A ATUAL SITUAÇÃO DOS MORTOS





Porquanto os que estão entre os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem mais nada; não haverá recompensa para eles nem mesmo lembranças restarão acerca de suas pessoas. Assim, o amor, o ódio e a inveja há muito os deixaram; nunca mais terão parte em nada do que se passe debaixo do sol. Ec 9.5,6
Os mortos não sabem coisa nenhuma (9.5,6)
Adventista do Sétimo Dia e Testemunhas de Jeová. Afirmam que os mortos não sabem nada, querendo dizer com isso que estão inconscientes.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: O texto em estudo declara que os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa". Se o interpretarmos de modo absoluto, somos forçados a admitir que todos os mortos estão nivelados pela inconsciência, sem nenhuma possibilidade de obter recompensa. Mas tanto as testemunhas de Jeová quanto os adventistas admitem que uma classe de mortos vai ressuscitar e terá recompensas (Dn 12.2; Jo 5.28,29; At 24.15; Ap 22.12).
Logo, há de se admitir que a interpretação correta da passagem tem outro sentido: está afirmando que os mortos não sabem nada do que se faz debaixo do sol (v. 6). Com relação à vida presente, na verdade, nenhum morto tem qualquer relacionamento com os que aqui ficam, mas isso não quer dizer que não tenham consciência no lugar para onde há de ir. Se for fiel, irá para o céu.
E, assim como aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo, depois disso o Juízo, Hb 9.27
Universalismo. Defende que haverá salvação póstuma. Interpretando o juízo como um momento em que Deus resgatará em Cristo todos os homens.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Esta possibilidade de salvação póstuma universal e de uma salvação gradual e evolutiva por meio de sucessivas vidas corrompe a verdade bíblica. Após a morte, dizem as Escrituras, segue-se o juízo, embora não imediato, como mostra a história do homem rico e Lázaro (Lc 16.19-31). Os perdidos (o rico) já sofrem as preliminares de uma condena­ção eterna (Jo 5.29; 2Ts 1.9). Esta mesma passagem demonstra que não há reparação para os que não se convertem durante a existência terrena. Paulo corrobora com isso quando diz: “Ouvi-te em tempo aceitável; e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação" (2Co 6.2; Ec 9.5).
A palavra "aceitável”, citada no início do versículo, vem do grego dektos (favorável), mas quando aparece pela segunda vez, Paulo intencionalmente utiliza o termo grego euprosdeklos, que deve ser entendido como "favorabilíssima", acentuando assim a importância do tempo de salvação no qual vivemos (Gl 4.4). Não há espaço para correção após a morte, mas, sim, conforme o texto em destaque, “agora", ou seja, neste tempo de vida, quando temos a rica oportunidade de abraçar a graça salvadora (2Co 5.10; Gl 6.8.9).
As bênçãos resultantes da vinda do Senhor Jesus a este mundo são incontáveis. Elas se relacionam com tudo que concerne ao crente. Uma dessas bênçãos tem a ver com os filhos de Deus que já dormiram ou vierem a dormir no Senhor. Na glória celestial ser-nos-ão reveladas inumeráveis outras bênçãos das quais usufruiremos, derivadas da vinda de Jesus aqui. Elas têm alcance ilimitado, aqui e na eternidade.
Antes da Ressurreição de Cristo
Para compreender os ensinos bíblicos sobre o lugar para onde vão os mortos, é necessário observar o texto original do Antigo Testamento em hebraico, e o original grego do Novo Testamento. A palavra SHEOL לוֹאשְׁ, (inferno), Cordas do inferno me cingiram; encontraram-me laços de morte. 2º Samuel 22:6 (MÅVET: MOQËSHEY QIDËMUNY SABUNY SHËOL CHEVËLEY), e a palavra qever רבֶקֶ (sepulcro, tumba) O meu espírito se vai consumindo, os meus dias se vão apagando, e só tenho perante mim a sepultura. Jó 17:1 (LY: QËVÅRYM NIZËÅKHU YÅMAY CHUBÅLÅH RUCHY) no Antigo Testamento, equivale em sentido a HADES (Haidē) αδη, GEENA no Novo Testamento. Ambas designam o lugar para onde, nos tempos do Antigo Testamento, iam todos após a morte: justos e injustos, havendo, no entanto, nessa região dos mortos, uma divisão para os justos e outra para os injustos, separados por um abismo intransponível. Todos estavam ali plenamente conscientes. O lugar dos justos era de felicidade, prazer e segurança, gozo, alegria e paz. Era chamado “Seio de Abraão”. Já o lugar dos ímpios era (e é) medonho, cheio de dores, sofrimentos, angustia, tormento, estando todos lá, plenamente conscientes.
