A MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

(Lição 13 – 25 de Setembro de 2016)

TEXTO ÁUREO
“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.” (2 Co 5.19).

VERDADE APLICADA
Cristo se entregou de maneira obediente, voluntária e sacrificial, para demonstrar à humanidade a grandeza e a profundidade do amor divino.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
  • EXPLICAR o propósito da missão de Cristo;
  • REVELAR o verdadeiro sentido da cruz de Cristo;
  • APRESENTAR a ressurreição como o sólido alicerce da fé cristã.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Mt 20.17 – E, subindo Jesus a Jerusalém, chamou à parte os seus doze discípulos, e no caminho disse-lhes:
Mt 20.18 – Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à morte.
Mt 20.19 – E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará.
Mt 20.28 – Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

INTRODUÇÃO
A cruz de cristo é o maior evento já realizado na terra. Jamais deixará de ser um assunto atual, pois, na cruz, Deus estava em cristo reconciliando consigo o mundo (2 Co 5.19).

1. O PROPÓSITO DA VINDA DE CRISTO
Antes de entender A META DA SALVAÇÃO precisamos entender primeiro o desígnio do Pai ao enviá-lo. Nos planos de Deus estavam traçadas todas as características que esta meta deveria ter: restaurar o estado de vida eterna perdida no Éden (Gn 3.22); redimir a raça humana do estado de pecaminosidade vivido desde a queda (Rm 8.23); conduzir o homem já redimido ao estado de santificação gerado pelo Espírito Santo (Rm 8.14-17) e, enfim, capacitar-nos para perseverar até que tudo se cumpra (2 Tm 2.4). O “mundo” de que o evangelista fala e que foi objeto do amor de Deus compreende os povos, ou seja, todos os homens da terra. A razão que inspirou Deus a mover sua dextra salvadora em nosso benefício foi seu grande amor (Jo 3.16). Observe que, no contexto, para cada obra feita, a afirmativa era: “E viu Deus que isto era bom”, sendo que, após ter feito o homem, passando as ordens de seu domínio e usufruto, declara: “Viu Deus tudo quanto fizera e eis que era muito bom”. A palavra tudo dá ideia de complemento, significando que a obra criadora de Deus só se tornou completa quando o homem foi feito, o que pode ser visto na ênfase e no contentamento de Deus expressivamente narrado (“muito bom”).  Infelizmente, foi nesse mesmo ambiente que o homem pecou, afastou-se dos propósitos de Deus e se encaminhou para a morte. Foi, portanto, necessário  o plano da salvação, através de Jesus. BUSCAR E SALVAR a missão de Jesus está basicamente registada em Lucas 19.10. Dois verbos apontam o objetivo de Jesus e sua estratégia de resgate do pecador. Para salvar, é preciso primeiramente buscar, e para buscar tem que haver o interesse de salvar. Para salvar o homem, Jesus identificou-se no contexto profissional da época; fez a alegria de uma festa de casamento, evitando o vexame de não se ter o vinho, mantendo o clima em estado de alegria (Jo 2.9-10); demonstrou, na purificação do templo, a preservação do objetivo, para o qual fora edificada a casa do Pai (Jo 2.13-16); curou diversos enfermos físicos que lhe eram trazidos (Mc 6.55-56); acalmou a tempestade que afligia os seus discípulos (Mt 8.23-27). Estas citações exemplificam o interesse de Jesus em nossa procura. Ele tentou dizer que estava em nossa busca, no nosso encalço para nos salvar. Vive na casa de Zaqueu não um simples e ocasional encontro para diálogo, mas afirma a chegada da salvação por meio dEle (Lc 19.9). JESUS VIVENDO A MISSÃO SALVADORA na plenitude dos tempos, ou seja, quando o mundo estava preparado para recebê-lo, Deus enviou seu Filho para cumprir a missão salvadora. O ponto basilar da missão de Jesus foi resgatar o homem. Jesus cumpriu integralmente sua missão salvadora.

