Lição 05 - Paulo e Barnabé, aliados na obra do Senhor



04 de Novembro de 2012


Texto Áureo

“Portanto, meus amados ir­mãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor”. 1 Co 15.58

Verdade Aplicada

O grande segredo para o cres­cimento espiritual e ministerial na obra do Senhor reside na perseverança e aprendizado constante.

Objetivos da Lição

           Familiarizar os alunos com a personalidade generosa de Barnabé;
           Revelar o lado social da igreja de Antioquia em tomar a iniciativa de ajudar os neces­sitados;
           Mostrar as constantes tran­sições positivas alcançadas na igreja pela administração de Barnabé.

Textos de Referência

At 11.25     E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia.
At 11.26     E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gen­te; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.
At 11.27     E naqueles dias des­ceram profetas de Jerusalém para Antioquia.
At 11.28     E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César.
At 11.29     E os discípulos de­terminaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socor­ro aos irmãos que habitavam na Judéia.
At 11.30     O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anci­ãos por mão de Barnabé e de Saulo.

LEITURAS COMPLEMENTARES
  • Segunda feira: Jó 26.2
  • Terça feira: Pv 17.17
  • Quarta feira: Pv 18.19
  • Quinta feira: Pv 18.24
  • Sexta feira: Pv 27.10
  • Sábado: Pv 14.10

INTRODUÇÃO
Quando Paulo retornou à sua cidade natal (Tarso) pareceu um desfecho um tanto melancólico dado por Lucas. Mas aí ele passa a narrar vividamente os atos de Pedro, para depois retornar a trajetória de Paulo como um assistente de talento. Aqui estudaremos um pouco do perfil de Paulo que atendendo um convite para auxiliar Barnabé, teve um contínuo progresso espiritual e ministerial em Antioquia.

1. Paulo, um companheiro em potencial.
Aquele era um momento surpreendente de crescimento e multiplicação de conversões nas regiões da Judéia, Galileia e Samaria, e os irmãos que saíram dispersos por causa da perseguição iam anunciando a Palavra por onde passavam, de maneira que muitos judeus se convertiam cada vez mais ao Senhor.

1.1 Antioquia, uma igreja crescente (At 11.20,21)
20. Alguns dos crentes que vieram da ilha de Chipre e Cirene no Norte da África (cons. 13:1) foram a Antioquia e lançaram o Evangelho em uma nova direção. Antioquia era a terceira cidade do Império Romano e a residência do governador romano na província da Síria.
Embora houvesse uma colônia judia em Antioquia a cidade era principalmente gentia e grega. O culto às deidades pagãs, Apolo e Ártemis, cuja adoração incluía a prostituição ritual, tinha o seu quartel-general nas proximidades. Antioquia era notória por sua degradação moral.  Gregos neste contexto referem-se aos gregos puros e não aos judeus que falavam o grego. O Evangelho pregado aos gentios proclamou não primeiramente o messiado de Jesus, mas seu Senhorio.
O messiado era um conceito judeu que não teria significado para os gentios que não tivessem antecedentes judeus. (Comentário Bíblico Moody – Atos)

