LIÇÃO 07 - “PAULO E SUA MISSÃO ENTRE OS GENTIOS”
18 DE NOVEMBRO DE 2012
TEXTO
ÁUREO
“Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui
constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios na fé e na verdade”. 1Tm 2.7
7. Para isto fui designado pregador, etc. "Para o qual
(testemunho) fui constituído pregador e
apóstolo . . . ". A enfática e sincera exaltação que Paulo faz de seu cargo mostra a direção do seu pensamento:
por causa desse testemunho do Evangelho de Cristo, e pelo sucesso dele, Paulo
ordena a oração. (Comentário Bíblico
Moody – 1 Timóteo)
VERDADE
APLICADA
O anunciador das boas novas deve estar preparado para ser
uma luz na vida daqueles que ainda estão em trevas.
OBJETIVOS
DA LIÇÃO
1. Mostrar o propósito de Cristo com Paulo em relação aos
gentios;
2. Revelar que Paulo foi um homem preparado em questões
profundas da salvação pela fé;
3. Inspirar uma fé inteligente e viva no exercício do
ministério eclesiástico.
Textos
de Referência
At 26.20 Antes anunciei primeiramente
aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos
gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de
arrependimento.
At 26.21 Por causa disto os judeus lançaram mão de mim no templo,
e procuraram matar-me.
At 26.22 Mas, alcançando socorro de Deus, ainda até ao dia de hoje
permaneço dando testemunho tanto a pequenos como a grandes, não dizendo nada
mais do que o que os profetas e Moisés disseram que devia acontecer,
At 26.23 Isto é, que o Cristo devia padecer, e sendo o primeiro da
ressurreição dentre os mortos, devia anunciar a luz a este povo e aos gentios.
GLOSSÁRIO
Epifania: aparição,
manifestação;
Cisão: ação ou efeito de
separar;
Vestes paramentais: vestes
com enfeites, adornos.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
- Segunda
feira: Sl 10.16
- Terça
feira: Sl 59.8
- Quarta
feira: Sl 79.10
- Quinta
feira: Sl 95.1
- Sexta
feira: Sl 45.17
- Sábado:
Sl 67.3
INTRODUÇÃO
A chamada de Paulo para pregar aos gentios não
começa em Antioquia da Síria junto com Barnabé, na verdade, começa com a visão
celestial, em Damasco, que o conduziu por toda a sua vida. A epifania
experimentada, no caminho de Damasco, por Paulo foi para ele uma aparição tão
real do Senhor que ele se considerava tão apóstolo de Jesus Cristo, quanto os
que com Ele conviveram.
Assim como acontece em nossa vida, ao
aceitarmos a Cristo como salvador, aconteceu com Paulo, queremos imediatamente
pregar a palavra, anunciar a transformação que Jesus fez em nossas vidas. (grifo meu)
1.
PREGADOR E APÓSTOLO
A autoridade de Paulo repousa sobre sua chamada
na aparição do Senhor Jesus no caminho de Damasco. É muito interessante que ele
não se permitia diminuir visto que entendia a operação da graça em seu favor
para a honra do apostolado, a fim de no serviço do Senhor, conduzir as pessoas
do mundo gentílico a crer em Cristo, e a Ele se tornar obedientes (Rm 1.5).
1.1.
Apóstolo, um ministro de
Cristo
Saulo falaria disso mais tarde como a
última das aparições de Jesus aos seus seguidores após a ressurreição (1 Co
15.8). Moisés teve a mesma experiência no Monte Sinai, quando a visão da glória
do Senhor aparecera-lhe como um fogo devorador. Foi isso que Isaías viu quando
o Senhor o chamou para o ministério. Essa foi também a experiência de Pedro,
Tiago e João no monte da Transfiguração. Foi o que João viu em Patmos e depois
de tê-lo visto, "caí a seus pés como morto" (Ap 1.17).
