LIÇÃO 11 - O Filho reina para entregar o reino ao Pai
10
de Junho de 2012
Texto
Áureo
“E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que
a voz muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia!
Pois já o Senhor, Deus Todo-poderoso reina”. Ap 19.6
Verdade
Aplicada
A plena justiça de Deus será satisfeita de modo justo e
justificável.
Objetivos
da Lição
Mostrar que Deus jamais deixará de justificar aqueles que recebem a justiça
de Cristo;
Tornar relevante a submissão a Cristo como
requisito para entrar no reino de Deus; e
Reforçar que a justiça de Deus é sempre aplicada
no tempo, na medida e no modo certo.
GLOSSÁRIO
Flamejante: ostentoso, vistoso,
flamante.
Encantamento: [figurado] maravilhar,
seduzir, elevar; e
Iniquidade: ato malvado, crime,
pecado, perversidade.
Textos de Referência
Ap 19.11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo
branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e
peleja com justiça.
Ap 19.12 E os
seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas;
e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão Ele mesmo.
Ap 19.13 E
estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é
a Palavra de Deus.
Ap 19.14 E
seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho
fino, branco e puro.
Ap 19.16 E na
veste e na Sua coxa escrito este nome: Rei dos reis e senhor dos senhores.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
- Segunda feira: Ap 19.17-21
- Terça feira: Ap 20.1-3
- Quarta feira: Ap 20.4-6
- Quinta feira: AP 20.7-10
- Sexta feira: Ap 20.11-15
- Sábado: Mc. 9.42-48
INTRODUÇÃO
Cristo derrubará todo governo e autoridade e
depois virá o fim da presente era, quando ele entregar o reino a Deus, o Pai
(1Co 15.24-26). Os eventos proféticos narrados em Apocalipse 19.11-21 a 20.1-15
enumeram esses governos e autoridades humanas e os inimigos de Cristo. Relatam
também como será o fim deles. Falam ainda, da inauguração do Milênio, quando
inicia o processo de restauração da terra redimida e purificada, durante o qual
Cristo reinará e vencerá, e julgará todos os demais inimigos, inclusive a
morte. Confira:
1.
O CAVALEIRO DO CAVALO BRANCO E O SEU SEQUITO
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O
que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com
justiça. E os seus olhos são como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia
muitos diademas..” (Ap 19.11,12). Essa descrição não deixa dúvida de que Cristo
é o cavaleiro.
1.1. O
perfil de Cristo como guerreiro e juiz
“...Eis um cavalo
branco”. Já tivemos ocasião de falar acerca
deste símbolo, em Apocalipse
6.2. Ali,
provavelmente o Anticristo imita a Cristo. O cavalo branco é o animal militar
dos elevados oficiais. Na simbologia profética, dependendo do texto ou do contexto,
é símbolo de pureza e vitória. O cavaleiro deste “cavalo branco” não deve ser
confundido com o mesmo de Apoc 6.2, o cavaleiro do primeiro selo. O tempo
presente dos verbos mostra o caráter de permanência do Messias em tudo o que
ele faz. A grande profecia sobre o rei davídico o descreve como alguém que
“...julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da
terra...” (Is 11.4). A volta de Cristo nesta secção, vencendo os inimigos, não
será um ato de vingança própria ou de manifestação arbitrária; será um ato de
justiça, refletindo a fidelidade de Deus. Num ação retrospectiva do significado
do pensamento, isso nos faz lembrar sua entrada triunfal em Jerusalém montado
em jumentinho (Lc 19.35 e ss), quando anunciou a cidade “o dia da salvação”.
Aqui, porém, o aludido guerreiro traz no coração “o dia da vingança” (Is 63.4),
e vem montado num “cavalo branco”. As Escrituras são infalíveis! “O cavalo
prepara-se para o dia da batalha” (Pv 21.31). (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)
11-16. Este parágrafo sempre me pareceu esmagadoramente glorioso demais
para uma exposição. Vê-se agora Cristo cavalgando um cavalo branco, descendo
dos céus para "julgar e pelejar". Aqui Ele recebe o título de Fiel
e Verdadeiro, o qual Lhe foi conferido no começo deste livro (1:5; 3:7,14).
