Lição 12 - A Volta do Exílio e a Preservação do Povo de Israel
16 de setembro de
2018
TEXTO ÁUREO
"Por um pequeno
momento, te deixei, mas com grandes misericórdias te recolherei".
(Isaías 54.7).
O povo de
Deus no Exílio não deve recear que seu infortúnio continue para sempre, pois o
castigo divino logo daria lugar ao livramento. Deus teria
compaixão do seu povo estéril e restauraria os seus a lugar de favor, na sua
própria terra. (Bíblia de estudo Pentecostal, CPAD, 1995, p.1055)
VERDADE APLICADA
O retorno do cativeiro e a
preservação de Israel são provas da soberania de Deus sobre a vida do Seu
povo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Explicar que Deus
permitiu o cativeiro, mas restaurou o Seu povo;
2 - Mostrar que o
ressurgimento de Israel foi uma intervenção divina na história dos judeus;
3 - Ensinar que Deus
é fiel para cumprir as Suas promessas na vida do Seu povo.
TEXTO REFERÊNCIA
2 Crônicas 36.22,23
22 - Porém,
no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do
Senhor, pela boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da
Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito,
dizendo:
23 - Assim
diz Ciro, rei da Pérsia: O senhor Deus do céu, me deu todos os reinos da terra
e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá; quem
há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor, seu Deus, seja com ele, e suba.
Isaías 45.4
4 - Por amor
de meu servo Jacó, e de Israel, meu eleito, eu a ti chamei pelo teu nome;
pus-te o teu sobrenome, ainda que não me conhecesses.
Hinos sugeridos.
36, 125,
187
INTRODUÇÃO
Após setenta anos de cativeiro, Deus usou de misericórdia
para com o Seu povo e restaurou a sorte da nação. Com uma liderança forte e o
auxílio dos profetas, os judeus que retornaram deram início à reconstrução do
Templo e da cidade de Jerusalém.
Jeremias
predisse o exílio babilônico, mas também previu um dia em que Deus restauraria
os exilados. Deus traria de volta os exilados de Judá e Israel, reunificando a
nação. Aparentemente, eles viriam de todas as partes e de todas as nações.
Formariam uma grande multidão, incluindo até aqueles que normalmente seriam
incapazes de viajar, como os cegos, os coxos e as mulheres grávidas prestes a
dar à luz (31.7,8). Esta grandiosa libertação seria como um ‘segundo êxodo’,
que empalideceria a primeira libertação do Egito”. (LAHAYE,
T. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1.ed. RJ: CPAD, 2008,
p.190)
1. A Reconstrução do Templo.
Cento e cinquenta anos antes da restauração, Isaías
profetizou que o Senhor faria com que Ciro castigasse as nações e libertasse o
Seu povo (Is 44.24; 45.4). O fundador do império persa é chamado por Deus de
pastor e ungido de Jeová. Mais à frente, Ciro emite um decreto permitindo o
regresso dos judeus para sua pátria (Ed 1).
O edito persa foi cumprimento da profecia de Jeremias de que o povo
ficaria setenta anos exilado na Babilônia (Jr 29.10). Em todos esses eventos,
vemos a mão de deus sobre a vida do seu povo, cuidando de cada detalhe, como
diz a sua Palavra: “anunciando o fim antes do início” (Is 46.10). Deus usou a Babilônia
para ensinar ao seu povo algumas verdades espirituais, principalmente a
fidelidade ao verdadeiro Deus. Ao cumprir o seu propósito, usa os persas para
acabar com o império babilônico; evento que aconteceu aproximadamente em 539
a.C. (Dn 5). Vale ressaltar que as obrigações de Esdras para com os hebreus que
voltaram do exilio incluíam diversas tarefas, como: 1) reinstituir o devido
culto do templo, reconstruído em aproximadamente 517 a.C. 2) escrever e
compilar 1 e 2 Crônicas, Esdras e Neemias e o Salmo 119; 3) presidir a grande
sinagoga, que determinou e organizou o cânon hebraico das Escrituras; 4)
instituir sinagogas locais em Judá para o estudo da Torá, semelhantes àquelas
fundadas na Babilônia.
