“A Bíblia revela a soberana vontade de Deus”
LIÇÃO 10 – 10 de Março DE 2013
Texto Áureo
“Porque a palavra de
Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes,
e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é
apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. Hb 4.12
Verdade Aplicada
A Bíblia é a Palavra
de Deus, por isso nela não há erros. Ela é fonte inesgotável de sabedoria e tem
poder pra salvar a todos os que creem em suas palavras.
Objetivos da Lição
► Definir
o que é inerrância;
► Provar
que a Bíblia não contém erros;
► Mostrar
o porquê, que a Palavra de Deus tem de ser conhecida por todos.
Textos de Referência
Sl 119.7 Louvar-te-ei com retidão
de coração, quando tiver aprendido os teus justos juízos.
Sl 119.8 Observarei os teus
estatutos; não me desampares totalmente.
Sl 119.9 Como purificará o jovem
o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra.
Sl 119.10 De todo o meu coração te busquei; não me deixes
desviar dos teus mandamentos.
Sl 119.11 Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não
pecar contra ti.
INTRODUÇÃO
Como fundamento primário da fé,
os cristãos têm que ter as Escrituras Sagradas como verdade inegociável, pelo
fato de ser ela inspirada por Deus. A Bíblia é fundamental para que a
humanidade possa conhecer não somente o evangelho, mas todo o conselho de Deus.
Suas palavras são vida, e tem o poder de transformar o pior dos homens em seres
humanos socializados, vivendo de forma digna e honrosa. Ela é infalível, não
contém erros e é necessária para todos.
1. As diferentes formas das escrituras
Há muitos tipos de revelação de
Deus para a humanidade. Ele fala por meio da natureza (Sl 19.1-6; At 14.17),
bem como por intermédio da consciência interna do certo e errado em nosso
coração (Rm 2.15). Mas agora vamos tratar da revelação de Deus através de sua
voz na Bíblia.
1.1. A Palavra de Deus como decreto
A Bíblia é o livro
mais importante que já foi escrito. Ela reivindica ser (não apenas que tem) a
própria palavra do Deus todo-poderoso e infinito, dada para revelar a Si mesmo
ao homem finito. A Bíblia também é a ferramenta mais importante para o líder ou
pastor cristão. A Palavra “viva e eficaz” de Deus é capaz de penetrar os
corações e almas daqueles que nós procuramos ganhar para o Senhor. Ela nos
equipa para as boas obras, que certamente descrevem o nosso ministério de
desenvolver igrejas por toda parte. Ela serva como um padrão pelo qual nós
medimos e avaliamos cada doutrina, prática, tradição e cada outro livro. A
história, a tradição e o intelecto humano podem se desviar, mas a Bíblia
permanece firme como a verdade de Deus. Seu ensino é sempre correto. Suas
profecias sempre se cumprirão. Suas palavras ajudam-nos a ganhar o perdido e a
resistir ao diabo. A Bíblia é indispensável à nossa vida e ministério cristão.
Visto que nós cremos
que a Bíblia foi dada para a nossa instrução, nós precisamos nos aproximar dela
com cuidado e manejá-la com precisão (2 Tm 2.15). A natureza divina das
Escrituras exige que nós a leiamos com a intenção de aprender dela, ao invés de
fazê-la dizer o que nós queremos ouvir. Como nós podemos nos assegurar de que
nós compreendemos corretamente a Palavra? O método de estudo indutivo da Bíblia
foi projetado para ajudar a cada crente – seja leigo ou pastor – a compreender
melhor o ensino da Palavra de Deus. (Seminário
Teológico Evangélico Bíblico – estudo bíblico indutivo)
1.2. A Palavra de Deus como aplicação pessoal
A Bíblia é uma
revelação de Deus absolutamente fidedigna. Essa afirmativa se baseia na atitude
de Jesus para com o Antigo Testamento e no testemunho da própria Bíblia a seu
respeito (Mt 5:17-18; Mc 7:1-13; 12:35-37; Jo 5:39-47; 10:34-36; 1 Co 14:37-38;
Ef 3:3).
