Lição 5 - Páscoa: a Libertação de um povo


29 de julho de 2018



Texto Áureo
"E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo." Êx 12.14

Verdade Aplicada
A Páscoa era uma festa de libertação, pois comemorava o agir de Deus em libertar o povo de Israel e apontava para Cristo, o Cordeiro de Deus. 

Objetivos da Lição
1 - Explicar que a Páscoa foi um momento ímpar da história de Israel;
2 - Apresentar o grande projeto de Deus em cuidar de cada detalhe da história do Seu povo;
3 - Ensinar que Cristo é a nossa Páscoa, marco da nova aliança.

Glossário
Bojo: Parte mais íntima ou fundamental de algo, âmago;
Donativo: Objeto dado em forma de doação; oferta, presente;
Verga: Viga disposta horizontalmente sobre ombreiras de portas e janelas.

Textos de Referência.

Êxodo 12.41-43,50
41. E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito.
42. Esta noite se guardará ao Senhor, porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações.
43. Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da páscoa: nenhum filho do estrangeiro comerá dela.
50. E todos os filhos de Israel o fizeram; como o Senhor ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram.

Hinos sugeridos.
282 - Que Sangue Precioso
292 - Qual o Preço do Perdão
334 - O Fim Vem Cuidado

Motivo de Oração
Ore para que o mundo conheça Jesus Cristo, o mediador da Nova Aliança.

Introdução
A Páscoa foi um momento especial na vida do povo de Israel. Um evento que entrou para a história; uma das festas observadas todos os anos; um simbolismo que apontava para Cristo.

1. A instituição da Páscoa 
Páscoa significa "passar por cima". Esse termo foi cunhado na noite em que os primogênitos foram mortos no Egito, uma vez que nas casas que tinham sangue nas vergas da porta, o anjo passou por cima (Êx 12.13-14).
“A figura de um cordeiro ou cabrito sacrificado como parte do drama da salvação e da redenção remonta à Páscoa (Êx 12.1-13). Deus veria o sangue aspergido e ‘passaria por cima’(pasah) daqueles que eram protegidos por sua marca. Quando o crente do Antigo Testamento colocava as suas mãos no sacrifício, o significado era muito mais que identificação (isto é: ‘Meu sacrifício’). Era um substituto sacrificial (isto é: ‘Sacrifico isto em meu lugar’).
Embora não se deva forçar demais as comparações, a figura é claramente transferida a Cristo no Novo Testamento. João Batista apresentou-o, anunciando: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo’ (Jo 1.29). Em Atos 8, Filipe aplica às boas novas a respeito de Jesus a profecia de Isaías que diz que o Servo seria levado como um cordeiro ao matadouro (Is 53.7). Paulo se refere a Cristo como ‘nossa páscoa’ (1Co 5.7). Pedro afirma que fomos redimidos ‘com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado’ (1Pe 1.19)” (HORTON, Stanley (Ed). Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal1ª Edição. RJ: CPAD, 1996, p.352).