E para o rabino de Tarso, era
concedida uma entrevista com o Cristo ressurreto. Posteriormente, alguns vieram
a duvidar de seu apostolado, alegando que ele jamais vira o Senhor. Mas a todos
os seus inimigos, podia responder que recebera a sua comissão diretamente de
Jesus que lhe dissera: Te apareci por isso, para te pôr por ministro e
testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te
aparecerei ainda; livrando-te deste povo e dos gentios, a quem agora te envio,
para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luze do poder de
Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os
santificados pela fé em mim (At 26.16-18). (A
Vida e os Tempos do Apóstolo Paulo - Charles Ferguson Ball)
Precisamos ter essa consciência de que
ao sermos chamados para o ministério, não quer dizer que somos a partir daquele
momento intocáveis, o bam-bam-bam, o dono da verdade, etc...
Ser obreiro requer acima de tudo
humildade, não de boca, mais de atitudes, ou seja, eu não tenho que alardear
que sou humilde, mais as pessoas tem que ver em mim essa humildade.
Paulo tinha essa linha de pensamento
ao mencionar os sofrimentos sofridos pela obra, ou você acha que ele ficava de
braços cruzados esperando que os obreiros fizessem o trabalho sozinho para
depois ele receber a honra? Negativo, ele colocava a mão na massa, ou melhor,
na obra sem se importar se ele era o maior ou o menor, se bem que eu creio que
ele tinha a nítida visão do seu tamanho em relação à noiva de Cristo. Ele chama
Timóteo à responsabilidade da obra “Sofre,
pois, comigo, cas aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.” 2Tm 2.3 “pelo
que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não
está presa” 2Tm 2.9 “se sofrermos,
também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará;” 2Tm 2.12 (grifo meu)
2.3
SOFRE... AFLIÇÕES. O ministro do evangelho que permanecer leal a Cristo e ao
evangelho, será conclamado a suportar adversidades (cf. 1.8; 2.9; 2 Co
11.23-29). Como o soldado, o crente precisa estar disposto a enfrentar
dificuldades e sofrimentos, e a lutar espiritualmente com total dedicação ao
seu Senhor (Ef 6.10-18). Como faz o atleta, o crente precisa estar disposto à
renúncia, e a viver uma vida cristã de rígida disciplina (v. 5). Como o
agricultor, deve assumir o compromisso de trabalhar arduamente, e isso em
horários prolongados (v. 6).
2.12
SE SOFRERMOS. A palavra "sofrer" (gr. hupomeno) aqui, significa
suportar. Aqueles que perseverarem e permanecerem firmes na fé, até o fim,
viverão (v. 11; Mt 10.22; 24.13) e reinarão com
Cristo (4.18; Ap 20.4). Cristo
rejeitará, no dia do juízo, aqueles que não perseveraram e os que o negaram por
palavras ou ações (cf. 2.12; Mt 10.33; 25.1-12;
(Bíblia de Estudo Pentecostal)
1.2.
Pregador da Palavra de
Cristo
Paulo começa a
carta aos Romanos com a sua apresentação, “Paulo,
servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de
Deus,” Rm 1.1
1. A palavra que foi traduzida, servo
significa realmente escravo. Para
Paulo, esta expressão significava que ele pertencia a Jesus Cristo. Ele era
propriedade de Cristo, e, como tal, tinha uma tarefa divina para realizar. Sua
chamada para ser apóstolo veio-lhe claramente em Damasco (Atos 9:15, 16; 22:14,
15; 26:16-18). Ele fora separado para o
evangelho de Deus. Em Gálatas, Paulo remonta esta chamada à ocasião do seu
nascimento (Gl. 1:15), mas aqui em
Romanos, ele destaca o propósito de sua separação: para o evangelho que Deus criou. Paulo tinha
um Mestre divino, um cargo divino e uma mensagem divina. (Comentário Bíblico Moody – Romanos)
1.1 "Paulo" - A maioria dos judeus dos
dias de Paulo tinha dois nomes, um judaico e um romano (At 13:9). O nome
judaico de Paulo era Saulo. Como os antigos reis de Israel, era da tribo de
Benjamin (Rm II.1; Fp 3.5). Na forma grega, seu nome romano significava
"pequeno". Isto podia referir-se (1) à sua estatura física, à qual é
feita alusão num capítulo a respeito de Tessalônica, intitulado "Paulo e
Thekla", em um livro não-canônico intitulado Os Atos de Paulo; (2) ao seu
conceito pessoal de que era o menor dos santos, por antes haver perseguido a
Igreja (1Co 15.9; Ef 3.8; 1Tm 1.15); ou (3) simplesmente ao nome dado por seus
pais, quando ele nasceu. A opção 3 parece ser a melhor.