No Novo Testamento há três palavras diferentes no grego, que são traduzidas pela palavra INFERNO em português. O Inferno, segundo Lucas 16:22,23 E assim, chegou o dia em que o mendigo morreu e os anjos o levaram para junto de Abraão. Entretanto, o homem rico também morreu e foi sepultado. Mas no Hades, onde estava em tormentos, ele olhou para cima e observou Abraão ao longe, com Lázaro ao seu lado. é tradução da palavra grega HADES, 22. egéneto dé apothaneín tón ptochón kaí apenechthínai aftón ypó tón angélon eis tón kólpon Avraám: apéthanen dé kaí o ploúsios kaí etáfi. 23. kaí en tó Áidi epáras toús ofthalmoús aftoú, ypárchon en vasánois, orá Avraám apó makróthen kaí Lázaron en toís kólpois aftoú. Por outro lado, o Inferno, segundo Mateus 23:33 Cobras venenosas, ninho de víboras! Como escapareis da condenação do inferno? é tradução do grego GEENA, ófeis, gennímata echidnón, pós fýgite apó tís kríseos tís geénnis?, enquanto que o Inferno conforme II Pedro 2:4 Ora, se Deus não poupou os anjos que pecaram, mas os lançou no inferno, aprisionando-os em cadeias abismais tenebrosas, com o propósito de serem reservados para o Juízo, é tradução de TÁRTARO ei gár o theós angélon amartisánton ouk efeísato, allá seiroís zófou tartarósas parédoken eis krísin tirouménous,. Em cada versículo, o significado varia no original quanto ao lugar ocupado pelos espíritos dos mortos. E o Tártaro segundo a mitologia Grega era a prisão dos Titans, que tem uma correlação com os demônios, pois assim eram considerados pelos Gregos como inimigos dos deuses.
Depois da Ressurreição de Jesus:
Antes de morrer por nós, Jesus prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam contra a igreja (Mt 16:18). Isto mostra que os fiéis de Deus, a partir dos dias de Jesus, não mais descerão ao HADES, isto é, a divisão reservada ali para os justos. O texto em apreço indica futuridade em relação a ocasião em que foi proferido por Jesus. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor, pois Ele disse ao ladrão arrependido: “... hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43).
Sobre o assunto, diz o apóstolo Paulo:
Por isso, é que foi declarado: “Quando Ele subia em triunfo às alturas, levou cativos muitos prisioneiros e distribuiu dons aos homens”. “O que significa “Ele subiu”, senão que também desceu às partes mais baixas da Terra? ” (Ef 4.8,9). Entende-se, pois, que Jesus, ao ressuscitar, levou para o Céu os crentes do Antigo Testamento que estavam no “seio de Abraão “, conforme ele relata em Lucas 16.22, Antes, porém Pedro nos faz saber que ele foi pregar para esses espíritos em prisão 1Pe 3.19 no qual igualmente foi e proclamou aos espíritos em prisão. 1 Pe 4.6 por esse motivo, o Evangelho foi pregado também a mortos, para que eles, mesmo julgados no corpo conforme a humanidade, vivam mediante o Espirito segundo Deus. Muitos dos santos, Jesus os ressuscitou por ocasião da Sua morte, certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na Festa das Primícias (Lv 23.9-11), que profeticamente falava da ressurreição de Cristo (I Co 15.20,23). Nessa festa profética havia pluralidade (o texto bíblico fala de “molho” ou “feixe”). Logo, no seu cumprimento deveria haver também pluralidade. E houve, conforme vemos em Mateus 27:52,53 Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que haviam morrido foram ressuscitados. E, deixando as sepulturas, logo após a ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram para muitas pessoas. 52- Esses corpos fazem parte da multidão de cativos que Cristo livrou de no submundo dos espíritos e que tomou cativos com Ele quando ascendeu aos céus (Ef 4.8-10; Hb 2.14,15). Agora, quando os crentes morrem, não vão mais para o seio de Abraão, mas vão para o céu para esperar a ressurreição do corpo (2 Co 5.8; Fp 1.21 -24; Ap 6.9-11; Hb 12.22). Os ímpios continuam a ir para o inferno a fim de aguardar sua ressurreição (Lc 16.19-31; Ap 20.11-15).