1.1. O ritual de celebração
Através de Moisés, Seu servo, Deus ordena que o cordeiro ou cabrito de um ano e sem defeito fosse selecionado. Ao imolar o animal, o seu sangue deveria ser aplicado às vergas da porta de entrada de cada casa. Completadas as preparações para a partida, os israelitas comeram a refeição da Páscoa, que consistiu de carne, pão sem fermento e ervas amargosas. Segundo o relato bíblico, tudo quanto fora ordenado, os filhos de Israel fizeram (Êx 12.28).
Festas de Israel. Certas igrejas são ensinadas a celebrar as festas dos Tabernáculos (Lv 23.34; Dt 16.13), da Colheita (Êx 23.16; 34.22) e da Páscoa. Tais celebrações, juntamente com outras quatro mencionadas na Bíblia, eram consideradas sagradas e específicas do povo judeu.
A igreja não precisa festejar a páscoa judaica, uma vez que Cristo é a nossa páscoa (1 Co 5.7). Ela deve, sim, celebrar a Ceia do Senhor, que é uma festa genuinamente cristã, e que comemora o Novo Pacto inaugurado com o sangue de Jesus (1 Co 11.20,25; At 2.42). (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2007 » 2º Trim)
1.2. Os elementos da Páscoa 
Ao estabelecer a Páscoa para o Seu povo, Deus utilizou-se de elementos que trazem grandes significados espirituais. Vemos a figura do cordeiro, que deveria ser macho de um ano e sem mácula. O simbolismo aqui aponta para o sacrifício de Jesus Cristo, que, na plenitude dos tempos, daria a Sua vida pela humanidade. Outro fator importante é o ato de aspergir o sangue nos umbrais da porta; isto nos mostra a necessidade de estarmos cobertos pelo sangue de Cristo. Há também os elementos da ceia pascoal, que são a carne, o pão sem fermento e as ervas amargas. Os hebreus comeram a carne naquela noite para que pudessem ter força para caminhar rumo à liberdade. Do mesmo modo, o cristão recebe força na comunhão com Cristo para a sua jornada. O pão sem fermento simboliza a sinceridade e a verdade que deve existir no meio do povo de Deus. As ervas amargas representavam o momento de sofrimento do povo no Egito e as provações da vida espiritual.
O pão. Deveria ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse crescer (Êx 12.8,11,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. A falta de fermento também representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso ensino dos fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15). O pão também simboliza vida. Jesus se identificou aos seus discípulos como “o pão da vida” (Jo 6.35). Toda vez que o pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à nossa memória o sacrifício vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em resgate da humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
As ervas amargas (Êx 12.8). Simbolizavam toda a amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor, angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito.
O cordeiro (Êx 12.3-7). Um cordeiro sem defeito deveria ser morto e o sangue derramado nos umbrais das portas das casas. O sangue era uma proteção e um símbolo da obediência. A desobediência seria paga com a morte. O cordeiro da Páscoa judaica era uma representação do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para redimir todos os filhos de Adão (1Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de Cristo que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos nossos pecados.  (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2014 » 1º Trim)
1.3. Jesus Cristo, a nossa Páscoa
O que Deus estabeleceu para a nação de Israel apontava para o sacrifício perfeito que seria consumado na plenitude dos tempos. O povo de Israel não tinha dimensão, nem tão pouco compreensão das verdades espirituais que estavam simbolizadas na festividade da Páscoa.
Para os cristãos , Jesus é a consumação de todas as promessas patriarcais. Jesus é maior do que qualquer ritual do Antigo Testamento. Era exigido um cordeiro para cada família, ou para duas se as famílias fossem pequenas; assim, Jesus, o Cordeiro de Deus, se ofereceu de uma só vez por todas as famílias da terra. O apóstolo Paulo, ao escrever a sua carta à igreja que estava na cidade de Corinto disse que Cristo é a nossa Páscoa e foi sacrificado por nós (1 Co 5.7).
Em o Novo Testamento, ao celebrar a Páscoa na última ceia, Jesus afirmou que o seu sangue era o símbolo da Nova Aliança (Lc 22.14-20); era o real cordeiro, bem como o verdadeiro sacerdote, sendo o sacrifício e o oficiante ao mesmo tempo. Por essa razão, o livro de Hebreus afirma que Cristo é o mediador da Nova Aliança e, mediante seu sangue, redime de modo efetivo ao que crê (Hb 12.24). Nesse sentido, o sangue da Nova Aliança deu acesso direto do ser humano ao trono da graça (Hb 4.16) e autoridade exclusiva a Jesus como o único e verdadeiro mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Desse modo Cristo fez da Igreja um povo de verdadeiros sacerdotes com autoridade e legitimidade para partilhar da intimidade com Deus, para interceder uns pelos outros e anunciar as boas novas dessa Nova Aliança (1Pe 2.9). (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2017 » 4º Trim)