1.1. Um propósito determinado desde a eternidade
Deus em seu propósito determinado planejou desde a eternidade que o Salvador morreria como sacrifício pelo pecado, para que pudéssemos viver. Sua morte também foi sobrenatural no sentido em que ela foi diferente de qualquer outra morte. Ela foi uma morte voluntária, pois Ele "entregou" sua vida por si mesmo. Ele foi conduzido, não impelido, como um cordeiro ao matadouro. Ele inclinou Sua cabeça e entregou Seu espírito. Por todas as seis horas de excruciante dor na cruz, Ele manteve Sua cabeça erguida. Ela não se recostou desamparada em seu peito. Quando Ele morreu, sua cabeça não caiu; Ele a curvou, de forma reverente e voluntária. Eis o majestoso comportamento de Cristo sobre a cruz! Contudo ainda existem mais evidências que ela foi uma morte sobrenatural: "Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. A terra tremeu, e as rochas se partiram. Os sepulcros se abriram […]" (Mt 27.51-52). O propósito e o poder de Deus são muito evidentes na morte do Seu filho. Tudo sobre a Sua morte estava nas mãos de Deus e sob Seu controle. O próprio Filho foi o poderoso conquistador na batalha das eras (v. Ap 6v2), pois Ele matou a morte, morto, por sua própria morte, e aniquilou o pecado pelo sacrifício de Si mesmo (v. Hb 9v26). Ele não foi uma vítima indefesa da violência humana. Através de Sua morte Ele fez o que Lhe estava designado para fazer, como Ele disse, "Esta ordem recebi de meu Pai" (Jo 10.18b).Este homem foi entregue por propósito determinado e pré-conhecimento de Deus; e vocês, com a ajuda de homens perversos, O mataram, pregando-O na cruz" - At 2v23. Há muitos anos atrás, Jonathan Edwards pregou um sermão chamado: "Pecadores nas mãos de um Deus Irado". Hoje, com uma visão medíocre de Deus sendo amplamente espalhada, muitos pensam que Deus está nas mãos de pecadores irados. Deus, para muitos, é na verdade um "Deus" fraco, que está sendo prejudicado e limitado pelas perversas mãos dos homens. O homem pensa que pode manter Deus à distância e dizer para Ele, "Eu não vou!" ou que ele pode, se ele escolher, abrir seu coração para o Salvador e deixar Ele entrar. Que caricatura ridícula do "Todo Poderoso, cujo poder, nenhuma criatura é capaz de impedir"! Nosso texto não diz que Cristo foi entregue para a morte na cruz pelas mãos perversas dos homens, mas pelo propósito determinado e pré-conhecimento de Deus. Nós ouvimos ainda alguns falando da "Cruz de Jesus" como se fosse uma medida de emergência da parte de Deus. Assim como um escritor colocou: "Emergências mudam todos os tipos de ações usuais, divinas e humanas. [...] O maior evento na terra, a Cruz, foi uma ação de emergência". Que imitação grotesca da verdade! Não existem emergências para Deus. Ele é o criador das circunstâncias; e nenhuma circunstância é ou se torna um problema para Ele. Deus nunca é colocado em uma situação difícil; e a Cruz não foi uma reconsideração, trazida a tona repentinamente para lidar com uma dificuldade imprevista. A morte de Cristo não foi uma calamidade que apela para a simpatia e pena do homem. Sua morte não foi um simples experimento incerto em seus resultados. E também não foi uma mera experiência que Deus colocou em prática para ver o que de bom poderia acontecer, ou qual resposta favorável poderia ser provocada no homem. Ela foi perfeitamente planejada no eterno propósito e desígnio do soberano Deus. "De fato, Herodes e Pôncio Pilatos reuniram-se com os gentios e com o povo de Israel nesta cidade, para conspirar contra o Teu santo servo Jesus, a quem ungiste. “Fizeram o que o Teu poder e a Tua vontade haviam decidido de antemão que acontecesse" (At 4.27-28).

1.2. Ele aceitou a causa e anunciou o resultado final
O projeto de Jesus se completa na sua morte, sinal de amor até o fim. Mesmo diante da dor extrema, Jesus não se desvia do desígnio do Reino de Deus. Ele assume a cruz com liberdade e revela seu amor incondicional por nós. Pelo seu sangue é selada a nova aliança e são desmascaradas as artimanhas da mentira e do poder opressor que se opõe ao Reino de Deus. A cruz, que significava destruição, torna-se reconstrução da condição humana. Dizendo: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lc 22.42-43).

