Lição 2 - O valor do planejamento na vida do cristão


14 de outubro de 2018 

Planos meramente humanos (Tg 4.13). É comum algumas vezes falarmos “daqui tantos anos vou fazer isso”, “em 2018 eu farei aquilo”, etc. É verdade que precisamos planejar a vida. Entretanto, todo planejamento deve ser feito com a sabedoria do alto. Isto é uma dádiva de Deus. Todavia, infelizmente nos acostumamos à mera rotina e tendemos a planejarmos o futuro sem ao menos nos lembrarmos de que Deus, o autor da vida, tem de ser consultado, pois tudo o que temos é fruto da sua bondade e misericórdia. (Lições CPAD Jovens e Adultos »  2014 » 3º Trim)

 

 Texto Áureo

"E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique". (Ne 2.5)

Desejaram-se contribuir com o crescimento do reino de Deus, é imprescindível agirmos com sabedoria e fé. 

 

Verdade Aplicada

Em tempo de muito ativismo e imediatismo, é preciso resgatar a prática da oração, da reflexão e do planejamento.

 

Objetivos da lição

1 - Enfatizar o valor do trabalho em grupo;

2 - Mostrar a necessidade de se responder adequadamente às ocasiões;

3 - Destacar a importância do planejamento na vida do cristão.

 

 Neemias 2.1-4 

1 - Sucedeu, pois, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao rei; porém eu nunca estivera triste diante dele.
2 - E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto, pois não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração; então temi muito em grande maneira.

3 - E disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo?

4 - E o rei me disse: Que me pede agora? Então orei ao Deus dos céus. 

 

Hinos Sugeridos

311, 356, 386

 

INTRODUÇÃO

Neemias foi suficientemente sábio para aproveitar as oportunidades que Deus estava lhe proporcionando. Veremos, também, nesta lição, o cuidado que ele teve quando, finalmente, chegou a Jerusalém.

 

1. O Valor das Respostas Inteligentes.

A narrativa do grande banquete nos faz refletir sobre o que levara o rei a dedicar atenção ao semblante de Neemias. Apenas por uma intervenção divina isso seria possível. Ao ser questionado pelo rei, apesar de temeroso, Neemias não se deixou ser dominado pelo medo e, aproveitando a oportunidade, expôs o seu caso. Da mesma forma, o cristão deve estar atento a todas as chances que aparecem. 

 

1.1. Deus aguçou o olhar do rei.

Significado de Aguçar: Ficar mais sensível; tornar-se perceptivo: aguçou os sentidos.

Ao responder o rei Artaxerxes quando interpelado por este sobre a razão de sua aparente tristeza, Neemias demonstra tato, embora tenha sentido medo (Ne 2.2). A atenção do monarca havia se voltado para ele e tal chance não podia ser desperdiçada. Provavelmente, Neemias clama ao Senhor em pensamento e devolve ao rei uma resposta que, primeiramente, reafirma sua lealdade ao regente: "Viva o rei para sempre" (Ne 2.3). É interessante observar que Neemias não divulga o nome da cidade, referindo-se a ela apenas como o "lugar dos sepulcros de meus pais".3 - E disse o rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo? (Ne 2.3).

Neemias ficou assustado quando o rei notou que o seu rosto estava diferente. Naquela época, demonstrar tristeza perante o rei era muito perigoso, pois, conforme o ânimo ou humor da autoridade, uma ordem de execução poderia ser dada a qualquer instante. As regras de etiqueta da monarquia eram tão severas que, uma pessoa trajando luto, jamais poderia entrar no palácio (Et 4.2). Mas, Neemias alcança graça aos olhos do rei e este permite que ele continue. Cyril Barber afirma que Neemias sabia que prevalecia, no Oriente Médio, a reverencia aos ancestrais. Por essa razão, usa como argumento a existência dos sepulcros de seus antepassados.

 

1.2. O Valor em responder com Sabedoria.

Apesar de ter orado e jejuado antes, a postura de Neemias perante o rei e como expôs o motivo da tristeza e o pedido, demonstram prudência, sabedoria e equilíbrio.
Assim, aprendemos que a oração e a confiança no Senhor não nos dispensam de agirmos e falarmos com cuidado (Pv 10.19; 16.16). Tal exemplo de atitude nos lembra o exposto em Eclesiastes 8:1-7. O histórico de Jerusalém não era um dos melhores. Esdras 4:6-16 nos revela a saga de Jerusalém e o quanto seria arriscado trazer seu nome à memória de Artaxerxes. Neemias sabia que se explorasse o costume do respeito aos antepassados teria uma chance de o rei acenar com uma resposta positiva. Sabiamente, Neemias resguarda o nome da cidade, menciona apenas que se tratava do "lugar dos sepulcros de meus pais" (Ne 2.3), sabendo que isso conquistaria a simpatia do rei (Ne 2.4).