* "escravo" - Na maioria das
traduções esta palavra foi traduzida como "servo", e em outras como
"escravo". Este conceito era (1) antitético para Jesus como Senhor ou
(2) um título honorífico do VT (Moisés, Nm 12.7 e Josué, Js 1.1; Js 24.29;
Davi, nos Salmos (título); e Isaías, Is 42.1,19; 52.13).
* "Chamado para apóstolo" - Isto foi
uma escolha de Deus, não dele (Acts 9.15; Gl 1.15; Ef 3.7). Como faz em 1Co
1.1; 2Co 1.1; Gl 1.1; Ef 1.1; Cl 1.1; 1Tm 1.1; Tito 1.1, Paulo está enfatizando
sua autoridade e suas qualificações espirituais para esta igreja em que ele
nunca esteve.
A expressão
"apóstolo", nos círculos judaicos palestinos do primeiro século,
significava "um enviado ou representante oficial". No NT o termo era
usado em dois sentidos: (1) para referir-se aos Doze discípulos especiais mais
Paulo; e (2) para referir-se a um dom espiritual que permanece na Igreja (1Co
12.28-29; Ef 4.11). (Comentario Biblico
- Romanos - Bob Utley)
1.3. A
Palavra de Cristo nele fez a diferença
Jesus é o responsável direto na
palavra que Paulo pregava, pois podemos observar na carta aos Corintios cap 11
v. 23 que ele expõe que recebeu do Senhor, isto referente à celebração da Santa
Ceia, ou seja não foi Pedro, nem João, nem Tiago ou qualquer outro Apostolo que
o orientou, mais o próprio Senhor Jesus transmitiu a ele a cerca do significado
da ceia.
O que nos leva a crer numa revelação
maior na vida de Paulo, eu creio que os quase 14 anos que Paulo vive no
anonimato, é o tempo que o Senhor prepara para ele ensinar o apostolo dos
gentios.
Essa convicção que Paulo tinha era com
certeza desta revelação que ele recebeu do Senhor, tanto no caminho de damasco,
nos 3 dias que ele passa na cidade em jejum e oração, quanto nos anos em que
ele fica anônimo até que Barnabé vai busca-lo em Tarsis.
Da mesma forma nos dias de hoje o
Senhor não é diferente, quando escolhe algum vaso para sua obra, ele chama,
capacita e envia.
O conhecimento que Paulo tinha do
Antigo Testamento, era muito grande, e foi de importante valia para ele, pois
através deste conhecimento ele expunha acerca do messias. (grifo meu)
2.
DOUTOR NA FÉ
A expressão “doutor dos gentios na fé” significa:
instrutor ou “mestre” como é traduzido na Bíblia ARC (Almeida Revista e
Corrigida). Paulo em 1Tm 2.7 considera-se um mestre na fé e não na crença.
Embora pareça ser a mesma coisa, não é. Pois a prática da crença religiosa não
envolve necessariamente uma fé viva, capaz de salvar o indivíduo, nem tampouco
toda crença religiosa se ocupa com a salvação da alma das pessoas; a fé faz
parte da espiritualidade; a crença faz parte da religiosidade. Todavia, a
Palavra de Cristo promove a fé, salvando a pessoa do seu pecado, do seu vazio,
e da falta da comunhão com Deus, aperfeiçoando-o nas boas obras.
Paulo foi encarregado de partilhar
este testemunho com os gentios, como um “pregador” (ou arauto), “apostolo” e
“doutor” (ou ensinador).