Deus dá o escape. Com a ascensão do
império medo-persa no ano 536 a.C, o rei Ciro, instigado por Deus, permite que
um grupo de judeus retorne a Jerusalém, a fim de reconstruir os muros da cidade
e reerguer o Santo Templo (Dn 8.3; Ed 1.1). O Senhor sempre dá um escape aos
seus servos, quando estes o honram e lhe obedecem à Palavra. Observemos que
Ciro era um rei gentio. Isso nos mostra que Deus, para cumprir o seu propósito,
usa a quem Ele quer e como quer. (Lições CPAD Jovens e Adultos
» 2011 » 4º Trimestre).
1.1. Quem era Esdras?
Esdras
era filho de Seraías (Ed 7.1), o sumo sacerdote assassinado por Nabucodonosor
em 568 a.C., durante a terceira leva de pessoas para Babilônia e a destruição
de Jerusalém (2Rs 25.18,21). Portanto, era descendente da nobre família de
Arão, o primeiro sumo sacerdote de Israel. Esdras era um escriba muito bem
instruído e competente. Ele foi encarregado pelo rei Artaxerxes de ensinar os
estatutos da lei mosaica ao povo de Israel (Ed 7.12-28). Esdras atuou em Judá
de forma decidida contra o pecado dos casamentos mistos que estavam sendo
praticados pelo povo, até mesmo pela liderança.
2
- E Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, assim de
homens como de mulheres e de todos os entendidos para ouvirem, no primeiro dia
do sétimo mês.
3
- E leu nela, diante da praça, que está diante da Porta das Águas, desde a
alva até ao meio-dia, perante homens, e mulheres, e entendidos; e os ouvidos de
todo o povo estavam atentos ao livro da Lei.
5
- E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava
acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.
6
- E Esdras louvou o SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém!
Amém! -, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em
terra. (Ne 8.2,3,5,6.)
O papel de
Esdras foi fundamental para dar ao povo novos rumos, ou seja, voltar-se
novamente para Deus. Esdras, um sacerdote e escriba conhecedor e
praticante da Lei de Deus, assume um compromisso com o ensino das Sagradas
Escrituras (Ne 8.2). Já instruídos na Palavra de Deus, o povo pôs-se a chorar;
a Palavra de Deus produziu um grande efeito e era irresistível; o avivamento
havia chegado. Entretanto, o que era choro, converteu-se em júbilo (Ne 8.12).
Professor
comente que o avivamento deve começar pelo ensino da palavra de Deus, todos os
avivamentos consistentes que conhecemos foram fundamentados na palavra de Deus.
1.2. O Retorno para Reconstruir o Templo.
1
- No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio
a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de
Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote,
dizendo:
2
- Assim fala o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio
ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada.
Beneficiados
pelo edito de Ciro, alguns judeus voltaram para Judá, com o intuito de
reconstruir o Templo e, consequentemente, adorar a Deus. As Escrituras nos
mostram três grupos de exilados que retornaram do cativeiro para Judá. O
primeiro grupo, composto por aproximadamente cinquenta mil pessoas, retornou
para Judá em 536 a.C., sob a liderança de Zorobabel (Ed 2.2). O segundo grupo,
com aproximadamente mil e oitocentos homens, além das mulheres, filhas e
servos, retornou em 457 a.C., liderado por Esdras; e o terceiro em 444 a.C.,
liderado por Neemias para a reconstrução dos muros (Ed 7.1,6; Ne 2.5-8).
Os chefes das
tribos de Judá e de Benjamim dirigiram-se imediatamente a Jerusalém com os
sacerdotes e levitas. Os que não quiseram deixar os seus bens ficaram na Babilônia.
Chegaram depois os nobres, aos quais o rei havia escrito e contribuíram com
ouro e prata. Alguns deram animais, como cavalos.