11:20 "homens de Chipre e de Cirene" Estes são os mesmos Judeus de fala Grega que, como em Atos 6-8, começaram a pregar as implicações universais do evangelho Cristão em Jerusalém. Barnabé era desta área geográfica.
• "aos Gregos" Esta palavra (Hellên) normalmente se referia aos Gentios (cf. 14:1; 16:1,3; 18:4; 19:10,17; 20:21; 21:28). Contudo, em 17:4 se refere aos Gentios que eram vinculados às sinagogas, mas não eram membros (isto é, os tementes a Deus).
A questão é "a quem Lucas está se referindo como tendo sido pregado: (1) aos Judeus de fala Grega como em 6:1 e 9:29 (Hellenistas) ou (2) Gentios de fala Grega?; ou (3) totalmente Gentios (cf. TEV e BJ)? Com toda a comoção que isto causou, possivelmente este termo se refere àqueles que falavam Grego; alguns poderiam ser Judeus da Diáspora, outros totalmente Gentios.
• "pregando o Senhor Jesus" Isto é PARTICÍPIO MÉDIO DO PRESENTE do VERBO do qual obtemos o
termo "evangelizar" ou "evangelismo". Sua mensagem não era sobre as leis ou procedimentos do VT, mas sobre Jesus de Nazaré como Messias!
11:21 "a Mão do Senhor estava com eles e um grande número creu e se voltou para o Senhor" Esta é uma nova declaração resumida do grande movimento de através da pregação evangelística. Finalmente Atos 1:8 estava se cumprindo (cf. verso 24b).
É interessante notar que o termo "Senhor" (Kurios) é usado pela primeira vez neste verso para se referir a YHWH (cf. LXX Ex. 3:14; II Sam. 3:12; Isa. 59:1). Contudo, numa parte posterior deste verso é usada para se referir a Jesus Cristo. Esta transferência de título é uma técnica literária comum dos autores do NT para afirmarem a deidade de Jesus.
A "mão do Senhor" é uma expressão antropomórfica. YHWH é um espírito eterno presente através do tempo e da criação. Ele não tem um corpo físico. Contudo, o único vocabulário que os homens possuem para falar de alguma coisa pessoal é físico, com termos humanos. Devemos nos lembrar dos limites da linguagem, que pela queda, limitam o homem ao tempo e as coisas terrenas. Só se fala do ambiente espiritual através de metáforas, analogias e negações. Isto expressa a verdade, mas não de maneira exaustiva. Deus é muito maior do que a nossa habilidade para conhecê-lo e Expressá-lo. Ele se comunica verdadeiramente conosco, mas não exaustivamente. Podemos confiar na Bíblia como a autorevelaçao de Deus, mas devemos compreender que Deus é ainda maior do que isto! A linguagem humana revela e limita! (Comentário Bíblico de Atos - Bob Utley)

1.2 Barnabé o enviado (At 11.22-24)
11:22-24 / Quando os crentes de Jerusalém ouviram a respeito dessas novidades, enviaram (apóstolos e os presbíteros? Veja a nota sobre o v. 30) Barnabé a Antioquia para investigar (v. 22). Esta não foi necessa­riamente uma reação hostil. É certo que havia aqueles que achavam que os convertidos gentios precisavam aceitar "o jugo da lei" (veja a disc. sobre 15:10; cp. ll:2s.; 15:1), mas nem todos partilhavam tal opinião, ou não a apregoavam com tanta força. Talvez seja melhor entender o fato de enviarem a Barnabé como sendo uma tentativa de estabelecer um bom relacionamento com os cristãos de Antioquia, da mesma forma que Pedro e João haviam sido enviados aos samaritanos (cp. v. 20).
Ao chegar a Antioquia, Barnabé regozijou-se quando viu a graça de Deus (v. 23; veja a disc. sobre 3:8). O fato de ele "ter visto" pode significar que havia sinais visíveis da bênção —talvez grande mudança no modo de viver, quem sabe a manifestação mais palpável dos dons do Espírito (veja a disc. sobre 8:14ss. e 10:46). Barnabé não encontrou nada ruim em sua fé, nem deficiente em sua instrução, pois nada acrescentou. Apenas exortou a todos a que permanecessem no Senhor com todo o seu coração (v. 23; cp. 15:32), isto é, que continuassem no caminho que haviam iniciado, não permitindo que nada os separasse de Jesus. O tempo imperfeito do verbo "exortar" (ou "encorajar") implica em que Barnabé permaneceu em Antioquia e que ele martelou esse tema enquanto ali esteve. Barnabé é o grande encorajador (4:36), que também provou ser homem de bem (uma descrição singular em Atos) e cheio do Espírito Santo e de fé (v. 24). Essas foram as qualidades que fizeram que Estevão fosse tão eficiente como diácono (6:5), e graças a Deus, Barnabé mostrou a mesma eficiência. Parece que foi por intermédio dele, mais do que de outra pessoa, que muita gente se uniu ("se acrescentava"; cp. 2:47) ao Senhor (v. 24; observe o elo implícito entre a primeira e a segunda metades deste versículo). Parece que Barnabé tornou-se líder da igreja de Antioquia, o que era de esperar-se em conseqüência de sua longa ligação com os apóstolos. Sem dúvida alguma, no devido tempo ele apresentou um relatório à igreja de Jerusalém. (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)

