Lição 6 - O Deserto: uma escola divina
5
de agosto de 2018
TEXTO ÁUREO
"Portanto,
eis que eu atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao
coração." (Os 2.14)
O amor é
o tema central de Oseias. Com ele, Israel será atraído por Jeová (11.4; Jr
31.3). O deserto foi o lugar do julgamento (2.3) e nele Israel achou
graça, tal qual a noiva perante o noivo (Êx 5.1; Jr 2.2). A
expressão “e lhe falarei ao coração” (2.14) é a
linguagem de um esposo falando amorosamente à esposa (4.13,14; Gn 34.3; Jz
19.3). Nós fomos atraídos e alvejados pelo amor de Deus (Rm 5.6-8).
(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2012 » 4º Trim)
VERDADE APLICADA
No
deserto, Deus sustenta, guia e aperfeiçoa o Seu povo.
O deserto não
é um castigo, mas uma oportunidade que Deus concede ao homem ou nação de
conhecê-lo melhor, como é o caso da lição que estudaremos hoje. Portanto o
propósito de Deus não era de castigar Israel, mas o de mostrar sua fidelidade e
amor para com o Seu povo.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1 - Mostrar que Deus
sempre tem o controle de nossa caminhada;
2 - Explicar o propósito
de Deus ao pedir que construíssem um Tabernáculo no deserto.
3 - Apresentar os problemas
enfrentados pelo povo de Israel no deserto.
Glossário
Cabal: Pleno;
decisivo, categórico;
Concomitante: Que ocorre
simultaneamente com outra coisa;
Panteão: Conjunto de
deuses ou de entidades mitológicas de uma religião.
TEXTO REFERÊNCIA
Êxodo 13:19-22
19 - E tomou
Moisés os ossos de José consigo, porquanto havia este estreitamente ajuramento
aos filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará; fazei, pois, subir
daqui meus ossos convosco.
20 - Assim,
partiram de Sucote e acamparam em Etã, à entrada do deserto.
21 - E o
Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo
caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem
de dia e de noite.
22 - Nunca
tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de
fogo, de noite.
Hinos sugeridos.
477 - Sedes Fortes
515 - Se Cristo Comigo
578 - Sossegai
INTRODUÇÃO
Por mais que as condições fossem adversas, o deserto foi o
local escolhido pelo Senhor Deus para educar e fortalecer os filhos de Israel,
além de prepará-los para a conquista da Terra Prometida.
1. Deus escolhe o caminho do deserto.
A
expressão "deserto" traz a ideia de lugar inabitável ou de condições
adversas. Se fosse para o povo de Israel escolher, jamais escolheriam este
caminho. Deserto não é um lugar desejável, mas o texto diz que "Deus fez
rodear o povo pelo caminho do deserto" (Êx 13.18).
Professor
enfatize que o deserto foi o caminho escolhido por Deus, pois se observarmos o
mapa abaixo poderemos notar que havia um caminho muito mais perto para chegar a
Canaã, mas os nossos caminhos não são os caminhos de Deus.
Porque os
meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os
vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.(Isaías 55:8)
1.1. Um Lugar de Dependência.
O deserto
se caracteriza pelo calor, cuja temperatura ultrapassa 45 graus. A areia, com
sua facilidade de absorver o calor, ajuda a aumentar a sensação térmica. Aliado
a esta adversidade, há a falta de água, de comida e de um lugar para descansar.
Neste ambiente hostil, sem nenhuma comodidade e perspectiva de mudança, era
preciso que o povo de Israel reconhecesse sua total dependência em Deus. Apesar
da grande multidão, Deus protegeria e sustentaria o Seu povo no deserto.
Não há que duvidar que o tempo todo Deus sabia como
alimentaria os israelitas no deserto. Quando murmuraram, o Senhor revelou seu
plano de fornecer pão dos céus para colherem a porção para cada dia. Até no
fornecimento de pão Deus faria uma prova: Queria ver se o povo andaria em sua
lei ou não. No sexto dia, as pessoas achariam quantidade suficiente de pão para
durar dois dias, em cumprimento da lei do sábado.
