LIÇÃO 06 - Qualidades de Paulo como missionário
Texto Áureo
“E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito
Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado”. At
13.2
Verdade Aplicada
“Quando um homem aceita a Cristo e Ele se torna de fato o
seu Senhor, todos os dons, bens, talentos, e vida são transferidos para o reino
de Deus”
Objetivos da Lição
► Apresentar
alguns fatos que demonstrem que Paulo foi um homem preparado por Deus para
realizar a obra missionária;
► Relembrar
como foi o chamado e alguns aspectos principais do seu desempenho missionário;
► Mostrar
que as suas virtudes foram essenciais e, ainda hoje, o seu exemplo influencia.
Textos
de Referência
2 Tm 2.1 Tu,
pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus.
2 Tm 2.2 E
o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que
sejam idôneos para também ensinarem os outros.
2 Tm 2.3 Sofre,
pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.
2 Tm 2.4 Ninguém
que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o
alistou para a guerra.
2 Tm 2.5 E,
se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente.
LEITURAS COMPLEMENTARES
- Segunda
feira: Ap 1.8
- Terça
feira: Mt 28.18
- Quarta
feira: Mt 28.20
- Quinta
feira: At 13.1
- Sexta
feira: Ap 1.3
- Sábado:
At 16.6
INTRODUÇÃO
Em lição anterior, foi visto que a carreira
espiritual de um homem que chega atingir elevados patamares é construída com
apoio de vários outros que depositaram nele a sua confiança. Serão estatuadas
aqui algumas das muitas qualidades que foram cumuladas com a ajuda desses
obreiros, resultado de esforço próprio e de uma crescente comunhão com Cristo
Jesus.
1. Um vaso bem acabado
Paulo bem sabia da sua chamada para trabalhar
entre os gentios, na verdade, ele herdou o zelo missionário dos fariseus e demais
judeus que se esforçavam para trazer para o judaísmo os pagãos.
1.1 Um obreiro preparado (At 13.1,2)
13:1 /
A igreja de Antioquia incluía alguns profetas e mestres (veja a nota sobre 11:27). Não ficou claro se esta nota
significa que havia dois grupos de ministros, ou se o
título descritivo duplo aplicava-se a todos. Seja como for, todos pareciam usufruir certo
"status", de modo que poderiam bem ser chamados de "presbíteros da igreja na
Antioquia", cuja posição oficial era
enfatizada por seus dons especiais — presbíteros como os de 1 Timóteo 5:17, que trabalhavam duramente "na
pregação e no ensino". A função
deles talvez fosse análoga à dos Doze, nos primeiros dias da igreja. Podíamos chamá-los de "os
cinco".
Seus nomes contêm muitas coisas interessantes,
abrangendo vasta gama de contextos sociais e
possivelmente raciais. Barnabé é mencionado em primeiro lugar, talvez como o de maior prestígio, ou fé (veja as disc. sobre 4:36 e 11:24). A seguir, há um Simeão. Seu
nome é judaico, mas acrescentou-se-lhe outro
nome latino, Niger, "o preto". Visto vir associado a uma
pessoa de Cirene, julga-se que ele próprio teria vindo do norte da África, e seria o Simão cireneu que ajudou
a carregar a cruz de Jesus (Lucas 23:26).
Todavia, se Lucas intencionava tal identificação, é estranho que ele
escreva o nome desse discípulo de modo tão diferente. Pode ser, então, que Niger tenha sido
acrescentado exatamente para fazer distinção entre este
Simeão e o outro, o cireneu, e mais ainda, para diferençá-lo de todos os outros Simeões da igreja (p.e., 10:5s.). O terceiro, Lúcio, tem nome latino. Isto
pode significar que ele seria de origem
gentílica, não porém necessariamente (veja a nota sobre 12:12). A menção do lugar de seu nascimento sugere que ele
poderia ter sido um dos homens de Cirene ("alguns de...