1.3 Paulo é convidado para trabalhar (At 11.25)
11:25-26a / O crescimento da igreja foi tão grande que logo Barnabé sentiu a necessidade de um assistente, quando então seus pensamentos pousaram em Paulo (cp. 9:27) que, nos últimos anos, andara de cidade em cidade na Síria e na Cilícia, anunciando "a fé que outrora procurava destruir" (Gálatas 1:21ss.). E possível que Barnabé tivesse ouvido algo acerca de Paulo, o suficiente para convencê-lo de que era o homem certo para Antioquia. Tarso ficava a noroeste da capital siríaca, podendo ser alcançada por terra ou por mar. Não foi fácil localizar-lhe o paradeiro. Só depois de demorada busca (informa-nos o termo grego) é que Barnabé encontrou a Paulo, de modo que ambos foram juntos para Antioquia. (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)

11:25 "e ele partiu para Tarsis para procurar por Saulo" Este verbo está no Papiro Egípcio (mas não na LXX) implica que Saulo não estava fácil de ser encontrado. Somente Lucas usa este termo no NT (cf. Lucas 2:44,45; Atos 11:25). Estes anos de silêncio são mencionados aparentemente em Gal. 1:21. O tempo exato deste recorte é incerto, mas foi de aproximadamente de dez anos. (Comentário Bíblico de Atos - Bob Utley)

2. O trabalho de Barnabé e Paulo
A Igreja em Antioquia principiou com elementos judeus, depois helênicos, e por fim gentios. Essa massa de pessoas vindas de diferentes lugares com culturas diferentes, no entanto, tinham uma coisa em comum, o fato de crerem em Jesus Cristo. A fé em Jesus foi o agente agregador que os reuniu eliminando vantajosamente todas as diferenças e possibilitando a realização posterior da obra missionária no Império Romano.

2.1 A prioridade no ensino (At 11.26)
Nesta cidade ambos trabalharam juntos por todo um ano (v. 26), instruindo a igreja segundo o exemplo dos apóstolos (2:42; cp. Mateus 28:20), até determinado tempo em que a igreja, tendo atingido certo nível de maturidade, enviou-os para a obra mais ampla da "primeira viagem missionária" (13:3ss.). Pode ter acontecido que nesses primeiros meses em Antioquia, Paulo houvesse recebido a primeira visão do verdadeiro escopo de seu chamado para ser apóstolo "para com os gentios" (Gálatas 2:8). O texto grego do versículo 26 não prima pela clareza, embora ECA nos dê uma tradução excelente: se reuniram (Paulo e Barnabé) naquela igreja. Entretanto, várias alternativas têm sido sugeridas, das quais mencionamos uma que nos parece muito atraente: "eles se tornaram unidos naquela igreja", o que enfatiza que a associação de Paulo e Barnabé em Antioquia foi de inestimável valor para a missão da igreja.
Lucas observa duas outras questões interessantes nesta seção: Primeira, em Antioquia os discípulos pela primeira vez foram chamados cristãos (v. 26). No Novo Testamento, os cristãos nunca se chamam a si mesmos por este nome; tampouco é provável que o nome cristão lhes tenha sido atribuído pelos judeus. Portanto, deve ter partido de outros da cidade, e é testemunho de a igreja haver forçado sua presença, como grupo de pessoas com identidade própria que lhes chamava a atenção. Talvez não seja mero acidente de linguagem que ambas as declarações do v. 26, a que se refere ao número dos cristãos, e a que menciona seu nome, estejam tão intimamente relacionadas no grego. O substantivo "cristão" deriva do latim, cujos nomes no plural que terminam em iani denotam os partidários da pessoa sob referência; p.e., os herodianos eram os partidários de Herodes Antipas. H. B. Mattingley sugere que o termo christiani foi criado como expressão jocosa pelos cidadãos de Antioquia a fim de ridicularizar os Augustiani, uma brigada de devotos cultuadores que publicamente adulavam a Nero. Assim, tanto o entusiasmo dos crentes como a ridícula homenagem prestada pelos bajuladores imperiais eram satirizados nessa comparação ("The Origin of the Name Christian" [Origem do Nome Cristão], JTS 9, 1958, pp. 26ss.). Entretanto, o nome "cristão" pode ser bem mais velho do que a instituição dos Augustiani, o que certamente é plausível, se pensarmos que com essa observação Lucas tinha em mente informar que aquele nome originou-se nessa época. Todavia, persiste a possibilidade de o nome "cristão" ter sido cunhado como zombaria, e teria sido nesse sentido que Agripa II usou-o em 26:28 (cp. 1 Pedro 4:16). (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)