Deus queria que estes israelitas soubessem que aquele
que os tirou do Egito ainda estava com eles. À tarde sabereis e amanhã vereis.
A glória mencionada no versículo 7 diz respeito à realização da mão de Deus no
suprimento do pão, ao passo que a glória referida no versículo 10 era a
manifestação especial de Deus na nuvem.
Moisés repreendeu os israelitas por murmurarem contra
ele e Arão, pois nada significavam - era Deus quem os conduziriam. Quando Deus
lhes desse carne e pão para comer, eles saberiam que o Senhor ouviria as
murmurações feitas contra ele. De certo modo, fornecer comida desta maneira era
uma repreensão. Deus não forneceu comida só porque reclamaram; Ele queria que
soubessem que Ele era o Senhor e que não estava contra seus servos, mas
contra quem murmurava.
Os filhos de Israel seriam humilhados diante de Deus.
Arão os reuniu, dizendo: Chegai-vos para diante do Senhor, porque ouviu as
vossas murmurações. Quando se aproximaram e olharam para o deserto, de repente
a glória do Senhor apareceu na nuvem. A prova inconfundível da presença de Deus
na coluna de fogo autenticou as palavras de Moisés e preparou o povo
para a glória mais encoberta de milagre que ocorreria. A glória do Senhor deu a
estes fracos seguidores de Deus de ver o mal dos seus corações quando
contemplassem a fidelidade de Deus para com eles. Com a realização do milagre
da carne e do pão, eles saberiam que o Senhor era o seu Deus. Ele teve
paciência com estes crentes fracos, cuja fé necessitava de crescimento; em
outra época, depois de terem tempo para amadurecer (Nm 14.11,12), eles foram
punidos por causa da permanência na incredulidade"
(Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 1. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, pp. 175,76).
1.2. Um Lugar de Provisão.
O povo de
Israel estava livre dos egípcios, mas continuava escravo dos alimentos e das
bebidas do Egito. No deserto, embora livres, não tinham acesso aos mesmos
alimentos e bebidas. Diante da necessidade, a primeira coisa que fizeram foi
murmurar (Êx 15.24; 16.2). A grande lição de Deus para o Seu povo é que, onde
existe a necessidade, existe a possibilidade da provisão divina. A coluna de
nuvem de dia e a coluna de fogo de noite eram provas cabais da providência de
Deus sobre a vida do Seu povo. Uma das grandes provisões de Deus para o Seu
povo foi o maná (Êx 16.15, 31).
A
provisão de Deus no deserto. Temos um Deus que supre as nossas
necessidades. Durante quarenta anos o Senhor sustentou o seu povo no deserto.
Todos os dias, com exceção do sábado, os israelitas recebiam o maná e
cordonizes para o seu sustento (Êx 16). A provisão era diária. Não faltou água,
alimento, roupa e calçado até o dia em que chegaram à Terra Prometida. Porém,
no meio do povo de Deus sempre há pessoas incrédulas e murmuradoras. Os israelitas
não demonstraram gratidão pela provisão divina; diante de alguma dificuldade,
logo murmuravam e reclamavam de Deus. Qual tem sido sua atitude diante das
crises?(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2014 » 1º Trim)
Professor, se
possível faça uma síntese do comentário abaixo, muito interessante e oportuno:
Escassez e abundância. Uma das regras básicas da
interpretação da Bíblia é a análise do texto de acordo com o seu contexto. Por
conseguinte, quando alguém, para fantasiar uma existência saudável, rica e
isenta de problemas, fundamenta-se, por exemplo, em Filipenses 4.13, está perversamente
torcendo a Palavra de Deus. Além do mais, o próprio Cristo advertiu-nos:
“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições,
mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Vejamos, pois, o que
realmente quis dizer o apóstolo.