Cirene", 11:20), os primeiros a anunciar
as boas novas aos gentios de Antioquia. Há poucas razões para pensarmos ser ele
o autor de Atos. Novamente os nomes são escritos de modos diferentes, e
se Lucas evitou divulgar sua própria identidade noutras passagens, exceto quando às vezes usa o pronome "nós",
é muito improvável que aqui ele se
ocultasse dessa maneira. Tampouco há razões para identificá-lo com o Lúcio de Romanos 16:21. O quarto, Manaém, isto é, Menahem, é de interesse especial por causa
de sua associação com a corte do rei
Antipas. Evidências de inscrições gregas sugerem que ele havia recebido um título de honraria por ser
companheiro e confidente do tetrarca. Assim é que Manaém pode ter sido a fonte
de informações de Lucas a respeito de
Herodes Antipas (Lucas diz mais coisas a respeito de Herodes do que qualquer outro evangelista). O
nome de Manaém é judaico. Significa
"consolador" e encontra-se em Josefo (Antigüidade 15.373-379), como sendo o nome de um essênio que
previu (ele também era profeta) que Herodes o Grande haveria de tornar-se rei.
A associação desse nome aos
governadores idumeus pode ser mera coincidência. Por outro lado, de vez que a profecia se cumpriu,
Manaém pode ter-se tornado um dos
nomes prediletos entre os herodianos. É possível que Manaém pertencesse às
classes mais elevadas. O último nome é o de Paulo, ainda em sua forma judaica, Saulo, segundo o costume de
Lucas até este ponto (veja a disc.
sobre o v. 9).
13:2
/ Fomos apresentados aos
líderes da igreja de Antioquia. Agora vamos ver a igreja em pleno culto. A palavra traduzida por servindo é
a que se empregou em geral na
LXX para designar o culto dos sacerdotes e
levitas no templo (gr.
leitourgein; cp. nossa palavra "liturgia"). O sujeito eles refere-se de modo
particular aos profetas e mestres, mas não se aplica a eles apenas, visto que a
igreja toda estaria envolvida tanto no culto como na decisão que se
tomou nessa ocasião (cp. 1:15; 6:2, 5; 14:22;
15:22). Visto estarem jejuando, podemos concluir que a igreja toda vivia num estado de grande expectativa. Não
muito depois disto, o jejum com
freqüência precedia um "dia elevado" (cp. Didache 7.4), e eles talvez julgassem que esse "dia
elevado" estava prestes a chegar. Essa expectativa ligava-se ao seu reconhecimento
(e à realidade na vida deles) do senhorio de Jesus — servindo eles ao
Senhor. Além disso, é possível que
já estivessem orando a respeito de uma obra missionária, e estivessem inquirindo do Senhor quem seria o líder,
aguardando a resposta de Deus às suas orações. Esta possibilidade baseia-se
numa partícula grega quase impossível de ser traduzida, mas capaz de colocar
certa ênfase na sentença. Seria como se o Espírito estivesse afirmando o que já
haviam proposto — "sim, na
verdade", apartai-me a Barnabé e a Saulo (Paulo usa a mesma expressão, 'separar', a seu próprio
respeito em Romanos 1:1 e Gálatas 1:15).
Esta mensagem poderia ter vindo através de um dos profetas, mas a igreja estava convencida de que
fora o Espírito quem chamara estes dois homens, e os convocara para uma obra do
próprio Espírito: Apartai-me a
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Este verbo está na voz média — "eu os tenho chamado para mim mesmo'". Ambos aceitaram o chamado e assim foi que Paulo
veio a tornar-se, no dizer de
Ramsay, "São Paulo, o Viajante". (NOVO
COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)
1.2 Um obreiro experiente
Apesar de sua confiança e do chamado
divino, Saulo entra num período de inatividade. Durante sete ou oito anos,
pouco se ouve falar dele. Mas aqueles foram anos de espera, disciplina e
paciência. Saulo talvez necessitasse desse tempo para fortalecer-se e descobrir
o segredo de esperar pacientemente no Senhor. Ele tinha uma missão, mas
faltava-lhe a oportunidade. No plano de Deus, para quem o tempo não existe,
aquele período haveria de amainar o rancor dos rabinos. Talvez Saulo tenha
permanecido em Tarso, enfrentando a oposição e sustentando-se na loja de
tendas, até que Deus completasse mais um grande estádio na história da Igreja.
