Lição 5 - Páscoa: a Libertação de um povo
29 de julho de 2018
Texto Áureo
"E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por
festa ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo."
Êx 12.14
Verdade Aplicada
A Páscoa era uma festa de libertação, pois comemorava o agir de
Deus em libertar o povo de Israel e apontava para Cristo, o Cordeiro de
Deus.
Objetivos da Lição
1
- Explicar que a Páscoa foi
um momento ímpar da história de Israel;
2
- Apresentar o grande projeto
de Deus em cuidar de cada detalhe da história do Seu povo;
3
- Ensinar que Cristo é a
nossa Páscoa, marco da nova aliança.
Glossário
Bojo: Parte mais íntima ou fundamental de algo, âmago;
Donativo: Objeto dado em forma de doação; oferta, presente;
Verga: Viga disposta horizontalmente sobre ombreiras de portas e
janelas.
Textos de Referência.
Êxodo 12.41-43,50
41. E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos,
naquele mesmo dia, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito.
42. Esta noite se guardará ao Senhor, porque nela os tirou da
terra do Egito; esta é a noite do Senhor, que devem guardar todos os filhos de
Israel nas suas gerações.
43. Disse mais o Senhor a Moisés e a Arão: Esta é a ordenança da
páscoa: nenhum filho do estrangeiro comerá dela.
50. E todos os filhos de Israel o fizeram; como o Senhor
ordenara a Moisés e a Arão, assim fizeram.
Hinos sugeridos.
282 - Que Sangue Precioso
292 - Qual o Preço do Perdão
334 - O Fim Vem Cuidado
Motivo de Oração
Ore para que o mundo conheça Jesus Cristo, o mediador da Nova
Aliança.
Introdução
1. A instituição da Páscoa
Páscoa significa "passar por cima". Esse termo foi
cunhado na noite em que os primogênitos foram mortos no Egito, uma vez que nas
casas que tinham sangue nas vergas da porta, o anjo passou por cima (Êx
12.13-14).
“A figura de um cordeiro ou cabrito
sacrificado como parte do drama da salvação e da redenção remonta à Páscoa (Êx
12.1-13). Deus veria o sangue aspergido e ‘passaria por cima’(pasah) daqueles
que eram protegidos por sua marca. Quando o crente do Antigo Testamento
colocava as suas mãos no sacrifício, o significado era muito mais que
identificação (isto é: ‘Meu sacrifício’). Era um substituto sacrificial (isto
é: ‘Sacrifico isto em meu lugar’).
Embora não se deva forçar demais as
comparações, a figura é claramente transferida a Cristo no Novo Testamento.
João Batista apresentou-o, anunciando: ‘Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo’ (Jo 1.29). Em Atos 8, Filipe aplica às boas novas a respeito
de Jesus a profecia de Isaías que diz que o Servo seria levado como um cordeiro
ao matadouro (Is 53.7). Paulo se refere a Cristo como ‘nossa páscoa’ (1Co 5.7).
Pedro afirma que fomos redimidos ‘com o precioso sangue de Cristo, como de um
cordeiro imaculado e incontaminado’ (1Pe 1.19)” (HORTON, Stanley
(Ed). Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal1ª
Edição. RJ: CPAD, 1996, p.352).
1.1.
O ritual de celebração
Através de Moisés, Seu servo, Deus ordena que o cordeiro ou
cabrito de um ano e sem defeito fosse selecionado. Ao imolar o animal, o seu
sangue deveria ser aplicado às vergas da porta de entrada de cada casa.
Completadas as preparações para a partida, os israelitas comeram a refeição da
Páscoa, que consistiu de carne, pão sem fermento e ervas amargosas. Segundo o
relato bíblico, tudo quanto fora ordenado, os filhos de Israel fizeram (Êx
12.28).
Festas
de Israel. Certas igrejas são ensinadas a celebrar as
festas dos Tabernáculos (Lv 23.34; Dt 16.13), da Colheita (Êx 23.16; 34.22) e
da Páscoa. Tais celebrações, juntamente com outras quatro mencionadas na
Bíblia, eram consideradas sagradas e específicas do povo judeu.