2.2 Proveram socorro aos necessitados (At 11.28-29)
A segunda questão é a provisão feita pela igreja de Antioquia, quando a fome se alastrava, enviando socorro aos irmãos que moravam na Judéia (v. 29). A linguagem de Lucas intenciona mostrar a unidade existente entre os dois grupos de crentes. O profeta Ágabo, que viera de Jerusalém com um grupo de crentes, advertiu os irmãos de Antioquia de que haveria uma grande fome em todo o mundo (v. 28; cp. 24:5; Lucas 2:1). Foi isso mesmo que aconteceu em termos gerais. O reinado de Cláudio (41-54 A.D.) tornou-se notável pela fome que afligiu várias partes do império romano. O primeiro, segundo, quarto, nono e décimo primeiro ano de seu reinado ficaram registrados como anos de fome num ou noutro distrito (veja Suetônio, Cláudio 18; Tácito, Anais 12.43; Dio Cassio, História Romana 60.11; Eusébio, História Eclesiástica 2.8). De acordo com Josefo, a Judéia foi atingida entre 44 e 48 d.C. (Antigüidades 20.49-53). Mas, para a igreja de Antioquia a previsão serviu de aviso. Decidiram os crentes mandar, cada um conforme o que pudesse, uma oferta para a Judéia (v. 29; cp. 1 Coríntios 16:2). O desejo deles era prover socorro aos irmãos; o grego poderia implicar que aqueles cris­tãos enviariam tanto quanto pudessem "para o ministério", lembrando uma expressão similar usada em 6:1, enfatizando que esta oferenda era uma versão em escala maior de uma prática primitiva da igreja (cp. 2:44; 4:32-35; veja também a disc. sobre 20:1 -6). (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)

2.3 Representantes de Antioquia (At 11.30)
O caso dos cristãos da Judéia talvez fosse muito desesperador naqueles anos de fome, visto que é bem provável que entre os que fugiram daquela região, durante a perseguição, estariam os mais bem qualificados para prover seu próprio sustento noutras regiões. A igreja, pois, teria sido despojada de seus membros mais ricos na época em que a ajuda deles seria mais necessária. Como deveria ter sido bem-vinda aquela ajuda de Antioquia! O dinheiro levantado pela igreja de Antioquia foi entregue por Paulo e Barnabé nas mãos dos anciãos, que aparentemente se tornaram líderes em Jerusalém, tendo Tiago como presidente do conselho (v. 30; veja a disc. sobre 12:17 e as notas; quanto ao sucesso desse empreendimento, cp. o parecer de Paulo em Gálatas 6:6, com os vv. 22 e 27). Esta visita de Paulo a Jerusalém é identificada às vezes com aquela mencionada em Gálatas 2:1-10, mas no todo isto nos parece improvável (veja a disc. sobre 15:1-21). Quando Paulo e Barnabé terminaram essa tarefa, voltaram para o norte, levando consigo João Marcos (12:25).
11:30/anciãos (cf.l4:23; 15:2, 4, 6, 22, 23; 16:4; 20:17; 21:18):Para entender a emergência desta ordem, devemos lembrar que a igreja havia sofrido duas grandes perseguições (assumindo que Antioquia foi formada posteriormente a 44 d.C; 8:lss.; 9:lss.; 12:lss.)- Estas dispersaram um número significativo de cristãos, incluindo, supomos, outros além dos primeiros Sete líderes que in­cluíam Filipe, talvez também os que restaram dos Doze (cp. 12:1, 2 17). De toda maneira, os Doze não queriam envolver-se no dia-a-dia da administração da igreja. Desta maneira a primitiva liderança da igreja em Jerusalém foi dispersa (apesar que de tempos em tempos os apóstolos retornavam à cidade quando importantes decisões deveriam ser tomadas; cp. 15:2ss., talvez também 11:1 e 22), e isto, juntamente com a inclinação natural da igreja de aceitar o costume da sinagoga, talvez apontassem como líderes os anciãos. Este fato abriu prece­dente para que outras igrejas os imitassem (14:23; 20:17). Os anciãos eram às vezes chamados "supervisores" (gr. episkopoi; veja nota em 20:28; cp. Filipen-ses 1:1; 1 Timóteo 3:1 s., Tito 1:7) ou simplesmente "os que presidem sobre vós" (1 Tessalonicenses 5:12). Diferentemente dos judeus, eles costumavam ter um papel espiritual como pastores e professores, assim como administradores (cp. 20:17; 1 Timóteo 5:17; Tiago 5:14; 1 Pedro 5:1-4). E de 1 Timóteo 4:14; 5:22 e 2 Timóteo 1:6 podemos deduzir que estas indicações foram feitas por impo­sição de mãos. Acerca deste assunto, veja adiante a nota em 14:23. (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)