É possível que nessa ocasião, Saulo
haja se irritado e resmungado contra a demora em seu ministério. Mas acabaria
por aprender que as delongas de Deus têm sempre um propósito; nada sai errado
em seu cronograma. Enquanto isso, Saulo vivia na obscuridade. É provável que
haja pregado não apenas em Tarso, mas também na zona rural que visitara quando
menino para comprar pêlo de cabra. Sempre que viajava pelas estradas e trilhas
de camelos, através das florestas e vales, procurava seus conterrâneos. Falava-lhes
de Jesus, o Messias, e convidava-os a procurar nEle a justificação pela fé.
Saulo visitava diariamente a sinagoga
e os bazares, e muitas vezes, ficava à beira da estrada enquanto o povo ia
lotando as pistas de corridas. Ele chamava a todos ao arrependimento,
exortando-os a se voltarem para Deus. Dizia-lhes que Jesus de Nazaré - que há
dez anos fora crucificado em Jerusalém e ressuscitara ao terceiro dia - era o
Cristo das Escrituras: o Filho de Deus enviado ao mundo para salvar os homens
do pecado. Saulo chamou-os do vazio da idolatria para a plenitude da vida
cristã. Os amantes do prazer, mercadores, turistas, e mulheres da sociedade -
ninguém podia ignorar a eloquência de Barnabé e a grande sabedoria de Saulo.
Não Podiam deixar de admirar-lhes a coragem e o zelo, mesmo em face da multidão
escarnecedora. Pelo menos não havia sumo sacerdote ali para levantar a mão
contra eles. O ministério do Evangelho estava desimpedido e a Igreja crescia
rapidamente; cada cristão era uma incansável testemunha de Jesus. Durante um
ano, Saulo trabalhou pelo Evangelho nessa importante cidade. Falava com
empenho, e o Senhor tornava produtivo o seu ensino e pregação. Não demorou
muito, e Antioquia já era um centro cristão mais forte que Jerusalém, pois a
igreja, aqui, não sofria quaisquer distúrbios. (A Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo - Charles Ferguson Ball)
1.3 Um servo submisso
Depois de várias reuniões e muita
oração, os líderes da igreja entenderam que era a vontade de Deus que enviassem
Barnabé e Saulo nessa missão. Quem seria melhor qualificado para ela? Eram
homens experimentados, e ambos defendiam a idéia de que os gentios deviam ser
participantes da promessa juntamente com os judeus. Haviam ambos viajado muito
e pareciam ser cidadãos do mundo. Estavam capacitados a representar a Cristo;
para isto haviam sido chamados. (Atos 13.1-14.2B) (A Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo - Charles Ferguson Ball)
2. Um soldado valoroso
Quando Barnabé e Paulo saíram de Antioquia sob
as ordens do Senhor levaram como cooperador a João Marcos, com a finalidade de
ele instruir sobre os rudimentos da fé aos novos convertidos e batizá-los,
enquanto os missionários se dedicariam mais a pregar aos ainda não convertidos.
2.1 Um servo sofredor
Temos visto através da exposição da
passagem bíblica o quanto Paulo e Barnabé sofreram pela obra do Senhor.
