LIÇÃO 11 - O Filho reina para entregar o reino ao Pai



10 de Junho de 2012


Texto Áureo

“E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor, Deus Todo-poderoso reina”. Ap 19.6

Verdade Aplicada

A plena justiça de Deus será satisfeita de modo justo e justificável.

Objetivos da Lição

Mostrar que Deus jamais deixará de justificar aqueles que recebem a justiça de Cristo;
Tornar relevante a submissão a Cristo como requisito para entrar no reino de Deus; e
Reforçar que a justiça de Deus é sempre aplicada no tem­po, na medida e no modo certo.

GLOSSÁRIO
Flamejante: ostentoso, vistoso, flamante.
Encantamento: [figurado] maravilhar, seduzir, elevar; e
Iniquidade: ato malvado, crime, pecado, perversidade.

Textos de Referência

Ap 19.11    E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
Ap 19.12    E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito que ninguém sabia, senão Ele mesmo.
Ap 19.13    E estava vestido de uma veste salpicada de sangue, e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus.
Ap 19.14    E seguiam-no os exércitos que há no céu em cavalos brancos e vestidos de linho fino, branco e puro.
Ap 19.16    E na veste e na Sua coxa escrito este nome: Rei dos reis e senhor dos se­nhores.

LEITURAS COMPLEMENTARES
  • Segunda feira: Ap 19.17-21
  • Terça feira: Ap 20.1-3
  • Quarta feira: Ap 20.4-6
  • Quinta feira: AP 20.7-10
  • Sexta feira: Ap 20.11-15
  • Sábado: Mc. 9.42-48

INTRODUÇÃO
Cristo derrubará todo governo e autoridade e depois virá o fim da presente era, quando ele entregar o reino a Deus, o Pai (1Co 15.24-26). Os eventos proféticos narrados em Apocalipse 19.11-21 a 20.1-15 enumeram esses governos e autoridades humanas e os inimigos de Cristo. Relatam também como será o fim deles. Falam ainda, da inauguração do Milênio, quando inicia o processo de restauração da terra redimida e purificada, durante o qual Cristo reinará e vencerá, e julgará todos os demais inimigos, inclusive a morte. Confira:

1. O CAVALEIRO DO CAVALO BRANCO E O SEU SEQUITO
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça. E os seus olhos são como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas..” (Ap 19.11,12). Essa descrição não deixa dúvida de que Cristo é o cavaleiro.

1.1. O perfil de Cristo como guerreiro e juiz
“...Eis um cavalo branco”. Já tivemos ocasião de falar acerca deste símbolo, em Apocalipse
6.2. Ali, provavelmente o Anticristo imita a Cristo. O cavalo branco é o animal militar dos elevados oficiais. Na simbologia profética, dependendo do texto ou do contexto, é símbolo de pureza e vitória. O cavaleiro deste “cavalo branco” não deve ser confundido com o mesmo de Apoc 6.2, o cavaleiro do primeiro selo. O tempo presente dos verbos mostra o caráter de permanência do Messias em tudo o que ele faz. A grande profecia sobre o rei davídico o descreve como alguém que “...julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra...” (Is 11.4). A volta de Cristo nesta secção, vencendo os inimigos, não será um ato de vingança própria ou de manifestação arbitrária; será um ato de justiça, refletindo a fidelidade de Deus. Num ação retrospectiva do significado do pensamento, isso nos faz lembrar sua entrada triunfal em Jerusalém montado em jumentinho (Lc 19.35 e ss), quando anunciou a cidade “o dia da salvação”. Aqui, porém, o aludido guerreiro traz no coração “o dia da vingança” (Is 63.4), e vem montado num “cavalo branco”. As Escrituras são infalíveis! “O cavalo prepara-se para o dia da batalha” (Pv 21.31). (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)

