”), que veio a indicar o livro em sua forma moderna. Este do presente capítulo é retratado pelo anjo como sendo “pequeno”, embora sua mensagem fosse grande como o universo todo.

2.2. Comer o livro provoca desgosto e prazer
“... fará amargo o teu vente”. “Várias vezes nas Escrituras, a Palavra de Deus é comparada com alimento que deve ser assimilado. Portanto, o sentido inerente do texto, deve ser o mesmo sentido das palavras de Jesus em Jó 6.51-56, onde a “carne do Filho do homem” é comida, e seu “sangue” é bebida, que conforme se depreende do versículo 35, significa no pensamento de Jesus: Tomar posse da vida eterna. Ezequiel, como João, experimentou uma profecia doce-amarga (Ez 2.8 e 3.1-3). Da mesma forma, o profeta Jeremias teve de consumir a palavra da revelação divina (Jr 15.16)”. Para João, o comer, significa tomar posse da mensagem profética e transmiti-la de acordo com a vontade diretiva de Deus (cf. Jr 15.16; Ez 3.4; Ap 10.11). Notemos que primeiro o anjo disse: “... ele fará amargo o teu vente”. E no versículo 10 João diz primeiramente: “... na minha boca era doce como mel”. Parece a ordem lógica: o anjo, ao entregar o livrinho, preveniu-o do amargo, para evitar a João a frustração após a doçura do mel.

2.3. João, um pregador intercontinental
“... importa que profetizes outra vez”. Nada é dito sobre o pequeno rolo – o livrinho aberto. Expositores renomados pensam tratar-se do livro por excelência aberto a todos os “povos, e nações, e línguas e reis”: A Bíblia. Talvez essa, a pequena parte entregue a João, profetizando a todos os povos e cuja compreensão está hoje aberto a todos os que a escutam, seja o Apocalipse! Se assim for, não fechemos o grande livro de Deus.
Povos, e nações, e línguas e reis. Essa enumeração com leves variações, vista no texto em foco, tem sentido de “universalidade”, aplicável a todos os seres humanos; acham-se também sete vezes no Apocalipse, em diversas conexões (5.9; 11.9; 13.7; 14.6; 17.15) e, ao mesmo tempo, aponta para o “retorno” de João da “Ilha de Patmos” (1.9) com uma nova mensagem a toda a criatura. Neste versículo, “reis” aparecem em lugar da palavra usual, “tribo”. Provavelmente, como observa o Dr. R. N. Champrin, Ph, D isso é uma antecipação de Ap 17.10, 12. Assim sendo, Cristo, ao voltar, será governante de todos os reis e príncipes da terra, pois é “Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (19.16). Alguém pode perguntar: Não era João tão velhinho? Teria ainda condições para grande caminhadas? Para transpor os mares em busca de nações e reis? Teria ainda forças para profetizar diante de muitos povos e línguas? O Apóstolo não sabia. Mas escreveu. E aí estão as palavras do versículo (“11”)! Em quase todas as línguas do mundo, João está falando hoje. E assim tem falado diante de muitos povos, nações, línguas e reis!

3. IDENTIFICANDO AS DUAS TESTEMUNHAS
A esta altura, você já deve ter feito à clássica pergunta quem são as testemunhas. Não vamos tentar adivinhar os seus nomes. Seguiremos as pistas espalhadas pelo capítulo onze que nos dão ideia de quem poderiam ser. Vamos examiná-las?

3.1. Pistas no capítulo onze
“... minhas duas testemunhas”. Segundo C. F. Wishart a ciência de numerologia, denominada gematria, desenvolveu-se vagarosamente. Quando essa ciência apareceu, os números eram usados para expressar conceitos, idéias e princípios. Segundo conceito oriental, o número “dois”, na simbologia profética trazia a idéia de fortaleza. Dois homens são mais fortes que um, e, se surgir um terceiro, consolida a força (Ec 4.9-12). O número “2” é a duplicação de “1” e representa força. No Antigo Testamento, duas testemunhas eram necessárias para confirmar qualquer fato. Jesus enviava seus discípulos de “dois em dois”, por razões óbvias. O número aparece no Apocalipse em referência às “duas testemunhas” (11.1 e ss) e às duas “Bestas” (13.1 e ss). Nos dias sombrios da Grande Tribulação, Deus levantará dois grandes personagens. Desse modo, as duas testemunhas surgirão para demonstrar um testemunho de grande poder.
Profetizarão... vestidas de saco. O pano de saco era a vestimenta tradicional usada pelos profetas de grande poder. Era uma fazenda de fabricação rude e tinha a cor negra (Ap 6.12). O pano de saco usualmente era usado diretamente sobre a pele, para dar desconforto, pois simbolizava o descontentamento com as coisas como elas estavam. “No dizer de Charles: a vestimenta de “cilício” tipifica a natureza sombria da mensagem deles (das duas testemunhas). Era também uma vestimenta que representava aflição. Cf. Gn 37.34; 2 Sm 3.31; 21.10; 2Rs 6.30; Et 4.1-4; Jó 16.15; Sl 30.11; 35.13; 49.11; Is 3.24; 15.3; 20.2; Jr 48.37; 49.3; Am 8.10; Jn 3.5; Mt 11.21”.