De acordo com William macDonald: “A confiança que Neemias depositou em Deus não foi em vão. O rei não apenas concedeu o pedido, mas também o nomeou governador de Judá (Ne 5.14) ”.

A verdadeira sabedoria vem do alto, Neemias foi um exemplo para nós, com relação à oração e comunhão com Deus, de onde procede a verdadeira sabedoria. 5 - E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada. (Tg 1.5)

A sabedoria que vem de Deus. Tiago fala da sabedoria que vem do alto para distingui-la da humana, de origem má (Tg 3.13-17). Irrefutavelmente, a sabedoria que vem de Deus é o meio pelo qual o homem alcança o discernimento da boa, agradável e perfeita vontade divina (Pv 2.10-19; 3.1-8,13-15; 9.1-6; Rm 12.1,2). Sem esta sabedoria, o ser humano vive à mercê de suas próprias iniciativas, dominado por suas emoções, sujeitando-se aos mais drásticos efeitos das suas reações. Enfim, a Palavra de Deus nos orienta a vivermos com prudência. Todavia, quando nos achamos em meio às aflições é possível que nos falte sabedoria. Por isso, o texto de Tiago revela ainda a necessidade de o crente desenvolver-se, adquirindo maturidade espiritual. (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2014 » 3º Trim)


 

1.3. Evitar Polêmicas Desnecessárias.

Muitas situações embaraçosas seriam evitadas se apenas as palavras estritamente necessárias fossem pronunciadas. Há muitos que falam demasiadamente sem ponderar acerca de suas falas. Provérbios 25.11, fala acerca da palavra dita a seu tempo. Alguns põem tudo a perder, pois, mesmo sendo detentores da verdade, disparam-na de forma errada para todos os lados. Desenterram problemas sobre os quais o próprio Senhor Deus já pôs uma pedra (Mq 7.19). Aprendemos com Neemias a necessidade de responder sabiamente, evitando polêmicas desnecessárias. No momento certo, ele falou o propósito da sua missão. 

Segundo Stephen S. Short: “Como resposta à oração de Neemias, Deus predispôs favoravelmente para concordar com o pedido de Neemias, mas também para lhe dar todo tipo de ajuda possível nessa empreitada”.

 

2. A Importância do Planejamento.

Neste tópico, abordaremos sobre a importância do planejamento. Quais aspectos podem contribuir para que se obtenha êxito numa empreitada? Vejamos o que a história de Neemias tem a nos ensinar.

 

2.1. Conhecendo o Homem.

É impossível conhecer o homem na sua totalidade, mas aquele que observa as personalidades tem maiores chances de acerto numa interação. Quando entregamos nossa vida a Jesus, nossos maus hábitos são modificados, mas nossa personalidade permanece. Esse conhecimento nos torna cautelosos e, assim, podemos ponderar acerca da melhor abordagem. E isso não ocorre só com estranho. Até nossos filhos tem suas próprias personalidades.

Se for possível, quando estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Rm 12.18)

Devemos viver em paz com todas as pessoas, não importando qual é a sua religião, cultura, etnia e, mesmo que você considere esta pessoa de difícil convivência.

 

PRINCÍPIOS PARA SE ESTABELECER RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS 

1. Respeito (1Tm 2.2 — ARA). O respeito é um valor moral necessário ao convívio saudável e harmônico. Por meio dele apreciamos e reconhecemos o próximo e os seus direitos: à vida, à felicidade; ao trabalho; ao culto; à livre expressão de ideias. No mundo globalizado e multicultural de hoje, o respeito é uma necessidade para a boa convivência. Nenhum relacionamento saudável subsiste sem respeito mútuo (Rm 13.7; Ef 5.33; 1Tm 3.8; Tt 2.2 — ARA).

2. Ética (Êx 20; Mt 5-7; 2Tm 3.16). Em aspecto prático, a ética refere-se às normas de conduta sob as quais a sociedade e o indivíduo vivem. Todavia, a base da ética cristã não são os costumes sociais, mas o caráter santo e misericordioso de Deus, os ensinos de Jesus, e as Escrituras. Estes fundamentam a vida e os relacionamentos saudáveis dos cristãos.