Mais sem olhar para trás, sem
reclamar, ou ameaçar em desistir da chamada que o Senhor lhes havia feito para
realizar o árduo trabalho de evangelizar os povos. Como diz o próprio Paulo
sobre os seus sofrimentos. (Grifo meu)
14.19
APEDREJARAM A PAULO. Nos tempos do NT, Deus nem sempre protegia seus servos dos
sofrimentos. Essa verdade é imanente no evangelho, e é válida hoje também: o
reino de Deus avança a um alto preço da parte dos servos do Senhor. Quando
Paulo descreveu posteriormente os sofrimentos que suportara por amor a Cristo,
referiu-se a essa ocasião dizendo: uma vez fui apedrejado (2 Co 11.25; Gl 6.17;
ver At 9.16 nota). Ao escrever às igrejas da Galácia, declarou: trago no meu corpo
as marcas do Senhor Jesus (Gl 6.17), referindo-se provavelmente e este
incidente (ver 2 Co 11.23, nota sobre os sofrimentos de Paulo).
14.22
POR MUITAS TRIBULAÇÕES. Aqueles que se dedicam a Cristo como Senhor, e
que um dia entrarão no reino do céu, hão de sofrer muitas tribulações ao longo
do seu caminho. Por viverem em meio a um mundo hostil, têm que se engajar na
guerra espiritual contra o pecado e o poder de Satanás (Ef 6.12; cf. Rm 8.17; 2
Ts 1.4-7; 2 Tm 2.12). Por outro lado, a vida verdadeiramente cristã é uma
contínua batalha contra os poderes do mal. (1) Os que são fiéis a Cristo, à sua
Palavra e aos caminhos de justiça, terão problemas e aflições neste mundo (Jo
16.33). Somente o crente morno ou de meio termo viverá em paz com este mundo
(cf. Ap 3.14-17). (2) O presente mundo ímpio, bem como os falsos crentes,
continuarão como adversários do evangelho de Cristo até quando o Senhor
derrubar o sistema maligno deste mundo, na sua vinda (Ap 19.20). Entrementes, a
esperança do crente está reservada nos céus (Cl 1.5) e está já prestes para se
revelar no último tempo (1 Pe 1.5). Sua esperança não consiste nesta vida, nem
neste mundo, mas no aparecimento do seu Salvador para levá-lo para si (Jo
14.1-3; 1 Jo 3.2,3;) (Bíblia de Estudo
Pentecostal – Atos)
14:22 / Por muitas tribulações nos é necessário: Às vezes esta
passagem é classificada como um dos
textos escritos na primeira pessoa do plural (nós), como se o próprio Lucas estivesse incluído (veja a
disc. sobre 16:10). Entretanto, deve
ser considerada simplesmente como um uso genérico da primeira pessoa do plural — "nós cristãos". (A Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo - Charles
Ferguson Ball)
2.2 Um missionário estrategista
A estratégia de Paulo era ir à
sinagoga, pois sabia que teria a oportunidade que se fosse a outro lugar para
falar da palavra, talvez não tivesse tanto êxito, pois como fariseu que era, e
conhecedor da palavra, sabia que os judeus não o ouviriam se não fosse ali.
Este era o padrão regular de Paulo e
Barnabé. Estes ouvintes, tanto Judeus quanto Gregos, seriam familiarizados com
as profecias e promessas do VT.
São estratégias que Deus nos concede
para que preguemos sua palavra.
Vemos essa estratégia acontecer também
no ministério de Cristo, ele vai primeiro a nação de Israel anunciar o evangelho,
coisa que eles não aceitam a principio, o fazendo mudar então sua estratégia e
começar a pregar aos gentios em outras localidades. (grifo meu)
A primeira vez
que Saulo visitou a sinagoga, que se achava repleta foi um grande dia para os
nazarenos. Ali estava um jovem, destemido e forte, que tivera o privilégio de
ser educado na escola de Gamaliel. A maioria dos judeus sabia de seu ódio a
Cristo, e alguns que suspeitavam dos nazarenos, achavam que a sua missão em
Damasco era necessária. Inicialmente, Saulo contou-lhes a história de sua ida a
Damasco e do incidente na estrada: como encontrara a Jesus de Nazaré e
contemplara. Com os próprios olhos, aquEle a quem vinha perseguindo, e como,
desde então, toda a sua vida se transformara.
Ele cria agora que Jesus era o Cristo.