11-16. Este parágrafo sempre me pareceu esmagadoramente glorioso demais para uma exposição. Vê-se agora Cristo cavalgando um cavalo branco, descendo dos céus para "julgar e pelejar". Aqui Ele recebe o título de Fiel e Verdadeiro, o qual Lhe foi conferido no começo deste livro (1:5; 3:7,14). A frase, com justiça, é importante. Juízo, em toda a Bíblia, está sempre identificado com justiça. Esta foi exatamente a frase usada pelo Apóstolo Paulo em Atos 17:31. Na verdade, esta é a palavra usada na primeira referência a Deus como o juiz de toda a terra (Gn. 18:25; veja também Sl. 9:4, 8; 98:9; Is. 11:4; etc.). Justiça, diz Cremer, uma autoridade léxica, é "aquele padrão divino que se exibe em comportamento harmônico com Deus . . . o qual corresponde à norma divina". Nosso Senhor mesmo disse: "O meu juízo é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou" (Jo. 5:30). A descrição de Cristo aqui (Ap. 19:12,13), com olhos de chama de fogo e um manto tinto de sangue, leva-nos de volta ao começo do livro (1:14; 2:18). A frase, tinto de sangue, foi extraída de Is. 63:3. (Comentário Bíblico de Moody – Apocalipse)

19.11 VI O CÉU ABERTO. Este versículo narra o começo da segunda vinda de Cristo à terra, como Rei dos reis e Senhor dos senhores (v. 16). Ele vem do céu como o Messias-Vencedor (cf. 2 Ts 1.7,8) para estabelecer a verdade e a justiça (Sl 96.13), julgar as nações e aniquilar o mal (cf. Jo 5.30). É esse o evento que os fiéis de todas as gerações aguardam. (Bíblia de Estudos Pentecostal)

1.2. O Perfil de Cristo como Rei
Agora Cristo recebe um grande título, o Verbo de Deus (Ap. 19:13). Como a Palavra de Deus, Ele fez os mundos. Foi pela rejeição da Palavra que o pecado entrou no mundo. Pela Palavra de Deus, a salvação foi oferecida aos homens. O pecado e a anarquia, impiedade e rebelião, são de uma forma ou de outra o repúdio da Palavra de Deus. Essa Palavra, Eterna e Onipotente, desce agora do céu para cumprir a profecia, para destruir os inimigos de Deus, para revelar ao universo, de uma vez para sempre, a tolice de se resistir a Cristo e a indiscutível preeminência do Rei dos Reis, e Senhor dos Senhores (v. 16). Somos agora introduzidos em uma cena terrena na qual os reis da terra desempenham papel proeminente. Como é estranha e trágica esta situação que descortinamos agora, na qual parece que os governantes do mundo inteiro se unem em um terrível esforço de destruir o ungido de Deus. Como isto contraria os sonhos da humanidade, as tolas declarações dos seus falsos profetas, e de sua injustificada crença de que a sociedade humana está sempre progredindo nos setores da paz, da bondade, da camaradagem e bem-estar social. Veremos o cumprimento do Salmo 2. (Comentário Bíblico de Moody – Apocalipse)

“... Rei dos reis, e Senhor dos senhores”. Apenas dois monarcas aqui na terra tiveram um titulo como este: Nabucodonosor e Artaxerxes (Ed 7.12). Mas a profecia nos dá ali o desconto imediato: “... és rei (“ de ”) reis” (Dn 2.37a). O título já havia corrido uma vez com respeito a Cristo, sendo, porém, de forma invertida: “... Senhor dos senhores e Rei dos reis” (17.14). O emblema expressivo tinha caracteres tanto na sua “veste” como na sua “coxa”. Entre os gregos era bastante natural um famoso guerreiro trazer sobre sua coxa o título a que tinha direito. Segundo Heródoto a “estátua de Sesóstris tinha na largura do peito, de ombro, uma inscrição com os caracteres sagrados do Egito, onde se lia: “Com meus próprios ombros conquistei esta terra”. E segundo Cícero, havia “uma bela estátua de Apolo, em cuja coxa estava o nome de Miro, em minúsculas letras de prata”. Esta faixa do peito e coxa de Cristo interpretará sua vitória no vale do Armagedom. (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)

