Lição 10 - A monarquia em Israel
2 de setembro de 2018
TEXTO ÁUREO
"Quando entrares na
terra que te dá o Senhor, teu Deus, e a possuíres, e nela habitares, e
disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm todas as gentes que estão
ao redor de mim." (Dt 17.14)
VERDADE APLICADA
Mesmo após a instauração da monarquia,
Deus continuou considerando Israel como Seu povo, visando o cumprimento do
divino plano redentor.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Mostrar a
instituição da monarquia através da vida dos três primeiros reis;
2 - Apresentar a divisão
do reino e as lições decorrentes desse período;
3 - Enfatizar que,
apesar da desobediência da nação, Deus levantou homens para
transmitir
Suas mensagens ao povo.
TEXTO REFERÊNCIA
1 Samuel 8.1,3-6
1 - E
sucedeu que, tendo Samuel envelhecido, constituiu a seus filhos por juízes
sobre Israel.
3 - Porém
seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à avareza, e
tornaram presentes, e perverteram o juízo.
4 - Então
todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá,
5 - E
disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus
caminhos. Constitui-nos, pois, agora um rei para nós, para que ele nos julgue,
como o têm todas as nações.
6 - Porém
esta palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei,
para que nos julgue. E Samuel orou ao Senhor.
INTRODUÇÃO
Diante da instabilidade e corrupção que estavam ocorrendo na
nação, o povo pediu um rei para o profeta Samuel. Então, o Senhor Deus concedeu
o desejo do coração dos filhos de Israel.
1. A instituição da monarquia.
Após
passar um momento de muita instabilidade política e religiosa, fato este
corroborado pelos altos e baixos registrado no livro de Juízes, o povo de
Israel pediu ao profeta Samuel um rei, como as demais nações.
1.1. Saul, o primeiro rei de Israel.
Ao pedir um rei a Deus, o povo de Israel fez
uma escolha errada. O profeta Samuel se entristeceu (1Sm 8.6), mas Deus o advertiu:
"ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a
ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele" (1Sm
8.7). Essa passagem é corroborada pelo texto de 1 Samuel 12.17-19. Infelizmente,
vivemos um tempo no qual muitos usam o nome de Deus para legitimar sua ambição.
Saul, o primeiro rei de Israel, reinou quarenta anos (At13.21). No entanto não
procurava guardar o que Deus ordenara (1Sm 13.13-14) e teve um fim trágico,
pois foi rejeitado por Deus, passou a ser atormentado por um espírito mal e
morreu ao se lançar sobre a própria espada (1Sm 31.4)
1.2. Davi, homem segundo o coração de Deus.
Davi
foi escolhido e ungido rei ainda moço (1Sm 16), mas, em sua trajetória até o
trono, passou por um longo período de perseguição, batalhas e desafios. Após
vários anos Davi foi corado rei sobre todo o Israel. Ele levou a nação de
Israel a patamares inimagináveis. No entanto, cometeu um adultério e um
homicídio, Deus o perdoou, mas ele perdeu o controle de sua casa e quase
perdeu o reino. Davi entrou para história de Israel por causa de suas vitórias
em batalhas, dos seus salmos e do seu coração voltado para Deus.
1.3. Salomão, mais sábio do que todos os homens.
Deus deu a Salomão "sabedoria e
muitíssimo entendimento" (1Rs 4.29-31). Durante o seu reinado, ele
construiu um templo de adoração a Deus, que era a gloria e o orgulho de toda a
nação. Infelizmente, apesar de todas as obras deixadas por Salomão, o seu fim
não fio bom, pois se envolveu na idolatria ao se casar com mulheres
estrangeiras, algo expressamente proibido pela Lei (Êx 34.16)
2. A cisão política e religiosa de Israel.
Após cento e vinte anos de
monarquia, uma grande cisão política e religiosa durante o reinado de Roboão
separou a nação de Israel em dois reinos: reino do Sul, Judá (duas tribos) e
reino do Norte (dez tribos).
2.1. A dinastia do reino do Norte.
A
divisão do reino aconteceu em 931 a.C. Foram aproximadamente duzentos anos de
dinastia, tendo o cativeiro assírio marcado o seu fim. Todos os reis fizeram o
que pareciam mal aos olhos do Senhor e não deixaram de andar no mesmo caminho
de Jeroboão, o primeiro soberano do reino do Norte (1Rs 12.20). Infelizmente,
as atitudes de Jeroboão custaram muito caro para a nação. Por mais que os
profetas exortassem o povo a voltar para os mandamentos de Deus, a liderança
permanecia no erro, porque lhe era conveniente. Assim, o reno do Norte, deixou
de existir como nação independente quando a Assíria derrubou a monarquia
israelita e levou as tribos em cativeiro.