A igreja não precisa
festejar a páscoa judaica, uma vez que Cristo é a nossa páscoa (1 Co 5.7). Ela
deve, sim, celebrar a Ceia do Senhor, que é uma festa genuinamente cristã, e
que comemora o Novo Pacto inaugurado com o sangue de Jesus (1 Co 11.20,25; At
2.42). (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2007 » 2º Trim)
1.2.
Os elementos da Páscoa
Ao estabelecer a Páscoa para o Seu povo, Deus utilizou-se de
elementos que trazem grandes significados espirituais. Vemos a figura do
cordeiro, que deveria ser macho de um ano e sem mácula. O simbolismo aqui
aponta para o sacrifício de Jesus Cristo, que, na plenitude dos tempos, daria a
Sua vida pela humanidade. Outro fator importante é o ato de aspergir o sangue
nos umbrais da porta; isto nos mostra a necessidade de estarmos cobertos pelo
sangue de Cristo. Há também os elementos da ceia pascoal, que são a carne, o
pão sem fermento e as ervas amargas. Os hebreus comeram a carne naquela noite
para que pudessem ter força para caminhar rumo à liberdade. Do mesmo modo, o
cristão recebe força na comunhão com Cristo para a sua jornada. O pão sem
fermento simboliza a sinceridade e a verdade que deve existir no meio do povo
de Deus. As ervas amargas representavam o momento de sofrimento do povo no
Egito e as provações da vida espiritual.
O pão. Deveria
ser assado sem fermento, pois não havia tempo para que o pão pudesse crescer
(Êx 12.8,11,34-36). A saída do Egito deveria ser rápida. A falta de fermento
também representa a purificação, a libertação do fermento do mundo. Em o Novo
Testamento vemos que Jesus utilizou o fermento para ilustrar o falso ensino dos
fariseus (Mt 16.6, 11,12; Lc 12.1; Mc 8.15). O pão também simboliza vida. Jesus
se identificou aos seus discípulos como “o pão da vida” (Jo 6.35). Toda vez que
o pão é partido na celebração da Ceia do Senhor, traz à nossa memória o sacrifício
vicário de Cristo, através do qual Ele entregou a sua vida em resgate da
humanidade caída e escravizada pelo Diabo.
As
ervas amargas (Êx 12.8). Simbolizavam toda a
amargura e aflição enfrentadas no cativeiro. Foram 430 anos de opressão, dor,
angústia, quando os hebreus eram cativos do Egito.
O
cordeiro (Êx 12.3-7). Um cordeiro sem defeito deveria ser
morto e o sangue derramado nos umbrais das portas das casas. O sangue era uma
proteção e um símbolo da obediência. A desobediência seria paga com a morte. O
cordeiro da Páscoa judaica era uma representação do “Cordeiro de Deus que tira
o pecado do mundo” (Jo 1.29). O sangue de Cristo foi vertido na cruz para
redimir todos os filhos de Adão (1Pe 1.18,19). Aquele sangue que foi derramado
no Egito, e aspergido nos umbrais das portas, aponta para o sangue de Cristo
que foi oferecido por Ele como sacrifício expiatório para nos redimir dos
nossos pecados. (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2014 » 1º Trim)
1.3.
Jesus Cristo, a nossa Páscoa
O que Deus estabeleceu para a nação de Israel apontava para o
sacrifício perfeito que seria consumado na plenitude dos tempos. O povo de
Israel não tinha dimensão, nem tão pouco compreensão das verdades espirituais
que estavam simbolizadas na festividade da Páscoa.
Para os cristãos , Jesus é a consumação de todas as promessas patriarcais. Jesus é maior do que qualquer ritual do Antigo Testamento. Era exigido um cordeiro para cada família, ou para duas se as famílias fossem pequenas; assim, Jesus, o Cordeiro de Deus, se ofereceu de uma só vez por todas as famílias da terra. O apóstolo Paulo, ao escrever a sua carta à igreja que estava na cidade de Corinto disse que Cristo é a nossa Páscoa e foi sacrificado por nós (1 Co 5.7).