O arauto era alguém que trazia
importantes noticias. Anunciava frequentemente um evento atlético ou uma festa
religiosa, ou funcionava com um mensageiro político, o portador de noticias ou
ordens da corte do rei. Deveria ter uma voz forte e proclamar sua mensagem com
vigor, sem demora e sem discuti-la. A qualidade mais importante do arauto
consistia em ser um fiel representante ou divulgador da palavra daquele que o
havia enviado. Não tinha a obrigação de ser “original” ou criativo; deveria ser
um fiel portador da mensagem de outrem (V.P. Furnish, citado em Rienedier 1980,
619) (Comentário Biblico Pentecostal - 1
e 2 Timóteo - French L. Arrington & Roger Stronstad)
2.1.
Paulo, um especialista na fé salvadora
17. Visto que a justiça de Deus
se revela no evangelho.
Notável antecipação deste duplo sentido da "justiça de Deus" —
(a) Sua justiça pessoal e (b) a justiça com a qual Ele justifica os
pecadores a partir da fé — aparece na literatura de Qumran. "Sua justiça
apaga o meu pecado. ... Se tropeço devido à iniqüidade da carne, o meu julgamento
está na justiça de Deus que estará firme para sempre. ... Por Sua misericórdia
Ele fez que eu me aproximasse e por Sua amável bondade traz para perto dele o
meu julgamento. Por Sua justiça verdadeira me julga, e por Sua abundante
bondade faz expiação de todas as minhas iniqüidades. Por Sua justiça me limpa
da impureza que mancha os mortais e do pecado dos
filhos dos homens — para que eu louve a Deus por Sua justiça e ao Altíssimo por
Sua glória."3
De fé em fé. NEBmg.:
"Baseia-se na fé e se dirige para a fé" parece preferível ao texto de
NEB: "Um caminho que parte da fé e na fé termina." Conforme J.
Murray, o propósito para o qual Paulo repete isto aqui e em 3:22
("mediante a fé em Jesus Cristo, para todos (...) os que crêem") é "acentuar o fato de que a
justiça de Deus não somente age salvadoramente em nós pela fé, mas
também age salvadoramente sobre todo aquele que crê".4
O justo viverá por fé. Estas palavras
oriundas de Habacuque 2:4 (onde TM
registra: "... por sua fé"5) já tinha sido citada por
Paulo em Gálatas 3:11 para provar que não é pela lei que o homem é
justificado perante Deus. Elas tornam a
aparecer, juntamente com parte do seu contexto, em Habacuque 10:38 para
incentivar os leitores daquela epístola a perseverarem e a não retrocederem. O
hebraico emunuh, traduzido "fé" em Habacuque 2:4 (LXX pistis), significa
"perseverança" ou "fidelidade". Na passagem de Habacuque
esta perseverança ou fidelidade
baseia-se numa firme confiança em Deus e Sua Palavra, e é esta firme confiança que Paulo compreende pelo termo.
Habacuque, clamando a Deus contra a opressão sob a qual seu povo gemia (no século sétimo a. C, recebeu de Deus
a segurança de que a im- piedade não triunfaria indefinidamente, a justiça
seria finalmente vin- dicada, e a terra se encheria "do conhecimento da
glória do Senhor, como as águas cobrem o mar" (He 2:14). Esta visão
poderia demorar a realizar-se, mas se
cumpriria com toda a certeza. Enquanto isso, os justos resistiriam até o fim, dirigindo as suas vidas
por uma lealdade a Deus inspirada pela
fé em Sua promessa.
No comentário de Habacuque achado em Qumran, este pronun- ciamento divino
é aplicado a "todos os cumpridores da lei na casa de Judá, os quais Deus salvará do lugar do juízo
por causa do seu serviço e da sua
fidelidade ao Mestre de Justiça" (ver G. Vermes, op. cit., p. 237).
