Obede-Edom, o Milagre da Presença de Deus

 

Por esse motivo ele desistiu de levar a Arca do SENHOR direto para a Cidade de Davi. Em vez disso, levou-a para a casa de Obede-Edom, de Gate. A Arca do SENHOR permaneceu na casa dele por três meses, e o SENHOR o abençoou grandemente, bem como toda a sua família. 2Sm 6.10,11

Sendo assim, não trouxe a Arca para a cidade de Davi, mas a deixou na casa de Obede-Edom, o geteu. Então a Arca de Deus permaneceu durante três meses sob os cuidados da família de Obede-Edom, em sua própria casa; e Yahweh abençoou a família de Obede-Edom e fez prosperar toda a sua propriedade. 1Cr 13.13,14

Conhecer a Deus e não reverenciar as coisas sagradas pode ser tão perigoso quanto ignorar Sua presença.

O SENHOR faz empobrecer e faz enriquecer; Ele humilha e exalta. 1Sm 2.7

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Porquanto, Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Ef 1.3,4

Segunda o historiador Flavio Josefo, Samuel tinha 12 anos quando Deus o chama para o ministério profético, e ele julgou Israel por 40 anos antes de Saul assumir como Rei e reinar por 40 anos, aí entra Davi e reina 40 anos e seu reinado deve ter transcorrido por uns 15 a 20 anos até ele decidir buscar a Arca.

 

Tinha Davi trinta anos quando começou a reinar e reinou durante quarenta anos. Em Hebrom, ele reinou sete anos e seis meses sobre Judá; em Jerusalém, reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e sobre Judá. 2Sm 5.4,5

Durante muitos anos a arca foi para o povo israelita um símbolo da presença de Deus, era como se o próprio Deus estivesse em pessoa entre eles, a pelejar suas guerras. Essa mesma arca havia sido levada pelos filisteus após batalha em que morreu Hofni e Finéias, filhos do sacerdote Eli (1 Sm 4.10-18). Posta no templo de Dagom em Asdode, depois enviaram para Gate, depois para Ecrom, a arca trouxe grande terror ridicularizando seu deus Dagom, que diante dela teve sua cabeça e braços decepados. O povo também foi punido com hemorroidas e uma praga de ratos, tendo que fabricar ratos e hemorroidas de ouro para aplacar a ira do Senhor. A arca permaneceu na terra dos Filisteus por 7 meses. Por onde a arca passava trazia terror, ela é enviada pelos Filisteus em um carro de boi e o carro para em Bete-Semes, entretanto 70 homens de Bete-Semes se atreveram de olhar dentro da Arca e o Senhor os matou na hora. E enviaram a arca para Quiriate-Jearim, até que, finalmente, chegou à casa de Abinadabe, e lá se estabeleceu por um período de vinte anos, após consagrarem Eleazar, seu filho, como guardião da arca (1 Sm 5.1-12; 6.1-27; 7.1-2). A arca ficou sob a custódia da família de Abinadabe por cerca de setenta anos.

Uzá conhecia a pena de morte, era um levita, um coatita especificamente encarregado de tomar conta da arca (Nm 4.4-20). Tratar as coisas sagradas com leviandade é como tocar na arca, Uzá foi irreverente, não santificou o nome do Senhor. Uzá cresceu olhando para a arca, para ele a arca era apenas uma religiosidade, um culto como outro qualquer. Durante vinte anos nada aconteceu em sua casa, nada aconteceu em sua vida, não existe registro algum de que aquela presença possa ter alterado alguma coisa em sua família.

A tragédia que trouxe morte para Uzá produziu vida para Obede-Edom. Parece que Deus havia tomado uma decisão: “Ele nem habitaria na casa do sacerdote e nem tampouco habitaria com o rei”. Era como se estivesse enojado com o sistema e a maneira cega que lhe conduziam. Deus resolveu habitar na casa de alguém sem “status”, alguém que estava fora de alcance para todos. Deus deixou de habitar com os nobres, para transformar aquele que para todos era um anônimo. Obede-Edom significa: servo de Edom. Os edomitas eram descendentes de Esaú, os quais Deus mandou exterminar da terra e os amaldiçoou. A tragédia favoreceu toda a sua casa, um exemplo de graça onde jamais houve uma perspectiva de mudança.

Existiu uma casa Obede-Edom antes e uma pós Arca.

Era um homem que morava a beira da estrada que levava a Jerusalém, por onde Davi com sua comitiva passavam quando aconteceu o ocorrido com Uzá (2Sm 6:1-7).