Para os cristãos , Jesus é a consumação de todas as promessas patriarcais. Jesus é maior do que qualquer ritual do Antigo Testamento. Era exigido um cordeiro para cada família, ou para duas se as famílias fossem pequenas; assim, Jesus, o Cordeiro de Deus, se ofereceu de uma só vez por todas as famílias da terra. O apóstolo Paulo, ao escrever a sua carta à igreja que estava na cidade de Corinto disse que Cristo é a nossa Páscoa e foi sacrificado por nós (1 Co 5.7).
Em o Novo Testamento, ao celebrar a Páscoa na última ceia, Jesus
afirmou que o seu sangue era o símbolo da Nova Aliança (Lc 22.14-20); era o
real cordeiro, bem como o verdadeiro sacerdote, sendo o sacrifício e o
oficiante ao mesmo tempo. Por essa razão, o livro de Hebreus afirma que Cristo
é o mediador da Nova Aliança e, mediante seu sangue, redime de modo efetivo ao
que crê (Hb 12.24). Nesse sentido, o sangue da Nova Aliança deu acesso direto
do ser humano ao trono da graça (Hb 4.16) e autoridade exclusiva a Jesus como o
único e verdadeiro mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Desse modo
Cristo fez da Igreja um povo de verdadeiros sacerdotes com autoridade e
legitimidade para partilhar da intimidade com Deus, para interceder uns pelos
outros e anunciar as boas novas dessa Nova Aliança (1Pe 2.9). (Lições CPAD
Jovens e Adultos » 2017 » 4º Trim)
2. A saída do povo de Israel do Egito
A terrível praga da morte dos primogênitos fez com que Faraó
permitisse a saída do povo de Israel do Egito. Para os filhos de Israel, a
saída do Egito foi o maior evento dos tempos do Antigo Testamento.
“O propósito de Deus em instituir a Páscoa era
estabelecer o marco inicial para a libertação de Israel do cativeiro egípcio e proclamar a redenção alcançada pelo
sangue do Cordeiro, já revelada no sacrifício de Isaque (Gn 22.1-19), conforme
mais tarde escreveram os apóstolos Paulo e Pedro: ‘e demonstrar a todos qual
seja a dispensação do ministério, que, desde os séculos esteve oculto em Deus’
(Ef 3.9); ‘[...] o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, antes da
fundação do mundo’ (1Pe 1.20).Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.17). Ele é o
Cordeiro de Deus (Jo 1.29). O cordeiro deveria ser separado para o sacrifício
até ao décimo quarto dia do primeiro mês do ano (Êx 12.3-6) e tinha de ser sem
defeito (Êx 12.5). Cristo cumpriu essa exigência (1Pe 1.18,19). Ele entrou em
Jerusalém no dia da separação do cordeiro e morreu no mesmo dia do sacrifício.
O cordeiro precisava ser imolado pela congregação, assim como Cristo foi
sacrificado pelos líderes civis e religiosos de Israel e de Roma e pela vontade
do povo. Nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado (Êx 12.46), também nenhum
osso de Cristo foi partido (Jo 19.33-36)” (COHEN, A. C. Êxodo. 1 ed.,
RJ: CPAD, 1998, p.42).
2.1. Uma grande mistura de gente participou da libertação
Êxodo 12.38 afirma que saiu uma grande mistura
de gente do Egito. Provavelmente, eram escravos egípcios, ou de outras
nacionalidades, que viram o Deus de Israel em ação e creram. Este misto de
gente mais tarde contribuiu para um fator de debilidade da nação, pois se
enveredou para a idolatria. Precisamos tomar cuidado com as pessoas que se
agregam, pois, se não tiverem totalmente libertas, serão pedras de tropeço na
casa de Deus.