1.3. Ele veio satisfazer a exigência divina sobre o pecado original
O pecado original é uma doutrina cristã que pretende explicar a origem da imperfeição humana, do sofrimento e da existência do mal através da queda do homem. Tal doutrina não existe no judaísmo nem no islamismo. Foi desenvolvida por Santo Agostinho, em sua controvérsia com o monge Pelágio da Bretanha. “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”. (Is 53.5-6).  “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pe 1.18-19). A doutrina do pecado original se apoia em várias passagens das Escrituras (Rm 5.12-21; 1 Co 15.22; Salmo 51). Mas primeira exposição sistemática sobre o pecado original - de cuja interpretação derivaram todas as controvérsias - é a de Agostinho de Hipona, no século IV. Foi também no século IV que se deu a conversão do Império Romano ao cristianismo. Segundo Le Goff, o dogma do pecado original teria contribuído para aumentar o poder de controle da Igreja sobre a vida sexual, na Idade Média, Segundo a doutrina, os primeiros seres humanos e antepassados da humanidade, Adão e Eva, foram advertidos por Deus de que, se comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente morreriam. No entanto, instigados pela serpente, ambos comeram o fruto proibido, tendo Eva cedido primeiramente à tentação e posteriormente oferecido o fruto a Adão, que o aceitou. Ambos continuaram vivos, mas foram expulsos do Jardim do Éden. Existem polêmicas quanto ao significado real dessa narrativa, em como em que se constituiria tal pecado. Algumas denominações cristãs recentes chegam mesmo a negar a sua existência. Na perspectiva cristã, contudo, a morte (imerecida) de Cristo é recorrentemente suposta como necessária para salvar os seres humanos desse "pecado de origem", que seria congênito e hereditário. As doutrinas a respeito do pecado original têm sido historicamente um dos principais motivos para o surgimento de heresias e para os cismas entre os cristãos, desde os primeiros séculos da era cristã.  Várias interpretações divergentes sobre o significado da narrativa contida no livro do Gênesis foram dadas por teólogos, antropólogos e psicanalistas.

2. A PAIXÃO E MORTE DE CRISTO
A crucificação de Jesus foi um evento que ocorreu no século I d.C. Jesus, que os cristãos acreditam ser o Filho de Deus e também o Messias, foi preso, julgado pelo Sinédrio e condenado por Pôncio Pilatos a ser flagelado e finalmente executado na cruz. Coletivamente chamados de Paixão, o sofrimento e morte de Jesus representam aspectos centrais da teologia cristã, incluindo as doutrinas da salvação e da expiação. A crucificação de Jesus está descrita nos quatro evangelhos canônicos, foi atestada por outras fontes antigas e está firmemente estabelecida como um evento histórico confirmado por fontes não-cristãs. Os cristãos acreditam que o sofrimento de Jesus foi previsto na Bíblia hebraica, como no salmo 22 e nos cânticos de Isaías sobre o servo sofredor. De acordo com uma harmonia evangélica, Jesus foi preso no Getsêmani após a Última Ceia com os doze apóstolos e foi julgado pelo Sinédrio, por Pilatos e por Herodes Antipas antes de ser entregue para execução. Após ter sido chicoteado, Jesus recebeu dos soldados romanos, como zombaria, o título de "Rei dos Judeus", foi vestido com um robe púrpura (a cor imperial), uma coroa de espinhos, foi surrado e cuspido. Finalmente, Jesus carregou a cruz em direção ao local de sua execução. Uma vez no Gólgota, Jesus recebeu vinho misturado com bile para beber. Os evangelhos de Mateus e Marcos relatam que ele se recusou a beber. Ele então foi pregado à cruz, que foi erguida entre a de dois ladrões condenados. De acordo com Marcos 15.25, ele resistiu ao tormento por aproximadamente seis horas, da hora terça (aproximadamente 9 da manhã) até a sua morte (Marcos 15.34-37), na hora nona (três da tarde). Os soldados afixaram uma tabuleta acima de sua cabeça que dizia "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus" em três línguas ("INRI" em latim), dividiram entre si as suas roupas e tiraram a sorte para ver quem ficaria com o robe. Eles não quebraram as pernas de Jesus como fizeram com os outros dois crucificados (o ato acelerava a morte), pois Jesus já estava morto. Cada evangelho tem o seu próprio relato sobre as últimas palavras de Jesus (sete frases ao todo). Nos evangelhos sinóticos, vários eventos sobrenaturais acompanharam toda a crucificação, incluindo uma escuridão, um terremoto e, em Mateus, a ressurreição de santos. Após a morte de Jesus, seu corpo foi retirado da cruz por José de Arimateia com a ajuda de Nicodemos e enterrado num túmulo escavado na rocha. De acordo com os evangelhos, Jesus então voltou da morte dois dias depois (o "terceiro dia"). Os cristãos tradicionalmente entendem a morte de Jesus na cruz como sendo um sacrifício proposital e consciente (dado que Jesus não tentou se defender em seus julgamentos), realizado por ele na figura de "agente de Deus" para redimir os pecados da humanidade e tornar a salvação possível. A maior parte dos cristãos proclamam este sacrifício através do pão e do vinho na Eucaristia, uma lembrança da Última Ceia, e muitos também comemoram o evento na Sexta-Feira Santa anualmente.