Zorobabel. A
profecia de Ageu foi dirigida “a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de
Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote” (v.1). Sob a sua
liderança e a do sacerdote Josué, ou Jesua, filho de Jozadaque, os
remanescentes judeus retornaram da Babilônia para Jerusalém (Ed 2.2; Ne 7.6,7;
12.1). A promessa divina dirigida a Zorobabel é messiânica (2.21-23), sendo que
a própria linhagem messiânica passa por ele (Mt 1.12; Lc 3.27). Dessa forma,
Jesus é o “Filho de Davi”, mas também de Zorobabel. (Lições CPAD Jovens e
Adultos » 2012 » 4º Trimestre)
1.3. A Obra de Reconstrução é Iniciada.
Os judeus
lançaram os alicerces do Templo e trabalharam com ardor para reconstruí-lo (Ed
3.8). A alegria era tanta que tudo isto foi feito com som de trombetas e o povo
louvando, adorando e rendendo graças ao Senhor (Ed 3.10-11). Os povos vizinhos
começaram a desencorajar os judeus e a intimidá-los, objetivando parar a
reconstrução (Ed 4.5). Sem êxito, pediram aos governadores e aos que tinham o
encargo da direção dessa obra que ordenassem aos israelitas cessar os trabalhos
e suspender a reconstrução da cidade. Esta proibição de reconstrução durou nove
anos e só reiniciou no segundo ano do reinado de Dario (Ed 4.21-24).
Muitas vezes
na obra de Deus acontece do mesmo jeito. Quando estamos fazendo o que deus
aprova, o levante do inferno é grande, vem setas de todos os lados, mas maior é
o que esta conosco do que o que esta no mundo. Conforme escrito em Isaias
54.17: “Toda ferramenta preparada contra ti não prosperará; e toda língua que
se levantar contra ti em juízo, tu a condenarás. Esta é a herança dos servos do
Senhor, e sias justiça que vem de mim, diz o Senhor”.
Com
louvor e ações de graças, cantaram responsivamente ao Senhor: "Ele é bom;
seu amor a Israel dura para sempre". E todo o povo louvou ao Senhor em
alta voz, pois haviam sido lançados os alicerces do templo do Senhor. (Esdras 3:11).
2. A Reconstrução dos Muros.
A
reconstrução dos muros começou com a chegada de Neemias em Jerusalém, por volta
do ano 444 a.C., que durou apenas cinquenta e dois dias (Ne 6.15), depois de
estarem em ruínas desde a destruição da cidade, cerca de 587 a.C.
2.1. Aprendendo com Neemias.
Indubitavelmente,
Neemias é um grande exemplo de liderança. Fazer uma reconstrução em tão pouco
tempo exige coragem e determinação. Um grande líder precisa estar atento à
história do seu povo. Quando Neemias ficou sabendo do estado caótico em que os
seus irmãos se encontravam, ele chorou, jejuou e orou. Durante a obra, Neemias
distribuiu o trabalho e delegou funções ao povo (Ne 2.17-18). Primeiro, ele
convocou uma assembleia, explicou o propósito e animou o povo a colaborar com
ele na construção dos muros. Destaca-se ainda na vida de Neemias a sua
perseverança, pois, diante da perseguição e calúnia, ele não desanimou, mas
continuou firme em sua missão (Ne 2.19-20).
Neemias foi
um líder enérgico e corajoso. Ele se destacou não somente pela generosidade e
dedicação na causa de Deus, mas também por seu penetrante discernimento acerca
do caráter dos homens. Realizou uma tarefa difícil, enfrentando a oposição
externa e os problemas internos da sociedade. Ele soube vencer tudo com firmeza
e sabedoria, não se desviando do caminho que deveria seguir.
Quem era Neemias. Seu nome significa “Deus consola”. Ele
era filho de Hacalias e o seu irmão chamava-se Hanani (Ne 1.1; 7.2). Na corte
persa, exerceu a função de copeiro do rei Artaxerxes I. Como se vê, Deus usa as
pessoas segundo o seu querer e de acordo com a sua vontade.
Chamado por Deus. Catorze anos depois da expedição de
Esdras a Jerusalém, em 444 a.C, Neemias recebe urgentes e preocupantes notícias
de Jerusalém. Apesar de o Santo Templo já estar funcionando conforme as leis
levíticas, a cidade encontrava-se ainda abandonada (Ed 6.14-16; Ne 1.1.2). Ele,
então, sente o chamado de Deus para deixar o conforto palaciano e viajar para
Israel, a fim de reconstruir os muros da Cidade Santa que se achavam fendidos
“e as suas portas, queimadas a fogo” (Ne 1.3).