A frase, com justiça, é importante. Juízo, em toda a Bíblia, está sempre
identificado com justiça. Esta foi exatamente a frase usada pelo Apóstolo Paulo
em Atos 17:31. Na verdade, esta é a palavra usada na primeira referência a Deus
como o juiz de toda a terra (Gn. 18:25; veja também Sl. 9:4, 8; 98:9; Is. 11:4;
etc.). Justiça, diz Cremer, uma autoridade léxica, é "aquele padrão divino
que se exibe em comportamento harmônico com Deus . . . o qual corresponde à norma
divina". Nosso Senhor mesmo disse: "O meu juízo é justo, porque não
busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou" (Jo. 5:30). A
descrição de Cristo aqui (Ap. 19:12,13), com olhos de chama de fogo e um
manto tinto de sangue, leva-nos de volta ao começo do livro (1:14;
2:18). A frase, tinto de sangue, foi extraída de Is. 63:3. (Comentário Bíblico de Moody – Apocalipse)
19.11 VI O CÉU
ABERTO. Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra,
como Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o
Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl
96.13), julgar as nações e aniquilar o mal (cf. Jo 5.30). É esse o evento que
os fiéis de todas as gerações aguardam. (Bíblia
de Estudos Pentecostal)
1.2. O
Perfil de Cristo como Rei
Agora Cristo recebe um grande título, o Verbo de Deus (Ap.
19:13). Como a Palavra de Deus, Ele fez os mundos. Foi pela rejeição da Palavra
que o pecado entrou no mundo. Pela Palavra de Deus, a salvação foi oferecida
aos homens. O pecado e a anarquia, impiedade e rebelião, são de uma forma ou de
outra o repúdio da Palavra de Deus. Essa Palavra, Eterna e Onipotente, desce
agora do céu para cumprir a profecia, para destruir os inimigos de Deus, para
revelar ao universo, de uma vez para sempre, a tolice de se resistir a Cristo e
a indiscutível preeminência do Rei dos Reis, e Senhor dos Senhores (v.
16). Somos agora introduzidos em uma cena terrena na qual os reis da terra
desempenham papel proeminente. Como é estranha e trágica esta situação que
descortinamos agora, na qual parece que os governantes do mundo inteiro se unem
em um terrível esforço de destruir o ungido de Deus. Como isto contraria os
sonhos da humanidade, as tolas declarações dos seus falsos profetas, e de sua
injustificada crença de que a sociedade humana está sempre progredindo nos
setores da paz, da bondade, da camaradagem e bem-estar social. Veremos o
cumprimento do Salmo 2. (Comentário
Bíblico de Moody – Apocalipse)
“... Rei dos reis, e Senhor dos senhores”. Apenas dois monarcas aqui na terra tiveram um titulo como
este: Nabucodonosor e Artaxerxes (Ed 7.12). Mas a profecia nos dá ali o
desconto imediato: “... és rei (“ de ”) reis” (Dn 2.37a). O título já havia
corrido uma vez com respeito a Cristo, sendo, porém, de forma invertida: “...