1.3. Os exércitos de Cristo
19.14 EXÉRCITOS QUE HÁ NO CÉU. Estes exércitos celestiais que voltam com Cristo incluem todos os santos que já estão no céu (cf. 17.14). Suas vestes brancas confirmam esse fato. (Bíblia de Estudos Pentecostal)

“... seguiam-no os exércitos no céu”. Podemos deduzir que, enquanto a Besta e seus exércitos, preparam-se para a grande batalha (16.12-16), o Filho de Deus arregimenta seu poderoso exército celestial. A cor da couraça daqueles é “vermelho fogoso, azul fumegante e amarelo sufírico...”: representando homicídio, guerra e maldade. A couraça dos soldados de Cristo é de cor “branca”: representando a justiça, a bondade e a pureza. Estará rigorosamente uniformizado o grande número de seus cavaleiros. Não virão para lutar. O tecido e a cor das vestes simbolizam apenas pureza e não guerra. A grande batalha se ferirá na planície do Armagedom, que se estende pelo meio da Terra Santa, do Mediterrâneo ao Jordão. As hostes celestiais somente acompanharão Cristo, assim declara o argumento principal: “... Eu sozinho pisei no lagar...” (Is 63.3a). Seja como for, toda e qualquer batalha entre o mal e o bem, é sempre Jesus quem a fará por nós. “E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo...” (2Co 2.14a). (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)

Esses exércitos incluem todos os remidos e santos ressurretos de todas as eras e todos os santos anjos do céu. (v.14; Mt 24.29-31; 2Ts 2.7-10; Jd 14,15; Zc 14.5; Jl 2.1-11). (Bíblia de Estudos Dake)

2. A VITÓRIA DE CRISTO SOBRE AS BESTAS E OS DEMAIS OPOSITORES
A vitória de Cristo sobre a Besta e sobre o falso profeta será precedida de uma grande celebração da vitória. A expressão ‘aleluia’ que aparece quatro vezes (Ap 19.1-6), é um convite a toda a terra para festejar dois eventos: a destruição da grande prostituta (Ap 19.2) e o surgimento da esposa de Cordeiro (Ap 19.7). esta vitória compreende três aspectos:
1. A palavra “aleluia” (jalai jah) é uma transliteração da expressão hebraica litúrgica: hallel~uyâh = “louvai vós Yah”, forma abreviada de Yahweh: “Louvai ao Senhor”. A palavra “Aleluia” está também associada com o nome pessoal de Deus, como pode bem ser contemplado no Salmo 68.4, onde o nome de Deus é citado em conexão com o louvor. O vocábulo, “Aleluia”, tem o sufixo “jah”, e significa “Louvai ao Senhor”. No Novo Testamento, esta forma – Aleluia – aparece quatro vezes, e, todas, somente neste capítulo. A forma “Louvor ao Senhor” é muito freqüente nos Salmos: (106, 112, 113, 117, 135, 148, e 150). Os rabinos ensinam que os salmos 113 e 118 (chamados também de “O Louvor”), são parte da educação escolar primária de todo menino hebreu.
2. O quinto versículo deste mesmo capítulo dá sua tradução grega: sim a palavra “Aleluia” é, na realidade, a mais breve de todas as doxologias. (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)

2.1. O julgamento da Besta
“...os seus exércitos reunidos”. Este versículo leva-nos de volta à descrição da última batalha. Ali está o grande exército do mal congregado em Armagedom para a peleja! (16.16). Nesta passagem e naquelas que se seguem, vemos o grande contraste entre aqueles que participarão das “bodas do Cordeiro” e aqueles que serão alvo na grande “ceia de Deus”. As bodas serão de prazer, mas, a “grande ceia de Deus” (v.17) será de destruição. Nesta ceia as aves comerão a carne dos “reis” e seus aliados, ao passo que nas bodas do Cordeiro os santos festejarão com Cristo como Rei dos reis. O Dr. J. Moffatt diz: “No mundo antigo, o pior opróbrio possível contra os mortos era jazerem eles insepultos, presas dos pássaros”. A mitologia grega explica que os mortos assim humilhados não podem, em espírito, cruzar para a outra vida... e portanto serão lançados sem misericórdia num lugar de isolamento. Aqui, porém, nesta secção, do Apocalipse o Anticristo e seus sequazes sofrerão tudo e mais ainda em grau supremo. (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)

