“O retorno ao primeiro amor”
a paz queridos,
estamos começando o ano de 2013 com muita vontade de realizar a obra do Senhor, e quero desejar a todos os amados um 2013 cheio de bençãos da parte do Senhor Jesus Cristo e realizações em todas as áreas de vossa vida.
venho novamente deixar meu pedido a todos que queiram nos ajudar nesta tarefa tão nobre que é ensinar, a postar o comentário da lição deste trimestre, me mande por Email o comentário da lição respetiva ao que cada um gostaria de postar, que estarei com todo prazer colocando, não se esqueça de mencionar o nome, a congregação que congrega e o cargo que exerce.
que todos fiquem na Paz do Senhor Jesus Cristo e uma ótima semana a todos.
Pr. rafael Nimer
LIÇÃO 01 – 06 de Janeiro de 2013
Texto Áureo
“Lembra-te,
pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se
não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te
arrependas”.Ap 2.5
Verdade
Aplicada
O amor era
um assunto muito importante para a igreja primitiva. Sua ausência era encarada
como decadência na vida cristã.
Se não
voltarmos urgentemente ao primeiro amor, jamais viveremos o refrigério de um
grande e poderoso avivamento. (Grifo
meu)
Objetivos da
Lição
► Relembrar as primeiras obras como
motivação para uma vida renovada;
► Mostrar que a doutrina e o zelo pela
ortodoxia não poderão substituir o amor de Cristo;
► Ensinar como o cristão pode voltar ao
primeiro amor.
Textos de
Referência
Ap 2.1 Escreve ao anjo da igreja que está
em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no
meio dos sete castiçais de ouro:
Ap 2.2 Eu sei as tuas obras, e o teu
trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova
os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos;
Ap 2.3 e sofreste e tens paciência; e
trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste.
Ap 2.4 Tenho, porém, contra ti que deixaste
a tua primeira caridade.
INTRODUÇÃO
Nesta lição estudaremos sobre a necessidade de
voltarmos ao primeiro amor. Tal retorno significa voltar ao amor original, com
as primeiras práticas cristãs. Vamos
estudar a mensagem de João a uma das sete igrejas da Ásia. Saber como eles
perderam o seu primeiro amor, e descobrir que, apesar de toda a sua frieza
espiritual, era possível eles retornarem ao início de tudo.
Uma característica marcante da igreja
de Éfeso era a sua intolerância à heresia. Quanto à doutrina, era ortodoxa e
implacável. Mas quanto à prática do amor, tornara-se heterodoxa, fria e seca. A
carta à igreja dos efésios nos ensina que a ortodoxia uma vez praticada sem
amor, esfria e mata a verdadeira espiritualidade. Não podemos, a pretexto de
“zelar” pela verdade, desconsiderar o cultivo de uma profunda espiritualidade
banhada em amor. A nossa mensagem deve tocar mentes e corações. Assim, como o
Senhor requereu da igreja de Éfeso, devemos voltar ao primeiro amor e
encharcarmos-nos do Evangelho da Graça de Deus. (Lição 03 - Éfeso, a
Igreja do amor esquecido – CPAD 2º trimestre 2012)
1.
A mensagem à igreja de Éfeso
A cidade de Éfeso era a capital da província da
Ásia (Ap 1.4). Uma cidade de beleza única, e a quarta maior cidade do império
romano. Nesta metrópole agitada estava construído o templo da deusa Diana (At
19.23-27), considerado por muitos como uma das sete maravilhas do mundo antigo.
O procônsul precisava desembarcar ali quando iniciava o seu oficio de
governador da Ásia. Por Éfeso, passava a estrada principal para Roma, lugar
que, segundo os historiadores, prisioneiros cristãos eram transportados para
serem lançados às feras como alimento. Inácio chamou aquele lugar de a rota dos
mártires.
ÉFESO. O nome
significa “desejado”. Situação Geográfica: a cidade de Éfeso se encravava no
pequeno Continente da Ásia Menor. “Esta era a capital da província romana da
Ásia. Com Antioquia da Síria e Alexandria no Egito, formavam o grupo das três
maiores cidades do litoral leste do Mar Mediterrâneo. Pelo menos duas vezes,
Paulo esteve nessa cidade (At 18.19 e 19.1).
