A AUTORIDADE DO MESTRE JESUS CRISTO

(Lição 10 – 4 de Setembro de 2016)

TEXTO ÁUREO
“Porquanto os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.” (Mt 7.29).

VERDADE APLICADA
Ninguém jamais falou e agiu com a autoridade de Jesus e é por isso que Sua influência cresce no mundo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
  • REVELAR os diferentes tipos de autoridade de Jesus;
  • ENSINAR de onde procede toda a autoridade de Jesus;
  • MOSTRAR os diferentes tipos de milagres de Jesus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA




INTRODUÇÃO
As Escrituras são claras quanto à autoridade conferida a Jesus (Mt 7.29; 9.8; Mc 11.28; Lc 4.36; Jo 17.2). Ele mesmo declara que toda autoridade lhe foi dado tanto nos céus como na terra (Mt 28.18). Reconhecer e aceitar a Jesus e sua autoridade são de extrema importância, pois ela nos traz libertação, restauração e comunhão com Deus.

1. DIFERENTES TIPOS DE AUTORIDADE
Cristo desempenha seu ministério terreno demonstrando autoridade para ensinar, para curar e para perdoar pecados. Jesus ensinava com tranquilidade e total segurança. Perdoava pecados sem cerimônias e curava as doenças e enfermidades com muita naturalidade.

1.1. Autoridade para ensinar
O escritor do evangelho de Mateus procura demonstrar a legitimidade da autoridade do nosso senhor Jesus Cristo, pois já inicia seu livro discorrendo sobre a genealogia dele afim de, comprovar sua origem e demonstrar que Ele é de fato o Messias que havia de vir da descendência de Abraão e de Davi. Mateus procura enfatizar as profecias do Antigo Testamento mostrando o cumprimento de cada uma através da obra de Cristo, como forma de confirmar a autoridade Dele como Rei e Filho de Deus. O escritor do Evangelho de Mateus faz questão de frisar a autoridade com que Cristo ensina as multidões, pois, após o sermão do monte Mateus cita (Mt 7.28,29) que as multidões ficaram maravilhadas com a doutrina de Jesus, porque elas percebiam autoridade Nele, diferente dos mestres da lei. Cristo falava com autoridade porque vivia o que pregava e pregava o que vivia. Não havia para Ele divisão entre a prática e a Palavra. Ele não estava preocupado em fazer marketing de suas boas obras, como os escribas e fariseus, seu objetivo era pregar as boas novas do evangelho do Reino.

1.2. Autoridade para curar
O escritor do evangelho de Mateus cita inúmeros milagres de cura e libertação realizados por Jesus, demonstrando assim, de forma inequívoca, a autoridade de Jesus sobre doenças e enfermidades em cumprimento profético das Escrituras Sagradas (Is 53.4). Um dos exemplos de milagres que Mateus cita é a cura de um leproso (Mt 8.1-3). O problema deste homem não era acreditar na capacidade de Deus para curá-lo, mas em conhecer a vontade de Deus, ou seja, se era da vontade de Deus sua cura. Jesus só fazia e falava aquilo que via e ouvia do Pai (João 14.10), portanto, a vontade de Deus era curar aquele homem. Outro exemplo de milagre que demonstra consciência da autoridade de Cristo é o da cura do servo do oficial romano relatado no capítulo 8, versos 5 a 10 do livro de Mateus, aqui o escritor nos mostra que, devido à sua formação militar, esse oficial sabia como funcionava a autoridade e simplesmente reconhecia que Jesus tinha tal autoridade, isto era suficiente para que alcançasse seu milagre, pois exerceu fé de que Jesus era o filho de Deus e tinha poder e autoridade sobre doenças e enfermidades. Jesus veio para fazer a vontade de Deus e revelar o seu caráter, Ele curou a todos que vieram até Ele com fé (Mt 8.16b; 12.15; 14.36b; Atos 10.38).