2.1. O pecado total da humanidade
E dizia Jesus: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lc 23.34). A mensagem de perdão foi uma parte fundamental do evangelho que Jesus anunciava nas suas caminhadas pelas colinas da Palestina. Ele ensinou seus seguidores a estenderem perdão às pessoas que os ofendiam: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14-15). Em outra ocasião, Jesus avisou contra limites na nossa misericórdia, dizendo que devemos sempre nos manter dispostos a perdoar, mesmo quando a mesma pessoa nos ofende muitas vezes. O motivo atrás dessa vontade de perdoar é a grandeza da graça de Deus que nos perdoa dos nossos pecados contra o Senhor (Mt 18.21-35). Jesus demonstrou esta atitude quando perdoou os pecados de pessoas que vieram a ele durante sua jornada terrestre. Ele perdoou um paralítico em Cafarnaum (Mt 9.2). Na casa de um fariseu chamado Simão, Jesus perdoou os pecados de uma mulher (Lc 7.48). Jesus, sendo Deus, mostrou seu poder divino de perdoar pecados, mesmo contra as objeções das pessoas que negavam sua divindade (Mc 2.10). Todos os pecados são ofensas contra Deus; ele é o único que pode perdoar essas ofensas. Não há demonstração maior da vontade de Jesus de perdoar do que as suas palavras e atitudes na cruz de Calvário. Lucas descreve a chegada ao local da crucificação: “Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à direita, outro à esquerda” (Lc 23.33). Os soldados levaram Jesus, depois deste ser severamente açoitado, e pregaram suas mãos e seus pés a uma cruz de madeira, que foi levantada diante da população. Sabemos como a menor perfuração da pele dói. Imagine a agonia de ser pregado numa cruz. Os soldados, já acostumados ao trabalho de executar criminosos, evidentemente nem sentiram compaixão, pois lançaram sortes para repartir os bens de Jesus enquanto ele sofria (Mt 27.35-36). Décadas depois, Pedro descreveu a reação de Jesus: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados” (1 Pe 2.21-24). O relato de Lucas acrescenta um fato importante. Jesus não somente não agiu contra as pessoas que tiraram sua vida, ele agiu a favor delas! “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc 23.34). No contexto imediato, essas palavras se aplicam aos soldados que crucificaram o Senhor. Outros trechos, porém, nos mostram que esta graça foi estendida aos outros responsáveis por sua morte. Apesar dos judeus e seus líderes terem insistido na morte de Jesus, Pedro disse depois: “E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também as vossas autoridades” (Atos 3.17). Os comentários de Pedro nos ajudam com outro fato importante. O perdão oferecido por Jesus não foi automático nem incondicional, pois Pedro chama os culpados ao arrependimento para receberem seu perdão: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados” (Atos 3.19). Da mesma forma, entendemos que Jesus morreu por causa dos nossos pecados, e que ele oferece o mesmo perdão a nós. O apóstolo Paulo disse: “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (1 Co 15.3). As palavras de Jesus se tornaram as palavras de inúmeros outros ao longo da história que amaram Jesus mais do que a própria vida. A primeira morte registrada entre os seguidores de Jesus foi de Estêvão, cujas últimas palavras foram: “Senhor, não lhes imputes este pecado!” (Atos 7.60). Com o perfeito exemplo de Jesus para nos guiar, vamos aprender perdoar os outros, tanto durante a vida como na hora da morte.