Senhor dos senhores e Rei dos reis” (17.14). O emblema expressivo tinha
caracteres tanto na sua “veste” como na sua “coxa”. Entre os gregos era
bastante natural um famoso guerreiro trazer sobre sua coxa o título a que tinha
direito. Segundo Heródoto a “estátua de Sesóstris tinha na largura do peito, de
ombro, uma inscrição com os caracteres sagrados do Egito, onde se lia: “Com
meus próprios ombros conquistei esta terra”. E segundo Cícero, havia “uma bela
estátua de Apolo, em cuja coxa estava o nome de Miro, em minúsculas letras de
prata”. Esta faixa do peito e coxa de Cristo interpretará sua vitória no vale
do Armagedom. (Apocalipse versículo por
versículo - Severino Pedro)
1.3. Os
exércitos de Cristo
19.14
EXÉRCITOS QUE HÁ NO CÉU. Estes exércitos celestiais que voltam com Cristo
incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas
confirmam esse fato. (Bíblia de Estudos
Pentecostal)
“... seguiam-no os exércitos no céu”. Podemos deduzir que, enquanto a Besta e seus exércitos,
preparam-se para a grande batalha (16.12-16), o Filho de Deus arregimenta seu
poderoso exército celestial. A cor da couraça daqueles é “vermelho fogoso, azul
fumegante e amarelo sufírico...”: representando homicídio, guerra e maldade. A
couraça dos soldados de Cristo é de cor “branca”: representando a justiça, a
bondade e a pureza. Estará rigorosamente uniformizado o grande número de seus
cavaleiros. Não virão para lutar. O tecido e a cor das vestes simbolizam apenas
pureza e não guerra. A grande batalha se ferirá na planície do Armagedom, que
se estende pelo meio da Terra Santa, do Mediterrâneo ao Jordão. As hostes
celestiais somente acompanharão Cristo, assim declara o argumento principal:
“... Eu sozinho pisei no lagar...” (Is 63.3a). Seja como for, toda e qualquer
batalha entre o mal e o bem, é sempre Jesus quem a fará por nós. “E graças a
Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo...” (2Co 2.14a). (Apocalipse versículo por versículo - Severino
Pedro)
Esses exércitos incluem todos os
remidos e santos ressurretos de todas as eras e todos os santos anjos do céu.
(v.14; Mt 24.29-31; 2Ts 2.7-10; Jd 14,15; Zc 14.5; Jl 2.1-11). (Bíblia de Estudos Dake)
2.
A VITÓRIA DE CRISTO SOBRE AS BESTAS E OS DEMAIS OPOSITORES
A vitória de Cristo sobre a Besta e sobre o
falso profeta será precedida de uma grande celebração da vitória. A expressão
‘aleluia’ que aparece quatro vezes (Ap 19.1-6), é um convite a toda a terra
para festejar dois eventos: a destruição da grande prostituta (Ap 19.2) e o surgimento
da esposa de Cordeiro (Ap 19.7). esta vitória compreende três aspectos:
1. A palavra “aleluia” (jalai jah) é
uma transliteração da expressão hebraica litúrgica: hallel~uyâh = “louvai vós
Yah”, forma abreviada de Yahweh: “Louvai ao Senhor”. A palavra “Aleluia” está
também associada com o nome pessoal de Deus, como pode bem ser contemplado no
Salmo 68.4, onde o nome de Deus é citado em conexão com o louvor. O vocábulo,
“Aleluia”, tem o sufixo “jah”, e significa “Louvai ao Senhor”. No Novo Testamento,
esta forma – Aleluia – aparece quatro vezes, e, todas, somente neste capítulo.
A forma “Louvor ao Senhor” é muito freqüente nos Salmos: (106, 112, 113, 117,
135, 148, e 150). Os rabinos ensinam que os salmos 113 e 118 (chamados também
de “O Louvor”), são parte da educação escolar primária de todo menino hebreu.
2. O
quinto versículo deste mesmo capítulo dá sua tradução grega: sim a palavra
“Aleluia” é, na realidade, a mais breve de todas as doxologias. (Apocalipse versículo por versículo -
Severino Pedro)
2.1. O
julgamento da Besta
“...os seus exércitos reunidos”. Este versículo leva-nos de volta à descrição da última
batalha. Ali está o grande exército do mal congregado em Armagedom para a
peleja! (16.16). Nesta passagem e naquelas que se seguem, vemos o grande
contraste entre aqueles que participarão das “bodas do Cordeiro” e aqueles que
serão alvo na grande “ceia de Deus”. As bodas serão de prazer, mas, a “grande
ceia de Deus” (v.17) será de destruição. Nesta ceia as aves comerão a carne dos
“reis” e seus aliados, ao passo que nas bodas do Cordeiro os santos festejarão
com Cristo como Rei dos reis. O Dr. J. Moffatt diz: “No mundo antigo, o pior
opróbrio possível contra os mortos era jazerem eles insepultos, presas dos
pássaros”. A mitologia grega explica que os mortos assim humilhados não podem,
em espírito, cruzar para a outra vida... e portanto serão lançados sem
misericórdia num lugar de isolamento. Aqui, porém, nesta secção, do Apocalipse
o Anticristo e seus sequazes sofrerão tudo e mais ainda em grau supremo. (Apocalipse versículo por versículo -
Severino Pedro)
17-21. Não posso deixar de crer que esta batalha se realizará
literalmente, e por isso exige atenção cuidadosa, ainda que rápida. A planície
de Megido, em outro lugar chamada de planície de Jezreel, ou Esdrelom, ficou
famosa na história de Israel, por suas derrotas e vitórias. Aqui se deu a
vitória de Baraque Sobre os cananeus, quando os próprios astros lutaram contra
Sísera (Jz. 4:5); a vitória de Gideão contra os midianitas (Jz. 7); e do mesmo
modo a derrota e morte do Rei Saul e seus três filhos sob as mãos dos filisteus
(I Sm. 4). Aqui aconteceu a grande tragédia da derrota e morte do Rei Josias
sob as mãos dos egípcios (II Reis 23:29, 30). Mais tarde na história, as
cruzadas foram aqui derrotadas, na batalha de Horns de Hattin, em 1187 A.D.