1.3. Autoridade para perdoar pecados
O escritor do evangelho de Mateus cita no capítulo 9, versos de 1 a 6 que Jesus ao se deparar com um paralítico que procurava cura disse-lhe: “Tenha bom ânimo filho, os seus pecados estão perdoados”, e o paralítico ficou curado. No capítulo 1, verso 21 de Mateus, o escritor cita o que o anjo do Senhor diz a José: “Maria dará a luz um filho, e que ele deve colocar seu nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”, essa citação, por si só, já demonstra a autoridade de Cristo para perdoar pecados. Podemos citar ainda Mateus 18.11: “O filho do homem veio para salvar o que se havia perdido.” Esse texto, de certa forma, também confirma a autoridade de Cristo para perdoar pecados.

2. O QUE LHE CONFERIA AUTORIDADE
Ao declarar que toda autoridade lhe foi dada (Mt 28.18), Jesus reconhece que a autoridade e o poder lhe conferido vem do Pai e atribuído:
  
2.1. As Escrituras Sagradas
Jesus cumpriu a Palavra a seu respeito. A profecia de Isaías 53.4,5 dizia: “Certamente, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si, e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”; o cumprimento dessa profecia está relatado em Mateus 8.16,17 que diz: “Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoniados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes; para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas doenças.”

2.2. A Sua identidade de Filho de Deus
As sagradas escrituras deixam claro que a autoridade de Jesus vinha do Pai (Deus), Ele foi ungido por Deus para curar (Atos 10.38). Em João 6.38 ele declara que desceu do céu, não para fazer sua própria vontade, mas a vontade daquele que o enviou. No capítulo 7, verso 16, ainda do livro de João, Cristo declara que o ensino não é Dele, mas daquele que o enviou. E em João 7. 29, Ele diz: “Eu o conheço (a Deus), porque sou representante Dele, e Este me enviou.” Ele afirma em João 5.30 que: “Eu não posso de Mim mesmo fazer coisa alguma” – Ele confiava no poder de Seu Pai. Assim fica evidente que o próprio Deus-Pai era a fonte da autoridade de Cristo. A Palavra de Deus afirma que o Diabo veio para matar, roubar e destruir, mas Jesus veio para dar vida, e vida em abundância (João 10.10).

2.3. A sua obediência
A Bíblia diz que o Senhor Jesus e o Pai são um. No começo era a Palavra, e a Palavra era Deus (João 1.1). Portanto, as Escrituras dizem que o Senhor “não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (Filipenses 2.5-7) – isto é, sua igualdade com Deus não era uma coisa a ser conquistadae nem adquirida, pois, em essência, ele era a imagem de Deus. Como Filho, de boa vontade Cristo submeteu-se à autoridade do Pai e declarou: “[...] o Pai é maior do que eu” (João 14.28). O filho, originariamente, partilhou da mesma glória e autoridade que o Pai. Mas quando veio ao mundo, de um lado, abandonou a glória e, de outro lado, assumiu a obediência. De boa vontade assumiu o lugar de servo, ele se humilhou e foi obediente até a morte. Em Hebreus 5.8, somos informados de que Cristo, embora “sendo Filho, [...] aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu”. O sofrimento exigiu obediência do Senhor. Observe que ele não trouxe obediência a esta terra: ele aprendeu a tê-la – e o fez por meio do sofrimento.

3. DEMONSTRAÇÕES DE AUTORIDADE
O escritor de Mateus se preocupa em demonstrar a autoridade de Jesus, tendo em vista que os judeus esperavam um rei de guerras terrenas, enquanto que Cristo trava batalhas espirituais contra o pecado, os demônios, as doenças e em favor do homem.