3. Alteridade (Lc 6.36,37). O homem é um ser social! Ele vive em comunidade e interage com o outro, que lhe é diferente. Isto cria uma relação de interdependência e solidariedade, que são necessárias ao desenvolvimento pessoal e coletivo do ser humano. Por meio da alteridade a pessoa se coloca no lugar da outra, procurando entendê-la, respeitando as diferenças que existem entre ambas. Lições CPAD Jovens e Adultos » Jovens 2015 » 4º Trimestre       

O dicionário define personalidade como: “um substantivo feminino que designa qualidade do que é pessoal; caráter essencial e exclusivo de uma pessoa; personalidade; aquilo que a distingue de outra”. A Psicologia completa: “ individualidade consciente; pessoa”. Geralmente, as mulheres se dão melhor no trato com as pessoas por prestarem atenção nas coisas que podem tocar os sentimentos dos outros. Abigail era conhecedora do marido que tinha e sua atitude certamente o salvou de ser trucidado por Davi e seus homens (1Sm 25.3-32). A Igreja é uma comunidade de pessoas distintas umas das outras e por essa razão não há um modo único de lidar com elas.

                                                                                                      

2.2. Conhecendo a Cultura de sua Época.

Neemias não era alguém que simplesmente fazia uso da persuasão para atingir seus objetivos. Muito pelo contrário, pois mostrou-se um estudioso da cultura de sua época. É interessante observar que o pano de fundo dos interesses de Neemias era trazer o povo de volta à verdadeira adoração a Deus. Em nossos dias, os pais precisam cultivar os ideais divinos ao mesmo tempo em que incentivam membros da família a alcançarem seus sonhos. Neemias manteve-se íntegro perante Deus, pois jamais se esqueceu de que o Senhor era verdadeiro soberano. Deus nos fez para vivermos em sociedade e não isolados. Conhecendo o homem, a cultura e preservando o contato com Deus, desenvolveremos relacionamentos maravilhosos com o nosso próximo.

Segundo o Pr. Esdras Costa Bentho (2015), “Nenhum homem é uma ilha isolada”. [...], lembra-nos de que vivemos numa comunidade global, formada por pessoas de etnias e culturas diferentes. Todos recebemos do Criador a mesmíssima vida soprada em Adão (Gn 2.7; 5.3; At 17.25,26). O Senhor é doador da vida e de relacionamentos saudáveis, “porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17.28).

O planejamento é indispensável em nossas vidas. Não só no aspecto material ou econômico, mas também no espiritual. Quem não planeja, edifica a vida cristã em parte e logo a abandonará por não ter em conta o custo de servir a Jesus (Lc 14.26-33). Quais são esses custos? Um cristão pode enfrentar a perda de hierarquia social ou riqueza. Pode perder o controle sobre suas finanças, tempo ou profissão. Pode ser odiado, separado da sua família ou até sentenciado à morte. Seguir a Cristo não significa uma vida isenta de problemas. Com verdadeiro interesse devemos considerar o custo de ser um discípulo de Cristo. Devemos nos comprometer e jamais ceder à tentação de voltar atrás. Com Cristo, sempre vale a pena continuar.

 

2.3. Mantendo Deus Presente em seus Planos.

Por meio da declaração: "Se é do agrado do rei" (Ne 2.5), Neemias se mostra respeitoso sem ser pedante. Há quem profira títulos e pronomes de tratamento, os mais pomposos possíveis, mas apenas da boca para fora. Neemias havia construído uma relação de confiança com Artaxerxes e não se pautou apenas no jargão: "viva o rei". Uma lição a ser extraída é a relevância, no dia a dia, de cultivarmos relacionamentos saudáveis. Mesmo assim, Neemias tinha em mente que se não contasse com a intervenção divina, decerto não teria as portas abertas. Quem não inclui Deus em seus planos, não chega muito longe (Pv 16.1-3), ainda que a princípio pareça que tudo está indo bem.