2. A saída do povo de Israel do Egito
A terrível praga da morte dos primogênitos fez com que Faraó permitisse a saída do povo de Israel do Egito. Para os filhos de Israel, a saída do Egito foi o maior evento dos tempos do Antigo Testamento.
“O propósito de Deus em instituir a Páscoa era estabelecer o marco inicial para a libertação de Israel do cativeiro egípcio e proclamar a redenção alcançada pelo sangue do Cordeiro, já revelada no sacrifício de Isaque (Gn 22.1-19), conforme mais tarde escreveram os apóstolos Paulo e Pedro: ‘e demonstrar a todos qual seja a dispensação do ministério, que, desde os séculos esteve oculto em Deus’ (Ef 3.9); ‘[...] o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, antes da fundação do mundo’ (1Pe 1.20).Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.17). Ele é o Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O cordeiro deveria ser separado para o sacrifício até ao décimo quarto dia do primeiro mês do ano (Êx 12.3-6) e tinha de ser sem defeito (Êx 12.5). Cristo cumpriu essa exigência (1Pe 1.18,19). Ele entrou em Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício. O cordeiro precisava ser imolado pela congregação, assim como Cristo foi sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade do povo. Nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado (Êx 12.46), também nenhum osso de Cristo foi partido (Jo 19.33-36)” (COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998, p.42).

2.1. Uma grande mistura de gente participou da libertação
Êxodo 12.38 afirma que saiu uma grande mistura de gente do Egito. Provavelmente, eram escravos egípcios, ou de outras nacionalidades, que viram o Deus de Israel em ação e creram. Este misto de gente mais tarde contribuiu para um fator de debilidade da nação, pois se enveredou para a idolatria. Precisamos tomar cuidado com as pessoas que se agregam, pois, se não tiverem totalmente libertas, serão pedras de tropeço na casa de Deus.
“Êxodo 12 não diz respeito somente ao momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e a como ela deve ser observada, mas também quem deve participar (Êx 12.43-49). A Páscoa não era algo indiscriminadamente aberto para todos. Quem podia participar? A congregação de Israel (v.47); os escravos (v.44), quando circuncidados, por terem os mesmos privilégios dos hebreus; os estrangeiros (v.48), gentios que tivessem abraçado a fé em Jeová. Quem não podia participar? O forasteiro (v.43), pagão e incrédulo; o viajante (v.45) que, hóspede ou de passagem, ficava algum tempo no território de Israel; o servo assalariado (v.45), que pertencia a uma outra nação mas trabalhava em Israel. Essas distinções eram necessárias por causa da ‘mistura de gente’ (12.38) que deixou o Egito. Foi por isso que as instruções acerca da elegibilidade para participar da Páscoa (Ex 12.43-49) foram passadas logo após essa ‘mistura de gente’ deixar o Egito (Ex 12.37-39)” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.191-92).

