“A ignorância de uma geração”
LIÇÃO 03 – 20 DE JANEIRO DE 2013
Texto Áureo
“E foi
também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após eles se levantou, que não
conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que fizera a Israel”.Jz 2.10
Verdade
Aplicada
Toda a
geração que desprezar o ensino da vontade do Senhor estará escravizada por uma
sutil vã maneira de viver, ficando a mercê do servilismo alheio como aconteceu
aos filhos de Israel.
Objetivos da
Lição
► Apontar que coisas trouxeram a vaidade
pessoal e escravidão;
► Mostrar as terríveis consequências de
se desprezar o ensino;
► Aplicar a necessidade de nos
preocuparmos em ensinar a vontade de Deus.
Textos de
Referência
Jz 2.8 Faleceu, porém, Josué, filho de Num,
servo do Senhor, da idade de cento e dez anos.
Jz 2.9 E sepultaram-no no termo da sua
herdade, em Timnate-Heres,
no monte de Efraim, para o norte do monte Gaás.
Jz 2.10 E foi também congregada toda aquela
geração a seus
pais, e outra geração após
eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que fizera a
Israel.
Jz 2.11 Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal
aos olhos do Senhor; e serviram aos baalins.
INTRODUÇÃO
Hoje estudaremos sobre os grandiosos feitos de
Deus na geração de Josué. Como o povo de Israel desfrutou com intensidade, da
prosperidade divina enquanto estiveram no caminho da obediência com Ele,
usufruindo de uma vida de qualidade, muita chuva, terras férteis e abundantes
colheitas. No entanto foram contaminados com os costumes dos pagãos e
apostataram da fé. Mas vamos ver que a importância de um legado espiritual pode
fazer toda a diferença para as gerações futuras.
1.
A geração de Josué
O Deuteronômio é um resumo da Lei de Deus para
os filhos de Israel que estavam prestes a entrar na terra prometida. Josué
recebeu a incumbência de liderar as tribos na conquista da terra, substituindo
Moisés, sem jamais deixar o livro da Lei. Evidente que coube a ele também se
prover de mestres que ensinassem ao povo das tribos, esse foi um legado
glorioso. Seu zelo está exemplificado quando circuncidou todos os homens e
celebrou a páscoa, (Js 5.4-12).
Renovação
da Observância da Circuncisão e da Páscoa. 5:2-12. A circuncisão
e a comemoração da Páscoa marcaram os estágios finais da preparação do povo
escolhido por Deus para a Guerra Santa. Estando os habitantes de Canaã tomados
de terror, Josué pôde permitir que seus soldados ficassem imobilizados alguns
dias por causa da circuncisão, o pré-requisito da festa da Páscoa (Êx. 12:44,
48). (COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY – Josué)
O Povo é Circuncidado em Gilgal (5.2-12)
Israel Estava Avançando. A massa de
quatro milhões de pessoas tinha atravessa do rio Jordão. Implementos de guerra foram
preparados. Ver o trecho de Nm. 1.46 quanto aos mais de seiscentos mil jovens
aptos para a guerra. Havendo assim tantos jovens, sem dúvida havia pelo menos
quatro milhões de pessoas em todas as doze tribos de Israel. Toda aquela gente,
pois, avançou com o se fora um exército. Vitórias preliminares já haviam sido
obtidas na Transjordânia, e agora a parte ocidental do território estava
começando a ser invadida. O moral do povo de Israel era alto, ao passo que o
moral do inimigo (as sete nações cananéias, que deviam ser expulsas; ver Dt.
7.1) estava realmente baixo. O pânico tomara conta daqueles povos, facilitando
assim a conquista por parte de Israel. (O
ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - Josué - Russell Norman
Champlin)
1.1. Os grandiosos
feitos de Deus (Jz 2.7)
2.7
Todos os dias de Josué. Enquanto
continuaram vivos os anciãos que tinham servido juntamente com Josué, Israel
serviu o Senhor de maneira razoável, participando do culto no tabernáculo de
Silo e evitando a contaminação do paganismo que continuava existente em seu
meio, por causa da presença de povos pagãos que não haviam sido expulsos dentre
eles (ver Js. 13.1ss. e o primeiro capítulo do livro de Juízes). Os israelitas
daquela geração foram testem unhas oculares das maravilhas realizadas por
Yahweh, e isso, sem dúvida, fazia parte dos notáveis prodígios do Senhor. Ver
Js. 24.24 quanto à intenção dos israelitas de servir e obedecer, que agora, segundo
nos é dito, fora cumprida. Ver Js, 24.31 quanto a um paralelo exato.