Com sua habilidade de rabino, citou passagem após passagem do Antigo Testamento
para provar a messianidade de Jesus. Ao terminar o discurso, confessou
publicamente o seu pecado em perseguir os seguidores de Jesus, e descreveu a
nova vida que nele havia por meio da habitação interior do Espírito Santo.
Ninguém podia acreditar no que estava ouvindo: "Não é este o que em
Jerusalém perseguia os que invocavam esse nome, e para isso veio aqui, para os
levar presos aos principais sacerdotes?" (At 9.21). (A Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo - Charles Ferguson Ball)
13:45
"quando os Judeus viram a multidão... inveja" Se foi
o grande afluência ou o grande número de Gentios no meio da multidão que causou
a inveja é incerto neste contexto. O ciúme é atribuído a liderança judaica em
Jerusalém e da Diáspora (cf. Mat. 27:18; Marcos 15:10; Atos 17:5).
Mais tarde Paulo desenvolve o problema
teológico da incredulidade dos Judeus (cf. Rom. 9-11). Ele afirma que Deus
temporariamente cegou Israel para que os Gentios pudessem ser salvos. Contudo,
Deus usa a salvação dos Gentios como uma maneira (isto é, a inveja) para fazer
com que Israel responda a Cristo, de maneira que todos os crentes possam se
unir através do evangelho (cf. Ef. 2:11-3:13).
O problema é quando isto ocorre? A
mesma pergunta poderia ser feita de Zacarias 12:10. Esta profecia se relaciona
com a igreja primitiva, que foi feita de Judeus crentes, ou a um período
futuro? A inveja acontece por um propósito redentivo (cf. Rom. 10:19; 11:11 e
14), mas aqui neste texto ela causa incredulidade!
•
"eles estavam cheios de inveja" Veja a nota em 3:10.
•
"blasfemando" Assim como estes Judeus defendiam suas tradições e atacava a
pregação de Paulo, eles mesmos eram culpados de blasfêmia. Não há meio termo
aqui. Ou o Judaísmo ou o Cristianismo é um verdadeiro reflexo da vontade de
Deus. Eles são exclusivos!
13:46 "falaram ousadamente"
Este é um dos sinais em Atos de estar cheio do Espírito.
•
"era necessário que a palavra de Deus fosse falada a vocês primeiro" Este
era o padrão de pregação dos primeiros missionários. Os Judeus tinham
prioridade (cf. Rom. 9-11), mas Deus tinha incluído os Gentios. Aqueles da
sinagoga conheciam seu VT e podiam conferir as profecias. Atos tem uma série de
textos sobre estes conceitos e padrões (cf. 3:26; 9:20; 13:5,14; 16:13;
17:2,10,17).
•
"vocês repudiaram" Este é VERBO forte (PRESENTE DO INDICATIVO
MÉDIO) usado diversas vezes
na Septuaginta. Seu significado básico
é "lançar fora". Isto foi dito dos Judeus no sermão de Estevão (cf.
7:39), Também foi usado por Paulo em Rom. 11:1-2 para afirmar que Deus não
rejeitou Seu povo, mas que eles rejeitaram Seu Filho, seu único meio de
salvação, Sua revelação plena.
•
"julgaram a si mesmos indignos da vida eterna" É
difícil conciliar o conceito de predestinação, que ‘;e enfatizado tantas vezes
em Atos, com o conceito de mandato de resposta individual. Ninguém pode vir
para a fé sem a intervenção de Deus (cf. João 6:44 e 65), mas somos julgados
por aquilo que respondemos. Por sua rejeição à pregação do evangelho por Paulo,
eles mostraram aquilo que realmente eram (cf. João 3:17-21). A culpa pela falta
de resposta não pode ser colocada sobre Deus. Ele providenciou uma maneira, Seu
Filho, mas Ele é o único meio!
•
"nos voltamos para os Gentios" Este se torna o padrão regular
da proclamação do evangelho (cf. 18:6; 22:21; 26:20; 28:28; Rom. 1:16).