53- Eles não podiam sair antes porque Cristo precisava ressuscitar primeiro e entrar na imortalidade num corpo humano (1 Co 15.20-23; Ap 1.5; LC 24.39). A obra redentora de Jesus no Calvário afetou não só os vivos, mas também os mortos que dormiam no Senhor.
O apóstolo Paulo foi ao Paraíso, o qual está no terceiro Céu (II Co 12:1-4). Portanto, o Paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de Deus. Não em baixo, como alguns pensam. A mesma coisa vê-se em Ap 6.9,10, onde as almas dos mártires da Grande Tribulação permanecem no Céu, “debaixo do altar” aguardando o fim da Grande Tribulação, para ressuscitarem (Ap 20.4) e ingressarem no reino milenial de Cristo.
Os crentes que agora dormem no Senhor estão no Céu, pois o Paraíso está lá, como um dos resultados da obra redentora do Senhor Jesus Cristo (2 Co 5.8). No momento do arrebatamento da Igreja, seus espíritos virão com Jesus, unir-se-ão a seus corpos ressurretos e subirão com Cristo, já glorificados 1Ts 4.14-17.
O Estado dos Mortos
Escritores gregos clássicos viam a morte como um sono. Homero, em sua obra “A ILÍADA”, chama o sono de “irmão gêmeo da morte”. Dizem que Sócrates, condenado a morrer envenenado, declarou: “Se a morte é apenas um sono sem sonhos, deve ser algo maravilhoso”. Mas a Palavra de Deus ocupa-se do assunto com toda clareza. Davi aguardava por antecipação o dia em que iria despertar na presença do Senhor. Ele disse: Eu, contudo, graças à tua justiça, verei a tua face; quando despertar, terei a plena satisfação de ver tua semelhança em mim. SI 17.15. Outro autor dos Salmos declarou que nossos dias nesta Terra são “ como um sono” Tu arrastas os homens na correnteza da vida; são breves como o sono; são todos como a relva que brota com a alvorada, Sl 90.5
O Estado dos Justos Falecidos                                         
Na morte, a vida corpórea cessa e o corpo começa a desintegrar-se, o que é inerente à sua natureza. Daí o espírito ou a alma humana entrar em estado consciente de existência. E a natureza desse estado, particularmente com respeito aos justos, que agora temos de estudar.
Os Justos Estão com Deus
A declaração em Eclesiastes 12.7 o pó retorne à terra, de onde veio, e o espirito volte a Deus, que o concedeu, de que o espírito volta a Deus que o deu, acha-se repetida em passagens do Novo Testamento. Sabemos que o ser humano é tricotômico, ou seja, possui Corpo ou matéria, alma e espirito conforme 1Ts 5.23 Que o próprio Deus da paz vos santifique integralmente. Que todo o vosso espírito, alma e corpo sejam mantidos irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. Em Filipenses 1.23 Paulo falou de partir e estar com Cristo. Referia-se ao dilema que tinha quanto ao morrer ou continuar vivo. Reconhecia que, continuar nesta vida significava muito sofrimento, mas o terminar desta vida significava uma partida imediata para a presença de Cristo.
Os Justos Estão no Paraíso
Conforme Apocalipse 2.7, àquele que vencer, Cristo lhe concederá o privilégio de comer “... da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus” Quem tem ouvidos, compreenda o que o Espírito declara às igrejas: ‘Ao vencedor darei o direito de comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus’. Ainda que não seja usado o termo “paraíso” em Apocalipse 22.1,2, é provável que a ideia seja a mesma. Nessa passagem, a “árvore da vida” aparece ao lado do rio da água da vida, e o quadro total é o de um paraíso ou jardim de bem-aventurança.
Os Justos Estão Vivos e Conscientes
Os justos desincorporados estão vivos e conscientes. Ainda que o Novo Testamento ensine que há um estado desincorporado durante o intervalo entre a morte e a ressurreição, em parte alguma ele deixa transparecer a ideia de que esse estado seja de animação suspensa ou de inconsciência. Várias passagens nos ajudam a compreender isso.