Ver Dt. 10.12 quanto às
palavras-chaves da espiritualidade: temer, andar, amar, servir e guardar os
mandamentos. Josué talvez tenha vivido até trinta anos depois da conquista
militar, pelo que Israel continuou avançando corretam ente por cerca de uma
geração. O restante do livro de Juízes registra uma tremenda oscilação entre a
apostasia e a restauração, mas, de modo geral, prevaleceu a desintegração.
“A tendência gradual para a
deterioração, após a remoção de um bom governante, é perfeitamente comum. Cf. Atos
20.29 e Filipenses 2.12” (Eliicott, in loc.). (O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - Juízes -
Russell Norman Champlin)
7.
Serviu o povo ao Senhor todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que
ainda sobreviveram por muito tempo depois de Josué. A geração de
Josué e seus sucessores imediatos permaneceu fiel ao Senhor por causa de sua
associação com todas as grandes obras, feitas pelo Senhor a Israel. Estas
palavrasformam uma transição da narrativa da conquista de Canaã feita por Josué
para a história dos Juizes. Fazem um paralelo com as palavras de Js. 24:28-31. (COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY – Juízes)
1.2. A
vontade de Deus para o povo
Js
24.15 …Eu e a minha casa servirem os ao Senhor. Este final do
presente versículo com toda a razão tem-se tornado famoso, sobretudo em lares
evangélicos. Incontáveis sermões têm sido pregados a respeito dessa declaração
de Josué. A vida consiste em uma contínua confrontação com escolhas a serem
feitas. Os pais e os líderes precisam apresentar uma boa orientação para que os
filhos e os liderados possam tomar decisões baseadas em boas informações.
Este versículo enfatiza o dever que os
pais têm de ajudar seus familiares a fazer escolhas acertadas. Um pai deve três
coisas a seus filhos: exemplo; exemplo; exemplo. Josué deu exemplo aos seus
familiares e também a todo o povo de Israel, que estava debaixo de suas ordens.
Josué tinha acabado de fazer a revisão dos poderosos atos de Deus em favor do
povo de Israel. Ele tinha estabelecido razões para que os hebreus obedecessem a
Yahweh. Deus se havia exibido por meio dos acontecimentos históricos. Deus é
que tinha brandido o Seu poder e tinha feito tudo. Ver I Rs 18.21. Josué, pois,
não achara a menor dificuldade em fazer a sua escolha. (O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - Josué -
Russell Norman Champlin)
1.3. As
conquistas das terras
Pano
de Fundo Histórico
a. Os patriarcas estiveram jornadeando
na terra de Canaã, durante a Idade do Bronze Média (2100 - 1550 A. C.). Abraão
chegou em Siquém e Betei (Gên. 12) em cerca de 2000 A. C. Desde então, os
genitores da nação de Israel passaram a viver na Palestina ou no Egito.
b. Vem, então, o relato sobre José, que foi vendido ao Egito. Ele acabou
assumindo a segunda posição de maior mando no Egito (cerca de 1991 - 1785 A.
C.), durante o tempo da 12ª dinastia
egípcia. Esse ponto, porém, é muito disputado pelos estudiosos. Alguns eruditos
preferem pensar que Josué governou o Egito durante a época dos intrusos
semitas, os reis hicsos. Nesse caso, o período de Josué foi cerca de 1750 A. C.
ou mesmo mais tarde. E o rei que não conhecera a Josué pode ter sido o primeiro
rei que se elevou ao trono do Egito, depois da expulsão dos hicsos (Êx. 1.8),
não pertencendo à raça semita. Quanto a maiores informações sobre essas
conjecturas, ver o artigo sobre José, seção IV, Cronologia. Se a data posterior
para a carreira de José estava correta, então ele deve ter falecido em cerca de
1570 A. C.
c.