13:47 Esta é uma
citação de Isaías 49:6 da Septuaginta. Simeão usou esta citação da bênção de
Jesus em Lucas 2:32 para Sua tarefa Messiânica da redenção universal. É mesmo
possível que a "luz" neste contexto se refira à pregação do evangelho
de Paulo e Barnabé para estes Gentios (cf. "Uso de Velho Testamento no
Novo, por Darrel Boch, pg. 97 em Foundations for Biblical Interpretation,
Broadman&Holman Publishers, 1994). Agora Paulo usa isto para mostrar a
proclamação universal do evangelho universal!
13:48
"Quando os Gentios ouviram isto, começaram a se regozijar e glorificar a
palavra do Senhor" Muitos destes estavam na sinagoga por anos e
nunca tinham ouvido a mensagem inclusiva e universal do amor de Deus e a
aceitação de toda a humanidade pela fé em Cristo. Quando ouviram isto,
entusiasticamente receberam (cf. 28:28) e transmitiram para os outros (cf.
verso 49).
•
"creram tantos quanto haviam sido designados para a vida eterna" Esta é
uma clara definição da predestinação (tão comum na literatura Judaica
Intertestamental dos rabis), mas está no mesmo relacionamento ambíguo de todas
as passagens do NT que relacionam o paradoxo da escolha de Deus e o livre
arbítrio humano (cf. Fil. 2:12-13). É um PERIFRÁSTICO PASSIVO PLUPERFEITO que
vem de um termo militar (tassd) que significa "alistar" ou
"nomear". Este conceito de alistamento se refere aos dois livros
metafóricos que Deus guarda (cf. Dan. 7:10; Apoc. 20:12). Primeiro é o Livro
dos Feitos dos homens (cf. Salmo 56:8; 139:16; Isa. 65:6; e Malaquias 3:16). O
outro é o Livro da Vida (cf. Ex. 32:32; Salmo 69:28; Isa. 4:3; Dan. 12:1; Lucas
10:20; Fil. 4:3; Heb. 12:23; Apoc. 3:5; 13:8; 17:8; 20:12-15; 21:27). Veja o
Tópico Especial: Eleição/Predestinação e a Necessidade de um Equilíbrio
Teológico em 2:47. (Comentário Bíblico -
Atos - Bob Utley)
2.3 Um líder adaptável
22.
Fracos. São os super-escrupulosos mencionados em 8:7 e 9-12 Paulo não se
afasta muito do assunto geral das carnes sacrificadas aos ídolos. Fiz-me tudo para com todos expressa o
seu princípio. (O verbo aqui está no tempo perfeito, não no aoristo como no
versículo 20, expressando o resultado permanente de sua ação passada). Não é o
fim justificando os meios, mas a adaptabilidade por amor dentro da Palavra. Salvar é mais forte do que ganhar (v. 19). Com o fim de (que eu possa) salvar
alguns não remove a salvação das mãos de Deus; simplesmente enfatiza a
cooperação humana do servo de Deus no ministério da verdade. (Comentário Bíblico Moody – 1Corintios)
3. Um homem resignado
A carreira de um homem é determinada pelo
constante preparo, e pela dedicação integral no exercício da sua escolha. Nos
antigos jogos gregos de Olímpia, que inspirou a moderna olimpíada, era
declarada uma trégua entre as cidades que se rivalizavam para que os atletas
chegassem com segurança, tais homens representavam a sua cidade de origem, e,
no entanto, eram celebrados como heróis por elas quando campeões. Paulo era,
portanto, um homem tal qual um atleta do Reino de Deus que tinha em mente
alcançar uma coroa que não se deteriora.
3.1 O objetivo de Paulo (1Co 9.26a)
Como vemos na palavra Paulo enfatiza a
necessidade de se manter constantes na obra do Senhor sem mudar o objetivo.
Paulo tinha um objetivo, que era pregar a palavra, e, ele se dedicava ao Maximo
para agradar ao Senhor Jesus, embora muitos hoje não se esforçassem para
agradar ao Senhor, mais nós precisamos estar compromissados com sua obra.