Aqui o General Allemby, em 1917, obteve a grande vitória sobre os turcos, pelo
que foi honrado mais tarde com o título de Lord Allemby de Megido. Esta grande
planície, com cerca de doze milhas de largura, situada no meio da Palestina,
vai das praias do Mediterrâneo até o Vale do Jordão. Nesta planície, diz uma
grande autoridade, tivemos "a primeira batalha da história na qual podemos
estudar, sob todos os ângulos, a disposição das tropas, e assim, ela forma o
ponto de partida para a história da ciência militar". Esta batalha se deu
em maio de 1479 A.C., entre as forças sírias e egípcias sob o comando de
Tutmoses III (veja Harold H. Nelson, The Battle of Megido, págs. 1, 63).
Sobre este campo de batalha, George Adam Smith escreveu certa vez:
"Que planície! Sobre ela, não só os maiores impérios, raças e religiões do
Oriente e do Ocidente, têm contendido uns contra os outros, mas cada qual tem
sido julgado – sobre ela, desde o princípio, com todo o seu esplendor de
batalha humana, os homens sentiram que lutavam contra o céu e, que as estrelas
lutavam em suas rotas – sobre ela o pânico desceu misteriosamente sobre os
exércitos mais bem equipados e mais capazes, mas os humildes obtiveram a
vitória na hora de sua fraqueza – sobre ela falsas religiões, como também os
falsos defensores da verdadeira fé, têm sido desmascarados e dispersos – sobre
ela, desde o tempo de Saul, a obstinação e a superstição, embora amparadas por
todas as qualidades humanas, foram reduzidas a nada, e desde o tempo de Josias
a mais pura piedade não tem sido substituída por zelo impetuoso e
equívoco" (Historical Geography of the Holy Land, pág. 409).
Profecias que provavelmente se referem a esta batalha futura são
encontradas desde 800 A.C. (Joel 3:9-15; veja também Jr. 51:27-36; Sf. 3:8; e
Ap. 14:14-20; 16:13-16; 17:14).
A batalha termina quase que imediatamente após ter começado. Dois
grandes inimigos de Deus são presos, a besta e o falso profeta (cuja obra foi
destacada no capítulo 13), e são lançados vivos dentro do lago do fogo que
arde com enxofre (v. 20). (Para um exame mais detalhado sobre este assunto
consulte: George Adam Smith, op. cit., págs. 379-410; William Miller, The Least of All Lands, 1888, págs. 152-212; e
artigos em várias enciclopédias; como também minha obra, World Crises in the
Light of Prophetic Scriptures, págs. 96-1 19).
A palavra Armagedom faz parte
hoje da língua inglesa, e está corretamente definida no Oxford English
Dictionary como "o lugar da última batalha decisiva". Swete,
escrevendo antes da Primeira Grande Guerra, disse acertadamente, "aqueles
que observam as tendências da civilização moderna não acharão impossível
imaginar que virá um tempo quando através de toda a Cristandade, o espírito do
Anticristo irá, com o apoio do Estado, tomar firme posição contra o
Cristianismo leal à pessoa e ensinamentos de Cristo". . (Comentário Bíblico de Moody – Apocalipse)
2.2. O
julgamento da feitiçaria e dos feiticeiros
“...a besta foi presa”.