“Êxodo 12 não diz respeito
somente ao momento da Páscoa, ao porquê da Páscoa e a como ela deve ser
observada, mas também quem deve participar (Êx 12.43-49). A Páscoa não era algo
indiscriminadamente aberto para todos. Quem podia participar? A congregação de
Israel (v.47); os escravos (v.44), quando circuncidados, por terem os mesmos
privilégios dos hebreus; os estrangeiros (v.48), gentios que tivessem abraçado
a fé em Jeová. Quem não podia participar? O forasteiro (v.43), pagão e
incrédulo; o viajante (v.45) que, hóspede ou de passagem, ficava algum tempo no
território de Israel; o servo assalariado (v.45), que pertencia a uma outra
nação mas trabalhava em Israel. Essas distinções eram necessárias por causa da
‘mistura de gente’ (12.38) que deixou o Egito. Foi por isso que as instruções
acerca da elegibilidade para participar da Páscoa (Ex 12.43-49) foram passadas
logo após essa ‘mistura de gente’ deixar o Egito (Ex 12.37-39)” (HAMILTON, V.
P. Manual do Pentateuco. 2 ed., RJ: CPAD, 2007, pp.191-92).
2.2. Os israelitas despojaram o Egito
Ao
sair do Egito, parece que o povo de Israel estava recebendo o pagamento pelos
quatrocentos anos de escravidão. Os egípcios entregaram suas joias, ouro e
prata aos hebreus (Êx 12.35-36). Deus preparou o momento certo para que os
hebreus saíssem do Egito. Tudo o que eles levaram do Egito serviu tanto para o
sustento no deserto quanto como donativos para a construção do Tabernáculo.
2.3. A presença de Deus no meio do povo
Neste áureo dia, em que o povo de Israel deixou o Egito, a
presença de Deus foi visível com o povo. No texto de Êxodo 13.21-22, lemos que
ia diante do povo uma coluna de fogo à noite e uma coluna de nuvem de dia. A
provisão de Deus era algo tremendo, pois a coluna de fogo à noite espantava os
animais peçonhento e aquecia o povo devido ao vento do deserto, que, durante a
noite, fazia a temperatura cair. De dia, a coluna de nuvem fazia sombra para
que o povo pudesse caminhar. Em ambos os momentos as colunas de fogo e de nuvem
serviam para guiar
o povo no deserto. Em meio às dificuldades, Deus se fez presente, deu subsídio
para Seu povo viver e andar sem perigo. Por isso, o salmista pôde dizer:
"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum,
porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." (Sl 23.4).
A presença palpável de Deus foi demonstrada pela coluna de nuvem
durante o dia e coluna de fogo a noite (Êx 13.21; Nm 9.16). a nuvem
representava a constante presença de Deus sobre o Seu povo. Como no deserto a
temperatura sofre variações, durante o dia, ela fazia o papel de sombra para
refrigerá-los; à noite ela se tornava um aquecedor tanto para aquecê-los quanto
para afugentar os animais selvagens. Os filhos de Israel sempre seguiam essa
nuvem sobrenatural. Quando a nuvem se levantava sobre o tabernáculo, as pessoas
arrancavam as estacas e a seguiam. E quando na nuvem parava, o povo também
parava e armava suas tendas. Eles se moviam ou paravam de acordo com esse claro
direcionamento dela. Os israelitas eram cuidadosos em mover-se apenas se a
nuvem se movesse, porque sabiam que isso era a provisão de Deus (Nm 9.18-23).
(Lições BETEL Jovens e Adultos » 2015 » 2º Trim)
3. A travessia do mar Vermelho
Diante
do mar Vermelho, o povo temeu e murmurou contra Moisés (Êx 14.10-11). Então,
ele trouxe uma palavra de fé e esperança para os filhos de Israel (Êx
14.13-14).