17-21. Não posso deixar de crer que esta batalha se realizará literalmente, e por isso exige atenção cuidadosa, ainda que rápida. A planície de Megido, em outro lugar chamada de planície de Jezreel, ou Esdrelom, ficou famosa na história de Israel, por suas derrotas e vitórias. Aqui se deu a vitória de Baraque Sobre os cananeus, quando os próprios astros lutaram contra Sísera (Jz. 4:5); a vitória de Gideão contra os midianitas (Jz. 7); e do mesmo modo a derrota e morte do Rei Saul e seus três filhos sob as mãos dos filisteus (I Sm. 4). Aqui aconteceu a grande tragédia da derrota e morte do Rei Josias sob as mãos dos egípcios (II Reis 23:29, 30). Mais tarde na história, as cruzadas foram aqui derrotadas, na batalha de Horns de Hattin, em 1187 A.D. Aqui o General Allemby, em 1917, obteve a grande vitória sobre os turcos, pelo que foi honrado mais tarde com o título de Lord Allemby de Megido. Esta grande planície, com cerca de doze milhas de largura, situada no meio da Palestina, vai das praias do Mediterrâneo até o Vale do Jordão. Nesta planície, diz uma grande autoridade, tivemos "a primeira batalha da história na qual podemos estudar, sob todos os ângulos, a disposição das tropas, e assim, ela forma o ponto de partida para a história da ciência militar". Esta batalha se deu em maio de 1479 A.C., entre as forças sírias e egípcias sob o comando de Tutmoses III (veja Harold H. Nelson, The Battle of Megido, págs. 1, 63).
Sobre este campo de batalha, George Adam Smith escreveu certa vez: "Que planície! Sobre ela, não só os maiores impérios, raças e religiões do Oriente e do Ocidente, têm contendido uns contra os outros, mas cada qual tem sido julgado – sobre ela, desde o princípio, com todo o seu esplendor de batalha humana, os homens sentiram que lutavam contra o céu e, que as estrelas lutavam em suas rotas – sobre ela o pânico desceu misteriosamente sobre os exércitos mais bem equipados e mais capazes, mas os humildes obtiveram a vitória na hora de sua fraqueza – sobre ela falsas religiões, como também os falsos defensores da verdadeira fé, têm sido desmascarados e dispersos – sobre ela, desde o tempo de Saul, a obstinação e a superstição, embora amparadas por todas as qualidades humanas, foram reduzidas a nada, e desde o tempo de Josias a mais pura piedade não tem sido substituída por zelo impetuoso e equívoco" (Historical Geography of the Holy Land, pág. 409).
Profecias que provavelmente se referem a esta batalha futura são encontradas desde 800 A.C. (Joel 3:9-15; veja também Jr. 51:27-36; Sf. 3:8; e Ap. 14:14-20; 16:13-16; 17:14).
A batalha termina quase que imediatamente após ter começado. Dois grandes inimigos de Deus são presos, a besta e o falso profeta (cuja obra foi destacada no capítulo 13), e são lançados vivos dentro do lago do fogo que arde com enxofre (v. 20). (Para um exame mais detalhado sobre este assunto consulte: George Adam Smith, op. cit., págs. 379-410; William Miller, The Least of All Lands, 1888, págs. 152-212; e artigos em várias enciclopédias; como também minha obra, World Crises in the Light of Prophetic Scriptures, págs. 96-1 19).
A palavra Armagedom faz parte hoje da língua inglesa, e está corretamente definida no Oxford English Dictionary como "o lugar da última batalha decisiva". Swete, escrevendo antes da Primeira Grande Guerra, disse acertadamente, "aqueles que observam as tendências da civilização moderna não acharão impossível imaginar que virá um tempo quando através de toda a Cristandade, o espírito do Anticristo irá, com o apoio do Estado, tomar firme posição contra o Cristianismo leal à pessoa e ensinamentos de Cristo". . (Comentário Bíblico de Moody – Apocalipse)