2.2. Os israelitas despojaram o Egito
Ao sair do Egito, parece que o povo de Israel estava recebendo o pagamento pelos quatrocentos anos de escravidão. Os egípcios entregaram suas joias, ouro e prata aos hebreus (Êx 12.35-36). Deus preparou o momento certo para que os hebreus saíssem do Egito. Tudo o que eles levaram do Egito serviu tanto para o sustento no deserto quanto como donativos para a construção do Tabernáculo.
2.3. A presença de Deus no meio do povo
Neste áureo dia, em que o povo de Israel deixou o Egito, a presença de Deus foi visível com o povo. No texto de Êxodo 13.21-22, lemos que ia diante do povo uma coluna de fogo à noite e uma coluna de nuvem de dia. A provisão de Deus era algo tremendo, pois a coluna de fogo à noite espantava os animais peçonhento e aquecia o povo devido ao vento do deserto, que, durante a noite, fazia a temperatura cair. De dia, a coluna de nuvem fazia sombra para que o povo pudesse caminhar. Em ambos os momentos as colunas de fogo e de nuvem serviam para guiar o povo no deserto. Em meio às dificuldades, Deus se fez presente, deu subsídio para Seu povo viver e andar sem perigo. Por isso, o salmista pôde dizer: "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." (Sl 23.4).
A presença palpável de Deus foi demonstrada pela coluna de nuvem durante o dia e coluna de fogo a noite (Êx 13.21; Nm 9.16). a nuvem representava a constante presença de Deus sobre o Seu povo. Como no deserto a temperatura sofre variações, durante o dia, ela fazia o papel de sombra para refrigerá-los; à noite ela se tornava um aquecedor tanto para aquecê-los quanto para afugentar os animais selvagens. Os filhos de Israel sempre seguiam essa nuvem sobrenatural. Quando a nuvem se levantava sobre o tabernáculo, as pessoas arrancavam as estacas e a seguiam. E quando na nuvem parava, o povo também parava e armava suas tendas. Eles se moviam ou paravam de acordo com esse claro direcionamento dela. Os israelitas eram cuidadosos em mover-se apenas se a nuvem se movesse, porque sabiam que isso era a provisão de Deus (Nm 9.18-23). (Lições BETEL Jovens e Adultos » 2015 » 2º Trim)
3. A travessia do mar Vermelho
Diante do mar Vermelho, o povo temeu e murmurou contra Moisés (Êx 14.10-11). Então, ele trouxe uma palavra de fé e esperança para os filhos de Israel (Êx 14.13-14).
3.1. Um milagre jamais visto
Determinado a fazer sinais e maravilhas diante do Seu povo, Deus ordenou a Moisés que o povo marchasse. Quando Moisés estendeu a sua vara, o mar se dividiu ao meio, formando um caminho para Israel poder passar rumo às promessas feitas aos patriarcas. Quando o mar Vermelho se abriu, o anjo do Senhor e a coluna de nuvem se retiraram de diante deles e se puseram atrás deles (Êx 14.19). O caminho já estava aberto, o que Israel precisava era de proteção. Foi um grande milagre, pois o vento soprou em duas direções ao mesmo tempo, amontoando a água de um lado e do outro, fazendo um muro. Para Deus não existe impossível. Quando Ele manda, as águas, os montes e tudo o que existe precisam obedecer a Sua voz.
A travessia do Mar Vermelho 
A saída do povo de Deus do Egito foi algo marcante, tanto para os israelitas como para os egípcios. O Egito ficou economicamente arrasado devido às pragas, porém o último flagelo marcou profundamente as famílias. Nos lares dos egípcios havia pranto, dor e morte, já nas casas dos israelitas, todos estavam prontos, festejando a Páscoa e com o coração repleto de alegria pelo livramento que o Senhor estava concedendo.
Os israelitas, ao deixarem o Egito não saíram com as mãos vazias. Eles despojaram os egípcios.
O coração de Faraó era mal. Depois de tudo que viu e enfrentou ainda não estava disposto deixar o povo de Deus partir (Êx 14.5). Ele reuniu seu exército e saiu em perseguição ao povo de Deus. O Inimigo não desiste facilmente, por isso precisamos buscar em Deus forças para resisti-lo. A Palavra de Deus nos ensina: “resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7). Se você é um servo fiel ao Senhor, saiba que durante sua caminhada até o céu encontrará muitos “Faraós” que lhe resistiram. Você está preparado para enfrentá-los? Só conseguiremos vencer o Inimigo com Jesus Cristo.
Você consegue imaginar o desespero dos israelitas ao verem Faraó e seu exército vindo em sua direção? Os hebreus ficaram desesperados, pois parecia não haver saída. Eles estavam encurralados. O Inimigo não mudou suas táticas, ele está sempre tentando nos acuar. Porém, se esquece que conosco está o “varão de guerra”: “O Senhor é varão de guerra; Senhor é o seu nome” (Êx 15.3).
Os israelitas clamaram ao Senhor (Êx 14.10) e Ele lhes ouviu. O Senhor ouve e responde às orações do seu povo (Jr 33.3).
Diante do perigo e da aproximação do inimigo a ordem do Senhor foi: “Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êx 14.15). Marchar para onde? Para o mar? Parecia impossível, porém os israelitas obedeceram. Na obediência está a bênção de Deus. Aquele que obedece vê o impossível acontecer! Então, Deus enviou um vento e o mar se abriu para o povo de Deus passar.
O povo de Israel atravessou o mar e os egípcios quiseram imitá-los, mas o Senhor os derribou (Êx 14.27). O livramento era para o povo de Deus, não para os inimigos. Você pertence ao povo de Deus? Então, não tema. Há livramento para você.
Diante de tão grande livramento ninguém poderia ficar calado. Todos louvaram e exaltaram a Deus. Moisés celebrou ao Senhor com um cântico. Uma forma de agradecer a Deus pelos seus feitos. Tem você celebrado a Ele pelas vitórias? Seu coração é grato ao Senhor?
(SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO, CPAD)