3.1. Um milagre jamais visto
Determinado a fazer sinais e maravilhas diante do Seu povo, Deus
ordenou a Moisés que o povo marchasse. Quando Moisés estendeu a sua vara, o mar
se dividiu ao meio, formando um caminho para Israel poder passar rumo às
promessas feitas aos patriarcas. Quando o mar Vermelho se abriu, o anjo do
Senhor e a coluna de nuvem se retiraram de diante deles e se puseram atrás
deles (Êx 14.19). O caminho já estava aberto, o que Israel precisava era de
proteção. Foi um grande milagre, pois o vento soprou em duas direções ao mesmo
tempo, amontoando a água de um lado e do outro, fazendo um muro. Para Deus não
existe impossível. Quando Ele manda, as águas, os montes e tudo o que existe
precisam obedecer a Sua voz.
A travessia do Mar
Vermelho
A saída do povo de Deus do Egito foi algo
marcante, tanto para os israelitas como para os egípcios. O Egito ficou
economicamente arrasado devido às pragas, porém o último flagelo marcou
profundamente as famílias. Nos lares dos egípcios havia pranto, dor e morte, já
nas casas dos israelitas, todos estavam prontos, festejando a Páscoa e com o
coração repleto de alegria pelo livramento que o Senhor estava concedendo.
Os israelitas, ao deixarem o Egito não saíram
com as mãos vazias. Eles despojaram os egípcios.
O coração de Faraó era mal. Depois de tudo que
viu e enfrentou ainda não estava disposto deixar o povo de Deus partir (Êx
14.5). Ele reuniu seu exército e saiu em perseguição ao povo de Deus. O Inimigo
não desiste facilmente, por isso precisamos buscar em Deus forças para
resisti-lo. A Palavra de Deus nos ensina: “resisti ao diabo, e ele fugirá de
vós” (Tg 4.7). Se você é um servo fiel ao Senhor, saiba que durante sua
caminhada até o céu encontrará muitos “Faraós” que lhe resistiram. Você está
preparado para enfrentá-los? Só conseguiremos vencer o Inimigo com Jesus
Cristo.
Você consegue imaginar o desespero dos
israelitas ao verem Faraó e seu exército vindo em sua direção? Os hebreus
ficaram desesperados, pois parecia não haver saída. Eles estavam encurralados.
O Inimigo não mudou suas táticas, ele está sempre tentando nos acuar. Porém, se
esquece que conosco está o “varão de guerra”: “O Senhor é varão de guerra;
Senhor é o seu nome” (Êx 15.3).
Os israelitas clamaram ao Senhor (Êx 14.10) e
Ele lhes ouviu. O Senhor ouve e responde às orações do seu povo (Jr 33.3).
Diante do perigo e da aproximação do inimigo a
ordem do Senhor foi: “Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êx 14.15).
Marchar para onde? Para o mar? Parecia impossível, porém os israelitas
obedeceram. Na obediência está a bênção de Deus. Aquele que obedece vê o
impossível acontecer! Então, Deus enviou um vento e o mar se abriu para o povo
de Deus passar.
O povo de Israel atravessou o mar e os
egípcios quiseram imitá-los, mas o Senhor os derribou (Êx 14.27). O livramento
era para o povo de Deus, não para os inimigos. Você pertence ao povo de Deus?
Então, não tema. Há livramento para você.
Diante de tão grande livramento ninguém
poderia ficar calado. Todos louvaram e exaltaram a Deus. Moisés celebrou ao
Senhor com um cântico. Uma forma de agradecer a Deus pelos seus feitos. Tem
você celebrado a Ele pelas vitórias? Seu coração é grato ao Senhor?
(SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO, CPAD)
3.2. O exército de Faraó perece no mar
A coluna de nuvem que era uma benção para a
nação de Israel, constituiu-se em um obstáculo para os inimigos do povo de
Deus. O Senhor tirou as rodas dos carros dos egípcios e os fez andar com
dificuldade (Êx 14.25). Foi a última vez que o povo de Deus viu seus algozes,
pois Deus ordenou a Moisés que estendesse a vara ao mar para que as águas
afogassem os egípcios. Mais tarde, Deus permitiu que os israelitas vissem os
corpos dos egípcios na praia (Êx 14.30), para que entendessem que Ele é fiel
para cumprir suas promessas. “A morte dos egípcios (Ex 14.26-31)
Deus inverteu a ação das águas e as águas
voltaram ao lugar. O texto não declara se houve uma reversão do vento. O
retorno das águas foi tão súbito e forte que alcançou os egípcios quando
tentavam fugir e os matou. As mesmas águas que serviram de muro para o povo de
Deus tornaram-se o meio de destruição para os egípcios.