Lemos agora aqui que “a Besta foi presa”, e o vocábulo para presa é diferente
de outros termos gregos. Significa lançar não de alguma coisa à força, aprender
(assim como o policial lançar mão de um criminoso de alta periculosidade,
forçando-o a entrar na cadeia). O Anticristo e seu falso profeta serão lançados
vivos no lago de fogo, ou seja, no juízo final, sem intervenção intermediária
da experiência do “hades”, o que mostra que o juízo deles será irreversível. O
fato de os dois serem lançados (“vivo”) no lago do fogo significa, para alguns
comentaristas, que não poderão ser (“homens ordinários”), e, sim, seres
demoníacos que se apresentarão como homens. Mas a verdade é que serão homens,
embora possuídos por Satanás. Finalmente a grande pedra (“cortada”) cairá no
vale de Armagedom, esmiuçando toda a força do mau! A Besta já está presa; seu
consorte também; seus soldados mortos! Enquanto que o Filho de Deus triunfante
(Dn 2.34 e ss). (Apocalipse versículo
por versículo - Severino Pedro)
2.3. O
julgamento preliminar dos exércitos humanos
“... e todas as aves se fartaram”. Esta passagem em foco é a consolidação do que foi predito
por Jesus nas passagens de Mateus 24.28 e Lucas 17.37 respectivamente. Nestas
duas passagens lemos o que segue: “Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão
as águas” (Mateus): “E, respondendo, disseram-lhe: Onde, Senhor? E ele lhes
disse: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão as águias” (Lucas). O termo
“cadáver” em Mateus e a locação “corpo” em Lucas, formam o expressivo plural;
para, segundo se diz, indicar os soldados (plural) mortos no vale do Armagedom.
Os súditos da Besta, naquele vale, serão devorados por aves famintas preparadas
para aquele grande dia.
1. As aves. Em realidade, nesse caso,
as “águias” são abutres, que os antigos aceitavam como uma raça de águia
especial (Jó 39.30; Os 8.1). Plínio enfatiza isso em sua História Natural.
Trata-se do abutre, que ultrapassa a águia em tamanho e poder. Sua natureza é
sempre versada num corpo tombado: pois “... onde há mortos, ela aí está” (Jó
39.30; Mt 24.28; Lc 17.37).
2.
Aristóteles observa em seus escritos que esse pássaro tem a capacidade de
farejar a sua vitima a grande distancia, e que, com freqüência, acompanhavam os
exércitos. Lemos também que durante a guerra russa, grande número dessas aves
se ajuntou na península da Criméia, e ali estacionou até o fim da campanha, nas
cercanias do campo, embora antes, dificilmente fossem vistas naquela parte do
País. Também lemos que esses pássaros seguidores dos exércitos mortais,
seguiram a Napoleão Bonaparte nos campos gelados da Rússia. A palavra
“cadáver”, nesta colocação, deriva-se do verbo grego que no original significa
(“cair”), e fala de um corpo caído. Já o nosso termo português “cadáver” vem do
vocábulo latino “caído”, cair. Tudo isso aponta para a grande carnificina no
vale do Armagedom. (Apocalipse versículo
por versículo - Severino Pedro)
3.
O MILÊNIO E O FIM DO DRAGÃO E DOS SEUS SEGUIDORES
O capitulo 20 de Apocalipse serve de base para
muitas especulações sobre o futuro da humanidade. De fato, nele se fala da
prisão de Satanás por mil anos, do Reino de Cristo que durará um milênio; de
Satanás solto ao final de dez séculos e reunindo as nações contra o acampamento
dos santos; e da cidade. Tudo isso, inflama a imaginação. Portanto, os três
pontos serão estudados neste tópico.