As autoridades são constituídas por Deus e merecem nosso respeito. É recomendação bíblica (Rm 13.1). Na Academia Militar das Agulhas Negras, onde são formados os oficiais do Exército Brasileiro, há uma frase em letras garrafais com os seguintes dizeres: “Cadete, ides comandar, aprendei a obedecer”. O mal servo jamais será um bom senhor. No trabalho, escola, em casa, ou na igreja, devemos obedecer às autoridades constituídas. Desde que suas ordens não agridam os preceitos de Deus, é nossa obrigação acatá-las. Quer ser obedecido em casa? Dê exemplo. As palavras podem dizer muitas coisas, mas só os exemplos são capazes de confirma-las. Em qualquer lugar que nos achemos, devemos atuar como cidadãos e cristãos responsáveis.

A forma como Neemias tratava o rei não era mera formalidade, mas demonstrava o quanto ele honrava-o. O apostolo Paulo nos ensina sobre a vontade de Deus quanto a este assunto:

1 - Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.

2 - Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.

3 - Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.

4 - Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.

5 - Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.

6 - Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.

7 - Portanto, daí a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.

O argumento de Paulo, concernente às responsabilidades civis do cristão, fundamenta-se em três princípios básicos: teológico (v.1); consciência (v.5) e deveres cívicos (vv.6,7). No teológico, o apóstolo declara que a razão pela qual todo homem deve estar sujeito às autoridades é porque o governo instituído procede de Deus. Logo, opor-se à autoridade é resistir à ordenação do Altíssimo (vv.1,2). No segundo princípio, o cristão é admoestado a obedecer ao governo civil, não por medo do castigo, mas por questão de consciência (v.5). Isto significa que a motivação cristã à obediência ao governo, não está no medo suscitado pela penalidade à infração cometida (v.3), mas pela aceitação interna e convicta de que se trata do cumprimento da vontade de Deus (vv.4,5). Por fim, os deveres cívicos do cristão são contemplados como obrigação moral e obediência irrestrita à vontade de Deus (v.6). A submissão às leis, inclui o pagamento de tributos e impostos, bem como o devido emprego das expressões honoríficas (de honra) e o respeito nobiliárquico (estudo das origens e tradições) (v.7). (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2006 » 1º Trimestre)

  

3. Estudando o Terreno.

Planejar exige parar, pensar e decidir o que é importante para se alcançar o objetivo. O planejamento facilita o trabalho porque nos obriga a realizar uma síntese sobre a atividade a ser feita. Neemias foi muito prudente ao examinar as redondezas (Ne 2.11-16). Muitos têm sucumbido por tomarem atitudes precipitadas, colocando os pés pelas mãos, agindo no calor dos acontecimentos. É preciso refletir, ponderar; pesar os prós e os contras. Por isso, o exemplo de Neemias nos será muito útil.

Planejamento é indispensável, disse Jesus:

28 - Porquanto, qual de vós, desejando construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o custo do empreendimento, e avalia se tem os recursos necessários para edificá-la?

29 - Para não acontecer que, havendo providenciado os alicerces, mas não podendo concluir a obra, todas as pessoas que a contemplarem inacabada zombem dele, … (Lc 14.28-29)

 

3.1.  Fazendo o que está ao nosso Alcance.

Neemias sabia que sem a proteção de Deus seus esforços seriam em vão. Isso foi comprovado por meio de suas orações, que sempre antecederam suas ações. No entanto, da mesma forma, também reconhecia que o Senhor Deus não faria por ele aquilo que ele tinha condições de fazer. Deus está sempre disposto a nos ajudar, todavia, nossa parte na história precisa ser cumprida (Js 1.18).

Há crentes que da boca para fora confessam crer em Deus e aguardar suas providências. No entanto, se esquecem de realizar o dever de todo cristão: oração, leitura da Palavra, meditação no que foi lido, enfim, um conjunto de ações que compõem uma vida piedosa. Confessar crer em Deus e negligenciar a prática de uma vida consagrada demonstra que tais pessoas correm um grande risco de sofrer frustações por não estarem preparadas.

Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus. (2 Coríntios 3:5)

Nossa alegria e força vêm do Senhor Jesus. Segundo Matthew Henry, “temos necessidade de obter forças de Cristo, para sermos capacitados a realizar não somente as obrigações puramente cristãs. Precisamos da força dEle para nos ensinar como ficar contente em cada condição”. Busque ao Senhor e permita que a alegria divina preencha a sua alma (Ne 8.10). (Lições CPAD Jovens e Adultos » 2013 » 3º Trimestre)

 

3.2. Um Círculo de Confiança.

Neemias, a princípio, não saiu contando para todos o que pretendia fazer. Adiantar o que planejamos pode suscitar problemas desnecessários. Muitos entraves podem surgir por intermédio de pessoas descontentes que, ao saberem das ações a serem implantadas em médio prazo, fazem de tudo para frustrar os objetivos. Neemias selecionou muito bem as pessoas com as quais poderia compartilhar o que pretendia. Em nossa trajetória cristã, é muito bom ter ao nosso lado pessoas que possam nos auxiliar em oração ou palavras de ânimo e estímulo para avançarmos sempre.