Segundo o historiador Flávio Josefo a família de Obede-Edom a princípio era muito pobre, mas a presença de Deus em sua casa a fez uma família prospera (bem-sucedidofelizafortunado) a tal modo que esta notícia se tornou conhecida em toda Israel. (Com. Bíblico de Champlin)

Imagine que você mora em uma casinha de beira de estrada, certo dia você e sua família estão a mesa conversando a respeito das tantas dificuldades em suas vidas. Talvez já se conformando que não tem saída e que tudo está perdido, agora e só esperar a morte chegar. De repente alguém bate à sua porta, você ouve e decide abrir, se depara então com O Rei falando a respeito da oportunidade da Presença de Deus fazer morada em sua casa.

Qual seria sua resposta?

Obede-edom disse sim e a Shekinah de Deus entrou em sua casa, família, vida.

Shekinah é um termo bíblico que tem origem no hebraico e quer dizer habitação, assentamento ou presença de Deus (divina presença), usado principalmente no Templo em Jerusalém.

A presença de Deus fez morada dentro de um lar humilde, mas aberto para sua presença.

Quando a presença de Deus entra em um ambiente, ela transforme tudo, traz vida, esperança, alegria, paz, salvação. Foi exatamente isso que aconteceu na casa de Obede-edom.

Obede-Edom, o geteu. Isto é, um homem de Gate. É incerto se a referência é à Gate dos filisteus (1Sm 5.8, Então mandaram que alguns mensageiros fossem chamar todos os cinco príncipes filisteus e lhes indagaram: “Que devemos fazer com a Arca do Deus de Israel?” E, tomaram a seguinte decisão: “A Arca do Deus de Israel seja transportada imediatamente a Gate!” E então levaram a Arca do Deus de Israel.) ou à Gate-Rimom (uma cidade levítica no território de Dã ou Manassés; Js 21.23-25). Nos livros de Crônicas, Obede-Edom é frequentemente referido como um levita (p. ex, 1Cr 15.17-25; 16.5,38; 26.4-5,8,15; 2Cr 25.24)

Quando ninguém queria arriscar-se num compromisso tão radical com Deus, ele abre as portas de sua casa e decide ser o modelo que aquela nação precisava. Obede-Edom teve coragem, pois qual homem que assistindo ao funeral de alguém fulminado pela arca a colocaria em sua casa? Obede-Edom arriscou sua vida e a de sua família, e, é exatamente isso que acontece quando a presença de Deus entra em nossa casa. Nós corremos risco (Sl 44.22 Entretanto, por amor de ti somos entregues à morte todos os dias; fomos considerados como ovelhas para o matadouro.; Rm 8.36). Evangelho nunca foi fácil, sempre trouxe marcas, perseguição, e sangue (Mc 13.12 E sucederá que um irmão trairá seu próprio irmão, entregando-o à morte, e dessa mesma maneira agirá o pai para com seu filho. Filhos haverá que se revoltarão contra seus próprios pais e os assassinarão).

Hoje é que as coisas mudaram. Não se sabe mais quem é ou quem não é; quem realmente serve ou quem apenas guarda a arca. Tudo está tão misturado; tão comum, e tão fácil, que a graça se tornou engraçada para muitos. Sl 100.2,4 Rendei culto ao SENHOR com alegria, vinde à sua presença com cânticos de louvor. Entrai por suas portas com ações de graças e em seus átrios com hinos de adoração; exaltai-o e bendizei o seu Nome!

Uzá morreu instantaneamente, por tocar a arca, mas Deus abençoou a casa de Obede-Edom, onde a arca estava alojada. Isto demonstra os dois lados do caráter de Deus; Ele é perfeitamente amoroso e perfeitamente justo. Grandes bênçãos vêm aos que obedecem aos seus mandamentos, mas severa punição vem aos que desobedecem a Ele. A punição pode vir rapidamente ou com o passar do tempo, mas virá. Às vezes, nós nos concentramos apenas nas bênçãos que Deus nos dá, esquecendo-nos de que, quando pecamos, (Hb 10.31 Assim, terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!). Em outras ocasiões, no entanto, nós nos concentramos tanto no juízo que deixamos de perceber as bênçãos. Não se limite a uma visão unilateral de Deus. Com as bên­çãos do Senhor, vem a responsabilidade de viver à altura de suas exigências de justiça, honestidade e imparcialidade.

Obede-Edom não somente arriscou, mas teve a rotina de sua vida alterada. É impossível Deus entrar em uma vida e as coisas continuarem do mesmo jeito. Foram três meses apenas, mas três meses que marcaram a história. Poderíamos até conjecturar dizendo que: no primeiro mês houve a restauração da vida sentimental de Obede-Edom, pois sua mulher engravidou e gerou filhos; no segundo mês aconteceu a restauração financeira, onde seu gado e sua hortaliça produziram absurdamente; no terceiro mês sua vida espiritual deu uma guinada, e ele desejou deixar tudo para seguir o caminho da arca. A morte de Uzá foi a porta de entrada para Obede-Edom, e a benção na casa de Obede-Edom foi a causa de um avivamento em Jerusalém (2Sm 6.12 Então informaram ao rei Davi: “O SENHOR tem abençoado grandemente a família de Obede-Edom e tudo o que ele possui, por causa da Arca de Deus!” Então Davi, promoveu grande festa, foi até a casa de Obede-Edom e ordenou que transportassem a Arca de Deus para a Cidade de Davi).