A Bíblia não tem a
pretensão de ser uma enciclopédia infalível de informações sobre todos os
assuntos e, por isso, não nos fornece a resposta a todas as perguntas que
possamos fazer a respeito do mundo a nosso redor. (NEM TUDO NOS É REVELADO!).
“As coisas encobertas
pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a
nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”. (Dt
29:29).
Ela é escrita na
linguagem do povo e não com a terminologia e exatidão científicas do nosso
século. De fato, seria tolice esperar
que o fosse, e se, por algum milagre, isso fosse conseguido, o livro se
tornaria incompreensível para a maioria de nós, para todos os que nos
precederam e, dentro de pouco tempo, a linguagem se tornaria arcaica.
A Bíblia registra uma
revelação progressiva de Deus (Is 42:8-9; 44:6-8; Os 6:3; Hb 1:1-2) através de
muitos séculos e a povos vários. Não devemos, portanto, tomar suas afirmações
isoladamente, mas considerá-las à luz do todo, do contexto. Não podemos basear
nossas crenças em versículos isolados, destacados de seu contexto. (Apostila de Introdução Bíblica – Humberto
Fontes)
1.3. A Palavra de Deus dita por lábios humanos e na
forma escrita
A
Bíblia é um livro bem humano, escrita por pessoas, que usaram linguagem de
gente, não de anjos. Mas ao mesmo tempo ela afirma - e assim a Igreja o
confessa - que é a palavra de Deus, a palavra que Deus inspirou. Ela é, como se
diz em certa língua indígena, "a fala de Deus no papel".
A
própria Bíblia não explica como se deve entender a inspiração. Na segunda
epístola de Pedro se diz que "homens
falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2Pe 1.21). O
termo que foi traduzido por "movidos" pode também ser entendido como
"guiados". Homens foram movidos ou guiados pelo Espírito. O Espírito
guiou o quê? Os pensamentos? A escolha das palavras? A mão, ao escrever? A
Bíblia não explica. Ela simplesmente diz ser inspirada pelo Espírito Santo (At
1.16; 2Tm 3.16; 2Pe 1.21).
Como
palavra de Deus em linguagem humana, a Bíblia é a única norma de fé e de vida.
A locução "única norma" expressa o sola Scriptura ("somente a Escritura") da
Reforma. Como única norma de fé, a Bíblia diz o quê, ou, melhor, em quem se
deve crer. Como norma de vida, ela, e só ela, diz que vida é agradável a Deus
(2Tm 3.14-17).
João
Ferreira A. de Almeida, o pastor protestante que, lá pela metade do século XVII
(1681), traduziu a maior parte da Bíblia para o português, disse o seguinte a
respeito dela:
A Escritura Sagrada, por ser a Palavra de Deus divinamente
inspirada, tem de Si mesma bastantíssima autoridade, e contém
suficientissimamente em Si toda a doutrina necessária para o culto e serviço de
Deus e nossa própria salvação, como mui claramente o ensina S. Paulo, nas sua 2
Epistola a Tim. cap. 3 verso 15,16,17 dizendo: Desde a tua meninice
sabes as letras sagradas... (ALMEIDA, 1684, pp.37-38) (Princípios de
Interpretação Bíblica - Vilson Scholz)
2. a bíblia contém erros?
Muito se discute sobre a
possibilidade de haver erros nas Escrituras. Muitas pessoas tentam acabar com a
grande influência que as Escrituras têm sobre a história da humanidade,
desmerecendo a sua autoridade questionando a sua inerrância. Mas para os
cristãos, Ela é a Palavra de Deus preservada na história e apta para todos os
tempos.
2.1. Definição de inerrância
Inerrância significa que a verdade é transmitida em palavras
que, entendidas no sentido em que foram empregadas e no sentido que realmente
se destinavam a ter, não expressam erro algum.