3.2. O exército de Faraó perece no mar
A coluna de nuvem que era uma benção para a nação de Israel, constituiu-se em um obstáculo para os inimigos do povo de Deus. O Senhor tirou as rodas dos carros dos egípcios e os fez andar com dificuldade (Êx 14.25). Foi a última vez que o povo de Deus viu seus algozes, pois Deus ordenou a Moisés que estendesse a vara ao mar para que as águas afogassem os egípcios. Mais tarde, Deus permitiu que os israelitas vissem os corpos dos egípcios na praia (Êx 14.30), para que entendessem que Ele é fiel para cumprir suas promessas. “A morte dos egípcios (Ex 14.26-31)
Deus inverteu a ação das águas e as águas voltaram ao lugar. O texto não declara se houve uma reversão do vento. O retorno das águas foi tão súbito e forte que alcançou os egípcios quando tentavam fugir e os matou. As mesmas águas que serviram de muro para o povo de Deus tornaram-se o meio de destruição para os egípcios.
Esta última disputa entre Deus e Faraó, resultando em vitória final e completa para o Senhor, impressionou fortemente os israelitas. A situação parecia desesperadora na noite anterior. Agora Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. As águas turbulentas, ou a maré, levaram os corpos à praia. O Senhor salvara os israelitas; toda a prova necessária estava diante dos olhos deles.
Quando viu Israel a grande obra, temeu o povo do Senhor e creu. Este ato poderoso expulsou o medo que os atormentara e implantou um verdadeiro temor de Deus — um temor que conduziu a uma fé viva” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1., 1 ed., RJ, CPAD, 2005, pp.172-73).