3. O retorno da missão representativa
Barnabé e Paulo provaram mutuamente ser bons parceiros na seara do Senhor: Barnabé estava satisfeito por ter buscado Paulo como companheiro na missão pastoral em Antioquia. E Paulo, por sua vez, estava demonstrando ser um assistente de talento ao lado de Barnabé, sempre dentro de suas expectativas.

3.1 A palavra crescia e multiplicava-se (At 12.24)
12:24 / Assim morreu o perseguidor da igreja. Enquanto isso acontecia, a igreja continuava a prosperar — esta é outra das declarações resumidas de Lucas (veja a disc. sobre 2:42-47). "O que semeia, semeia a palavra", disse Jesus (Marcos 4:14), e Lucas nos diz agora que a palavra de Deus crescia e se multiplicava. No texto grego, este versí­culo é idêntico à primeira parte de 6:7 (cp. também 19:20). (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)

3.2 Retornaram acompanhados (At 12.25)
12:25 / O último versículo desta seção encerra a narrativa anterior sobre a missão caridosa de Paulo e Barnabé, a de levar alívio à fome reinante em Jerusalém (11:27-30). A referência a João Marcos aparece aqui, bem no fim, para explicar a presença desse jovem em Antioquia, na história que vem a seguir. (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)

12:25 Aqui começa o relato das viagens missionárias de Paulo. Existe uma variante textual neste verso relatando sobre quando retornaram para Jerusalém (cf. Manuscritos x e B) ou "de"Jerusalém ( cf. manuscritos apo, MS D ou ek, MSS P74, A). O capítulo começa com Barnabé e Saulo em Antioquia. (Comentário Bíblico de Atos - Bob Utley)

3.3 Retorno com um devocional intensificado
13:4-5 / Seria natural que os missionários se dirigissem primeiro a Chipre, embora, por causa do comentário de Lucas de que eles foram enviados pelo Espírito Santo (v. 4; cp. v. 3, onde os crentes "os despediram"), possamos presumir que se acrescentou maior convicção pelos ditames do bom senso. Chipre era a terra natal de Barnabé, lugar de fácil acesso onde com certeza já havia alguns cristãos (11:19s; 21:16). João Marcos os havia acompanhado (v. 5). É possível que os fatores determinantes de sua escolha teriam sido seu parentesco com Barnabé (veja a nota sobre 12:12), bem como talvez seu relacionamento com a ilha. Visto que seu nome não aparece no comissionamento, teria exercido funções subordinadas. João Marcos poderia ter cuidado das necessidades do dia a dia dos apóstolos, embora o termo empregado para descrevê-lo (gr. hyperetes, "servo", "atendente", "ministro") é usado às vezes para designar os ministros cristãos num sentido oficial (26:16; 1 Coríntios 4:1); com base nisto tem sido sugerido que Marcos teria servido como catequista, tendo também batizado os convertidos. Por outro lado, o uso do verbo correspondente (hyperetein) em 20:34 e 24:23 favorece o sentido de que o moço era auxiliar para serviços gerais. (NOVO COMENTARIO BIBLICO DO LIVRO DE ATOS - David J Williams)

Conclusão
Percebe-se, ao longo desta lição, que a figura de Paulo, quando veio de Tarso para Antioquia, não apareceu muito. Senão ensinando a Igreja junto com Barnabé e, evidentemente, com outros mestres locais. Paulo era um assistente de valor; mas que reconhecia a sua posição na Igreja e honrava seu colega que lhe dera tamanho privilégio ao convidá-lo como assistente direto. Paulo soube aproveitar as oportunidades que lhe davam.



Fontes:
Bíblia de Estudos Dake
COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY – João
Revista: APÓSTOLO PAULO – Editora Betel - 4º Trimestre 2012 – Lição 05

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LIÇÃO 09 - AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS

As Sete Promulgações da lei Divina

“o legado de Jesus cristo para sua igreja”