O Cativeiro de Israel no Egito. Os descendentes de Jacó, pois, após
José, foram escravizados no Egito, visto que, então, José tornou-se um fator
desconhecido ali. O cativeiro no Egito parece ter durado entre 200 e 300 anos.
d.
O Êxodo. A data desse grande evento também é intensamente debatida pelos
intérpretes. Alguns pensam que ele ocorreu em cerca de 1445 A. C., ou seja,
cerca de 500 anos antes de Salomão ter erigido
o templo de Jerusalém . Mas há quem pense que o êxodo ocorreu na 19ª
dinastia egípcia (135 - 1200 A. C.). Ver no Dicionário os artigos sobre Cronologia
e Êxodo. Seja como for, Moisés foi levantado pelo Senhor, com o proposto de pôr
fim ao cativeiro de Israel no Egito.
e. Vieram, então, os quarenta anos de
vagueação de Israel pelo deserto, que atuaram com o uma espécie de resfriamento
e período de planejamento, um tempo de preparação para a conquista da Terra
Prometida. Em parte, foi uma espécie de retorno à pátria, uma renovação dos
antigos modos de viver. Parece que, a essa altura dos acontecimentos, as doze
tribos de Israel já estavam bem formadas, podendo ser distinguidas claramente
uma das outras, e assim elas entraram na Terra Prometida. Josué e seus
exércitos encontraram o país dividido em muitas pequenas cidades-estados,
sempre se hostilizando mutuamente, mas unindo-se quando tinham de combater contra
algum intruso comum. As cartas de Tell el-Amarna(ver a respeito no
Dicionário)fornecem-nos esse tipo de quadro, em concordância com os detalhes
que encontram os no livro de Josué.
f.
Josué é livro que relata com o Israel invadiu a terra de Canaã, apossou-se
dela (com várias falhas, deixando que muitos nativos continuassem no
território), e então dividiu o país em
regiões, cada qual pertencendo a uma tribo. Quanta coisa precisou ser corrigida
mais tarde, e se as conquistas consumiram um tempo mais dilatado do que aquilo
que nos é dito (pois pode ter havido uma espécie de condensação das
narrativas), não sabem os dizê-lo. No entanto, podemos confiar na mensagem
geral que ali nos é exposta, sem nos preocuparmos muito com detalhes
cronológicos. (O ANTIGO TESTAMENTO
INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - Josué - Russell Norman Champlin)
2.
A importância de um legado
As tribos de Israel se encaminhavam para ser uma
grande nação, já era um grande povo, mas precisava continuar as suas
conquistas. Entretanto, com o passar do tempo, à medida que foram avançando,
começaram a interessar-se pelo paganismo cananeu, deixaram-se seduzir pelos
encantos dos seus rituais de fertilidade, que eram acompanhados com danças
sensuais, prostituição e, depois, o aniquilamento de muitos bebês, que desse
relacionamento impudico, nasciam. A morte desses inocentes trazia muito
desgosto a Deus e, por tudo isso, Ele resolveu dar a terra um povo que fizesse
a sua vontade, mas não foi isso que aconteceu, os filhos de Israel acabaram por
anexar a sua vida tais práticas. Vejamos como isso foi possível.
2.1.
Ignorância de uma geração (Jz 2.10)
2.10
Outra geração...que não conhecia ao Senhor. A espiritualidade morreu juntamente com a
geração mais antiga. Todas as testemunhas oculares já haviam morrido. Não havia
restado ninguém que pudesse dizer “eu vi”. À nova geração restava ler livros e
ouvir histórias. A lei do amor também não havia sido implantada no coração
deles. As populações pagãs ao redor tinham-nos infectado com a doença da idolatria.
Não conheciam, pois, a Yahweh; nem tinham contemplado Suas obras admiráveis.
Eles eram espiritualmente estéreis. O fato de não conhecerem a Yahweh
significava que também “não O reconheciam" (ver Pr. 3.6). No coração deles
predominava a incredulidade acerca de todos os relatos sobre o passado glorioso
de Israel. Não demoraria nada para que a idolatria substituísse a Yahweh, e o
monoteísmo yahwista estava prestes a sofrer tremenda derrota. A geração antiga
estava morta e sepultada; a espiritualidade da nova geração estava morta e
sepultada.
