“JESUS, O ADVOGADO FIEL”


LIÇÃO 09 – 26 DE AGOSTO DE 2012


TEXTO ÁUREO
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo”. 1Jo 2.1
1. Filhinhos meus. Um termo de carinho, não de indicação de idade.  Para que não pequeis. O aoristo não pode significar "que não continuem em pecado", mas antes "que absolutamente não pequem". Embora isto não possa ser verdade absoluta até que O vejamos (3:2), deve sempre ser o nosso alvo. 
Se, todavia, alguém pecar. O aoristo indica novamente que é um ato particular de pecado. Temos. João também se inclui.  Advogado. Literalmente, alguém convocado para ficar ao lado, especialmente para ajudar – um patrono. A palavra foi usada no N.T. ; apenas por, João (Jo. 14:16, 26;  15:26; 16:7; e aqui). O advogado defende a causa do crente contra Satanás, seu acusador (Ap. 12:10). Ele é Jesus Cristo, o justo. Justo indica a característica particular de nosso Senhor que lhe concede eficácia em Sua advocacia (cons. Hb. 7:26). Sendo justo Ele pode interceder junto ao Pai que é justo. (Comentário Bíblico de Moody - 1 João)
“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.” Sl 32.1

VERDADE APLICADA
A história da mulher pecadora é uma história que condena a história de juízos temerários.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
      Esclarecer que todo o minis­tério educador e evangelístico lidará com questões sociais difíceis de resolver-se;
      Mostrar que é nossa missão não pronunciar juízo de valor sobre as pessoas, mas erguê-las de sua situação pecaminosa;
      Não é apenas importante a pessoa escapar das consequências de seus erros, é necessário frisar que elas precisam abando­nar definitivamente o pecado.

GLOSSÁRIO
Incauto: que ou o que é destituído de malícia; crédulo, ingênuo;
Vívido: que tem vivacidade, animação; vivo;
Têmpora: todas as partes do corpo.

Textos de Referência

Jo 8.1   Porém Jesus foi para o monte das Oliveiras.
Jo 8.2   E, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.
Jo 8.3    E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.
Jo 8.4  E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mu­lher foi apanhada, no próprio ato, adulterando,
Jo 8.5    e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam ape­drejadas. Tu, pois, que dizes?

INTRODUÇÃO
Apresentamos, a seguir, a lição em que Jesus, de modo inesperado, torna-se o advogado da mulher apanhada no adultério – Ela fora encaminhada a Ele pelos escribas e fariseus antes do nascer do sol e, nesse estudo, veremos que para Jesus, o mais importante não era ficar julgando as pessoas ou absolvê-las, e sim ensiná-las o verdadeiro sentido da Lei naquele momento.

8:2 - E cedo pela manhã, ele veio de novo ao templo,… O que mostra sua diligência, constância, e assiduidade, em sua obra ministerial, bem como a sua coragem e intrepidez; sendo destemido de seus inimigos, embora sendo cauteloso para não dar nenhum razão para eles lhe pegarem antes do seu tempo: (Comentário do Evangelho de João por John Gill)

 A mulher cometera um pecado, que na época em que Jesus executava o seu ministério em Israel, era uma falta que prevalecia no meio do povo. Há relatos históricos que identificam esta mulher como Susana, esposa de um certo Manassés, de Jerusalém. (2º trimestre de 2002 – lição 10)
  
1. UMA CAUSA QUASE PERDIDA
Pela madrugada Jesus se dirige ao templo de Jerusalém para ensinar. Havia na ocasião uma grande movimentação em torno da Festa, e, por isso, o Mestre aproveitou para ali desenvolver o seu ministério, e a todos ensinava. Vemos que anteriormente Ele pregou que era a rocha do manancial da vida espiritual (Jo 7.37-38), mas agora estava labutando para firmar tais convicções nos seus ouvintes através do magistério.