No Talmude (TB Makkoth 24a) "o justo viverá por sua fé" é
citado ao lado de Amos 5:4: "Buscai-me, e vivei" (ou "buscai-me,
e vivereis"), como exemplo de como
a lei toda pode ser resumida em uma só sentença. "Será que 'buscai' (em Am
5:4) significa 'buscai a Torah inteira"?", perguntou o rabi Nachman
ben Isaque. "Não", foi a resposta do rabi Shimlai; "Habacuque
veio depois dele e a reduziu a uma sentença, como está escrito: 'O justo viverá
pela sua fé.' "
Quando Paulo focaliza as palavras de Habacuque e vê nelas a verdade
central do Evangelho, parece atribuir-lhes este sentido: "aquele que é
justo (justificado) pela fé é que viverá." Os termos do pronunciamento
divino mediante Habacuque são gerais o bastante para permitir a aplicação que
Paulo faz deles — aplicação que, longe de fazer violência à intenção do
profeta, exprçssa a permanente validez da sua mensagem.
Para Paulo, como para
muitos outros judeus, "vida" (principalmente vida eterna) e
"salvação" eram praticamente sinônimos. Se o fato de Paulo denominar-se
a si mesmo "hebreu de hebreus" (Fp 3:5) significa (o que é provável)
que era filho de pais de língua aramaica, e que foi criado falando essa língua,
muito provavelmente empregaria — quando estivesse falando em sua língua natal
— a mesma palavra hayyeb para dizer tanto "vida"
como "salvação", "aquele que é justo (justificado) pela fé é que
viverá" significa, pois, "aquele que é justo (justificado) pela fé é
que será salvo." Para o apóstolo, a vida, no sentido de salvação, começa
com a justificação, mas vai além dela (ver 5:9s.). Inclui a santificação
(assunto dos caps. 6-8) e se consuma na glória final (5:2, 8:30). Neste
compreensivo sentido, "salvação" bem pode ser considerada como a
chave "para abrir as rccâmaras da teologia de Paulo".' (Comentario Biblico - Romanos - Introdução
e Comentário - F. F. Bruce)
2.2. Paulo
expõe a fé com base firme
Hb 11.1
"fé" Isto não é uma definição teológica de fé, mas uma figura da obra
exterior dela. O termo é usado vinte e quatro vezes neste capítulo. A partir do
AT a idéia fundamental é "fidelidade" ou "digno de
confiança". Isto é o oposto de apostasia. O termo grego para
"fé" (pistis) é traduzido por termos ingleses: "fé",
"crença" e "confiança". Fé é uma resposta humana à
fidelidade de Deus e Sua promessa. Nós confiamos na Sua confiabilidade, não na
nossa. Seu caráter é a chave.
NASB, NRSV "certeza das coisas esperadas"
NKJV "substância das coisas esperadas"
TEV "ter certeza das coisas pelas quais nós
esperamos"
NJB "garantia das bênçãos pelas quais nós esperamos"
Este termo grego para
"certeza" (hupostasis) basicamente significa "colocar
debaixo" ou "permanecer
debaixo", desse
modo dando a base ou fundação subjacente de algo. Portanto, tinha uma variedade
ampla de significados no mundo antigo. Era especialmente comum nos escritos
filosóficos gregos para denotar a manifestação clara de algo. Era aquilo que
era real e verdadeiro versus o irrealizado.
1. Em Hb 1.3
refere-se à essência
2. Em Hb 3.14
refere-se à realidade da confissão/profissão dos crentes
3. Em Hb 11.1
refere-se às promessas do evangelho vividas no presente, mas não consumadas até
o
futuro.
Este termo tem sido
encontrado nos papiros egípcios significando "um feito de título"
(cf. NJB). Neste sentido reflete o uso de Paulo para o Espírito como um
"penhor" (II Co 1.22; 5.5; Ef 1.4).
O termo grego usado
na LXX sugere que ele regularmente traduz tohelet (The Cambridge History of the
Bible [História da Bíblia de Cambridge], p. 9), que denotava "uma atitude
paciente e confiante esperando por algo, um estado de expectação confiante
(i.e., esperança). Lembre que os autores do NT eram pensadores hebreus
escrevendo no grego coinê e usando as tradições de tradução da Septuaginta.
Alguns têm visto os
significados mais claros neste contexto refletidos na citação do AT em 10.38
(Hc 2.2-4). Capítulo 11 é uma lista de exemplos daqueles que não
"retrocederam". Este texto é o oposto do que os primeiros leitores em
perigo estavam fazendo.