2.2. A dinastia do reino do Sul.
O reino
de Judá teve uma durabilidade um pouco maior, aproximadamente um século a mais
que o reino do Norte, talvez pelo fato de que algumas vezes o povo se atentou
para as leis de Deus. O governo foi exercido por vinte descendentes de Davi e a
capital permaneceu sempre a mesma: Jerusalém. Um dos momentos áureos do reino
de Judá foi a grande reforma promovida pelo rei Ezequias, na qual o culto
e o sacrifício a Deus foram restaurados (2Cr 30.26). Infelizmente, apesar das
profecias advertindo o povo sobre abandonar a idolatria e voltar-se para Deus,
eles continuaram vivendo de maneira leviana e irresponsável. O dia do juízo
chegou; a cidade de Jerusalém se tronou em ruínas e o grande templo em moradia
dos chacais. Foi um dos dias mais tristes da história do povo de Deus.
2.3. A Lições da monarquia.
Embora
a monarquia fosse algo previsto por Deus na história de Israel (Dt 17.14), ficou
explícito em sua instituição que Deus reprovou tal escolha (1Sm 12.18-19). A
monarquia em Israel traz uma série de lições para a nossa vida. Na monarquia
imperava a descendência, onde muitos reis, despreparados e novos, herdavam o
trono de seus pais e não eram aprovados por Deus. Eram reis que não conheciam
ao Senhor e sempre repetiam os pecados de seus pais. O resultado de tal
insanidade foi uma idolatria generalizada, o pecado grassando no meio da nação
e a destruição dos reinos do Norte e do Sul.
3. Os profetas e as suas mensagens.
Em meio à desobediência da nação,
Deus levantou homens com mensagens de exortação, edificação e consolo para o
Seu povo. Em Israel, o profeta ocupava lugar de destaque, pois era o
responsável por transmitir a mensagem de Deus ao Seu povo.
3.1. Os profetas do reino do Norte.
Jonas,
Oséias e Amós são alguns dos profetas que desenvolveram seu ministério no reino
do Norte. O profeta Jonas desenvolveu seu ministério no reinado de Jeroboão II,
mas também recebeu uma missão duríssima de levar uma palavra de Deus aos
ninivitas. Na vida do profeta Amós, encontramos um homem que profetizou contra
as injustiças sociais. Amós era da pequena cidade de Tecoa e rejeitou
treinamento como profeta profissional admitindo que ele era pastor de ovelhas e
plantador de sicômoros (Am 7.14). Oséias foi o profeta que teve que viver na
pele uma traição para poder entregar a mensagem de Deus à nação de Israel.
3.2. Os profetas do reino do Sul.
O reino
do Sul teve mais profetas do que o reino do Norte. A tônica de suas mensagens
era denunciar o pecado da nação e chamar o povo ao arrependimento. Podemos
anumerar aqui os seguintes profetas: Joel, Isaías, Miquéias, Naum, Sofonias,
Habacuque e Jeremias. Dentre estes, destacam-se Isaías profetizou numa época de
declínio moral e espiritual da nação, pois existiam muitos lugares de cultos
pagãos em secreto sendo tolerados, as pessoas negligenciavam suas famílias em
busca de prazer carnal e muitos dos sacerdotes e profetas se corrompiam a fim
de agradar a liderança. Jeremias foi um dos profetas que mais fez alusão à
destruição do reino, mas a liderança e o povo não ouviram, nem tampouco mudaram
de atitudes.
3.3. A mensagem dos profetas hoje.
As
mensagens dos profetas do período monárquico, embora distantes de nosso tempo,
são atuais e de grande valia para a Igreja do presente século. Um dos pontos
abordados pelos profetas é a religião divorciada da moral, que biblicamente se
define como prostituição espiritual (Os 5). A mensagem de Joel convida o povo
ao arrependimento, antes que venha o terrível dia do Senhor. Amós denuncia as
injustiças sociais e Miquéias o formalismo religioso; já o profeta Sofonias
aborda as prioridades do povo para com Deus. É necessário que atendemos
para os ensinos deixados pelos profetas, pois tudo foi escrito para o nosso
ensino (Rm 15.4).
CONCLUSÃO
A
monarquia foi instaurada em Israel, com a expectativa do povo de que os seus
problemas com os inimigos iriam ser resolvidos. No entanto, problemas
espirituais não se resolvem com soluções humanas. A dificuldade não era quem
lhes governava, mas, sim, a atitude deles diante da oposição e influência das nações
vizinhas.
Bibliografia
[1] Bíblia de Estudo Cronológica
Aplicação Pessoal - CPAD – ARC
Bíblia de estudo pentecostal, Almeida
revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor –
3º trimestre 2018, ano 28, número 108 - Editora Betel
PAE - Plano de Aula Expositiva - Auxílio
EBD - http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical/
1. Quantos
anos durou o reinado de Saul?
R: Quarenta anos (At
13.21)
2. Quem foi escolhido e
ungido rei ainda moço?
R: Davi (1 Sm 16)
3. Por que o fim de
Salomão não foi bom?
R: Por que se envolveu na
idolatria ao se casar com mulheres estrangeiras, algo expressamente proibido
pela Lei (Êx 34.16).
4. Qual foi o primeiro
soberano do reino do Norte?
R:
Jeroboão (1 Rs 12.20)
5. Por que devemos atentar para os ensinos deixados pelos profetas?
R: Porque tudo foi escrito
para o nosso ensino (Rm 15.4).
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