Em Mateus 22.32 Jesus declarou aos saduceus que Deus é Deus dos vivos. Sua declaração foi feita em referência às palavras dirigidas a Moisés na ocasião da sarça ardente: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Ex 3.6 ” Jesus interpretou essa declaração como significando que Deus estava dizendo: “Abraão, Isaque e Jacó morreram há muito tempo, porém eles continuam vivos. em Ap 6.9,10, as almas dos mártires da Grande Tribulação permanecem no Céu, “debaixo do altar”, e elas estão cobrando de Deus vingança pelo sangue deles que foi derramado na terra, ou seja estão totalmente conscientes do que aconteceu com eles antes e na hora da morte.
Os Justos Estão em Descanso
Os justos desincorporados estão em descanso. Esta declaração se baseia nas palavras de Apocalipse 14.13: Então, ouvi uma voz grave do céu que ordenava: “Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem de suas lutas e trabalhos, porquanto as suas obras os acompanham! ” A ideia principal do termo “descanso” é de refrigério depois do labor. Os que morrem no Senhor são descritos como estando num estado de bem-aventurança, porque entram numa experiência de regozijo, como sendo aliviados então das lutas desta vida. Mais do que isto, suas obras não param quando eles morrem. Ela continua produzindo efeitos até aquele dia quando serão abertos os livros (Ap 20.12).
O Estado dos Ímpios Falecidos
As passagens do Novo Testamento que tratam dos maus ou injustos no estado desincorporado, são menos numerosas do que as que se referem aos justos. Porém, as poucas que se relacionam com este tópico, conduzem a várias conclusões:
Lucas 16.23 Mas no Hades, onde estava em tormentos, ele olhou para cima e observou Abraão ao longe, com Lázaro ao seu lado.
· Os ímpios falecidos estão num lugar fixo.
· Os ímpios falecidos continuam vivos e conscientes.
· Os ímpios falecidos estão separados de Deus. (2 Pe 2.9). Constatamos, portanto, que o Senhor sabe livrar os piedosos da provação e manter em castigo os ímpios para o Dia do Juízo,
· Os ímpios falecidos estão reservados para o castigo eterno Ap 20.15 E todo aquele cujo nome não foi encontrado escrito no Livro da Vida foi lançado no lago de fogo.
Multidões e multidões que dormem no pó da terra acordarão: uns para a vida eterna, outros para a vergonha, humilhação e para o desprezo eterno Dn 12.2
Daremos a seguir uma pequena síntese sobre este assunto para que os irmãos possam compreender melhor este assunto e outros que trataremos a seguir. Assim como a vinda de Jesus Cristo está dividida em duas fases, a ressurreição dos mortos também é dividida em duas partes que são:
1.ª Ressurreição
Esta primeira ressurreição é para vida e compreende o período de desde a Ressurreição de Jesus Cristo até a Vinda de Cristo em Glória. Veja Jo 5:28,29, I Co 15:22-23, I Ts 4:14-17 Ap 20:4-6.
A primeira ressurreição acontecerá na Segunda vinda de Cristo quando ressuscitarão com todos os santos encontrando-se com Ele nos ares (I Co 15:23 e I Ts 4:16-17), e os mártires da Grande Tribulação que serão ressuscitados no final da Grande Tribulação, quando se dará a vinda de Cristo em Glória para o estabelecimento do Reino Milenial.
· O corpo mortal será relacionado com o corpo da ressurreição, como o grão se relaciona com a colheita (I Co 15:37-38).
· O corpo da ressurreição será incorruptível, poderoso, glorioso e espiritual (I Co 15: 42-44 e 49).
· Os corpos dos santos vivos serão transformados (I Co 15:50-53 e Fp 3:20-21). Esta mudança de corpos é chamada de redenção do nosso corpo (Rm 8;23 – Ef 1:13-14).
2.ª Ressurreição:
Esta segunda ressurreição é para e Juízo, isto é, para o julgamento do Grande Trono Branco (Jo 5:28-29 e Ap. 20:5-6, 11-13).
Na ressurreição dos ímpios que será a segunda ressurreição, quanto a que corpos receberão, não foi descrito. Eles serão julgados de acordo com suas obras e lançados no lago de fogo (Ap. 20:7-15).


Fonte:
Bíblia Apologética de Estudos - ICP;
4º Modulo - Curso Básico de Teologia - IBA;
Bíblia Sagrada;

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