Deus não faz acepção de pessoas e, por conseguinte, nós também não devemos fazer: Mas, dependendo da obra a ser realizada, é preciso ser cauteloso. Quando caminhava para a casa de Jairo, Jesus mudou sua atitude ao saber a notícia da morte da menina. Jesus não mais permitiu que a multidão o seguisse, mas selecionou aqueles que continuariam com Ele a partir daquele ponto (Mc 5.37). Há assuntos que só podemos compartilhar com os companheiros de oração e vida piedosa. Quem compartilha todos os seus pensamentos e propósitos com gente descompromissada, em vez de angariar quem o apoie na caminhada, acaba encontrando um zombeteiro, que desestimula e enfraquece (Mc. 5.40)


Marcus Tullius Cicero (106 — 43 a.C.) afirmou em seu “Diálogo sobre a Amizade” que, excetuando a sabedoria, não há entre os homens um dom maior do que a amizade. Para o filósofo, o amigo é alguém com quem se pode conversar como se estivesse falando consigo mesmo. A amizade, dizia ele, nunca é impertinente, jamais molesta. Na amizade nada é fingido, nada dissimulado, tudo quanto nela há é verdadeiro. (Lições CPAD Jovens e Adultos » Jovens » 4º Trim) Outro grande pensador da Antiguidade, Aristóteles (382 — 322 a.C.), afirmou, em “Ética a Nicômaco”, A amizade também ajuda os jovens a afastar-se do erro, e aos mais velhos, atendendo-lhes às necessidades e suprindo as atividades que declinam por efeito dos anos. Aos que estão no vigor da idade ela estimula à prática de nobres ações, pois na companhia de amigos - "dois que andam juntos101" - os homens são mais capazes tanto de agir como de pensar. ” Ética a Nicômaco; Poética / Aristóteles; seleção de textos de José Américo Motta Pessanha. — 4. ed. — São Paulo: Nova Cultural, 1991. — (Os pensadores; v. 2) (Pg. 170)


 

3.3. Falar com Conhecimento de Causa.

Ao fazer a ronda pelo perímetro da muralha, Neemias tomou conhecimento do real estado em que ela se encontrava. Não fez alarde, levou apenas uma montaria (Ne 2.12). Mesmo à noite, não colocou isso como um obstáculo. Não podemos dar como desculpa para fazer a obra do Senhor uma dificuldade intransponível. Fazer isso é negar a confiança no poder que Deus tem, pois Ele resolve até mesmo as situações impossíveis (Lc 1.37).

Os problemas sempre existiam. As barreiras eram constantes na vida dos heróis da fé. Uma mesma pedra pode servir para ferir alguém, para usar como assunto, ou até mesmo como cabeceira (Gn 28.11). Pedra sempre será pedra. O que muda é como a utilizamos e o contexto considerado. Encare as barreiras com os olhos de um vencedor que sabe em quem tem confiado. Os homens dos quais a Bíblia traz relatos de vitória, tiveram as mesmas limitações que temos na atualidade. Porém, mantiveram-se no combate. Se quisermos ter êxito em nossas batalhas, devemos confiar, lutar e persistir.

Saí de noite com alguns dos meus amigos. Eu não havia contado a ninguém o que o meu Deus havia posto em meu coração que eu fizesse por Jerusalém. Não levava nenhum outro animal além daquele em que eu estava montado. Neemias 2:12

Uma das evidencias da direção de Deus na vida de alguém são suas atitudes, palavras e atuação notória de Deus.

 

CONCLUSÃO

A história de Neemias nos mostra a importância de uma vida de constante preparo. Empreguemos nosso tempo em conhecer mais a Deus e não desprezemos o saber como lidar com o nosso próximo. Deus fez o homem para viver em sociedade, sendo abençoador de vidas.

 

Bibliografia
Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - ARC
Bíblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor – 3º trimestre 2018, ano 28, número 108 - Editora Betel
PAE - Plano de Aula Expositiva - Auxílio EBD - http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LIÇÃO 09 - AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS

“o legado de Jesus cristo para sua igreja”

As Sete Promulgações da lei Divina