Esse combate que Paulo menciona no
verso 26a, ele tinha a nítida ideia da obra, e ele menciona que ele como um
atleta de Cristo que estava habituado ao ato de correr buscar seus ideais, e
objetivos. “Pois eu assim corro, não como a coisa incerta;” ele tinha a plena
convicção do que estava acontecendo com o seu ministério naquele momento, e a
corrida que ele menciona é a pregação da palavra por onde ele passasse.
Ele não se importava com os obstáculos
que surgiam em sua frente, ele simplesmente seguia olhando para o alvo, Cristo.
“13 Irmãos, quanto a mim, não julgo que o
haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás
ficam e avançando para as que estão diante de mim,
14
prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Fp 3.13,14 (grifo meu)
Fp
3.13 UMA COISA FAÇO. Paulo se acha qual um atleta numa corrida (cf. Hb 12.1 nota),
esforçando-se e correndo o máximo, totalmente concentrado no que faz, a fim de
não ficar aquém do alvo que Cristo estabeleceu para a sua vida. Esse alvo era a
perfeita união entre Paulo e Cristo (vv. 8-10), sua salvação final e sua
ressurreição dentre os mortos (v. 11). (1) Era essa a motivação da vida de
Paulo. Recebera um vislumbre da glória do céu (2 Co 12.4) e resolvera que sua
vida inteira, pela graça de Deus, estaria voltada para a resolução de avançar
com toda determinação e finalmente chegar ao céu e ver Cristo face a face (cf.
2 Tm 4.8; Ap 2.10; 22.4). (2) Semelhante determinação é necessária a todos nós.
No decurso da nossa vida, há todos os tipos de distrações e tentações, tais
como os cuidados deste mundo, as riquezas e os desejos ímpios, que ameaçam
sufocar nossa dedicação ao Senhor (cf. Mc 4.19; Lc 8.14). Necessário é
esquecer-se das "coisas que atrás ficam", i.e., o mundo iníquo e
nossa velha vida de pecado (cf. Gn 19.17,26; Lc 17.32), e avançar para as
coisas que estão adiante, a salvação completa e final em Cristo. (Bíblia de Estudo Pentecostal)
1Co
9.24 O PRÊMIO. O "prêmio", a coroa "incorruptível" (v. 25),
refere-se à vitória de obtermos a salvação eterna, o alvo precioso da vida
cristã (cf. 1.8; 4.5; 6.2,9,10; 15.12-19). Esse alvo somente podemos atingir,
abrindo mão dalguns dos nossos direitos, por amor ao próximo (8.7-13), e
renunciando as coisas que nos eliminariam para a corrida espiritual (10.5-22).
9.24
CORREI DE TAL MANEIRA QUE O ALCANCEIS. Paulo ilustra o princípio de que se
alguém deixa de exercer seu autodomínio, a abnegação e o amor ao próximo, ele
mesmo será rejeitado por Deus, mesmo sendo um pregador do evangelho (ver v.27
nota). (Bíblia de Estudo Pentecostal)
26,27. Segue-se a
conclusão de Paulo introduzida por assim.
Paulo corre, mas não sem meta; sabia
para onde ia (cons. Fp. 3:14). Ele não era como o menininho que estava
aprendendo a andar de bicicleta e gritou cheio de si para sua irmã: "Estou
saindo do lugar. Estou realmente saindo do lugar". A irmã, observando
finalmente seu progresso cambaleante replicou: "É, você está saindo do
lugar, mas não está indo a lugar nenhum!” (Comentário
Bíblico Moody – 1 Corintios)
Vemos nestes textos a visão que Paulo
tinha da obra, e a sua responsabilidade frente à igreja que estava começando a
dar seus primeiros passos, e você tem tido essa mesma preocupação com a obra do
Senhor, ou esta somente interessado em ser um mero religioso, em vez de ser um
seguidor de Cristo? Responda para o Senhor e veja como esta você na obra
3.2 Assim combato, não como batendo no ar (1 Co 9.26b)
Como
desferindo golpes no ar é uma metáfora sobre o pugilismo. A declaração
não se refere ao treino, um exercício necessário e legítimo para o lutador;
refere-se às falhas durante a luta.