3.1. A
prisão do dragão
“...um anjo, que tinha a chave do abismo”. O Arcanjo Miguel deve está em foco nesta passagem. Ele é o
anjo guerreiro, citado sempre em conexão com a guerra (Dn 10.21; 12.1; Jd v.9;
Ap 12.9). Mas dessa vez sua tarefa é infinitamente maior. Ele deve amarrar ao
próprio Satanás. Naturalmente não poderia fazer isso, exceto pela autoridade e
poder de Deus. De acordo com Ap 1.18, é Cristo o possuidor das chaves: da morte
e hades, a dimensão dos mortos. Portanto, nesta passagem, o uso dessas chaves é
concedido ao elevado poder angelical por delegação divina.
1. O
Abismo. Essa expressão é equivalente a “Hades”, “Sheol” e outros termos que são
traduzidos dentro do mesmo conceito. São palavras usadas tanto pelos escritores
do Antigo como do Novo Testamentos. E agora, o “abismo” servirá de prisão
durante mil anos para Satanás. “Hades” em sentido lato, quer dizer “escondido”.
A Bíblia também o descreve como sendo um “lugar” (At 1.25). Ele é realmente uma
prisão contendo portas e ferrolhos (Jó 17.16; Mt 16.18), e ainda chaves que
presentemente estão nas mãos de nosso Senhor Jesus Cristo. “O abismo ou abysus
(grego) ou poço do abismo, ou tártaro no grego é a “escuridão” onde está
localizada a prisão dos espíritos maus. Jd v.6”. (Ver notas expositivas sobre
isso, em Ap 9.2). (Apocalipse versículo
por versículo - Severino Pedro)
v. 2 "Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o
Diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos." Satanás, ausente da terra durante o Milênio, será uma maneira
de Deus fazer o mundo saber que o pecado é mais do que uma influência, mais do
que um produto diabólico. Isso vai provar ao homem que ele pecará, mesmo com o Diabo ausente, e mais ainda, sob
o governo e influência do Príncipe da Paz, ainda que de modo restrito. Pessoas
há que culpam Satanás por toda a sua má situação e seus problemas pessoais, ou
então culpam Deus por permitir Satanás existir. Satanás, preso durante o
Milênio, é uma das maneiras de Deus responder as perguntas que muitos fazem
hoje: - Por que Deus não destrói o Diabo? Primeiro Deus seria acusado de
prepotente. Segundo, o homem precisa primeiramente é de uma mudança de coração,
isto é, de regeneração espiritual. (Daniel
e Apocalipse – O panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
v. 3 "... Depois
disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo". Isto é dito de
Satanás concernente ao Milênio. Por que é necessário? É que durante o Milênio
nascerão multidões que não crerão para a salvação e nos seus corações
permanecerão inimigos de Deus. Uma vez induzidos pelo Diabo, eles prontamente
revelarão o estado de seus corações. Eles se dobrarão ao governo de Cristo no
Milênio por causa da vara de ferro (2.27; 12.5; 19.15) mas a um chamado do
Diabo, prontamente atenderão, provando assim que sua obediência a Cristo era
fingida. Obedeciam e viviam direito porque eram obrigados a isso; mas eram
fingidos.
Mas
Satanás também será solto por um pouco, para que fique provado que ele é
incorrigível. Após mil anos de inatividade e ele em nada mudou.
Imediatamente promove uma revolta contra Deus, de grandes proporções. É bom que
pensem nisso aqueles que aqui gostam de revolta, de divisão e de provocar os
ânimos. Estão fazendo o papel de Satanás. . (Daniel e Apocalipse – O panorama do Futuro – Antonio Gilberto)
20.2 PRENDEU O DRAGÃO... E AMARROU-O POR MIL ANOS. Depois da volta de Cristo e dos eventos do capítulo 19,
Satanás será preso e amarrado por mil anos para que não mais engane as nações.