"convicção" Esta palavra
ocorre somente aqui no NT. refere-se a "prova por teste". As duas
frases no v. 1 são paralelas (ambas PARTICÍPIOS PRESENTE PASSIVO); portanto,
"certeza" e "convicção" são unidas estritamente e delas os
fiéis vivem suas vidas.
"fatos que se não vêem" Os
seguintes exemplos são pessoas que vivem em (1) esperança nos atos presentes e
futuros de Deus e (2) confiança nas promessas espirituais de Deus (cf. 10.23).
A visão de mundo deles guiam suas decisões diárias, não circunstâncias,
materialismo ou egocentrismo.
A realidade física é
subserviente à realidade espiritual invisível (cf. v. 3). A realidade física é
conhecida pelos cinco sentidos, e não é eterna, mas passageira. A realidade
eterna é invisível (cf. v. 27) e, portanto, deve ser conservada por fé, não por
vista. Entretanto, é tão real e verdadeira para os crentes que controla e exige
suas prioridades. (Comentario Biblico -
hebreus -Bob utley)
22-25. Paradoxalmente
Paulo proclama que os chamados (cons. v. 2) obtiveram o que os judeus, que buscavam sinais e os gregos, que amavam a
sabedoria (v. 22), ou os gentios (v. 23; a E.R.C, diz gregos novamente, mas a confirmação é fraca)
procuravam, o poder de Deus, e sabedoria de Deus. Cristo crucificado é o
segredo. Judeus e gregos não reconhecem o seu pecado. O Cristo crucificado o
expõe; portanto, Ele é o poder e a sabedoria de Deus. O uso da palavra crucificado sem o artigo, enfatiza fortemente
o caráter no qual Paulo pregou Cristo, como crucificado (cons. 2:2; Gl. 3:1).
Um Cristo sem uma cruz não salvaria. (Comentário
Bíblico Moody – 1 Corintios)
2.3. Paulo
explica a razão de seu método
17:22-23
/ Fosse qual fosse o espírito
com que a pergunta tivesse sido feita, Paulo a tomou com seriedade e assim se pôs a responder a ela.
Levantou-se e dirigiu-se aos homens no mesmo estilo de oratória deles ("homens atenienses"; mas veja a nota
sobre 1:16), e faz uma observação: em
tudo vejo que sois muito religiosos (v. 22). A palavra traduzida por "religiosos" (deisidaimonesterous) pode ter um sentido
mau, ou bom (o substantivo
correspondente parece que foi usado de modo pejorativo em 25:19). O adjetivo
aqui está no grau comparativo, e tanto pode significar que eram mais devotos que a maioria na prática de
sua religião, como que eram mais supersticiosos. É provável que Paulo tenha
escolhido deliberadamente essa palavra, com gentil ambigüidade, a fim de não ofender
seus ouvintes, almejando ao mesmo tempo satisfazer-se, ao expressar o que pensava deles. Logo esses homens
ficariam sabendo qual era a opinião de Paulo a respeito deles. Por ora,
abundavam as evidências, por todos
os lados, de que eram de fato "muito religiosos". Uma das inscrições
em particular havia atraído a atenção de Paulo. O apóstolo havia observado um
altar com esta dedicatória: AO DEUS DESCONHECIDO (v. 23). Paulo tomou essas palavras como se fora "seu texto".
É claro que não havia nenhuma
ligação entre esse deus e o Deus que ele proclamava. O apóstolo não sugeriu em momento algum que eram adoradores inconscientes do verdadeiro Deus, mas
procurou apenas um meio de levantar
perante eles a questão básica da teologia: Quem é Deus? (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)
3.
DOUTOR NA VERDADE
Devemos lembrar que os líderes de sinagogas e
fariseus eram muito proselitistas entre os gentios, tendo pessoas que
frequentavam a sinagoga, mas que não aderiam ao judaísmo por causa da dolorosa
circuncisão que era requerida. Quando nossos campeões pregaram a palavra da fé,
não tocaram nesse assunto, logo, estava implícito que desobrigaram aqueles,
dentre os gentios, que se convertiam a Cristo, ao ato da circuncisão. Com isso
eles ficaram felizes! Era esse o público alvo de Paulo, mas dentre eles, vinham
muitos judeus também.