A
inspiração garante a inerrância da Bíblia. Inerrância não significa que os
escritores não tinham faltas na vida, mas que os seus ensinos foram preservados
de erros. Eles podem ter tido concepções errôneas acerca de muitas coisas, mas
não as ensinaram; por exemplo, quanto a terra, às estrelas, às leis naturais, à
geografia, à vida política e social etc. Quando por exemplo, Josué escreve que
o Sol parou, na verdade sabemos que quem parou foi a Terra (deixou de fazer o
movimento de rotação em volta do seu próprio eixo) por um milagre, tendo em
vista que todos os habitantes seriam arremeçados para o espaço se assim não
fosse. Porém Josué não posuia conhecimento científico e não foi interesse de
Deus revelar a ele tal conhecimento, até porque ninguém da época entenderia tal
explicação científica, exceto Josué por revelação. Por isso foi mais
conveniente para Deus “inspirá-lo” a escrever o que ele viu, ou seja, o Sol
parado no meio do céu por quase um dia interiro ! Js 10:13.
A inerrância não nega a flexibilidade da
linguagem como veículo de comunicação. É muitas vezes difícil transmitir com
exatidão um pensamento por causa desta flexibilidade de linguagem ou por causa
de possível variação no sentido das palavras. (Doutrina das Sagradas Escrituras Bibliologia -
FEST – Filemom Escola Superior de Teologia)
2.2. O que a Bíblia diz sobre a inerrância
A Bíblia revela a fonte de sua magnificência: "Toda Escritura é
inspirada por Deus." Isto não significa que Deus "inspirou" os
escritores (no sentido de dar-lhes uma “inspiração” apenas), ou seja, que eles
apenas interpretaram uma imaginação que lhes foi concedida, mas que a Palavra
foi produzida pelo sopro criativo de Deus. Assim como Deus soprou em Adão o
"fôlego da vida", Ele soprou também nas Escrituras o hálito de sua
vida. Lemos igualmente em 2 Pedro 1:21: "...os homens santos de Deus
falaram inspirados pelo Espírito Santo". Este versículo diz literalmente:
"Porque nunca jamais qualquer
profecia foi dada (ou trazida) por vontade humana, entretanto homens falaram da
parte de Deus movidos (ou trazidos) pelo Espírito Santo."
A palavra, inspiração vem
do latim e no seu sentido fisiológico, significa respirar para dentro.
Ela é usada pela ARC. (Almeida Revista e Corrigida) somente duas vezes no N.T.
(IITm.3:16; IIPe.1:21). Este vocábulo, embora consagrado pelo
uso, e, portanto, pela teologia, não é um termo adequado, pois pode
parecer que Deus tenha soprado alguma espécie de vida divina em palavras
humanas. Em II Tm 3:16 encontramos o vocábulo grego (theopneustos - theopneustos), que
significa soprado por Deus (e que foi traduzido na ARC como
“inspiradas”). Portanto, podemos afirmar que toda a Escritura é soprada ou expirada (expiração do ar para fora) por Deus, e não inspirada como expressa a ARC. As Escrituras são o
próprio sopro de Deus, é o próprio Deus falando (II Sm 23:2). Apesar disso, como é usado o termo inspiração e não expiração em
nossas versões portuguesas, pelo menos nas mais antigas, devemos sempre ter em
mente que na verdade, as palavras foram expiradas por Deus, dentro dos
escritores. (Doutrina das Sagradas Escrituras Bibliologia - FEST –
Filemom Escola Superior de Teologia)
2.3. A Bíblia é a única autoridade em questão de fé
e prática
Cristo recebeu o A.T. como relato verídico. Ele endossou grande
número de ensinamentos do A.T., como, por exemplo: A criação do universo por
Deus (Mc.3:19), a criação do homem (Mt.19:4,5), a existência de Satanás
(Jo.8:44), o dilúvio (Lc.17:26,27), a destruição de Sodoma e Gomorra
(Lc.17:28-30), a revelação de Deus a Moisés na sarça (Mc.12:26), a dádiva do
maná (Jo.6:32), a experiência de Jonas dentro do grande peixe (Mt.12:39,40).