Isso implica numa cessação total da sua influência durante mil anos. Depois dos
mil anos, ele será solto por pouco tempo para enganar aqueles que se rebelarem
contra o domínio de Deus (vv. 3,7-9). A obra mais comum de Satanás é enganar
(ver Gn 3.13; Mt 24.24; 2 Ts 2.9,10). (Bíblia
de Estudos Pentecostal)
3.2. O
Reino de Cristo
20.4
REINARAM COM CRISTO DURANTE MIL ANOS. Este reino de Cristo por mil anos é,
às vezes, chamado "o milênio", termo de origem latina que significa
"mil anos". As características deste reino são as seguintes: (1) Foi
predito no AT (Is 9.6; 65.19-25; Dn 7.13,14; Mq 4.1-8; Zc 14.1-9; cf. Ap
2.25-28). (2) Satanás estará preso (ver vv. 2,3 notas). (3) Do reino milenial
de Cristo participarão os salvos da igreja (2.26,27; 3.21; 5.10; 20.4), e,
possivelmente, os santos ressurretos do AT (ver Ez 37.11-14; Ef 2.14-22; Hb
11.39,40), e os santos mártires da tribulação (ver a nota precedente). (4) O
povo do milênio a ser governado por Cristo consistirá dos que permanecerem
fiéis a Ele durante a tribulação e até a sua vinda; e dos que nascerem durante
o milênio (14.12; 18.4; Is 65.20-23; ver Mt 25.1 nota). (5) Nenhum inconverso
entrará nesse reino (ver 19.21 nota). (6) Aqueles que reinarem com Cristo terão
autoridade sobre todas as nações, e servirão e governarão Israel e as demais
nações (v. 6; 3.21; 5.10; 20.6; Mt 19.28; ver Sf 3.9-20 nota). (7) Haverá paz,
segurança, prosperidade e justiça em toda a terra (Is 2.2-4; Mq 4.4; Zc 9.10;
ver Zc 2.5 nota; 9.8 nota). (8) A natureza será restaurada à sua condição
original, de ordem, perfeição e beleza (Sl 96.11-13; 98.7-9; Is 14.7,8;
35.1,2,6,7; 51.3; 55.12,13; 65.25; Ez 34.25; Rm 8.18-23; ver Is 65.17-25 nota;
Ez 36.8-15 nota; Zc 14.8 nota). (9) Todos que optarem pela senda da impiedade,
da rebelião e da desobediência serão castigados (vv. 7-10). (10) No fim dos mil
anos, o reino será entregue ao Pai, por Jesus (1 Co 15.24); então começará o
reino final, eterno e perfeito de Deus e do Cordeiro (21.1-22.5). (Bíblia de Estudos Pentecostal)
3.3. Os últimos movimentos do dragão
“... Satanás será solto”.
Com a soltura deste terrível ser, a geração da nova, como foi provado Adão, no
jardim do Éden (Gn capítulo 3). Não seria mais necessário o homem agora aderir
a Satanás a despeito de tudo que Cristo já realizou por sua pessoa, porém,
aqui, fica demonstrada a natureza humana. “A humanidade já foi provada sob
todas as condições possíveis, e falhou em cada prova. Falhou debaixo da lei, e
ainda mais debaixo da graça, e agora, “na dispensação da plenitude dos tempos”
(o Milênio), quando o Senhor é conhecido em tudo o mundo e reina a justiça em
toda a terra, torna a falhar, não correspondendo à graça de Deus, a ele
oferecida...”. Esta dispensação, que pela ordem cronológica é a sétima e a
última. Não será um tempo de graça, mais de justiça divina para todos; será o
tempo em que “...os reinos do mundo” serão só de nosso Senhor e do seu Cristo
(11.15). Cumprir-se-á finalmente Daniel 7.13-14, suas palavras são aplicáveis a
esse tempo do fim.
“... Gogue e Magogue”.
Ezequiel 38-39 fala de Gogue, Magogue, Mezeque e Tubal. Geograficamente falando,
“São regiões ocupadas pelos antigos citas e tártaros, correspondendo aos
modernos russos. Josefo diz que Magogue são os citas ou tártaros,
correspondendo aos modernos russos. Josefo diz que Magogue são os tártaros que
são os russos”. Mezeque converteu-se em Moskva (Moscou), como diz em russo, e
Tubal é o moderno nome de Tobolsk. Profeticamente falando, essa nação do norte
é inimiga de Israel. Em nossos dias, como é sabida, essa nação vem orando a
Deus, para que o mesmo impeça uma invasão de Gogue à Terra Santa.