1.1. Uma mulher é surpreendida em adultério
A mulher fora flagrada em ato de adultério e violentamente levada à presença de Jesus. Os seus algozes, os fariseus formavam a mais importante escola do pensamento religioso de Israel, cujo surgimento data de cerca de 150 a.C.; Eles se separavam dos demais judeus a fim de alcançar a máxima santidade. Mas sem entender o que realmente faziam, puseram-na diante do Salvador Jesus, quem tem poder para perdoar os pecados da humanidade (Dn 9.9). Na situação em que ela se encontrava aos seus próprios olhos não havia mais saída para a sua vida. Então, ali, diante de Cristo, em poucas palavras, Jesus mudou a sua maneira d viver (Zc 4.6). (2º trimestre de 2002 – lição 10)

1.2. Uma denúncia inesperada
Os que lavaram a mulher adultera a presença de Jesus não eram melhores do que ela. Seus corações estavam carregados de maldades, que descarregaram sobre ela. Eles mesmos não eram puros e muitos menos se importavam com a Lei de Moisés. O que queriam, na verdade, era descarregar sobre a infeliz pecadora o ódio de seus corações. Mas, Jesus não veio ao mundo para acusar o pecador, Ele veio para perdoar o pecador (Sl 25.18).
A punição que a Lei de Moisés determinava para os adúlteros flagrados no ato pecaminoso era a morte por apedrejamento (Lv 20.10). Com base em Deuteronômio 22.24, entende-se que, as pessoas envolvidas no ato eram lançadas às portas da cidade e apedrejadas diante de todos. Dessa maneira deveria, segundo a Lei, ser punida aquela pobre pecadora.
Em Números 5.11-29, encontramos o relato da prova de impureza, por intermédio da “água amarga”, que era dada pelo marido ou os anciãos à mulher suspeita da transgressão. Caso houvesse condenação à morte seria apedrejamento ou mesmo sufocação, esta pratica só é mencionada na literatura hebraica (Tradição Rabínica) Ez 16.37-40 (2º trimestre de 2002 – lição 10)

1.3. A provação do Mestre
O diabo veio para roubar, matar e destruir, inclusive as famílias (Jo 10.10). A sua maior arma para destruir o casamento é o adultério. O adversário envolve as pessoas num jogo de sedução e conquista, que no final da trama resta apenas o desprezo, a ofensa (Tg 1.14,15). Todos os cristãos devem vigiar contra as astutas ciladas do maligno para que não sejam tragados por ele. (2º trimestre de 2002 – lição 10)

A exemplo do que aconteceu ao Mestre, muitas vezes somos pegos em problemas que merecem nossa atenção como pastores de congregação, e devemos ter muito cuidado para não darmos um parecer desfavorável ao caso, e que venha a surtir o efeito desejado.
Em minha pouca experiência na obra do Senhor já passei por alguns casos em que tive que na direção do Espírito de Deus buscar sempre a justiça e a verdade.
Hoje, não apredejamos literalmente as pessoas por causa do adultério, mas alguns insuflados pelo diabo de uma certa forma acabam apedrejando com palavra, com desprezo, e desdém aqueles que precisam de ajuda para se levantar. Temos sim que usar a palavra e agir com rigor e aplicar a disciplina, para que possam ser curados os males da alma, e ser restaurado no corpo de Cristo, o que mata não é a disciplina aplicada, mais sim o desprezo e o descaso aplicado muitas vezes em nossas vidas.
Paulo mesmo na 1carta aos Coríntios 5 trata de um conhecido caso de incesto na igreja. Os crentes, em vez de lamentar o fato, estavam complacentemente permitindo que o caso permanecesse sem julgamento, talvez até mesmo se orgulhando de sua liberdade (vs. 1, 2; cons. 6:12). Paulo expressa sua posição no assunto (5:3-5), insiste com a igreja a exercer disciplina (vs. 6-8). A fornicação era incesto, proibido pela Lei (Lv, 18:8; Dt. 22:22). O destaque dado ao homem pode indicar que a mulher, sua madrasta, não era cristã. O pai talvez estivesse morto ou fosse divorciado. Menciona. Omitido em vista de fracas confirmações textuais. O pecado era proibido pela lei romana. (grifo meu)