2.2. Um grito de vitória
E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito.
“E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras” (Mt 27.50-51). E Jesus, dando um grande brado, expirou. “E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (Mc 15.37-38). E, clamando Jesus com grande voz, disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou. E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo”(Lc 23.46-47). A conduta e as atitudes na hora da morte geralmente refletem as atitudes demonstradas ao longo da vida. Jesus é um perfeito exemplo deste fato. Durante seus anos na Terra, ele se mostrou confiante e dependente do seu Pai. Ele orava constantemente e sempre se preocupava com a vontade do Pai. As orações das últimas horas antes de sua prisão e crucificação mostram seu desejo de estar, novamente, na presença do Pai. Na cruz do Calvário, na hora de respirar pela última vez, “Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou” (Lc 23.46). Jesus foi rejeitado, traído e negado pelos homens, mas achou conforto e refúgio no Pai. Encarou a morte com tranqüilidade, porque confiou naquele que tomaria conta do seu espírito. Ele acreditou no que havia ensinado aos seus discípulos: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai” (Mt 10.28-29). Os homens podem maltratar e até matar o corpo, mas Deus valoriza cada um e cuida do espírito eterno. Desde aquela época, a linguagem de Jesus tem sido ecoada pelos seus seguidores. O primeiro mártir entre os cristãos primitivos, Estêvão, foi apedrejado por pregar o evangelho. Na hora da sua morte, ele falou praticamente as mesmas palavras, mas as dirigiu ao próprio Jesus: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (Atos 7.59).

2.3. O novo caminho de acesso a Deus
O rasgar do véu no momento da morte de Jesus simboliza que através do sangue derramado por Cristo serviu como uma expiação suficiente pelos pecados para sempre. Significando que o caminho para o Santo dos Santos estava aberto para todas as pessoas, em todos os tempos, tanto aos judeus quanto aos gentios.

3. A GLÓRIA E EXALTAÇÃO DO REI
A eternidade não tem princípio nem fim. O que existia? Como foi que tudo o que conhecemos chegou a existir? O que tudo isto significa? Havia três seres em existência, que eram perenes como a própria eternidade: Jeová, o Verbo, e o Espírito Santo. Estes Seres separados, não obstante, são um só em propósito, em virtude e em divindade. Eles compõem tudo o que é Divino. Em algum tempo Senão temos ideia de quando, ou porque seres celestiais menores foram criados. Lemos sobre as inumeráveis hostes de anjos (Ap 5.11), de serafins (Is 6.2) e querubins (Gn 3.24) e outras criaturas celestiais, ao redor do trono de Deus (Ap 4). Em algum tempo, alguns destes seres celestiais cometeram pecado (2 Pe 2.4). Uma vez mais, não sabemos a razão. Estes assuntos constituem as coisas encobertas que pertencem a Deus. Um local de punição, terrível além de nossa compreensão, foi preparado para estes seres corrompidos (Mt 25.41). Foram entregues "a abismos de trevas, reservando-os para juízo" (2 Pe 2.4). Estes seres celestiais são mais poderosos que o homem, mas, como seres criados, são muito inferiores a Deus, o Criador. "No princípio", Deus falou e o universo físico foi criado. Começou então a pôr vida na terra. Em primeiro lugar vieram as plantas, então os peixes, as aves e os animais da terra. O processo da criação não estava ainda completo, porque não havia ainda vida que pudesse entender ou compartilhar a companhia de Deus. Por isso, foi criado o homem. "Façamos o homem à nossa imagem..." (Gn 1.26). O homem não é como Deus, em aparência ou poder. O homem é como Deus porque pode raciocinar e tem uma alma em seu interior, que jamais deixará de existir. Deus colocou Adão e Eva num jardim de beleza, muito melhor do que os que podemos encontrar hoje. Era uma terra nova, não poluída. Toda planta desejável estava lá. Não havia cardos nem abrolhos. Não havia dor nem tristeza. Não havia ansiedade nem temor. Adão e Eva tinham acesso à Árvore da Vida, de forma que jamais morreriam. E o melhor de tudo, tinham a companhia do próprio Deus (Gn 3.8). Entretanto, Deus não desejava uma criatura que vivesse em sua companhia simplesmente porque não havia nada mais que pudesse fazer. Neste caso, o homem não seria mais do que um robô programado para adorar a Deus e incapaz de qualquer outra coisa. Então, Deus deu-lhe um mandamento. Adão e Eva estavam proibidos de comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.Havia alimento em abundância, por isso a fome não os encorajou a comerem do fruto proibido. O jardim do Éden era tão grande que corriam quatro rios através dele, por isso, não havia nenhuma razão para a tentação estar constantemente diante seus olhos. Mas a humanidade é fraca. Quando a serpente tentou Eva, esta foi enganada e comeu do fruto proibido. Deu-a a Adão e ele também a comeu. Agora conheciam a vergonha, a culpa e o medo. Deus deu a cada um dos culpados uma maldição: dor, tristeza, problemas, espinhos, a morte, a separação da árvore da vida e, pior de tudo, a separação da companhia de Deus. Seu pecado não foi surpresa para Deus. Ele sabia, antes da criação, que o homem seria fraco, e havia se preparado para a queda do homem. Deus já havia planejado como o homem poderia ser salvo. Adão e Eva desistiram da oportunidade de felicidade completa nesta terra. Deus começou o longo processo de revelação de seu plano sobre como o homem poderia viver para sempre com ele, desde que aceitasse as suas condições. Mesmo com esta primeira maldição, Deus deu o primeiro vislumbre de esperança de um dia quando alguém da descendência da mulher feriria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). A maldade triunfou neste dia com Adão e Eva, mas algum dia o homem triunfaria por aquele que Deus enviaria para completar o seu plano. Deus jamais se esqueceu por um só momento de seu propósito. Muitos, muitos anos se passaram desde o dia em que Adão pecou. As pessoas que viveram não podem ser contadas. A Bíblia nos conta apenas de alguns da vasta multidão que viveu, porque são aqueles através dos quais ele revelou o seu plano.