3.2.  Com quem as testemunhas se parecem
Duas testemunhas aparecem agora, enviadas por Deus a profetizar nesta cidade, embora não sejamos informados da natureza de sua mensagem. Elas são comparadas às duas oliveiras e castiçais (v. 4) descritas em Zacarias 4 Recebem poder sobrenatural, tal como Elias e Moisés (I Reis 17:1), para matar seus inimigos, provocar seca, transformar água em sangue, e ferir a terra com pragas a seu bel-prazer (vs. 5, 6). Quando elas terminarem a obra de que Deus as encarregou, a besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará (v. 7).

No Apocalipse o fogo sempre está em foco, pois este vocábulo ocorre 17 vezes. Este versículo diz alguma coisa sobre a identidade das duas testemunhas. “Foi Elias quem teve autoridade sobre essa substância da natureza, e Moisés de igual modo. Moisés e Elias apareceram no monte da Transfiguração falando com Jesus (Mc 8.4). Mas não precisamos pensar que são eles os dois profetas retornados a terra; dois profetas escatológicos personificarão estes dois grandes profetas, assim como João Batista personificou Elias”. Mt 11.14; 17.10-13. Os dois grandes personagens têm as mesmas características ministeriais de Moisés e Elias; mas não serão Moisés e Elias, mais sim, terão seus ministérios, em razão de o Espírito de Deus ser o mesmo (Nm 11.17, 25 2Rs 2.9, 15; 1Co 12.4).

3.3. Então, quem são elas?
Para aqueles que defendem Moisés e Elias como sendo as duas testemunhas, seguem o seguinte pensamento: “A “Lei” é a Luz”. Por conseguinte, Moisés é associado a um dos candeeiros (cf. Pv 6.23). Mas a profecia também é luz, o que justifica a missão de Elias. O Antigo Testamento consiste da “lei e dos profetas”, e assim a mensagem de Deus para a humanidade (cf. Lc 16.16). “Moisés e os profetas” (Jo 5.39) testificam de Cristo. E no ministério das duas testemunhas fá-lo-ão de maneira especial, cumprindo uma missão especifica. (Comp. Ec 3.15).

“Cremos que naquela época (da Grande Tribulação) Deus levantará dois grandes profetas dentre os pregadores do “Evangelho do Reino”, que cheios de poder e autoridade de Deus, anunciarão a mensagem do juízo, com o mesmo poder e operação de maravilhas como aqueles dois grandes homens de Deus, no tempo em que estiveram na terra”. No Antigo Testamento, Moisés converteu as águas em sangue (Êx 7.19) e Elias fechou o céu para que não chovesse (Tg 5.17); ambos estiveram com Jesus no monte da Transfiguração (Mt 17.3); ambos tiveram seus ministérios interrompido (Nm 20.12 e 1Rs 19.16).
O interessante nesta passagem é que muitos colocam que as duas testemunhas serão Enoque e Elias, que foram os dois arrebatados ate os céus.
Mais analisando a palavra de Deus vimos que nosso Deus não é Deus de morto e nem permite que mortos voltem ao mundo dos vivos, pois ele mesmo proibiu essa pratica dos necromantes, pessoas que consultam mortos ou como conhecemos nos dias atuais espíritas. E com esta analise cheguei à seguinte conclusão, do meu ponto de vista e minha interpretação: as duas testemunhas serão Moisés e Elias, pois os dois foram arrebatados pelo Senhor para não provar a morte.
Parece loucura dizer isso né? Mais a própria palavra esclarece ao relatar a presença de Moisés e Elias no monte da transfiguração, pois se Moisés estivesse realmente morto ele não poderia aparecer ali em espírito, porque vai contra todas as ordens e leis do Senhor ao seu povo em consultar os mortos. E também quem escreveu o ultimo capitulo de Deuteronômio foi Josué, e ele não estava no monte quando Moisés subiu para ver a terra prometida, e receber do Senhor a negativa de que ele não iria entrar lá, por causa da desobediência dele.
Assim a mente deste jovem servo do Senhor me permite fazer uma analogia, deste momento em que Moisés sobe ao monte e o Senhor lhe mostra a terra e lhe diz que não vai pisar lá, naquele momento, mais promete a ele que logo ele o fará, creio eu pelo Espírito de Deus que ele é arrebatado e aprox. no ano 30 D.C. ele pisa na terra prometida, ao lado do profeta Elias e do filho de Deus encarnado Jesus Cristo, para fortalecê-lo e encorajá-lo do ele iria enfrentar alguns dias mais tarde em Jerusalém.
Por isso que eu creio que serão este dois homens, pois Enoque não é mencionado que ele tenha feito algum milagre ou que tivesse sido usado pelo Senhor em algo, eu descarto essa possibilidade dele voltar com Elias.

CONCLUSÃO
Os eventos de Apocalipse capítulos dez e onze constituem providências legais de Deus, para efetuar os julgamentos que ainda serão executados sobre a Terra. Todas as ações divinas narradas daqui por diante no Apocalipse, e relacionadas ao planeta estão respaldadas nestas providências.

Fontes:
Bíblia de Estudo Dake – Atos
Comentario Biblico de Moody - Apocalipse
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva - CPAD
Revista: APOCALIPSE – Editora Betel - 2º Trimestre 2012 – Lição 06.

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