2. UM ADVOGADO DE IMPROVISO
A palavra advogado no Novo Testamento é “parakletos”, que é derivada de “parakaleõ” e literalmente significa “chamar para o lado”, ou seja, significa alguém convocado para estar ao lado de outra pessoa para ajudá-lo em sua defesa diante de um juiz; é também um intercessor, conselheiro, um assistente legal. Nos escritos joaninos o termo é aplicado a Jesus, mais fartamente ao Espírito Santo como aquele que trata e defende os interesses de Cristo Jesus.
παράκλητος, ου, ό Ajudador, Intercessor, Advogado Jo 14.16, 26; 15.26; 16.7; 1 Jo 2.1.* [Parácleto] (Dicionário Léxico do Novo Testamento - Grego-Portugues - F. Wilbur Gingrich)

2.1. Permaneceu tranquilo escrevendo
A bíblia diz que onde abundou o pecado, superabundou à graça (Rm 5.20). A sentença da Lei de Moisés para aquela pobre pecadora era a morte por apedrejamento, mas ela fora levada diante do Salvador. Nem àqueles que a levaram diante de Cristo sabia o que faziam, pois naquele gesto de Jesus manifestou a abundante graça salvadora, capaz de perdoar o mais vil dos pecados nesta terra (Rm 3.24).
No Antigo Testamento a graça significa “o favor” (Gn 6.8), já no Novo Testamento significa o “grande favor imerecido”, que Deus, livremente, concede ao homem. Em outras oportunidades a graça contrasta com a lei (Rm 6.14). No entanto, a graça que foi revelada no Novo Testamento, segundo os ensinamentos de Jesus, é superior a Lei de Moisés, pois a lei era um código salutar, mas que regia apenas a vida física e social em Israel, já a graça alcança os mais profundos limites da alma humana (Ef 2.8). (2º trimestre de 2002 – lição 10)

χάρις, ιτος, ή— 1. Graciosidade, atratividade Lc 4.22; Cl 4.6.— 2. Favor, graça, ajuda graciosa, boa vontade Lc 1.30; 2.40, 52; At 2.47; 7.10; 14.26; Rm 3.24; 4.4; 5.20s; 11.5s; Gl 1.15; Ef 2.5, 7s. Crédito Lc
6.32-34. Aquilo que traz o favor (de Deus) 1 Pe 2.19s.— graça ou favor (divinos) em fórmulas fixas no início e fim de cartas cristãs, e.g. Rm 1.7; 16.20; 2 Co 1.2; 13.13; 1 Ts 1.1; 5.28; Hb 13.25; 1 Pe 1.2; Ap 1.4.— 3. Aplicação prática da boa-vontade, um sinal de favor, ato gracioso ou dom, beneficio Jo 1.14, 16s; At 13.43; 24.27; 25.3, 9; Rm 5.2; 6.14s; l Co 16.3; 2 Co 1.15; Ef 4.29; Hb 10.29; Tg 4.6; 1 Pe 5.10.— 4. de efeitos excepcionais produzidos pela graça divina Rm 1.5; 12.6; 1 Co 15.10a, b; 2 Co 8.1; 9.8, 14; 1 Pe 4.10. Dificilmente pode ser diferenciada de poder, conhecimento, glória At 6.8; 1 Co 15.10c; 2 Co 1.12; 2 Pe 3.18.— 5. Gratidão χάριν εχειν ser grato 1 Tm 1.12; 2 Tm 1.3; Hb 12.28. Em outras expressões Rm 6.17; 7.25; 1 Co 10.30; 15.57; 2 Co 9.15; Cl 3.16 (Dicionário Léxico do Novo Testamento - Grego-Portugues - F. Wilbur Gingrich)