“A experiência religiosa vital da
antiga geração não pode ser facilmente comunicada à nova geração. Cada geração
precisa encontrar Deus por si mesmo. A fé de nossos pais é valiosa não quando é
reverenciada por seus próprios méritos, mas quando se torna o estímulo para que
cheguemos a uma fé semelhante. Muitos homens que se mostram sentimentais quando
relembram a piedade de seus pais não sentem nenhuma necessidade ou obrigação de
exibir devoção idêntica" (Phillips P. Elliott, in loc.). (O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO
POR VERSICULO - Juízes - Russell Norman Champlin)
2.2.
Abandono das raízes (Jz 2.11)
2.11
Então fizeram os filhos de Israel o que era mau. Temos aí a expressão introdutória padrão, uma
espécie de fórmula-chave para introduzir algum fracasso lamentável. Ver o
primeiro parágrafo da introdução anteriormente, quanto a uma lista de
referências onde essa expressão foi usada. A apostasia sob a forma de idolatria
também foi a principal queixa do autor sagrado, sempre que iniciou uma seção
com essa fórmula. Ver no Dicionário o artigo intitulado Idolatria.
“Eles caíram precisamente na idolatria
contra a qual tinham sido tão enfaticamente advertidos (Dt. 4.19)” (Eliicott,
in loc.).
Serviram aos Baalins. Baal e Astarote (vs. 13) eram os deuses
masculino e feminino dos cananeus. A forma plural, bálanos, aqui usada,
evidentemente refere-se aos muitos cultos locais da adoração ao deus Baal. Ver
no Dicionário o verbete intitulado Baal
(Baalismo). Usualmente, Baal era apresentado como uma deidade cósmica. O
versículo 13 deste capítulo dá a forma singular do nome. O baalismo original,
ao que tudo indica, teve origem fenícia, embora possam ser encontrados traços
por todo o mundo cananeu, até mesmo em nomes próprios cartagineses, como
Hasdrubal, Hanibal, Haherbal, Aderbal etc. (O
ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - Juízes - Russell
Norman Champlin)
2.3. A
apostasia (Jz 2.12)
2.12
Deixaram ao Senhor Deus de seus pais.
Yahweh tinha efetuado um tremendo livramento de Israel do Egito (um tema
reiterado por cerca de vinte vezes no Deuteronômio; ver as notas expositivas a
respeito em Dt. 4.20). O autor sacro mencionou aqui uma evidência conspícua do
poder e do socorro prestado por Yahweh, embora esperasse que lembrássemos a
história inteira de Israel em seu relacionamento com Yahweh. Porém, a despeito
de tudo quanto tinha sido feito, os hebreus acabaram por cair na temível
idolatria contra a qual haviam sido advertidos.
Os filhos de Israel caíram vítimas da
idolatria estando já na Terra Prometida, a qual tinham recebido como herança da
parte de Yahweh, graças ao Pacto Abraâmico (ver os comentários a respeito em
Gn. 15.18). Esse desvio ocorreu apesar de sua história ilustre. Foi uma queda
que laborava contra a própria história. Baal e Astarote nada tinham feito em
favor deles; no entanto, eles preferiram formas religiosas vazias. Todo pecado
rema contra a história, pois o homem espiritual tem consciência de que não deve
agir dessa forma, em vista do registro histórico tanto universal quanto
pessoal. Israel esqueceu-se de Yahweh, e isso por escolha deliberada. Ver Js.
24.15, onde os hebreus foram convidados a “escolher", e onde responderam
que escolheriam o certo, Yahweh. Israel, pois, quebrou todos os seus votos.
Ensinou Jesus: “Ninguém pode servir a
dois senhores” (Mt. 6.24). O yahwismo não chegou a morrer totalmente em Israel;
mas ficou poluído mediante elementos e corrupções estrangeiras. Alguns
evangélicos continuam tendo dificuldades com os ídolos. A maioria daqueles que
rejeitaram a idolatria crassa ainda assim mantêm ídolos no coração e na mente,
tais como o dinheiro, o poder, o reconhecimento, os prazeres etc. Outros
deixam-se envolver em uma franca idolatria, como se fossem meros pagãos. Todos
somos cercados por formas sutis de idolatria, que nos vexam e furtam a sua
espiritualidade.