Antes de
mais nada, Paulo declara sua total dependência de Cristo em todas as
circunstâncias:“Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a
maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter
fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade” (Fp 4.12). Nesse
versículo, o apóstolo deixa bem claro que, embora já houvesse experimentado
escassez e abundância, jamais deixou de confiar em Deus. Sejam quais fossem as
circunstâncias, o Senhor Jesus era a sua contínua suficiência. É por isso que,
nEle, o apóstolo podia todas as coisas.
Se alguém, portanto, quiser
justificar a Teologia da Prosperidade com base na vida de Paulo, perde o seu
tempo. Ele não ficou rico no seu exercício ministerial. Pelo contrário. Ele
iniciou o seu ministério fazendo tendas (At 18.3) e terminou a sua carreira em
uma prisão em Roma (Fp 1.3; At 28.30). No final de seus dias, precisou que
Timóteo lhe enviasse uma capa, para se aquecer no cárcere (2 Tm 4.13). O que
disso concluímos? O contentamento do apóstolo não dependia da abundância ou da
escassez de bens materiais, mas da suficiência em Cristo. (CPAD Jovens e
Adultos » 2012 » 1º Trim)
1.3. Um Lugar de Provação.
A Bíblia
diz que o Senhor Deus nos prova para saber se o amamos de todo o nosso coração
e de toda a nossa alma (Dt 13.3). Os filhos de Israel precisavam ter convicção
de quem era o Deus que os havia tirado da casa da servidão.
Muitos
enganos, motivações e desejos só são revelados quando somos provados ao
extremo. Nenhum lugar poderia revelar tanto o amor de Deus ao povo, e,
concomitante a isto, mostrar o caráter dos filos de Israel
Não
ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor
vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo o vosso
coração, e com toda a vossa alma. (Dt
13:3)
“A prova no limite da capacidade humana (1Co 10.13)
Abraão chegou ao máximo de sua
capacidade emocional e intelectual para aceitar o desafio que Deus lhe fizera.
Foi-lhe pedido algo impossível mediante a lógica do propósito divino para sua
vida. Deus lhe pediu em holocausto ‘o filho da promessa’. Além da relação
espiritual da existência desse filho, com a relação emocional familiar entre
Abraão e Isaque e sua mãe, o velho Abraão não podia entender as razões de Deus.
Era como se Deus estivesse pedindo devolução de algo que havia dado a Abraão.
Isto se tornou um desafio a sua lógica, a sua racionalidade. Era, de fato, uma
prova que superava todas as demais experimentadas pelo velho patriarca. Abraão
pareceu chegar ao limiar da prova, do desânimo, da desistência. Na infinita
sabedoria divina, somos conduzidos, às vezes, ao limite de nossa resistência
para aprendermos a confiar no exaurível poder de sustentação de Deus. Quantas
vezes confessamos nossas limitações e dizemos: ‘Não posso mais!’, ‘Não aguento
mais!’, ‘Estou sem forças para reagir!’. Então Deus entra em ação e suaviza o
nosso sacrifício. Ele não deixa que nossas resistências estourem sem que
saibamos que Ele nos prova para que o conheçamos melhor” (CABRAL,
Elienai. Abraão: As experiências de nosso pai na fé. 1ª
Edição. RJ: CPAD, 2002, pp.173-74).
2. Um Tabernáculo no Deserto.
Um dos pontos mais importantes do
deserto é a instauração do culto no Tabernáculo. Desde o Egito, o propósito de
Deus era que o povo prestasse culto no deserto. O Tabernáculo, também chamado
de tenda da congregação ou lugar de habitação,era um lugar sagrado e dedicado a
Deus para a Sua presença.