2.2. Desafiou a autoridade de condenar
Quando Jesus se dirigiu àqueles homens que conduziram a mulher à sua presença, disse-lhes: “aquele que dentre vós está sem pecado” (Jo 8.7). Desta forma o Mestre provocou, em cada um deles, um exame de consciência. Enxergando os seus próprios pecados, deixaram de ver o pecado daquela mulher (Rm 3.23).
Naquela ocasião, Jesus estava abaixado escrevendo na areia, todavia não se tem nenhum registro do que fora escrito. Mas imaginemos que ele estivesse escrevendo uma lista de pecados cometidos pelos homens, dos quais eles não poderiam se libertar sem a intervenção divina. Assim, talvez, ele poderia ter encerrado a lista escrevendo que o Filho do Homem tinha o poder para perdoar todos os pecados, inclusive à pecadora apresentada por eles (Mt 9.6). (2º trimestre de 2002 – lição 10)

Ele se levantou e disse a eles;… Tendo se erguido, ele olhou atentamente para eles, e retornou a eles com essa resposta sábia para a confusão deles:
Aquele que não tiver pecado entre vós;… Querendo dizer, não que estivesse inteiramente livre de pecado, no coração, nos lábios, e vida; pois não havia pessoa assim; o homem mais piedoso na vida, nesse sentido, ainda assim não está livre de pecado; que era nesse período um pecado muito prevalecente, e até mesmo entre os doutores; portanto, nosso Senhor chama essa geração de adúltera, (Mt. 12:39); e que era literalmente verdade entre eles; com isso com para com (Rm. 2:22). Adultério crescia em tal grau nessa era que eles foram obrigados a abandonar o julgamento das mulheres suspeitas de adultério, porque seus maridos eram culpados essa maneira; e assim as águas mão teriam efeito nenhum, se o marido também disse culpado: assim os Judeus diziam:

“Quando os adúlteros cresciam, as águas amargas secaram; e Rabban Jochanan ben Zaccai (que ainda está vivo) fez com que cessasse.”

Na vindicação da qual, ele citou a passagem em (Os 4:14); e isso concorda com o próprio relato dos tempos do Messias, e os sinais, entre os quais permanece esse:

“Na era em que vier o filho de Davi, a casa da assembléia (a frase significa aquele lugar onde os discípulos dos homens sábios se encontravam para aprender a lei) se tornará, 
לזונות, “uma casa de bordel”

E que esse pecado prevaleceu assim tão grandemente, nosso Senhor bem sabia disso; e, talvez, nenhum desses escribas e fariseus estavam livres, de uma forma de outra; e, portanto, ele os convida:

Que atire a primeira pedra;… Aludindo a lei em (Dt. 17:7), que requeria as mãos das testemunhas fossem as primeiras pessoas a entregá-la a morte; e como o Dr. Lightfoot pensa, se referindo ao próprio sentido deles e opinião, em julgar uma mulher suspeita de adultério; que se o marido fosse culpado da mesma maneira, as águas não teriam nenhum efeito: por essa resposta de nosso Senhor, ele mesmo saiu do dilema, pensavam eles perturbá-lo com isso; pois embora ele não tenha passado nenhuma sentença contra a mulher, e não tenha lançado sobre si o poder judicatório, onde eles poderiam acusá-lo ao governador de Roma, ainda assim ele manifestadamente concorda com Moisés, que tal pessoa deveria ser apedrejada; portanto, eles não poderiam culpá-lo de ser contrário a Moisés; e por colocar aquele que estava sem pecado para jogar a primeira pedra nela, ele se mostrou misericordioso para com a mulher, e a eles, a ser o pesquisador dos corações. (Comentário do Evangelho de João por John Gill)

2.3. Todos foram embora
8:10 - Quando Jesus tinha se levantado,… Da terra, da qual ele havia ficado de pé, de onde ele estava escrevendo:
E não viu ninguém a não ser a mulher;… Ou seja, ninguém daqueles que tinha trazido a mulher lá, e tinha a acusado:

Ele disse a ela: mulher, onde estão teus acusadores? As versões Siríaca e Árabe leem apenas: “onde estão esses?” esses homens que te trouxeram aqui, e te culparam desse crime:

Nenhum homem te condenou? Nenhum homem te fez o que eu propus? Nenhum deles apanhou uma pedra e atirou em ti? Não havia nenhum deles livre de pecado? Nenhum homem foi capaz de executar essa sentença? (Comentário do Evangelho de João por John Gill)

9. As palavras de Jesus tiveram o efeito de desviar a atenção de Si mesmo e da mulher para os acusadores. A consciência começou a efetuar a sua obra. A começar pelos mais velhos. Sua idade fazia deles os líderes, e sua experiência do pecado mais longa dava-lhes mais motivos para autoacusação. Só dois ficaram – a pecadora e o Amigo dos pecadores. Jesus poderia ter atirado à pedra, pois Ele não tinha pecado; mas Ele estava mais preocupado com a reabilitação do pecador do que em ver a Lei meticulosamente satisfeita. (Comentário Bíblico de Moody - João)

3. A RÉ É ABSOLVIDA
As palavras do Mestre de Nazaré foram poderosos mísseis a despertar a consciência deles. É prudente não acusar aqueles homens do mesmo pecado que a mulher. Ainda que alguns se atrevam a tal coisa, não temos respaldo escriturístico para isso. No entanto, o certo é que havia outras coisas ali evidentes naquele momento bem pecaminosas também a malícia, a parcialidade, o desejo de vingança e injustiça.

3.1. Ninguém te condenou
Nenhum homem te condenou? Nenhum homem te fez o que eu propus? Nenhum deles apanhou uma pedra e atirou em ti? Não havia nenhum deles livre de pecado? Nenhum homem foi capaz de executar essa sentença? (Comentário do Evangelho de João por John Gill)
Aquela mulher tinha certeza da sua punição, que a Lei determinava. Segundo o código mosaico deveria ser apedrejada até a morte. Todavia, Jesus e a mulher ficaram a sós, pois todos os que a acusavam se afastaram da cena. Mas ao invés de Cristo condená-la, ele a perdoa e mostra que há uma nova maneira de viver. Diante do Messias, a mulher vê o seu pecado condenado, mas encontra a graça restauradora para sua vida (Sl 32.1; Is 55.7). (2º trimestre de 2002 – lição 10)

3.2. Absolvição do Senhor
A palavra misericórdia tem sua origem na língua latina, e é a junção de duas outras palavras: (“miserabile”, que significa lastimável ou deplorável e “cor”, que significa coração) seu significado é a soma dessas duas palavras: miserável coração. Ao pronunciar a palavra misericórdia é como se Deus dissesse: “quero o miserável coração do homem para usar de compaixão como ele” (Sl 32.10). A Bíblia diz que Deus é rico em misericórdia, isto significa dizer que Ele é rico em compaixão, em amor e perdão: “não sejam envergonhados por minha causa os que esperam em ti, ó Senhor, Deus dos Exércitos; nem por minha causa sofram vexame os que te buscam, ó Deus de Israel”(Sl 69.6). (2º trimestre de 2002 – lição 10)

8:11 - Ela disse, ninguém, Senhor,… Ninguém me disse uma palavra, ou levantou sua mão contra mim, ou moveu uma pedra a mim:

E Jesus disse a ela: nem eu te condeno;… Cristo não veio ao mundo para agir como um magistrado civil, e, portanto, recusou a arbitrar um caso, ou estar interessado em dividir um a herança entre dois irmãos, (Lc. 12:13). Nem veio ele ao mundo para condená-lo, mas que o mundo, através dele, pudesse ser salvo, (Jo 3:17); nem ele passaria nenhuma outra sentença sobre essa mulher, do que ele fez; nem ele infligiria nenhuma punição sobre ela ele mesmo; mas apropriada e concordemente com seu ofício; como um profeta, ele declarou contra seu pecado, e chamou ela ao arrependimento, e disse-lhe: (Comentário do Evangelho de João por John Gill)