3.1. O pilar da fé cristã
No capítulo 2.4 do seu livro, o profeta Habacuque nos diz: “Mas o justo viverá pela fé”. Em Rm 1.17, o apóstolo Paulo reafirmou esta verdade ao dizer “Visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, com está escrito: O justo viverá por fé”. O mesmo profeta Habacuque mostra que aquele que realmente deposita sua fé em Deus: Supera todas as crises; Jamais perde o ânimo; Não se desespera em hipótese alguma.
O Pilar do Conhecimento Bíblico e Doutrinário. Sem dúvidas, o conhecimento bíblico e doutrinário é um dos importantes pilares da vida cristã. Muitos cristãos vivem cheios de dúvidas; Muitos cristãos são facilmente influenciados pelos ventos de doutrinas, pelos novos movimentos. Muitos tem abandonado suas igrejas atraídos por novos movimentos doutrinários. Exatamente, devido a falta de conhecimento bíblico e doutrinário (Os 4.6). Dificilmente, as pessoas que conhecem profundamente a Bíblia e suas doutrinas, são levados por ventos de doutrinas (Mt 22.29; Jo 5.39; 2 Tm 3.16-17). Quero desafiar a todos os que aqui estão: Para que busquem o conhecimento da Palavra, das doutrinas bíblicas. Como? Lendo, estudando, participando dos núcleos familiares, dos cultos doutrinários, das reuniões das sociedades, onde a Palavra sempre é estudada, da escola dominical, etc. Com efeito irmãos, a fé é um dos pilares: Que mantém o verdadeiro cristão em pé. Mesmo diante das dificuldades. Vejamos alguns exemplos, de servos de Deus, que permaneceram firmes a despeito das dificuldades. O exemplo de Davi (Sl.23.4); O exemplo de Jó (Jó 1.13-22); O exemplo de Sadraque, Mesaque e Abednego (Dn 3.1-20); O exemplo de Paulo (2 Co 11.23-36; Fp 4.11-13). Infelizmente, muitos cristãos: Tem sido claudicantes; Tem desanimado na caminhada; Tem desistido da caminhada; Tem sido vencido pelos obstáculos. Por que isso tem acontecido? É simples, devido a falta de fé (Mt 14.22-31). A previsão dos teólogos, é que neste novo milênio: A igreja será sacudida por muitos ventos de doutrinas; Em cumprimento a profecia do próprio Cristo registrada em Mt. 24.11 “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos”. Portanto, vamos nos prevenir estudando com interesse e afinco a Palavra de Deus.