Yahweh, pois, foi provocado ao zelo e
à ira, o que, inevitavelmente, resultou em um severo julgamento. Ver Nm. 12.9
quanto à ira do Senhor; ver acerca de Yahweh como um Deus zeloso, em Dt. 4.24;
5.9; 6.15 e 32.16,21. (O ANTIGO
TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - Juízes - Russell Norman
Champlin)
3.
Sofrimentos de uma nação apóstata
À medida que os filhos de Israel avançavam em
seu relacionamento com o paganismo cananeu, iam dando as costas para Deus. Um
comportamento tresloucado, que traria amargo sofrimento e que deixaria
profundas marcas na história dos hebreus.
3.1. O
ardor da ira divina (Jz 2.14)
2.14
Pelo que a ira do Senhor se acendeu. Tinham sido provocados o zelo e a ira
de Yahweh, e o resultado inevitável foi o juízo divino. Ver as notas sobre o
versículo 12, acerca da ira e do zelo de Yahweh. (Yahweh, pois, foi provocado ao zelo e à ira, o que, inevitavelmente,
resultou em um severo julgamento. Ver Nm. 12.9 quanto à ira do Senhor; ver
acerca de Yahweh como um Deus zeloso, em Dt. 4.24; 5.9; 6.15 e 32.16,21.)
E
os deu na mão dos espoliadores.
Populações que moravam nas cercanias de Israel, ouvindo falar da
prosperidade dos hebreus, estavam sempre prontas para atacar, matar e roubar.
Enquanto Israel mostrou-se obediente, tais inimigos, embora sempre presentes e
vigilantes, foram mantidos à distância. Mas uma nação desobediente de Israel
tornou-se presa fácil daqueles selvagens. Assim sendo, no livro dos Juizes,
temos a história de sete apostasias e de sete servidões de Israel a poderes
estrangeiros. O castigo imposto por Yahweh, a Seu povo desobediente e desviado,
era simplesmente entregá-lo nas mãos dos inimigos que os haviam contaminado
mediante a idolatria. A história dos muitos assaltos e pilhagens do povo de
Israel, por parte de várias populações, ilustra o fato de que Israel estava
cercado por inimigos. A Terra Prometida supostamente lhes pertencia, mas na
realidade aquele foi um lugar de constante hostilidade e de muitos perigos. A
derrota dos israelitas, às mãos de seus adversários (ver o vs. 15; Lev. 26.17;
Deu. 28.25,48), resultava da intervenção da mão de Yahweh, para castigar os
filhos de Israel devido à sua idolatria. Cf. Sal. 78.59; 106.34-45; Deu. 32; II
Reis 17; 24.2-4; II Crô. 36.11-21 e Jer. 11.2-10. (O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - Juízes -
Russell Norman Champlin)
14.
A ira do Senhor seacendeu contra Israel. A idolatria era considerada um
rompimento da aliança, envolvendo ritos imorais incompatíveis com a santidade
que Deus exigia do Seu povo. Não mais
puderam resistir a eles (aos inimigos). O Deus de Israel não era incapaz de
proteger o Seu povodos seus saqueadores. No exercício do Seu governo, contudo.
Ele escolheu usar os inimigos de Israel como meio de castigar o povo rebelde. (COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY – Juízes)
3.2. O
crescimento impedido (Jz 2.15)
2.15
Por onde quer que saíam, a mão do Senhor era contra eles. Persistentemente,
os juízos de Yahweh contra Israel provocavam uma agitação constante.
Isso sumaria o período dos Juízes,
quando Israel se achava em uma radical espiral descendente. Os treze juízes
(ver o versículo seguinte) que foram levantados por Yahweh conferiram-lhes um
alívio meramente temporário; mas o problema, na verdade, nunca foi resolvido de
forma definitiva.
“Eles não prosperavam em nenhum
empreendimento em que se metessem ou em que pusessem a mão, em nenhuma
expedição que fizessem, ou quando saíam à guerra, conforme Kimchi, Ben Melech e
Abarbinel explicaram a questão. A batalha sempre lhes era desfavorável, pois
Deus era contra eles” (John Gill, inioc.).
Yahweh, porém, tinha avisado sobre os temíveis resultados da queda na
idolatria (ver Dt. 29.12-29; ver também Dt. 28.25 e Lv. 26.17-46).