3.1.
Advogados dos gentios
15:1-2
/ A questão da admissão de
gentios parece ter-se tornado um problema em Antioquia somente depois que alguns que tinham descido da Judéia ensinavam os irmãos: Se não vos circuncidardes... O ensino deles era que a circuncisão era necessária
para a salvação (veja .linda a disc. sobre o v. 5). Paulo viu de imediato que
um ponto fundamental estava em jogo,
pelo que, ao lado de Barnabé, engajou-se em não pequena discussão e contenda com eles (judaizantes, v. 2, à luz de 14:27). A unidade da
igreja estava sendo ameaçada, e a única solução parecia estar em
que alguns dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, por causa dessa questão (v. 2), devendo os apóstolos regressar, talvez,
de outro lugar onde estivessem para esse propósito (veja a disc. sobre 12:17). Nomeou-se um corpo de delegados, inclusive Paulo e Barnabé e alguns dentre eles,
uma referência talvez aos
profetas e mestres de 13:1 eTito, se Gálatas 2:1-10 serve de guia. Se acatarmos estritamente a gramática, foram os
judaizantes que tomaram a decisão de
enviar delegados a Jerusalém. Todavia, é muito mais provável que a igreja local é que tenha tomado
essa decisão. (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David
J Williams)
3.2. A
primeira assembleia
15:3-5 / Eles, sendo enviados pela igreja (v. 3), isto é, um grupo de crentes, membros da igreja,
viajou até certa distância acompanhando os delegados — é o que a expressão em grego diz. Foi um sinal de respeito e afeição
pelos delegados (cp. 20:38; 21:5, 16; também o fato de um grupo ir ao encontro
de Paulo em 28:15). A estrada percorria o litoral passando por Berito
(Beirute), Sidom, Tiro e Ptolemaida, talvez por Cesaréia e daí a Jerusalém (veja a nota sobre 9:31). A
Fenícia havia sido evangelizada ao mesmo tempo
em que a igreja se estabelecera em Antioquia (11:19; cp. também 21:3ss., 7), de
modo que em todos esses centros, bem como em Samaria
(cp. 8:25), havia comunidades cristãs a serem visitadas e
notificadas sobre a conversão dos gentios (v. 3). O verbo grego dá a entender que o relato foi feito
com minúcias (ocorre só aqui e em
13:41), e sem exceção; as notícias trouxeram alegria a todos quantos as ouviram (v. 3; veja a disc. sobre
3:8). Quando os delegados chegaram a Jerusalém, levavam todo o peso, digamos
assim, do apoio das igrejas do norte.
A delegação de Antioquia foi recepcionada pela igreja
reunida e seus líderes (alguns comentaristas têm a impressão de que esta
acolhida teria sido mais restrita), e de novo
relatou a história de quão grandes coisas Deus tinha feito com eles (v. 4, lit, "com eles"; cp. 14:27; em 15:12
é "por meio deles"). Observe a ênfase nesses relatos da mão de Deus
na questão, com a implicação de
que, se Deus havia abençoado a obra, era sua intenção clara que os gentios fossem recebidos livremente. Nem todos ali presentes concordaram com esta lógica, pois
foram rápidos em expor seu ponto de vista. Talvez
baseassem seu ensino em passagens como Êxodo 12:48s. e Isaías 56:6, ao declarar que era necessário (gr. dei;
veja a disc. sobre 1:16)
circuncidar os gentios e obrigá-los a cumprir a lei. Afirmou-se que a aliança
mencionada em Isaías 56:6 era a da circuncisão. Os
advogados da circuncisão eram da seita dos fariseus, que tinham crido — esta
é a primeira menção de convertidos dessa seita, além de Paulo (v. 5).
Eram crentes, tinham crido — o particípio presente tem a intenção talvez de enfatizar a realidade de
sua fé (veja a disc. sobre 14:23), a
saber, estavam perfeitamente convencidos de que Jesus era o Messias, embora
ainda pensassem nele como o rei de Israel, do qual os gentios seriam excluídos
se não aceitassem sua lei (cp. 1:6). (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO
DE ATOS - David J Williams)
3.3.