Aqui,
temos uma grande lição. Templo sem muros é igreja sem doutrina. E as portas
queimadas representam o liberalismo que, infelizmente, predomina em muitas
igrejas, facilitando a entrada de costumes mundanos entre os santos. Não é o
que ocorre em nossos dias? Que jamais venhamos abandonar os padrões bíblicos de
santidade, conduta e ética. (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2011 » 4º Trimestre)
2.2. Vencendo os Opositores da Obra.
Assim
como na reconstrução do templo, na qual Zorobabel enfrentou uma oposição a
ponto de a obra ficar embargada por nove anos, Neemias enfrentou oposição
externa e interna. Externamente, ele enfrentou Sambalate e seus amigos, que ao
verem que os judeus estavam determinados a reedificar os muros, fizeram de tudo
para detê-los. Sambalate iniciou uma guerra psicológica contra Neemias e os
construtores do muro, mas ele não cedeu e nem protestou; apenas permaneceu
firme (Ne 6.3). Havia também um perigo interno, pois o povo, reagindo à ameaça
da guerra e à fadiga natural que os trabalhos produziam, começou a desanimar.
No entanto, a fé e a coragem de Neemias inspiraram todo o povo (Ne 4.14,
19-23).
Muitos se
queixaram de cansaço e alegavam que, dentre os escombros que haviam permanecido
naquele lugar durante cento e quarenta anos, era difícil trabalhar nas pedras
que antes haviam feito parte do muro (Ne 4.2,10). Os opositores planejavam
atacar e matar os que estavam envolvidos na obra (Ne 4.11). Então Neemias
colocou as pessoas em posições estratégicas para defender os lugares fracos; a
ameaça do ataque não se materializou. Na obra de Deus não é diferente, diante
das oposições que querem travar e parar o avanço da obra, precisamos ter
discernimento e tomar a atitude certa para que venhamos a permanecer coesos,
pois juntos somos mais fortes.
Sambalate,
Tobias e Gesém foram três instrumentos usados por Satanás para desestabilizar
Neemias e impedir que a obra se realizasse. Os artifícios usados foram: a
zombaria, a calúnia e o desprezo (Ne 4.1-16). Por fim, vendo que a obra
avançava, tentaram ceifar a vida de Neemias em uma emboscada (Ne 6.1-15). O que
mais nos deixa intrigado é a reação de Neemias. Ele orava e não discutia. Ele
trabalhava e ignorava a oposição. Neemias sabia que era inútil discutir porque
sabia que a ideia da reconstrução vinha da parte de Deus.
Sem
dúvida, a nossa natureza humana sente um desejo natural de responder com
agressão aos ataques inimigos que julgam, intimidam, denigrem e prejudicam a
realização de nossos projetos. Porém, sabemos que essa não é a atitude correta.
Então, o que podemos fazer? Como devemos nos portar diante de tais
circunstâncias? Em vez de se deixar enredar em uma competição de insultos,
Neemias foi buscar apoio em Deus (Sl 44.5, 6; Ne 4.4, 5). (Lições
BETEL Jovens e Adultos » 2015 » 4º Trimestre)
2.3. A restauração do Muro é Concluída.
Diante de
tantas intempéries, o muro foi concluído em cinquenta e dois dias (Ne 6.15-19),
deixando os adversários envergonhados. Eles reconheceram que Deus havia operado
em favor dos judeus. Neemias 12.27-42 descreve a dedicação dos muros, onde os
levitas estavam presentes, com dois grandes coros e instrumentos musicais. Eles
saíram em dois cortejos; um liderado por Esdras e outro por Neemias. Depois de
muitos anos mergulhado em opressão, Israel estava renascendo e jubilando de
alegria na presença do Eterno.
Neemias não veio
apenas para reedificar muros, mas também promover reformas econômicas e
sociais. No tempo de privação o povo tinha hipotecado suas terras e bens imóveis
para obter dinheiro para comprar alimentos. Neemias aboliu os juros sobre empréstimo
entre compatriotas e exigiu a restituição das propriedades e pôs os registros
civis em dia (Ne 7.5). Foi renovado o conhecimento da Lei, sob a direção do
escriba Esdras, que a leu e interpretou (Ne 8.2); os casamentos mistos com os
povos da terra foram proibidos (Ne 10.30), a quebra do sábado foi condenada (Ne
10.31) e foi estabelecida a administração regular dos dízimos (Ne 12.44).