2.2. O julgamento da feitiçaria e dos feiticeiros
“...a besta foi presa”. Lemos agora aqui que “a Besta foi presa”, e o vocábulo para presa é diferente de outros termos gregos. Significa lançar não de alguma coisa à força, aprender (assim como o policial lançar mão de um criminoso de alta periculosidade, forçando-o a entrar na cadeia). O Anticristo e seu falso profeta serão lançados vivos no lago de fogo, ou seja, no juízo final, sem intervenção intermediária da experiência do “hades”, o que mostra que o juízo deles será irreversível. O fato de os dois serem lançados (“vivo”) no lago do fogo significa, para alguns comentaristas, que não poderão ser (“homens ordinários”), e, sim, seres demoníacos que se apresentarão como homens. Mas a verdade é que serão homens, embora possuídos por Satanás. Finalmente a grande pedra (“cortada”) cairá no vale de Armagedom, esmiuçando toda a força do mau! A Besta já está presa; seu consorte também; seus soldados mortos! Enquanto que o Filho de Deus triunfante (Dn 2.34 e ss). (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)


2.3. O julgamento preliminar dos exércitos humanos
“... e todas as aves se fartaram”. Esta passagem em foco é a consolidação do que foi predito por Jesus nas passagens de Mateus 24.28 e Lucas 17.37 respectivamente. Nestas duas passagens lemos o que segue: “Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águas” (Mateus): “E, respondendo, disseram-lhe: Onde, Senhor? E ele lhes disse: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão as águias” (Lucas). O termo “cadáver” em Mateus e a locação “corpo” em Lucas, formam o expressivo plural; para, segundo se diz, indicar os soldados (plural) mortos no vale do Armagedom. Os súditos da Besta, naquele vale, serão devorados por aves famintas preparadas para aquele grande dia.

1. As aves. Em realidade, nesse caso, as “águias” são abutres, que os antigos aceitavam como uma raça de águia especial (Jó 39.30; Os 8.1). Plínio enfatiza isso em sua História Natural. Trata-se do abutre, que ultrapassa a águia em tamanho e poder. Sua natureza é sempre versada num corpo tombado: pois “... onde há mortos, ela aí está” (Jó 39.30; Mt 24.28; Lc 17.37).
2. Aristóteles observa em seus escritos que esse pássaro tem a capacidade de farejar a sua vitima a grande distancia, e que, com freqüência, acompanhavam os exércitos. Lemos também que durante a guerra russa, grande número dessas aves se ajuntou na península da Criméia, e ali estacionou até o fim da campanha, nas cercanias do campo, embora antes, dificilmente fossem vistas naquela parte do País. Também lemos que esses pássaros seguidores dos exércitos mortais, seguiram a Napoleão Bonaparte nos campos gelados da Rússia. A palavra “cadáver”, nesta colocação, deriva-se do verbo grego que no original significa (“cair”), e fala de um corpo caído. Já o nosso termo português “cadáver” vem do vocábulo latino “caído”, cair. Tudo isso aponta para a grande carnificina no vale do Armagedom. (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)

3. O MILÊNIO E O FIM DO DRAGÃO E DOS SEUS SEGUIDORES
O capitulo 20 de Apocalipse serve de base para muitas especulações sobre o futuro da humanidade. De fato, nele se fala da prisão de Satanás por mil anos, do Reino de Cristo que durará um milênio; de Satanás solto ao final de dez séculos e reunindo as nações contra o acampamento dos santos; e da cidade. Tudo isso, inflama a imaginação. Portanto, os três pontos serão estudados neste tópico.