Como Jesus era Deus manifesto em carne, Ele conhecia os fatos, e não podia se
acomodar a idéias errôneas, e, ao mesmo tempo ser honesto. Seu testemunho deve,
portanto, ser aceito como verdadeiro ou Ele deve ser rejeitado como Mestre
religioso. (Doutrina das Sagradas
Escrituras Bibliologia - FEST – Filemom Escola Superior de Teologia)
3. a necessidade das escrituras
A palavra de Deus é
necessária para que a humanidade possa conhecer o evangelho de nosso Senhor
Jesus Cristo. Também porque somente a Bíblia pode sustentar a fé espiritual dos
cristãos. Ela revela, como fonte segura e com clareza, a vontade soberana de
Deus. Ainda que Ela não seja necessária para dizer que Deus existe, é
fundamental para que a igreja esteja protegida de toda sorte de ensino que
tente adulterar os ensinos de Jesus Cristo.
3.1. Para conhecer o evangelho
Rm 10.14-15 - Há
uma série de questões seguidas de citações do VT que enfatizam o ponto de que Israel
nunca acatou as mensagens nem os mensageiros de YHWH. Deus envia mensageiros (profetas, apóstolos, pregadores, mestres,
evangelistas). Tais mensageiros são bênçãos de Deus para um mundo necessitado.
Na medida em que Deus envia graciosamente seus mensageiros do evangelho, os
ouvintes têm que responder adequadamente à mensagem, aceitando-a. Paulo
apegou-se a este pensamento, citando Is 52.7. Paulo expande este versículo do
VT para referir-se aos pregadores do evangelho.
A fé salvadora tem diversos
elementos: (1) a mensagem a ser crida; (2) a pessoa a ser recebida; (3) uma resposta inicial, mas também uma
permanente, de fé e arrependimento; (4) uma vida de obediência; e (5) perseverança (Ver nota em
1.5).
10.15 - Esta é a grande
comissão de Romanos. A salvação vem por ouvir e receber o evangelho. Os
pregadores são enviados para que "todos" possam ser salvos!
10.16 - Outra vez Paulo
usa as declarações proféticas do VT, originalmente referente à mensagem de YHWH
para Israel, a fim de referir-se ao evangelho de Jesus, o Messias. Como os
judeus do VT rejeitaram a mensagem de Deus, assim os judeus dos dias de Paulo
também rejeitaram . Esta é uma citação
de Is 53.1, mas é também relacionada teologicamente à rejeição da mensagem de
Deus por Israel, em Is 6.9-13.
10.17 - O evangelho é
primeiro uma mensagem (Gl 3.2), mas a mensagem se torna uma palavra pessoal,
"a palavra de Cristo" (Cl 3.15-16).
"a palavra de
Cristo" - Por causa do contexto, isto tem
que referir-se à mensagem que era pregada sobre Cristo. A pregação do evangelho
é o meio de Deus transmitir a Sua oferta ao mundo, em Cristo.
Há uma variação de manuscrito grego antigo neste ponto: (1) nos MSS
P46, N*, B, C, D* consta "a palavra de Cristo", enquanto
(2) nos MSS Nc, A, Dc, K, P consta "a palavra de
Deus". A primeira opção é a mais incomum (Cl 3.16) e, portanto,
provavelmente a original (este é um dos pontos básicos assumidos pelo criticismo textual). A UBS4 atribui a isso a
classificação "A " (correta).
Isto é o único outro lugar em que aparece no NT. A segunda opção,
"a palavra de Deus", aparece diversas vezes (Lc 3.2;
Jo 3.34; Ef 6.17; Hb 6.5 e 11.3).
(Comentario Biblico - Romanos - Bob Utley)
4:12 "em nenhum outro há salvação" Isto é uma forte NEGATIVA DUPLA. Não há salvação em Abraão
ou Moisés (cf. João 14:6; I Tim. 2:5). Que clamor chocante! É bastante
restritivo mas também bastante óbvio que Jesus cria que somente através de um
relacionamento pessoal com Ele alguém pode conhecer Deus. Pedro ousadamente
proclama isto para a elite da liderança Judaica. Isso tem sido chamado com
freqüência do escândalo exclusivista do Cristianismo. Não há meio termo aqui. O
essa afirmação é verdadeira ou o Cristianismo é falso!