“A reconstrução dos muros de Jerusalém
Os muros
de Jerusalém, em montões de escombros, representam o estado desesperador do
mundo que está à nossa volta; os que atrapalham a edificação, e suas maldades,
nos dão uma fraca ideia dos inimigos com os quais temos que contender enquanto
executamos a obra de Deus. Cada um deve começar por sua própria casa, por
ajudar o progresso da obra de Deus em nossa alma é o melhor que podemos fazer
em favor do bem da Noiva de Cristo. Que o Senhor assim estimule o coração do
povo, para que deixe de lado as suas pequenas disputas e despreze os seus
interesses mundanos, para dedicar-se à construção dos muros de Jerusalém e à
defesa da causa da verdade e santidade, contra os assaltos dos inimigos
declarados” (HENRY, M. Comentário Bíblico. 1.ed., RJ:
CPAD, 2002, p.352).
3. A Sobrevivência dos Judeus.
A
profecia de Ezequiel 37, quando o povo ainda estava no cativeiro, mostra que a
restauração de Israel seria uma realidade. O Senhor Deus desejava restaurar a
nação a partir de um mover sobrenatural.
3.1. O Período dos Macabeus.
No
período Inter bíblico, de aproximadamente 400 anos, num dado momento emergiu-se
a Revolta Macabéia, deflagrada em 167 a.C., resultando e um período de
independência que perdurou até 63 a.C. A vitória dos macabeus acabou com a
influência dos selêucidas na Palestina e deu ao estado judaico virtual
autonomia até o advento dos romanos. Com a obtenção da independência do estado
judaico, as condições econômicas melhoraram; a justiça era devidamente
administrada por tribunais e a vida religiosa experimentou um importante
despertamento. Neste curto espaço de independência, Deus usou um meio de
garantir a sobrevivência da fé judaica e a não aceitação da religião pagã dos
gregos. Durante este tempo, os judeus criaram uma consciência de orgulho
nacional e uma forte perspectiva de um Messias que lhes trouxessem para sempre
a libertação de seus inimigos.
Este período foi
marcado pela paz e as colheitas eram abundantes. Ficam algumas lições sobre as
vitorias milagrosas, vejamos: 1) A história é importante e provê um meio para
Deus mostrar o Seu poder e a Sua gloria; 2) A providência divina salva o Seu
povo; 3) O poder de Deus não depende de números, pois Ele faz o improvável acontecer;
4) deus usa instrumentos especiais e alguns deles se tranam heróis da fé; 5) A vitória
está nas mãos de Deus.
Este
período pode ser estudado através de registros históricos existentes sobre o
tema, uma dica é a bíblia católica que possui os livros de I Macabeu e II
Macabeu e não fazem parte do Cânon, todavia são livros historicamente
interessantes para se ler, principalmente os professores da EBD. Dica: https://www.bibliacatolica.com.br.
3.2. O Holocausto.
Um dos
piores momentos da história de Israel foi quando Adolf Hitler empreendeu uma
perseguição em massa ao povo judeu. Através de uma perseguição antissemita,
difundida e levada a cabo pelos alemães, milhões de judeus viveram e morreram
de maneira desumana. Este trágico acontecimento ficou conhecido como
Holocausto, no qual seis milhões de judeus, por determinação de Adolf Hitler,
foram brutalmente assassinados durante a Segunda Guerra Mundial. Muitos centros
de concentração eram mantidos pelos nazistas para manter, explorar e matar
judeus.
As perseguições
começaram com as Leis de Nuremberg para excluir os judeus da sociedade civil;
depois separavam os judeus de suas famílias e os enviavam aos centros de
concentração, onde eram explorados e morriam de exaustão ou de alguma doença;
os mais famosos foram Sobibór e Auschwitz. Muitas atrocidades ocorreram nesta época
e houve quase que um extermínio da raça semita.