3.1. A tempestade no mar
Quando o escritor do livro de Mateus traz o relato do capítulo 8, versos 23 a 27 sua intenção era mostrar a autoridade de Cristo como Rei. Mateus quis mostrar que aautoridade de Cristo se estende também aos fenômenos da natureza, tudo está sujeito à sua autoridade, inclusive a natureza. Nesse episódio supracitado, vemos o poder de Jesus ao repreender os ventos e o mar; como também observamos o Seu poder ao andar sobre o mar (Mt 14.23-36; Jo 6.17-21) e também na pesca maravilhosa (Lc 4.38,39); Como teve poder para multiplicar cinco pães e dois peixes de tal forma que quase cinco mil homens foram saciados (Lc 9.10-17). E, depois de todos terem comido, do que sobejou ainda encheram doze cestos. Jesus não só alimentou com dois peixes e cinco pães como ainda fez com que sobrasse mais alimento do que o existente no princípio (Jo 6.5-14). Seu poder ao ordenar à figueira infrutífera que secasse (Mt 21.18-21), e quando transformou a água em vinho (Jo 2.1-12). Jesus não só teve poder para criar os céus e a terra, mas têm também o poder de preservar da destruição todas as coisas. Jesus tem poder sobre as forças da natureza. Sendo o próprio Criador, Ele demonstrou este poder ao repreender a tempestade que aterrorizava os discípulos que, no barco, atravessavam o mar da Galileia (Mt 8.23-26).

3.2. A libertação dos endemoninhados de Gadara
Mateus demonstra a autoridade de Jesus para expulsar demônios quando relata a libertação de dois endemoniados em Gadara. Os milagres operados por Cristo eram destinados tanto para atestar a veracidade de sua missão divina, quanto para exercer misericórdia e trazer libertação ao homem. Nesse episódio narrado por Mateus(Mt 8.28-34), fica evidente que os demônios foram expulsos dos gadarenos pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo. Um único homem, ou dois homens (conforme Mateus nos diz que havia dois, apesar de Marcos ter registrado apenas a libertação de um), não poderia dirigir dois mil suínos para o mar, que era o número deste rebanho (v. 13); e esta destruição consequente dos porcos em razão da expulsão dos demônios do pobre endemoninhado, mostrou quão grande livramento tinha sido feito para ele, e como todas as hostes do inferno estavam sujeitas completamente ao controle de nosso bendito Senhor. O Poder de Deus se manifestou na vida de Jesus para subjugar as obras do diabo (Mc 1.21-28). Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligência. Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (Mt 4.10).  A Bíblia mostra que o diabo é um ser dotado de personalidade. A Escritura registra vários casos de pessoas oprimidas e possessas de demônios que tiveram um encontro com Jesus. O Evangelho segundo Lucas, descreve muitos desses casos (Lc 4.33-37,41; 6.18; 7.21; 8.27; 9.39; 10.17-19; 11.14; 13.11). Em todos os casos, tais pessoas foram libertas de Satanás. O NT mostra que o mundo está alienado de Deus e controlado por Satanás (Jo 12.31; 2Co 4.4; Ef 6.10-12). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (Ef 6.12). Eles podem habitar no corpo dos incrédulos (Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18). Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniqüidade, à imoralidade e à destruição.

3.3. A cura do paralítico
A cura do paralítico, narrada no capítulo 9 do livro de Mateus, nos é contada também pelos evangelistas Marcos (2,1-12) e Lucas (5,17-26). Marcos apresenta a história do paralítico com mais particularidades. Na sua versão, Mateus estiliza a cena reduzindo-a ao essencial, omitindo todos os particulares. A chave para descobrir a intenção de Mateus está nas palavras de Jesus: Vendo a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: “Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados”. Neste texto, Mateus quer afirmar que Jesus tem o poder de perdoar os pecados. A cura do paralítico comprova esse poder.

CONCLUSÃO
Jesus é soberano, rei dos reis e Senhor dos Senhores (Ap 19.16). Ele tem toda autoridade (Mt 28.18). Insensatos são aqueles que se rebela contra a Palavra de Deus e não reconhece o Senhorio e a autoridade do grande Mestre Jesus Cristo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMEIDA, João Ferreira de. Trad. A Bíblia Sagrada (revista e atualizada no Brasil).

NEE, Watchman. Autoridade Espiritual – tradução Yolanda M. Krievin – 4ª edição – São Paulo. Editora Vida, 2009.

OSBORN, T. L. Curai Enfermos e Expulsai Demônios. Coleção Graça de Deus.

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