Para Obede-Edom a presença de Deus era mais importante do que os milagres derramados sobre sua vida. Ele segue para Jerusalém, abandona sua residência, deixa tudo e se torna porteiro do Santuário (1Cr 15.18 Com eles estavam também seus parentes pertencentes ao segundo escalão: Zehariáhu Ben, Zacarias Filho, Jaaziel, Semiramote, Jeiel, Uni, Eliabe, Benaia, Maaseias, Matitias, Elifeleu, Micneias, Obede-Edom e Jeiel, os porteiros). Ele queria ficar perto da presença, mesmo que fosse pelas frestas da porta; com o desejo de entrar mais nessa presença ele se tornou músico (1Cr 15.21 e Matitias, Elifeleu, Micneias, Obede-Edom, Jeiel e Azazias deviam tocar as harpas em oitava, marcando o ritmo); em seguida é visto como um guardião da arca ele anelava por mais e mais de Deus (1Cr 15.24 Os sacerdotes Sebanias, Josafá, Natanael, Amasai, Zacarias, Benaia e Eliézer deviam tocar as trombetas diante da Arca de Deus. Obede-Edom e Jeías também exerceriam a função de porteiros e vigiar para que ninguém tocasse na Arca); de guardião ele se tornou um ministro de adoração, liderado por Asafe (1Cr 16.5 Estes homens escolhidos foram: Asafe, que foi nomeado o chefe desse grupo de ministros, Zacarias vinha em segundo lugar, e logo em seguida Jeiel, Semiramote, Jeiel, Matitias, Eliabe, Benata, Obede-Edom e Jeiel. Eles foram incumbidos de executar suas liras e harpas, enquanto Asafe tocava os címbalos); de repente, o incansável adorador que era liderado por Asafe, deixa de ser somente um ministro de adoração e se torna um líder de sessenta e oito pessoas (1Cr 16.38 Também determinou que Obede-Edom e seus sessenta e oito parentes cooperassem na ministração. Obede-Edom, filho de Jedutum, e também Hosa, serviram como porteiros).

Desde aquele dia em que a arca do Senhor passou a fazer ´parte da vida de Obede-Edom, ele jamais deixou de ser um homem ligado ao Senhor, e para cada momento vivido, um filho expressava o conteúdo de sua amizade com Deus. Vejamos seus nomes: 1) Semaías – Ouvido por Jeová; 2) Jozabade – Jeová quem me deu; 3) Joá – Jeovaé meu irmão; 4) Sacar – Ordenado; 5) Natanael – Meu amigo é Deus; 6) Amiel – existe recompensa; 7) Issacar – Portador do salário; 8) Peuletai – Salário (1 Cr 26.4-5 Foram estes os filhos de Obede-Edom: Semaías, o primogênito, Jeozabade, o segundo, Joá, o terceiro, Sacar, o quarto, Natanael, o quinto, Amiel, o sexto, Issacar, o sétimo, e Peuletai, o oitavo, porquanto Deus havia derramado suas bênçãos sobre Obede-Edom). Toda a geração de Obede-Edom foi alcançada pelo Senhor, e todos se destacaram nas páginas Sagradas como valentes e de força para o ministério (1Cr 26.6-8 Seu filho Semaías também gerou filhos, que se tornaram líderes na família de seu pai, pois eram homens capazes e corajosos. Foram estes os filhos de Semaías: Otni, Rafael, Obede e Elzabade. Os parentes dele, Eliú e Semaquias, também foram homens notáveis. Todos esses foram descendentes de Obede-Edom; eles e os seus filhos e parentes eram capazes, valentes e hábeis em suas funções. Somavam sessenta e dois descendentes da linhagem de Obede-Edom).

Da mesma forma que muitas pessoas estão abrindo suas portas para a presença de Deus, e sua sede por Ele tem produzido mudanças generalizadas, alguns estão enveredando pelo caminho de Abinadabe, não passando o temor divino aos seus filhos, e permitindo que morram não somente de forma espiritual, mas literal (Pv 22.6 Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará dele!). É tempo de buscar ao Senhor (Is 55.6 Procurai a Yahweh enquanto é possível encontrá-lo; invocai-o enquanto está próximo).

 Graça e paz a todos


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