“O mesmo poder que, anteriormente, os
havia protegido, quando se mostravam obedientes, agora se voltava contra eles, porque
se tinham tornado desobedientes. Não somente eles não dispunham da presença de
Deus, mas também O tinham contra eles” (Adam Clarke, in loc.). (O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO
POR VERSICULO - Juízes - Russell Norman Champlin)
3.3. Nas
mãos dos inimigos (Jz 2.16)
2.16 Suscitou o Senhor juízes. Isso reflete certa medida da misericórdia
divina. Israel estava em um período de desgraça, mas finalmente haveria uma
restauração. Davi haveria de reverter muita coisa errada. Ele seria outro
instrumento especial de Yahweh. Porém, isso ainda distava cerca de cinco
séculos adiante.
Entrementes,
aos juízes foi concedido fazer alguma coisa, periodicamente, para aliviar os
sofrimentos de Israel, que, afinal de contas, eram auto infligidos. Este
versículo funciona como uma espécie de sumário, uma breve declaração, acerca do
que significavam e do que faziam os juízes.
Yahweh não
realizava intervenções miraculosas e grandiosas, conforme tinha ocorrido nos
casos de Moisés e de Josué. Pelo contrário, Ele realizava pequenas
intervenções, mediante instrumentos cuidadosamente escolhidos, esperando pelo
dia em que poderia fazer algo mais poderoso.
Ver os treze
juízes de Israel, ilustrados na seção imediatamente anterior a Juízes 1.1, onde
apresentei um gráfico.
É
significativo que a palavra final, neste caso, não é punição, e, sim, salvação.
E isso se mostra em harmonia com as operações gerais e habituais de Deus.
Ver na
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo intitulado Restauração.
Ver também as
notas expositivas sobre I Pedro 4.6, no Novo Testamento interpretado. (O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO
POR VERSICULO - Juízes - Russell Norman Champlin)
16. Suscitou o Senhor juízes. O castigo
para a idolatria fora planejado para levar Israel de volta a Deus. O Senhor respondeu
às orações penitentes do Seu povo na hora de sua angústia, e levantou juízos,
isto é, salvadores ou libertadores. . (COMENTÁRIO
BÍBLICO MOODY – Juízes)
CONCLUSÃO
Embora
o cristão como qualquer outra pessoa aprenda com seus próprios erros e
sofrimentos, a maioria deles são desnecessários, uma vez que tudo quanto foi
registrado nas Escrituras é destinado para o nosso ensino, consolação e
esperança (Rm 15.4). Não é necessário, por exemplo, que Deus cerre as janelas e
as portas do céu contra o nosso crescimento financeiro, mas, às vezes, fá-lo
para nos conduzir de volta a sua presença, caso contrário, o prosperar, sem
Ele, poder-nos-ia levar a uma derrota total e eterna.
Rm 15.4 öσα γαρ προεγράφη, εις τήν ήμετεραν διδασκαλίαν εγράφη, ΐνα δια τής υπομονής και δια τής πρακλήσεως των γραφών τήν ελπίδα εχωμεν.
4. Qual o valor que o V.T, tem para o cristão? Ele tem instruções para
os crentes cristãos. Ao ler e aceitar as Escrituras do V.T., o cristão recebe
as duas coisas, paciência e consolação. Instrução, paciência e
consolação são todos elementos essenciais para o cristão que tem esperança (v. 4). O V.T pode fazê-lo
porque é um livro sobre Deus e Seu povo, mais do que sobre idéias. (COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY – Romanos)
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: VIDA CRISTÃ
VITORIOSA – Editora Betel - 1º Trimestre 2013 – Lição 03.
muito boa essa aula em nossa igreja Assembléia de Deus - mninistério madureira em PARQUE REAL.
ResponderExcluirAula foi ministrada pelo jovem que abordou este tema com muita amplitude e sabedoria.
Parabéns!!!
amem, querido.
ResponderExcluirespero que todas as aulas sejam sempre assim, onde o povo venha verdadeiramente ser levado ao pleno conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo.
parabens aos professores tb neh, que souberam conduzir a materia de forma perfeita, sei que o Espírito Santo esta ai capacitando e moldando a vida dos amados e estamos orando para que Deus continue levantando homens e mulheres capacitados.