2.1. As ofertas para a construção do Tabernáculo.
Todo este
empreendimento em pleno deserto seria feito com ofertas voluntárias, recursos
estes recebidos pela providência divina ao sair do Egito. Deus ordena aos
filhos de Israel que tragam uma oferta alçada: "de todo homem cujo coração
se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada" (Êx 25.2).
A expressão "voluntariamente", da raiz hebraica "nadhabh",
descreve uma ação voluntária de entregar a si mesmo ou seus recursos ao serviço
do Senhor.
A oferta
para a construção deveria ser oferta espontânea de louvor, vinha do coração,
não de um tributo imposto.
Professor
aproveite esta oportunidade para ensinar que ofertar é uma atitude que
demonstra gratidão, portanto não é moeda de troca e nem tão pouco “investimento
financeiro”. Não temos dúvidas que o Senhor é fiel e cumpre suas promessas com
relação àquele que contribuem, mas temos que estar atentos e combater os falsos
ensinamentos.
“As ofertas”
Ao
ofertarmos com boa vontade e alegria, a graça da contribuição traz muitos
resultados bons para nossa própria vida. Em primeiro lugar, encontraremos
grande felicidade na nossa vida de serviço ao Senhor e aos nossos semelhantes.
As ofertas aumentarão e muitas necessidades serão supridas. Deus é louvado e os
laços de fraternidade cristã se estreitam ainda mais. Daí, oramos uns pelos
outros, e aqueles que dão, recebem bênçãos recíprocas. 'Aquilo que o homem
semear, isso também ceifará' (Gl 6.7). Essa é uma das leis universais de Deus.
Vigora na agricultura e nas ações humanas, podendo-se aplicar aos bens
materiais, à saúde, à vida social e à condição espiritual. [...]. Paulo encerra
a sua mensagem com o princípio de semear e ceifar. Moisés proclamou que a
obediência a Deus traria bênçãos materiais, ao passo que a desobediência
acarretaria sofrimento (Dt 28.1,2,15). O rei Salomão, em sua sabedoria, aplica
o mesmo princípio à contribuição (Pv 11.24,25). Jesus disse: 'Dai e
dar-se-vos-à' (Lc 6.38)." (HOOVER, T. R. Comentário
Bíblico: 1 e 2 Coríntios. RJ: CPAD, 2001, p.196)
2.2. O Propósito do Tabernáculo.
Em pleno
deserto, Deus mostra a Moisés nos mínimos detalhes uma grande tenda a ser
feita. Os materiais exigidos pelo próprio Deus para serem utilizados na
construção deste projeto eram ouro, prata e bronze, linho e outros materiais
valiosos. Tanta beleza em pleno deserto representava grandes verdades
espirituais que Deus queria gravar na mente humana, tais como a Sua majestade e
santidade, Sua proximidade e a forma de aproximar-se de um Deus santo. Deus
desejava que o Tabernáculo fosse o centro da vida religiosa, moral e social do
povo, por isso o Tabernáculo se localizava no meio do acampamento das 12 tribos
(Nm 2.17), bem como o centro da celebração e das festas nacionais. Deus precisa
ser o centro da vida do Seu povo. Através da tenda da congregação, Deus revelava
a Sua vontade ao povo.
O tabernáculo. Representava a presença de
Deus no meio do povo. Deus mandou Moisés construir o tabernáculo, porque
almejava habitar no meio dos filhos de Israel: “E me farão um santuário, e
habitarei no meio deles” (Êx 25.8). No tabernáculo (Êxodo caps. 25-40) está a
figura de Cristo: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). Não
somente isso, mas cada peça e utensílio do tabernáculo apontam igualmente para
Cristo e sua obra salvífica (Hb 9.8-10).(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2010 » 3º Trim)
1. Altar
do holocausto
2. Bacia
de bronze
3. Mesa dos pães da proposição
4.
Candeeiro de ouro
5. Altar do incenso
6. Arca da aliança
7.