Paulo era um lutador certeiro, sempre acertando o alvo.
Subjugo
o meu corpo (E.R.C.) é a tradução do texto de alguns manuscritos fracos. A
tradução mais autêntica seria esmurro,
ou espanco. A idéia, é claro, é o da disciplina pessoal. Andar com Deus exige
sacrifício pessoal, sacrifício de coisas não necessariamente más, mas que
prejudicam a devoção total da alma a Deus - tais como os prazeres e interesses
mundanos. Numa época de luxo, como a presente, as palavras têm verdadeiro
significado para o servo de Cristo compenetrado. (Comentário Bíblico Moody – 1 Corintios)
3.3 Para alcançar uma coroa Incorruptível (1 Co 9.25)
25. Depois da
ilustração no versículo 24, segue-se a aplicação, contendo ambas: uma
comparação e um contraste. Em tudo se
domina. Pratica o autodomínio
(MNT, pág. 125). O que Paulo quer mostrar é que os atletas que esperam vencer
precisam de treino diligente – uma verdade bem ilustrada pela diligência dos
atletas modernos, quer nas coradas, no futebol ou qualquer outro esporte. Uma coroa corruptível mostra o
contraste. Os atletas disciplinam-se para ganhar um prêmio insignificante (nos
jogos ístmicos era uma coroa de pinheiro). Quanto mais deveriam fazer os cristãos
para alcançarem uma coroa incorruptível
(cons. II Tm. 4:8; I Pe. 5:4; Ap. 2:10; 3:11). (Comentário Bíblico Moody – 1 Corintios)
9.27
EU MESMO NÃO VENHA... A FICAR REPROVADO. "Ficar reprovado" (gr.
adokimos) encerra a idéia de "ser reprovado em prova", "ser
rejeitado". Paulo emprega esse mesmo termo em 2 Co 13.5, onde declara que
Cristo não habita naqueles que são "reprovados" (gr. adokimoi). Paulo
não se refere meramente à perda de um galardão ministerial. O que ele reconhece
é a possibilidade de deixar de obter o prêmio (i.e., a herança) da salvação
final (vv. 24,25), se ele deixar de viver uma vida santa, de exercer o
autodomínio e de suportar sofrimentos por amor a Cristo (vv. 25-27). (Bíblia de Estudo Pentecostal)
Tendo pregado a outros. Uma referência
ao costume de convocar os competidores à corrida por meio de um arauto (keryx,
palavra derivada da mesma raiz da palavra
pregar). Paulo convocara muitos à corrida da vida cristã através da
pregação do Evangelho. Ele não queria ficar desqualificado depois disso. A
palavra não se refere à perda da salvação. Significa literalmente
desqualificado. Está claro que o apóstolo estava preocupado em não ser
rejeitado pelo juiz quando fosse concedido o prêmio. Ele não tinha receio que o
arauto barrasse sua participação na corrida. Todos podiam correr, mas nem todos
recebiam o prêmio. Paulo queria alcançar o prêmio. (Comentário Bíblico Moody – 1 Corintios)
CONCLUSÃO
Ele foi um vaso escolhido para levar o nome de
Cristo, um soldado valoroso, um estrategista do Reino, um fazedor de tendas, um
plantador de igrejas, um homem que trouxe, no corpo, as marcas de Cristo. O que
fez a diferença na vida de Paulo foi o preparo constante e a dedicação intensa.
Os mesmos princípios que, se levados a efeito, trarão impacto também ao nosso
trabalho.
Fontes:
Bíblia de
Estudos Dake
Revista: APÓSTOLO PAULO – Editora Betel - 4º Trimestre 2012 –
Lição 06
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