Em sua terceira viagem por aquela
região, ele não chegou até lá, mas estando em Mileto “mandou a Éfeso, a chamar
os anciãos da Igreja”. Essa igreja recebeu duas cartas: uma de Paulo (epístola
aos efésios), e outra de Cristo (à que está em foco). A primeira em 64 d. C., a
segunda em 96 d. C. (Apocalipse Versículo
por Versículo - Severino Pedro da Silva)
1.1. O
destino e o autor da mensagem
“...
Ao anjo da igreja”. Nada se sabe de certo quem era esse “anjo” nos dias em que esta
carta estava sendo enviada, a não ser aquilo que depreende do texto em foco.
Segundo o relato de Lucas em Atos 20, quando Paulo visitou a Ásia Menor, “...
de Mileto mandou a Éfeso, chamar os anciãos da igreja. E, logo que chegaram
juntos dele, disse-lhes... Olhai pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o
Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que
ele resgatou com seu próprio sangue” (At 20.17, 18, 28). Quando Paulo falou
essas palavras, Timóteo era o pastor (anjo) da igreja de Éfeso (1Tm 1.3) e
provavelmente Tíquico tenha sido seu substituto (At 20.4; Ef 6.21; 2Tm 4.12). O
“anjo” a que Jesus se refere bem pode ser este último. (Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva)
A primeira carta do Apocalipse
está dirigida à congregação que se reunia no porto de Éfeso (cf. At 18.18;
19.41). Lar de Priscila e Áquila (18.27), essa cidade foi provavelmente o lugar
aonde chegou o portador do livro de Apocalipse. Paulo e Apolo também haviam
ajudado a estabelecer a Igreja nesse local. O ministério de Paulo havia sido
particularmente acompanhado pelo que Lucas chama de “maravilhas
extraordinárias” (19.11). A comunidade cristã local também estava enfrentando
uma terrível oposição, liderada pela associação dos ourives, cujos membros eram
artífices das lucrativas imagens de Ártemis (a mesma deusa Diana) (19.23-40;
cf. 2 Tm 4.14-17). Paulo havia deixado a cidade pouco antes da rebelião que ali
se instalou, instigada por esse grupo de artesãos. (Lição
03 - Éfeso, a Igreja do amor esquecido – CPAD 2º trimestre 2012)
1.2. O
caráter da carta aos efésios
“...
os que dizem ser apóstolos”. Está em foco neste versículo, os
chefes Gnósticos, que tinham arrogado para si o título de apóstolos de Cristo.
Paulo diz que tais “... falsos apóstolos são obreiros fraudulentos,
transfigurando-se em apóstolos de Cristo” (2Co 11.13b). Diante dos “anciãos de
Éfeso”, Paulo os chamou de “... lobos cruéis, que não perdoarão ao rebanho” (Al
20.29a). Oito livros do Novo Testamento foram escritos contra formas diversas
dessa heresia, a saber: (Colossenses, as três epístolas pastorais, as três
epístolas joaninas e Judas). A Epístola aos Efésios, o evangelho de João e o
livro do Apocalipse, em alguns trechos esparsos, também refletem oposição a
essa heresia. A igreja de Éfeso não suportava os tais gnósticos e por isso foi
louvada pelo Senhor: “puseste à prova”. Esta expressão é o equivale dizer no
grego: “Reprovaste-Os”.