1. “No
dia 28 de novembro (1983), 25 judeus ortodoxos foram a Hebrom, para interceder
diante de Deus junto ao túmulo de Abraão para que “a chegada de Gogue e Magogue
ainda seja adiada”, pois alguns deles tiveram um sonho: “Gogue e Magogue estariam
prestes a vir”. Já o rabino-chefe, diante do Muro das Lamentações considerou
que “verdadeiros cabalistas não deveriam orar pelo adiamento da vinda de Gogue
e Magogue, mas pelo seu rápido aparecimento, pois, assim, seria apressada a
vinda do Messias”. Porém, é evidente que a investida de Gogue e Magogue na
passagem em foco, não se refere àquela mencionada em Ez capítulo 38-39. Uma
está distante da outra, pelo menos, 1000 anos. Os nomes “Gogue e Magogue” em
Ezequiel se referem aos poderes do norte, chefiados pela Rússia; após o
Milênio, porém, os nomes “Gogue e Magogue” são empregados metaforicamente para
representar (“as nações que estão sobre os quatro cantos da terra”).
“... desceu fogo do céu, e os devorou”. O comandante do norte na sua invasão a Terra Santa, não
chegou a cercar “... o arraial dos santos” (ISRAEL) nem “... a cidade amada”
(JERUSALÉM), mas foi derrotado por Deus nas montanhas da Judéia; e, ainda por
um ato de misericórdia divina teve um (“lugar de sepultura”) ao oriente do mar
Morto (Ez 39.11). Nesta secção, porém, Gogue e Magogue aqui, representados,
serão tragados por fogo que “desceu do céu”, e os devorou. “No sentido mais
profundo, o Apocalipse é um livro de divindade. É um livro acercar de Deus; é
um livro sobre os atos de Deus. Por igual modo, a derrota das forças do mal é
um ato divino. Os habitantes da cidade amada descobrirão que Deus terá feito a
causa dele e a causa deles. Eles terão armas suficientes poderosas para aquela
batalha final. Mas Deus proverá seu fogo destruidor dos céus”.
“... o diabo, que os enganava”. Aqueda de Satanás nesta secção aludi, profeticamente, à
queda de todos os poderes do mal, conforme se depreende na secção seguinte. Ele
tinha já passado mil anos no abismo, mais isso foi uma ação intermediária. Agora,
entretanto, ele sofrerá sua derrota final e irá para seu destino. Finalmente a
cabeça da serpente é ferida para sempre (Gn 3.15). A vitória conseguida sobre o
diabo no calvário agora recebe operação completa. Sua queda será gradual. Ele
será expulso dos ares para a terra e o mar no período da Grande Tribulação
(12.9 e ss). Será aprisionado por mil anos (20.2 e ss). E então, no texto em
foco, derrotado completamente pela ação poderosa e imediata de Deus, mesclada
de ira. Este capítulo do Apocalipse é a consolidação, no que diz respeito a
toda e qualquer revolta ou rebelião do ser humano ou de hostes espirituais do
mal. O bem triunfará, e o Cordeiro de Deus, tirará definitivamente “... o
pecado do mundo” (Jo 1.29), e só existirá no Universo a semente do bem. (Apocalipse versículo por versículo -
Severino Pedro)
CONCLUSÃO
O lago de fogo é um lugar de eterno sofrimento.
Para lá irão todos cujos nomes não constarem do Livro da Vida, por terem
rejeitado a Cristo e sua eterna salvação (Mt 25.41). Portanto, mesmo com risco
de sermos ridicularizados, temos que mostrar aos incrédulos.
Bíblia de Estudo Dake – Atos
Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva – CPAD
Daniel e o Apocalipse – o Panoramana do Futuro – Antonio Gilberto –
CPAD
Revista: APOCALIPSE –
Editora Betel - 2º Trimestre 2012 – Lição 11.
a paz do Senhor meus amados irmãos,voces muito tem me ajudado.que Deus abençoe a todos.
ResponderExcluirobrigado, tem sido um grande prazer, postar os comentarios da EBD aqui neste blog, tenho aprendido muito com o Espirito de Deus e creio que assim como tenho te ajudado, tambem estou ajudando a muitos.
ResponderExcluirfiquem com Deus.