"não há outro nome debaixo dos céus que seja dado entre
os homens" o PARTICÍPIO" que seja dado
"é um PASSIVO PERFEITO. Deus ordenou isso! Jesus é Sua resposta para a
necessidade espiritual da humanidade. Não há plano B! Para ver um bom livro
sobre essa afirmativa exclusivista do Cristianismo veja Dissonant Voices: Religioüs Plüralism and the Qüestion of Trüth, de
H.A. Netland .
"dentre os homens" Veja o elemento universal (cf. João 3:16; I Tim. 2:5; II
Pe. 3:9).
"pelo qual devamos ser salvos" Essa frase tem dos VERBOS
dei, PRESENTE DO
INDICATIVO ATIVO, "devemos "
sõthênai,
PASSIVO DO INFINITIVO AORISTO, de sõzõ.
A palavra para "salvo"
tem dois usos no NT:
1. Livramento físico (No sentido do
VT, cf. Mat. 9:22; Marcos 6:56; Lucas 1:71; 6:9; 7:50; Atos 27:20,31; Tiago
1:21; 2:14; 4:12; 5:20)
2. Salvação espiritual (Usos do NT,
cf. Lucas 19:10; Atos 2:21,40,47; 11:14; 15:11; 16:30-31)
A experiência do homem paralítico ilustra ambas. Os líderes
religiosos precisam crer em Jesus como sua única esperança para aceitação e
perdão! Os homens precisam ser salvos e Jesus é a única maneira para que isso
se realize. O VT citado no verso 12 mostra que Ele sempre foi mo plano de Deus
(cf. Isa. 8:14-15; 28:14-19; 52:13-53:12). (Comentario
Biblico - Atos - Bob Utley)
O Papel de Cristo: Sacrifício e Testemunho (2:5,6). Paulo parece estar novamente fazendo citações. O texto
original de 2.5,6 foi reconhecido como poético, sendo certificado com o tal no
Novo Testamento grego. Estes versos eram provavelmente um primitivo hino cristão
de cinco linhas:
Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens [ou
humanidade, anthropon], Jesus Cristo,
homem [anthropos], o qual se deu a si
mesmo em preço de redenção por todos [o termo “homens” não está presente no texto grego], para servir de
testemunho a seu tempo.
Este hino afirma a singularidade e a unidade de Deus como sustentada
pelos judeus, então acrescenta a revelação cristã de Jesus Cristo como o
mediador ou intermediário. Tal mediação foi possível pela encarnação e culminou
na crucificação de Cristo, quando sua vida foi oferecida como o preço pago pela
libertação daqueles que estavam escravizados. Tudo isso aconteceu no tempo
ordenado por Deus. (Comentário Biblico
Pentecostal - 1 e 2 Timóteo - French L. Arrington & Roger Stronstad)
3.2. Para sustentar a fé espiritual
Durante os dois
séculos em que o Papado teve poder absoluto na Europa Ocidental (1073-1294), os
estudiosos passaram a colocar o credo acima da Bíblia. Enquanto que a maioria
deles ainda procurava o apoio das Escrituras para o credo, alguns deles se
apegavam a revelações posteriores, transmitidas apenas pela tradição, e não tão
dependentes nos ensinamentos da Bíblia.
Fisher diz que
durante este período: “a leitura da Bíblia por parte dos leigos ficou sujeita a
tantas restrições, especialmente após a ascensão ao poder dos Valdenses, que,
se não era absolutamente proibida, era vista com graves suspeitas”. (George P.
Fisher, História da Igreja Cristã, pg. 219).
Durante a época
da Reforma, quando a Bíblia foi traduzida para a língua do povo, a igreja Católica
Romana impôs severas restrições à sua leitura, alegando que as pessoas eram
incapazes de interpretá-la. Tinha-se que obter permissão para lê-la, mas mesmo
quando essa permissão era dada, era com a condição de que o leitor não tentasse
interpretá-la por si só. Muitos deram suas vidas pela simples razão de serem
seguidores de Cristo e colocarem sua confiança nas Escrituras.