Propiciatório
(Lições CPAD Jovens e Adultos » 2001 » 3º Trim)
2.3. A Glória do Tabernáculo.
Quando
Moisés terminou sua obra, a nuvem que guiava Israel aproximou-se e descansou
sobre o Tabernáculo, como uma manifestação visível da presença de Deus, e ali
permaneceu (Êx 40.34-35). Quando Moisés procurou entrar no lugar santo, não
pode fazê-lo. Tanto a nuvem quanto a glória eram fortes demais. A maior glória
do Tabernáculo não se encontrava nas magníficas cortinas, nem no ouro ou na
prata, mas na presença de Deus. Ao construir o Tabernáculo, estritamente
conforme as ordenanças de Deus, os israelitas foram recompensados, pois a
glória do Senhor encheu a tenda.
Infelizmente,vivemos
dias em que as pessoas tem se encantado com a beleza dos templos e o conforto
do átrio e se esqueceram que o mais importante é a presença de Deus [...].O
fato da gloria de deus encher a tenda era sinal da aprovação de Deus.(Revista
do professor)
Então a
nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo;
De maneira que Moisés não podia
entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem permanecia sobre ela, e a
glória do Senhor enchia o tabernáculo.(Êxodo 40:34-36)
3. Os Problemas enfrentados no Deserto.
Em todos
os quarenta anos vividos no deserto, o povo de Israel acumulou uma série de
deslizes em seu relacionamento com Deus. Estes erros tinham como base uma visão
míope, que consistia apenas em enxergar o momento e não a grandeza de Deus;
eles valorizavam demais o problema e não a fidelidade de Deus, que com mão
forte os libertara do Egito.
3.1. A Murmuração no meio do arraial.
Uma das
atitudes mais frequentes diante das dificuldades era a murmuração. Em sua
campanha pelo deserto, o povo chegou a Mara. Eles não puderam beber água, pois
eram amargas e começaram a murmurar contra Deus (Êx 15.23-24).
Em outro
episódio, no deserto de Sim, o povo novamente murmura contra Deus, lembrando
que no Egito havia fartura de carne (Êx 16.1-3). A expressão
"murmuração" transmite a ideia de "dar vazão a ressentimento,
insatisfação, ira ou aborrecimento, mediante resmungos cochichados numa oposição
hostil". Isso define bem a atitude de Israel para com Deus.
“O povo murmurou contra Moisés
A
liderança é cara, porque a culpa pela adversidade recai nos líderes. Essas
pessoas sabiam que Moisés era homem de Deus; por isso, o pecado também era
contra Deus. Grandes experiências com Deus não curam necessariamente o coração
mau e queixoso. A murmuração cessa apenas quando crucificamos o eu e
entronizamos Cristo somente (Ef 4.31,32).
A única
coisa que Moisés poderia fazer era clamar ao Senhor. Não há dúvida de que teria
fornecido água potável em resposta à fé paciente de Israel, se tivessem
permanecido firmes. O Senhor às vezes satisfaz nossos caprichos em detrimento
da fé. Aqui, as águas se tornaram doces, quando Moisés lançou um lenho nelas,
mas a fé de Israel continuou fraca. Desconhecemos método natural que explica
este milagre.
Deus usou
esta ocasião para ensinar uma lição a Israel, dando-lhes estatutos e uma
ordenação. Se as pessoas ouvissem a Deus e obedecessem inteiramente à sua
palavra, elas seriam curadas de todas as enfermidades que Deus tinha posto
sobre o Egito. Assim como Deus curou as águas amargas de Mara, assim Ele
curaria Israel satisfazendo-lhe as necessidades físicas e, mais importante que
tudo, curando o povo de sua natureza corrompida. Deus queria tirar o espírito
de murmuração do meio do povo e lhe dar uma fé forte” (Comentário
Bíblico Beacon. Vol. 1, 1 ed., RJ, CPAD, 2005, p.175).