3.3. O cântico da vitória
Diante de tamanho livramento, os hebreus cantaram louvores a Deus pelo triunfo sobre seus inimigos e pela libertação. A primeira parte do cântico de Moisés trata da vitória sobre os egípcios (Êx 15.1-12); a segunda parte profetiza a conquista de Canaã (Êx 15.13-18). Este cântico foi composto para reconhecer a bondade e o inigualável poder do Senhor. A exemplo desse cântico, as composições atuais precisam retratar a grandeza de Deus. Infelizmente, vivemos dias em que a maioria das composições "gospel" traz em seu bojo uma pobreza teológica e bíblica, com letras antropocêntricas e cheias de jargões. Que nossos cânticos venham a ser de entronização e exaltação à majestade de Deus.
A VERDADEIRA ADORAÇÃO 
1. A adoração é algo consciente. Um dos primeiros fatos que denunciam a fragilidade da fé da mulher que conversa com Jesus é sua incerteza sobre onde adorar (v.20). A pergunta sobre “onde adorar?”, traz consigo implícitas outras questões: “Como adorar?” e “Quem adorar?”. Pode-se assim concluir que a espiritualidade daquela mulher era algo que refletia muito mais a reprodução de comportamento cultural do que uma ação consciente. Somente é possível prestar o verdadeiro louvor a Deus se, pelo menos, soubermos quem Ele é. Logo, a adoração não pode resumir-se a um simples êxtase ou um impulso irracional em busca do desconhecido. A oração de Jesus em João 17 é um maravilhoso exemplo de que um dos fundamentos da adoração é uma relação consciente com o Pai, um processo gradual e espiritual de conhecimento em amor (Jo 17.24,25).
2. Adorar em espírito e em verdade. A vivência da adoração não é algo limitado a um aspecto físico — um determinado local, por exemplo —, muito menos pode ser fundamentada sobre opiniões ou tradições míticas. A verdadeira adoração é “em espirito”, ou seja, é uma experiência que tem seu nascedouro no interior do homem, que mobiliza partes do ser homem que foram criadas por Deus para serem canal de comunicação entre o Criador e seus filhos (Pv 20.27). Além disso o louvor a Deus deve ser “em verdade”, isto é, por meio de uma “revelação” — que é o significado imediato da palavra grega (aletheia) (2Co 13.8). A verdade na vida de um adorador implica uma vida entregue realmente aos cuidados de Deus, onde Ele tem total comando, e onde é adorado não apenas nos momentos de comunhão do culto, mas também nos momentos da vida comum, como trabalho, estudos, família e demais relacionamentos onde Deus também deve se manifestar.
A irreverência assumida como elemento litúrgico. Em nome de uma suposta modernização, ou para usar um termo técnico, aculturação, algumas igrejas perderam suas identidades. Já não se percebem como manifestações históricas do Reino de Deus, são apenas meros ajuntamentos sociais. Não há nenhum sentimento de reverência nesses locais. Para certos grupos, ir ao shopping e ir à igreja significa a mesmíssima coisa, literalmente. O louvor é um espetáculo de pirotecnia espiritual — às vezes nada mais que muito choro e gritos, outras vezes apenas pulos e aplausos. Letras repetitivas à exaustão, vazias de conteúdo bíblico e até mesmo de sentido lógico, povoam certas igrejas. Em nome de atrair o público jovem o templo transforma-se em um local de entretenimento. (Lições CPAD Jovens  » 2016 » 4º Trim)
SUBSÍDIO
“ADORAR. sāhāh: ‘adorar, prostrar-se, curvar-se’. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno no sentido de ‘curvar-se’ ou ‘inclinar-se’, mas não no sentido geral de ‘adorar’. O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo do seu significado cultural. Aparece pela primeira vez em Gênesis 18.2. O ato de se curvar em homenagem é feito diante de um superior ou soberano. Davi ‘se curvou’ perante Saul (1Sm 24.8). Às vezes, é um superior social ou econômico diante de quem a pessoa se curva, como quando Rute ‘se inclinou’ à terra diante de Boaz (Rt 2.10). Num sonho, José viu os molhos dos seus irmãos ‘inclinando-se’ diante do seu molho (Gn 37.5,7,8). A palavra sāhāh é usada com o termo comum para se referir a ir diante de Deus e na adoração (ou seja, adorar), como em 1 Samuel 15.25 e Jeremias 7.2. Às vezes está junto com outro verbo hebraico que designa curvar-se fisicamente, seguido por ‘adorar’, como em Êxodo 34.8: ‘E Moisés ... encurvou-se [‘adorou’ — ARA]’. Outros deuses e ídolos também são o objeto de tal adoração mediante a ação de se prostrar diante deles (Is 2.20; 44.15.17)” (VINE, W. E.; UNGER, Merril F.; WHITE JR., William. Dicionário Vine. 7ª Edição. RJ: CPAD, 2007. p.31).
Conclusão.
Deus é fiel a cada instante sobre a vida de Seu povo. No Êxodo vemos Deus revelando Seu poderio para demonstrar ao povo de Israel até que ponto iria o Seu amor por eles. A confiança em Deus por do povo e a fidelidade do Eterno foram fundamentais para o Êxodo.
Questionário.

1. O que significa Páscoa?
R: "Passar por cima" (Êx 12.13-14)

2. O que Êxodo 12.38 afirma?
R: Que saiu uma grande mistura de gente do Egito (Êx 12.38)

3. O que os egípcios entregaram aos hebreus?
R: Joias, ouro e prata (Êx 12.35-36)

4. Por que Deus permitiu que os israelitas vissem os corpos dos egípcios na praia?
R: Para que entendessem que Ele é fiel para cumprir suas promessas (Êx 14.30).
5.  Do que trata a primeira parte do cântico de Moisés?
R: Da vitória sobre os egípcios (Êx 15.1-12).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2018, ano 28 nº 108 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano divino de redenção – Pastor César Pereira Roza de Melo.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Central Gospel – 2010 - O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento – Earl D. Radmarcher, Ronald B. Allen e H. Wayne House – Rio de Janeiro.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.

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