3.3. Vai e não peques mais
Ide e não peques mais;... Para que, como ele disse ao homem que ele curou na piscina de Betesda, uma coisa pior devesse acontece a ela. Portanto, o judeu (s) não tem nenhuma razão para contestar a conduta de Cristo, como se ele agisse ao contrário da lei de (Dt. 13:5). "Deves eliminar o mal do teu meio"; e também para as sanções de todos os direitos civis entre homens que ordenam a remoção do mal, entregando à morte os delinquentes; e ele observa que esses que acreditam nele, não o sigam nesse respeito, mas, exterminem os adúlteros e as adúlteras; e que realmente, sê o seu exemplo e que instruções devessem acontecer, todos os tribunais de judicatura teriam que cessar, e a ordem ser subvertida entre os homens: mas deveria ser observado, que nosso Senhor manifestou uma consideração, até mesmo para a lei de Moisés, quando ele licitou os acusadores desta mulher que estavam sem pecado, a lançar a primeira pedra nela; embora à lei em (Dt. 13:5) se refira a um falso profeta e não a um adúltero ou uma adúltera; nem os direitos civis de todas as nações requerem morte no caso de adultério; Cristo aqui, nem pelas palavras dele nem ações, contradiz e põe de lado qualquer coisa da lei de Deus ou homem; ele deixou este fato a ser indagado, examinado, e julgado, para que fosse feito pelas pessoas que tinham essa obrigação: como para ele, o seu ofício não era de um magistrado civil, mas de um Salvador e Redentor; e adequadamente ele agiu neste caso; ele não conspirou para o pecado, ele reprovou-o plenamente; nem ele negou que ela devesse sofrer de acordo com a lei de Moisés, mas, antes, sugere que ela deveria; mas como isto não era o seu ofício, ele não levou sobre si o ato de pronunciar qualquer condenação nela; mas a chamou ao arrependimento, e, como o Salvador misericordioso e compassivo que era, deu razão para ela esperar o perdão e vida eterna. (Comentário do Evangelho de João por John Gill)

Se Suas palavras, Nem eu tão pouco te condeno, parecem demasiado compassivas, estão contrabalançadas pelas seguintes, vai, e não peques mais. Aquele que sonda os corações viu que havia arrependimento no coração da mulher. Tudo o que era preciso era uma advertência para o futuro. (Comentário Bíblico de Moody - João)

CONCLUSÃO
O exemplo deixado por essa história de juízo temerário é um vívido exemplo do valor que devemos dar aos seres humanos. Vendo o exemplo do Mestre que de madrugada se levantava para ensinar aqueles que iam ao templo, somos incentivados a firmar convicções com aqueles a quem contatamos. Tenham certeza que, à medida que ensinamos aos outros no temor de Deus, algo acontece em nós também, somos transformados pela mesma Palavra que ministramos. Após este episódio, o da mulher pecadora, imediatamente Ele voltou a ensinar, ou seja, nada lhe afastava da meta que tinha em mente.
Ao olharmos para a vida de Jesus, e os seus ensinamentos, vemos o amor que ele nutria pelo homem e não queria de forma alguma condena-los nos seus delitos e pecados, antes era prazer dele perdoar, a despeito de nós nos dias de hoje, que o que fazemos é condenar, apontar o erro, crucificar a pessoa por causa da sua falha diante de Deus.
Amados tenho percebido que o homem coloca muita imposição na vida do ser humano, por conta de seus dogmas e conceitos, diferente da ótica de Deus, ele ao olhar para o homem, não o faz como nós, mais com um olhar que ao mesmo tempo é santo e não tolera o pecado, mais que ama o pecador não querendo que ele morra, mais que venha a ter a salvação.
O aposto João entendendo este conceito escreve em sua carta 1Jo 2.1 “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. (1 Jo 2:1). (grifo meu)


Fontes:
Bíblia de Estudo Dake – Atos
Revista: JESUS CRISTO – Editora Betel - 3º Trimestre 2012 – Lição 09.

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