3.1. A prisão do dragão
“...um anjo, que tinha a chave do abismo”. O Arcanjo Miguel deve está em foco nesta passagem. Ele é o anjo guerreiro, citado sempre em conexão com a guerra (Dn 10.21; 12.1; Jd v.9; Ap 12.9). Mas dessa vez sua tarefa é infinitamente maior. Ele deve amarrar ao próprio Satanás. Naturalmente não poderia fazer isso, exceto pela autoridade e poder de Deus. De acordo com Ap 1.18, é Cristo o possuidor das chaves: da morte e hades, a dimensão dos mortos. Portanto, nesta passagem, o uso dessas chaves é concedido ao elevado poder angelical por delegação divina.
1. O Abismo. Essa expressão é equivalente a “Hades”, “Sheol” e outros termos que são traduzidos dentro do mesmo conceito. São palavras usadas tanto pelos escritores do Antigo como do Novo Testamentos. E agora, o “abismo” servirá de prisão durante mil anos para Satanás. “Hades” em sentido lato, quer dizer “escondido”. A Bíblia também o descreve como sendo um “lugar” (At 1.25). Ele é realmente uma prisão contendo portas e ferrolhos (Jó 17.16; Mt 16.18), e ainda chaves que presentemente estão nas mãos de nosso Senhor Jesus Cristo. “O abismo ou abysus (grego) ou poço do abismo, ou tártaro no grego é a “escuridão” onde está localizada a prisão dos espíritos maus. Jd v.6”. (Ver notas expositivas sobre isso, em Ap 9.2). (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)

v. 2 "Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos." Satanás, ausente da terra durante o Milênio, será uma maneira de Deus fazer o mundo saber que o pecado é mais do que uma influência, mais do que um produto diabólico. Isso vai provar ao homem que ele pecará,  mesmo com o Diabo ausente, e mais ainda, sob o governo e influência do Príncipe da Paz, ainda que de modo restrito. Pessoas há que culpam Satanás por toda a sua má situação e seus problemas pessoais, ou então culpam Deus por permitir Satanás existir. Satanás, preso durante o Milênio, é uma das maneiras de Deus responder as perguntas que muitos fazem hoje: - Por que Deus não destrói o Diabo? Primeiro Deus seria acusado de prepotente. Segundo, o homem precisa primeiramente é de uma mudança de coração, isto é, de regeneração espiritual. (Daniel e Apocalipse – O panorama do Futuro – Antonio Gilberto)

v. 3 "...  Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo".  Isto é dito de Satanás concernente ao Milênio. Por que é necessário? É que durante o Milênio nascerão multidões que não crerão para a salvação e nos seus corações permanecerão inimigos de Deus. Uma vez induzidos pelo Diabo, eles prontamente revelarão o estado de seus corações. Eles se dobrarão ao governo de Cristo no Milênio por causa da vara de ferro (2.27; 12.5; 19.15) mas a um chamado do Diabo, prontamente atenderão, provando assim que sua obediência a Cristo era fingida. Obedeciam e viviam direito porque eram obrigados a isso; mas eram fingidos.
Mas Satanás também será solto por um pouco, para que fique provado que ele é incorrigível.  Após mil  anos de inatividade e ele em nada mudou. Imediatamente promove uma revolta contra Deus, de grandes proporções. É bom que pensem nisso aqueles que aqui gostam de revolta, de divisão e de provocar os ânimos. Estão fazendo o papel de Satanás. . (Daniel e Apocalipse – O panorama do Futuro – Antonio Gilberto)

20.2 PRENDEU O DRAGÃO... E AMARROU-O POR MIL ANOS. Depois da volta de Cristo e dos eventos do capítulo 19, Satanás será preso e amarrado por mil anos para que não mais engane as nações. Isso implica numa cessação total da sua influência durante mil anos. Depois dos mil anos, ele será solto por pouco tempo para enganar aqueles que se rebelarem contra o domínio de Deus (vv. 3,7-9). A obra mais comum de Satanás é enganar (ver Gn 3.13; Mt 24.24; 2 Ts 2.9,10). (Bíblia de Estudos Pentecostal)