3.2. A importância da ressurreição de Jesus
A ressurreição de Cristo é importante por vários motivos. Primeiro, é um testemunho do imenso poder de Deus. Acreditar na ressurreição é acreditar em Deus. Se Deus realmente existe, e se Ele criou o universo e tem poder sobre o mesmo, então Ele tem poder de ressuscitar os mortos. Se Ele não tem tal poder, Ele não é um Deus digno de nossa fé e louvor. Apenas Aquele que criou a vida pode ressuscitá-la depois da morte; só Ele pode reverter o horror que a morte é, e só Ele pode remover o aguilhão que é a morte e a vitória que pertence ao túmulo. Ao ressuscitar Cristo dos mortos, Deus nos faz lembrar de Sua absoluta soberania sobre a morte e vida. Segundo, a ressurreição de Jesus é um testemunho da ressurreição de seres humanos, que é uma doutrina básica da fé Cristã. Ao contrário de outras religiões, o Cristianismo possui um fundador que transcende a morte e promete que os Seus seguidores farão o mesmo. Todas as outras (falsas) religiões foram fundadas por homens e profetas cujo fim foi o túmulo. Como Cristãos, podemos nos confortar com o fato de que Deus Se tornou homem, morreu pelos nossos pecados, foi morto e ressuscitou no terceiro dia. O túmulo não podia segurá-lO. Ele vive hoje e se senta à direita do Pai no Céu. A igreja viva tem um Cabeça vivo! Em 1 Coríntios 15, Paulo explica em detalhe a importância da ressurreição de Cristo. Alguns em Corinto não acreditavam na ressurreição dos mortos, e nesse capítulo Paulo lista seis consequências desastrosas se a ressurreição nunca tivesse ocorrido: 1) pregar sobre Cristo seria em vão (v.14); 2) fé em Cristo seria em vão (v.14); 3) todas as testemunhas e pregadores da ressurreição seriam mentirosos (v.15); 4) ninguém poderia ser redimido do pecado (v.17); 5) todos os Cristãos que dormiam teriam perecido (v.18); e 6) Cristãos seriam os mais infelizes de todos os homens (v.19). Mas Cristo realmente ressuscitou dos mortos e é “as primícias dos que dormem” (v.20), assegurando-nos de que vamos segui-lO na ressurreição.

3.3. Um brado de amor
A RESSURREIÇÃO DE JESUS, O BRADO DE TRIUNFO. Cristo morreu [...] foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras (1 Co 15.3-4). A morte de Cristo não foi um acidente, nem sua ressurreição, uma surpresa. Ele morreu e ressuscitou segundo as Escrituras. A morte não pôde reter o Amor da vida. Jesus matou a morte com sua própria morte e triunfou sobre ela em sua ressurreição. Ele abriu o túmulo de dentro para fora e levantou-se dentre os mortos com as primícias dos que dormem. Sua ressurreição é um fato incontroverso, do qual há sobejas provas. Essa verdade auspiciosa é a pedra fundamental do cristianismo, pois, se a morte o tivesse vencido, Cristo jamais poderia ser o Salvador do mundo. As melhores notícias que podemos ouvir vieram do túmulo vazio de Cristo. O túmulo vazio de Cristo é o berço da Igreja. Não adoramos o Cristo que esteve vivo e está morto, mas o Cristo que esteve morto e está vivo pelos séculos dos séculos. Uma vez que Cristo vive, podemos ter uma viva esperança. A morte foi vencida. A morte não tem mais a última palavra. A morte foi tragada pela vitória de Cristo e, por isso, podemos caminhar seguros e confiantes rumo à gloriosa eternidade. Uma vez que Cristo ressuscitou, nós também receberemos um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso, semelhante ao corpo de sua glória. Oh, agora podemos dar um brado de triunfo com todas as forças da nossa alma: Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte o teu aguilhão? (1 Co 15.55). Tragada foi a morte pela vitória (v 54).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LIÇÃO 09 - AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS

As Sete Promulgações da lei Divina

“o legado de Jesus cristo para sua igreja”