Esta última disputa entre Deus e Faraó,
resultando em vitória final e completa para o Senhor, impressionou fortemente
os israelitas. A situação parecia desesperadora na noite anterior. Agora Israel
viu os egípcios mortos na praia do mar. As águas turbulentas, ou a maré,
levaram os corpos à praia. O Senhor salvara os israelitas; toda a prova
necessária estava diante dos olhos deles.
Quando viu Israel a grande obra, temeu o povo
do Senhor e creu. Este ato poderoso expulsou o medo que os atormentara e
implantou um verdadeiro temor de Deus — um temor que conduziu a uma fé viva”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1., 1 ed., RJ, CPAD, 2005, pp.172-73).
3.3. O cântico da vitória
Diante de tamanho livramento, os hebreus
cantaram louvores a Deus pelo triunfo sobre seus inimigos e pela libertação. A
primeira parte do cântico de Moisés trata da vitória sobre os egípcios (Êx
15.1-12); a segunda parte profetiza a conquista de Canaã (Êx 15.13-18). Este
cântico foi composto para reconhecer a bondade e o inigualável poder do Senhor.
A exemplo desse cântico, as composições atuais precisam retratar a grandeza de
Deus. Infelizmente, vivemos dias em que a maioria das composições
"gospel" traz em seu bojo uma pobreza teológica e bíblica, com letras
antropocêntricas e cheias de jargões. Que nossos cânticos venham a ser de
entronização e exaltação à majestade de Deus.
A
VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. A adoração é algo
consciente. Um dos primeiros fatos que denunciam a fragilidade da fé da
mulher que conversa com Jesus é sua incerteza sobre onde adorar (v.20). A
pergunta sobre “onde adorar?”, traz consigo implícitas outras questões: “Como
adorar?” e “Quem adorar?”. Pode-se assim concluir que a espiritualidade daquela
mulher era algo que refletia muito mais a reprodução de comportamento cultural
do que uma ação consciente. Somente é possível prestar o verdadeiro louvor a
Deus se, pelo menos, soubermos quem Ele é. Logo, a adoração não pode resumir-se
a um simples êxtase ou um impulso irracional em busca do desconhecido. A oração
de Jesus em João 17 é um maravilhoso exemplo de que um dos fundamentos da
adoração é uma relação consciente com o Pai, um processo gradual e espiritual
de conhecimento em amor (Jo 17.24,25).
2. Adorar em espírito e em
verdade. A vivência da adoração não é algo limitado a um aspecto físico —
um determinado local, por exemplo —, muito menos pode ser fundamentada sobre
opiniões ou tradições míticas. A verdadeira adoração é “em espirito”, ou seja,
é uma experiência que tem seu nascedouro no interior do homem, que mobiliza
partes do ser homem que foram criadas por Deus para serem canal de comunicação
entre o Criador e seus filhos (Pv 20.27). Além disso o louvor a Deus deve ser
“em verdade”, isto é, por meio de uma “revelação” — que é o significado
imediato da palavra grega (aletheia) (2Co 13.8). A verdade na vida de um
adorador implica uma vida entregue realmente aos cuidados de Deus, onde Ele tem
total comando, e onde é adorado não apenas nos momentos de comunhão do culto,
mas também nos momentos da vida comum, como trabalho, estudos, família e demais
relacionamentos onde Deus também deve se manifestar.