3.2. O Reino de Cristo
20.4 REINARAM COM CRISTO DURANTE MIL ANOS. Este reino de Cristo por mil anos é, às vezes, chamado "o milênio", termo de origem latina que significa "mil anos". As características deste reino são as seguintes: (1) Foi predito no AT (Is 9.6; 65.19-25; Dn 7.13,14; Mq 4.1-8; Zc 14.1-9; cf. Ap 2.25-28). (2) Satanás estará preso (ver vv. 2,3 notas). (3) Do reino milenial de Cristo participarão os salvos da igreja (2.26,27; 3.21; 5.10; 20.4), e, possivelmente, os santos ressurretos do AT (ver Ez 37.11-14; Ef 2.14-22; Hb 11.39,40), e os santos mártires da tribulação (ver a nota precedente). (4) O povo do milênio a ser governado por Cristo consistirá dos que permanecerem fiéis a Ele durante a tribulação e até a sua vinda; e dos que nascerem durante o milênio (14.12; 18.4; Is 65.20-23; ver Mt 25.1 nota). (5) Nenhum inconverso entrará nesse reino (ver 19.21 nota). (6) Aqueles que reinarem com Cristo terão autoridade sobre todas as nações, e servirão e governarão Israel e as demais nações (v. 6; 3.21; 5.10; 20.6; Mt 19.28; ver Sf 3.9-20 nota). (7) Haverá paz, segurança, prosperidade e justiça em toda a terra (Is 2.2-4; Mq 4.4; Zc 9.10; ver Zc 2.5 nota; 9.8 nota). (8) A natureza será restaurada à sua condição original, de ordem, perfeição e beleza (Sl 96.11-13; 98.7-9; Is 14.7,8; 35.1,2,6,7; 51.3; 55.12,13; 65.25; Ez 34.25; Rm 8.18-23; ver Is 65.17-25 nota; Ez 36.8-15 nota; Zc 14.8 nota). (9) Todos que optarem pela senda da impiedade, da rebelião e da desobediência serão castigados (vv. 7-10). (10) No fim dos mil anos, o reino será entregue ao Pai, por Jesus (1 Co 15.24); então começará o reino final, eterno e perfeito de Deus e do Cordeiro (21.1-22.5). (Bíblia de Estudos Pentecostal)

3.3.  Os últimos movimentos do dragão
“... Satanás será solto”. Com a soltura deste terrível ser, a geração da nova, como foi provado Adão, no jardim do Éden (Gn capítulo 3). Não seria mais necessário o homem agora aderir a Satanás a despeito de tudo que Cristo já realizou por sua pessoa, porém, aqui, fica demonstrada a natureza humana. “A humanidade já foi provada sob todas as condições possíveis, e falhou em cada prova. Falhou debaixo da lei, e ainda mais debaixo da graça, e agora, “na dispensação da plenitude dos tempos” (o Milênio), quando o Senhor é conhecido em tudo o mundo e reina a justiça em toda a terra, torna a falhar, não correspondendo à graça de Deus, a ele oferecida...”. Esta dispensação, que pela ordem cronológica é a sétima e a última. Não será um tempo de graça, mais de justiça divina para todos; será o tempo em que “...os reinos do mundo” serão só de nosso Senhor e do seu Cristo (11.15). Cumprir-se-á finalmente Daniel 7.13-14, suas palavras são aplicáveis a esse tempo do fim.

“... Gogue e Magogue”. Ezequiel 38-39 fala de Gogue, Magogue, Mezeque e Tubal. Geograficamente falando, “São regiões ocupadas pelos antigos citas e tártaros, correspondendo aos modernos russos. Josefo diz que Magogue são os citas ou tártaros, correspondendo aos modernos russos. Josefo diz que Magogue são os tártaros que são os russos”. Mezeque converteu-se em Moskva (Moscou), como diz em russo, e Tubal é o moderno nome de Tobolsk. Profeticamente falando, essa nação do norte é inimiga de Israel. Em nossos dias, como é sabida, essa nação vem orando a Deus, para que o mesmo impeça uma invasão de Gogue à Terra Santa.