3.2. O Povo e a Idolatria.
Depois de ver milagres,
providência divina e o favor de Deus, o povo de Israel, para preencher uma
lacuna na liderança, se lançou na idolatria. Em Êxodo 32 notamos que o povo usa
seus pendentes para fazer um bezerro de ouro. Esta atitude mostra que o povo
não se contenta com a presença de um Deus invisível, quer sempre um deus que
possa ver e apalpar. O tempo de escravidão no Egito, diante do panteão, criou
neles a ideia de deuses fruto dos desejos humanos. Israel queria servir a Deus
por meio de uma imagem, provavelmente similar à representação de Ápis, o
deus-touro dos egípcios. É um perigo quando o cristão sai do mundo, mas o mundo
não sai dele; cedo ou tarde ocorrerão resultados trágicos. Com este evento,
Deus puniu os idólatras e uns três mil homens morreram (Êx 32.28).
“Este primeiro mandamento
trata diretamente do cerne da relação pressuposta pelo tratado entre soberano e
vassalo. O Senhor, em virtude de eleger e libertar salvadoramente o povo
tirando-o de outro senhor (o Egito), ordena aos israelitas a empreender e
manter uma atitude de lealdade indivisa a Ele. ‘Não terás outros deuses diante
de mim’ (Ex20.3) é uma afirmação categórica das reivindicações exclusivas do Senhor
de domínio e adoração. Violar este mandamento é repudiar a totalidade de
relação do concerto, pois se trata nada mais nada menos, de alta traição”
(ZUCK, Roy (Ed.). Teologia do Antigo Testamento.1ª Edição. RJ: CPAD, 2009,
p.51).
3.3. Um Povo Obstinado.
Por
diversas vezes, Deus se refere ao Seu povo como um povo "obstinado"
(Êx 32.9). Esta expressão no hebraico "qashep", significa
"teimoso". Ao usar esta expressão, Deus está dizendo que o Seu povo
era irredutível em viver conforme os Seus ditames. É triste quando vemos
pessoas que, apesar de estarem na igreja há muito tempo, não mudam sua maneira
de pensar, seu proceder; não aceitam serem instruídos por Deus.
Disse o
Senhor a Moisés: "Tenho visto que este povo é um povo obstinado.(Êxodo 32:9)
obstinado:Muito teimoso; inflexível; pertinaz; firme; relutante.
https://www.priberam.pt/dlpo/obstinado [consultado
em 02-08-2018].
CONCLUSÃO
A
peregrinação dos filhos de Israel pelo deserto nos mostra o quando Deus
preparou o Seu povo para herdar a Terra Prometida. O deserto revelou as
deficiências do caráter do povo e, ao mesmo tempo, oportunidade que Deus
revelasse a Sua Lei e educasse o povo para se tornar uma nação.
Bibliografia
[1] Bíblia de
Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - ARC
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor – 3º trimestre 2018, ano 28, número 108 - Editora Betel
Biblia de estudo pentecostal, Almeida revista e corrigida, Rio de Janeiro, CPAD
Bíblia do Culto - Editora Betel
Revista EBD Betel Dominical Professor – 3º trimestre 2018, ano 28, número 108 - Editora Betel
PAE - Plano de
Aula Expositiva - Auxílio EBD -
http://editorabetel.com.br/auxilio/beteldominical/
1. Qual foi uma das grandes provisões de Deus para o Seu povo ?
R: O Maná (Êx 16.15,31).
2. Para que Deus nos prova ?
R: Para saber se O amamos de todo o coração e de toda a nossa
alma (Dt 13.3).
3. Onde se localizava o Tabernáculo ?
R: No meio do acampamento das 12 tribos (Nm 2.17).
4. Por que o povo de Israel não pôde beber as águas de Mara ?
R: Porque eram amargas (Êx 15.23-24).
5. O que o povo de Israel
lembrou no deserto de Sim ?
R: Que no Egito havia fartura de carne (Êx 16.1-3).
Comentários
Postar um comentário