Anunciando uma nova disposição
15:7b-11 /
Pedro iniciou fazendo uma reminiscência dos eventos que haviam culminado com a
conversão de Cornélio, sua família e amigos (veja 9:32-11:18). Tudo acontecera, afirmou o apóstolo, há muito tempo —
talvez dez ou doze anos antes (v. 7). Naquela época havia ficado claro que era da vontade de Deus que os gentios se
salvassem. Assim diz o texto grego: "que os gentios ouvissem da minha
boca a palavra do evangelho, e
cressem" (v. 7), sendo digno de nota que a frase "da minha boca" só ocorre nos sermões de Pedro (1:16;
3:18, 21; 4:25; mas cp. 22:14). Outra particularidade de Pedro aparece no
versículo seguinte: Deus, que conhece os corações (v. 8; cp. 1:24),
sendo, neste atual contexto,
referência particular ao pecado e à necessidade que todos temos da salvação. E
Deus tem oferecido a salvação a todos, sem fazer distinção (não fez diferença alguma entre eles e nós, v. 9; cp. 10:20, 34; 11:12). Que isso foi assim se comprovou pelo dom do
Espírito Santo aos gentios, "exatamente da mesma maneira" (essa é a
força do grego, que se traduziu por assim como, v. 8) ocorrera
aos crentes judeus (cp. 10:47; 11:17). Assim
é que os gentios, que os judeus consideravam imundos, haviam sido
"purificados" de seus pecados (NIV diz: "ele lhes purificou os corações", e ECA: purificando os seus
corações pela fé [em Jesus], v. 9; cp. 10:15, 28; 11:9). Na verdade,
esse seria o único meio pelo qual judeus e gentios, igualmente, poderiam
purificar-se. Se alguém, judeu ou gentio,
quisesse salvar-se, haveria de ser pela graça do Senhor Jesus Cristo, mediante
a fé no Senhor, e por nada mais (v. 11; seria linguagem paulina? Quanto
à idéia, cp. 3:16; 4:10-12; 10:43). Por que, então, pergunta Pedro, poríamos um jugo sobre alguém? (a saber, a lei;
veja Siraque 51:26; Salmos de
Salomão 7:8; 17:32) um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar? (v. 10) — Pedro, não menos do que Paulo, endossou a acusação feita por Estevão
(7:53; cp. 13:39; Gálatas 6:13; veja
também Mateus 11:28ss.). Ele advertiu que qualquer tentativa de reverter-se a religião cristã a uma religião
da lei seria tentar a Deus (v. 10),
visto que isso seria questionar o poder de Deus para purificar os corações dos
incircuncisos pelo seu Espírito. Com estas palavras Pedro se despediu dos leitores de Atos — saiu da
história. (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)
Gl 6.15. Por que o apóstolo aqui despreza a circuncisão? Porque foi transformada
em uma simples cerimônia do mundo quando vista à luz da crucificação. O que
malmente importa, ele declara, é a nova vida que vem através de estarmos em Cristo Jesus. (E.R.C.). Isso resulta
em uma nova criatura. A palavra nova
indica o que é superior ao velho. (comentário
Bíblico Moody – Gálatas)
CONCLUSÃO
O propósito de Paulo entre os gentios foi
ensinar sobre a salvação sem a necessidade dos adereços da Lei. Com preparo
teológico relevante, o apóstolo ensinou eficientemente ao seu público alvo,
inspirando uma fé contagiante e inteligente entre os gentios. Suas pregações e
cartas conseguiram apresentar a Jesus Cristo como Filho de Deus, poder de Deus
e sabedoria de Deus a humanidade. Graças a Deus pelo empenho e dedicação desse
apóstolo que foi um instrumento poderoso nas mãos do Senhor.
Fontes:
Bíblia Sagrada
– Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.
Revista:
APÓSTOLO PAULO – Editora Betel - 4º Trimestre 2012 – Lição 07
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