1. “No dia 28 de novembro (1983), 25 judeus ortodoxos foram a Hebrom, para interceder diante de Deus junto ao túmulo de Abraão para que “a chegada de Gogue e Magogue ainda seja adiada”, pois alguns deles tiveram um sonho: “Gogue e Magogue estariam prestes a vir”. Já o rabino-chefe, diante do Muro das Lamentações considerou que “verdadeiros cabalistas não deveriam orar pelo adiamento da vinda de Gogue e Magogue, mas pelo seu rápido aparecimento, pois, assim, seria apressada a vinda do Messias”. Porém, é evidente que a investida de Gogue e Magogue na passagem em foco, não se refere àquela mencionada em Ez capítulo 38-39. Uma está distante da outra, pelo menos, 1000 anos. Os nomes “Gogue e Magogue” em Ezequiel se referem aos poderes do norte, chefiados pela Rússia; após o Milênio, porém, os nomes “Gogue e Magogue” são empregados metaforicamente para representar (“as nações que estão sobre os quatro cantos da terra”).

“... desceu fogo do céu, e os devorou”. O comandante do norte na sua invasão a Terra Santa, não chegou a cercar “... o arraial dos santos” (ISRAEL) nem “... a cidade amada” (JERUSALÉM), mas foi derrotado por Deus nas montanhas da Judéia; e, ainda por um ato de misericórdia divina teve um (“lugar de sepultura”) ao oriente do mar Morto (Ez 39.11). Nesta secção, porém, Gogue e Magogue aqui, representados, serão tragados por fogo que “desceu do céu”, e os devorou. “No sentido mais profundo, o Apocalipse é um livro de divindade. É um livro acercar de Deus; é um livro sobre os atos de Deus. Por igual modo, a derrota das forças do mal é um ato divino. Os habitantes da cidade amada descobrirão que Deus terá feito a causa dele e a causa deles. Eles terão armas suficientes poderosas para aquela batalha final. Mas Deus proverá seu fogo destruidor dos céus”.

“... o diabo, que os enganava”. Aqueda de Satanás nesta secção aludi, profeticamente, à queda de todos os poderes do mal, conforme se depreende na secção seguinte. Ele tinha já passado mil anos no abismo, mais isso foi uma ação intermediária. Agora, entretanto, ele sofrerá sua derrota final e irá para seu destino. Finalmente a cabeça da serpente é ferida para sempre (Gn 3.15). A vitória conseguida sobre o diabo no calvário agora recebe operação completa. Sua queda será gradual. Ele será expulso dos ares para a terra e o mar no período da Grande Tribulação (12.9 e ss). Será aprisionado por mil anos (20.2 e ss). E então, no texto em foco, derrotado completamente pela ação poderosa e imediata de Deus, mesclada de ira. Este capítulo do Apocalipse é a consolidação, no que diz respeito a toda e qualquer revolta ou rebelião do ser humano ou de hostes espirituais do mal. O bem triunfará, e o Cordeiro de Deus, tirará definitivamente “... o pecado do mundo” (Jo 1.29), e só existirá no Universo a semente do bem. (Apocalipse versículo por versículo - Severino Pedro)

CONCLUSÃO
O lago de fogo é um lugar de eterno sofrimento. Para lá irão todos cujos nomes não constarem do Livro da Vida, por terem rejeitado a Cristo e sua eterna salvação (Mt 25.41). Portanto, mesmo com risco de sermos ridicularizados, temos que mostrar aos incrédulos.


Bíblia de Estudo Dake – Atos
Bíblia de Estudo Pentecostal - CPAD
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva – CPAD
Daniel e o Apocalipse – o Panoramana do Futuro – Antonio Gilberto – CPAD
Revista: APOCALIPSE – Editora Betel - 2º Trimestre 2012 – Lição 11.

Comentários

  1. a paz do Senhor meus amados irmãos,voces muito tem me ajudado.que Deus abençoe a todos.

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  2. obrigado, tem sido um grande prazer, postar os comentarios da EBD aqui neste blog, tenho aprendido muito com o Espirito de Deus e creio que assim como tenho te ajudado, tambem estou ajudando a muitos.

    fiquem com Deus.

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