A dispersão pelo mundo. Em virtude
da desobediência e da idolatria do povo, Deus disse que tiraria a nação
israelita da sua terra e a espalharia pelo mundo (Dt 28.63,64; Mt 23.37). Isso
aconteceu várias vezes na história, quando foram levados cativos pelos assírios
(cf. 2Rs 17.6), babilônios (cf. 2Rs 25.21) e pelos gregos (para Alexandria no
século III a.C). Entretanto, a maior dispersão, chamada diáspora judaica,
ocorreu em 70 d.C, quando os romanos invadiram Jerusalém e destruíram o templo.
Com isso, milhares de israelitas foram dispersos pelo mundo (Lc 21.24), vivendo
exilados de sua pátria. Já no Século XX, Adolf Hitler também
empreendeu uma perversa perseguição contra os judeus, culminando no Holocausto,
o genocídio de cerca de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Nenhum outro povo sofreu tantos ataques quanto Israel, mas Jeová sempre os
protegeu com sua forte mão, pois Ele é o seu guarda e Redentor (Sl 121.4; Is
41.14).
3.3. A Independência Nacional e o Reconhecimento Mundial.
Podemos
perceber na história da nação de Israel, em diversas ocasiões, a proteção, o
cuidado e os propósitos de Deus para com o Seu povo. Em vários momentos cruéis,
a nação quase foi exterminada, mas a mão do Eterno Deus sempre esteve amparando
o Seu povo. Depois de tanta perseguição, opressão e cativeiro, a nação de
Israel agora vive um dos seus momentos de glória, que é a sua independência
reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 14 de maio de 1948.
A profecia de
Ezequias 37 não é tão fácil de ser interpretada, mas, mas sabemos que o texto
tem a aplicação primária, secundária e pode ter também uma aplicação profética.
Sabemos, pelo contexto, que aponta para a restauração da nação, podendo ser
aplicado nos momentos pós-exílios e, também, em uma questão escatológica. Contextualmente,
era uma mensagem de esperança para todo o povo abatido, cuja capital Jerusalém
tinha sido completamente destruída, ficando em cinzas e ruínas.
Situação atual. Nos dias atuais, o
Estado de Israel é uma nação próspera e a única referência democrática do
Oriente Médio, que respeita os direitos humanos, inclusive das mulheres, e
permite aos cidadãos de todas as crenças praticarem sua religião, livre e
publicamente. Ainda assim, vive ameaçado pelos palestinos. Hoje, os cristãos
devem orar pela paz na região e interceder pela nação de Israel, pois eles são
o relógio escatológico de Deus referente ao mundo, principalmente acerca da
Grande Tribulação (Ap 16.12-21). Esse evento escatológico será terrível e
indescritível para o povo de Israel. Ele estará mobilizado para a grande
batalha do Armagedom. Os reis da terra, isto é, os governantes do mundo todo
estarão reunidos com seus exércitos e armas destrutivas para o maior combate já
registrado na história mundial; será no clímax dessa batalha que Jesus, o
Messias, anteriormente rejeitado pelos israelitas, virá e destruirá os inimigos
do seu povo, e implantará o seu reino milenial (Ap 19.11-21). (Lições CPAD
Jovens » 2015 » 2º Trimestre).
CONCLUSÃO
Deus
sempre tratou com zelo o Seu povo. Apesar de quase ter sido exterminado da face
da terra, o que vemos é um povo forte se consolidando cada vez mais como nação.
A história dos judeus mostra um Deus soberano, que cuidou de cada detalhe na
preservação do Seu povo.
Bibliografia
[1]
Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD – ARC
Bíblia de
estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do
Culto - Editora Betel
Revista
EBD Betel Dominical Professor – 3º trimestre 2018, ano 28, número 108 - Editora
Betel
PAE - Plano de Aula Expositiva - Auxílio EBD -
http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical/
1. O que o decreto de Ciro permitiu?
R: O regresso dos judeus
para sua pátria (Ed 1)
2. Quanto tempo durou a reconstrução dos muros?
R: Cinquenta e dois dias
(Ne 6.15)
3. Durante a obra, o que Neemias fez?
R: Distribuiu o trabalho e
delegou funções ao povo (Ne 2.17-18).
4. O que Neemias 12.27-42 descreve?
R: A
dedicação dos muros (Nm 12.27-42).
5. O que mostra a profecia de Ezequiel 37?
R: Que a restauração de
Israel seria uma realidade (Ez 37).
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