Newman diz: “Um
esforço persistente foi feito pelos romanizantes para eliminar a Bíblia inglesa.
Em 1543, um decreto foi passado proibindo terminantemente o uso da versão de
Tyndale, e qualquer leitura das Escrituras em assembleias, sem a permissão
real”. (A. H. Newman, Um Manual da
História da Igreja, pág. 262).
Na leitura da
Bíblia, é Deus quem fala aos corações dos homens. Na leitura dos Salmos, geralmente,
somos nós quem falou com Deus. (Apostila
de Introdução Bíblica - Humberto Fontes)
3.3. Para conhecer a vontade de Deus
o Antigo Testamento é a Palavra
de Deus. é como se o próprio Deus houvesse falado cada palavra do livro.
As Escrituras são o resultado da divina inspiração espiritual,
da mesma maneira em que o falar humano é efetuado pela
respiração pela boca do homem."
"A Bíblia contém a Palavra, em lugar de dizer que é a
Palavra de Deus".
Essa teoria nos submergiria num
pântano de incertezas, pois quem pode, sem equívoco, julgar o que é e o
que não é essencial à salvação? Onde está a autoridade infalível que
decida qual parte é a Palavra de Deus e qual não o é? E se a história da
Bíblia é falha, então a doutrina também o é, porque a doutrina bíblica
se baseia na história bíblica. Finalmente, as Escrituras
mesmas reivindicam para si a inspiração plenária. Cristo e seus apóstolos
aplicaram o termo "Palavra de Deus" a todo o Antigo Testamento.
Pela expressão verbal de um homem até
um cego pode conhecê-lo perfeitamente. Embora se veja ma pessoa e dela se tenha
informações, não se conhecerá bastante enquanto ela não falar. A
palavra do homem é a expressão de seu caráter. Da mesma maneira, a
"Palavra de Deus" é o veiculo mediante o qual Deus se comunica
com outros seres, e é o meio pelo qual Deus expressa o seu poder, a sua
inteligência e a sua vontade.
Cristo é a Palavra ou Verbo,
porque por meio dele, Deus revelou sua atividade, sua vontade e propósito,
e por meio dele tem contato com o mundo. Nós nos expressamos por meio de
palavras; o eterno Deus se expressa a si mesmo por meio do seu Filho, o
qual "é a expressa imagem da sua pessoa" (Heb. 1:3). Cristo é a
Palavra de Deus, demonstrando-o em pessoa. Ele não somente traz a
mensagem de Deus — ele é a mensagem de Deus.
Pode haver arrependimento
verdadeiro sem fé? Ninguém poderá arrepender-se no sentido bíblico sem fé na
Palavra de Deus, sem acreditar em suas ameaças do juízo e em suas promessas de
salvação.
De que maneira o Espírito Santo ajuda
a pessoa a arrepender-se? Ele a ajuda aplicando a Palavra de Deus à
consciência, comovendo o coração e fortalecendo o desejo de abandonar o pecado.
A Palavra de Deus desperta os
homens a compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas. Quando dão
importância à Palavra arrependendo-se e crendo em Cristo, são purificados pela
Palavra que lhes fora falada. Esse é o início da purificação que deve continuar
através da vida do crente. (Conhecendo
as Doutrinas da Bíblia - Myer Pearlman)
CONCLUSÃO
Tendo estudado sobre o
tema as Escrituras como Palavra de Deus, todos nós estamos mais preparados para
seguir nossa jornada de fé rumo ao alvo que é Cristo. Não podemos esquecer que,
somente através do estudo sistemático da Bíblia Sagrada, é que conseguiremos
ter uma fé mais forte diante das grandes dificuldades que essa vida nos
proporciona. Que possamos amar a Bíblia a semelhança do salmista que disse
“Antes tem o seu prazer na Lei do Senhor e na Sua lei medita de dia e de noite”
(Sl 1.2).
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: VIDA CRISTÃ VITORIOSA –
Editora Betel - 1º Trimestre 2013 – Lição 10.
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