A
irreverência assumida como elemento litúrgico. Em
nome de uma suposta modernização, ou para usar um termo técnico, aculturação, algumas
igrejas perderam suas identidades. Já não se percebem como manifestações
históricas do Reino de Deus, são apenas meros ajuntamentos sociais. Não há
nenhum sentimento de reverência nesses locais. Para certos grupos, ir ao
shopping e ir à igreja significa a mesmíssima coisa, literalmente. O louvor é
um espetáculo de pirotecnia espiritual — às vezes nada mais que muito choro e
gritos, outras vezes apenas pulos e aplausos. Letras repetitivas à exaustão,
vazias de conteúdo bíblico e até mesmo de sentido lógico, povoam certas
igrejas. Em nome de atrair o público jovem o templo transforma-se em um local
de entretenimento. (Lições CPAD Jovens » 2016 » 4º Trim)
SUBSÍDIO
“ADORAR. sāhāh:
‘adorar, prostrar-se, curvar-se’. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno
no sentido de ‘curvar-se’ ou ‘inclinar-se’, mas não no sentido geral de
‘adorar’. O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo
do seu significado cultural. Aparece pela primeira vez em Gênesis 18.2. O ato
de se curvar em homenagem é feito diante de um superior ou soberano. Davi ‘se
curvou’ perante Saul (1Sm 24.8). Às vezes, é um superior social ou econômico
diante de quem a pessoa se curva, como quando Rute ‘se inclinou’ à terra diante
de Boaz (Rt 2.10). Num sonho, José viu os molhos dos seus irmãos
‘inclinando-se’ diante do seu molho (Gn 37.5,7,8). A palavra sāhāh é
usada com o termo comum para se referir a ir diante de Deus e na adoração (ou
seja, adorar), como em 1 Samuel 15.25 e Jeremias 7.2. Às vezes está junto com
outro verbo hebraico que designa curvar-se fisicamente, seguido por ‘adorar’,
como em Êxodo 34.8: ‘E Moisés ... encurvou-se [‘adorou’ — ARA]’. Outros
deuses e ídolos também são o objeto de tal adoração mediante a ação de se
prostrar diante deles (Is 2.20; 44.15.17)” (VINE, W. E.; UNGER,
Merril F.; WHITE JR., William. Dicionário Vine. 7ª Edição. RJ: CPAD,
2007. p.31).
Conclusão.
Deus
é fiel a cada instante sobre a vida de Seu povo. No Êxodo vemos Deus revelando
Seu poderio para demonstrar ao povo de Israel até que ponto iria o Seu amor por
eles. A confiança em Deus por do povo e a fidelidade do Eterno foram
fundamentais para o Êxodo.
Questionário.
1. O que significa Páscoa?
R: "Passar por cima" (Êx 12.13-14)
2. O que Êxodo 12.38 afirma?
R: Que saiu uma grande mistura de gente do
Egito (Êx 12.38)
3. O que os egípcios entregaram aos hebreus?
R: Joias, ouro e prata (Êx 12.35-36)
4. Por que Deus permitiu que os israelitas
vissem os corpos dos egípcios na praia?
R: Para que entendessem que Ele é fiel para cumprir
suas promessas (Êx 14.30).
5. Do que trata a primeira parte do
cântico de Moisés?
R: Da
vitória sobre os egípcios (Êx 15.1-12).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2018, ano 28 nº 108 – Revista da Escola Bíblica Dominical - Jovens e Adultos – Professor – Israel 70 anos – O chamado de uma nação e o plano divino de redenção – Pastor César Pereira Roza de Melo.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2009 – Bíblia Sagrada – João Ferreira de Almeida – Revista e Corrigida.
Sociedade Bíblica do Brasil – 2007 – Bíblia do Obreiro – João Ferreira de Almeida – Revista e Atualizada.
Editora Vida – 2014 - Bíblia Judaica Completa – David H. Stern, Rogério Portella, Celso Eronildes Fernandes.
Editora Vida – 2014 – Bíblia de Estudo Arqueológica – Nova Versão Internacional.
Editora Vida – 2004 – Comentário Bíblico do Professor – Lawrence Richards.
Editora Central Gospel – 2005 – Manual Bíblico Ryken – Um guia para o entendimento da Bíblia – Leland Ryken, Philip Ryken e James Wilhoit.
Comentários
Postar um comentário