1. A igreja de Éfeso, talvez tenha sido
a de maior cuidado do ministério de Paulo; O Novo Testamento diz que, Paulo
esteve em Éfeso, levando consigo Priscila e Áquila; e deixou-os ali (At 18.19);
retornou mais tarde (19.1) e desta vez permaneceu dois anos, dedicado à
pregação do Evangelho. Dessa maneira, todos os que habitavam na Ásia ouviram a
palavra sobre o Senhor Jesus, assim judeus como gregos (At 19.10). Éfeso chegou
mesmo a tornar-se o centro do mundo cristão. “As profecias de Paulo
realizaram-se: poderá hoje, quem visita Éfeso saber onde era o lugar da casa ou
templo em que a igreja se reunia? Tudo ruína! “Como homem, combati em Éfeso
contra as bestas” disse Paulo: Feras humanas! (cf. 1Co 15.32)”. (Apocalipse Versículo por Versículo -
Severino Pedro da Silva)
1.3. A
doutrina na igreja em Éfeso
“...
os nicolaítas”. Não podemos determinar com certeza serem estes “nicolaítas”
discípulos de “Nicolau”, o sétimo diácono (At 6.5). O texto divino escrito por
São Lucas, afirma ser Nicolau, um homem de “boa reputação, cheio do Espírito
Santo e de sabedoria” (At 6.3). O Apóstolo João, conhecia bem pessoalmente a
Nicolau, e sem dúvida, no dia de sua separação para o diaconato (o texto em si
não diz que aqueles sete foram separados para diáconos; mas o grego ali
existente favorece o significado do pensamento: diáconos, três vezes,
ministros, sete vezes e servos, vinte vezes), pôs suas mãos sobre ele (At 6.2,
6), é esta razão, além de muitas outras, motivo para não infligirmos na conduta
deste servo de Deus, aquilo que ele não foi. Se assim o tivesse sido, João
teria citado seu nome como fez com os outros inimigos da igreja. De acordo com
C. I. Scofield, a palavra “Nicolau” quer dizer “Vencedor do Povo”, e o termo
“nicolaítas” que vem no superlativo tem quase o mesmo sentido: Nico é um termo
grego que significa conquistar ou subjulgar. Laitanes é a palavra
grega de onde se deriva nosso vocábulo “leigo”. Nas cartas do Apocalipse,
quando é mencionada uma doutrina ou ato de uma pessoa, comumente se usa
mencionar seu nome, por exemplo: “doutrina de Balaão” (2.14); “os tronos de
Satanás” (2.13); “sinagoga de Satanás” (2.9 e 3.9); “as profundezas de Satanás”
(2.24); “toleras Jezabel”, etc. (2.20). Quanto aos nicolaítas, o estilo muda
completamente como pode muito bem ser observado: a frase “as obras dos nicolaítas”
(2.6), e “doutrina dos nicolaítas” (2.15). O presente texto, diz: “As obras de
Nicolau” (a pessoa); nem a “doutrina de Nicolau” (um dos sete). O leitor deve
observar a frase pluralizada: “As obras (dos) nicolaítas” e “doutrina (dos)
nicolaítas”. Estas expressões referem-se a um grupo e não a uma pessoa.
1. Outro ponto de vista sobre o
assunto que deve ser observado é que Nicolau “era prosélito de Antioquia” (At
6.5); separado para o diaconato, servia na igreja de Jerusalém. O livro de Atos
dos Apóstolos não fala de Nicolau como tendo-se destacado como missionário
itinerante, a exemplo de Estevão e Filipe (At 6.8 e 21.8). É evidente que sua
esfera de trabalho foi local; ele não alcançou lugares distantes como Éfeso e
Pérgamo. Pelo que sabemos, não é mencionado mesmo ante ou depois de Cristo, um
homem chamado Nicolau que tenha fundado uma seita, a não ser aquilo depreendido
e focalizado do texto em foco. Se essa palavra é simbólica, vemos, neste
vocábulo, “nicolaítas”, o começo do controle sacerdotal ou eclesiástico sobre
as congregações (igrejas) cristãs individuais. O Sr. A. E. Bloomfield declara o
que segue: Os movimentos das igrejas, visando poder político e prestígio social
mediante uniões, federações e alianças mundanas, são “doutrinas e obras” dos
nicolaítas. Trata-se do esforço de restaurar, por métodos humanos, aquilo que
se perdeu (o primeiro amor). Observemos dois pontos focais ainda sobre o
presente assunto:
(a) Tudo indica que “nicolaítas”,
refere-se ao começo da noção de uma ordem sacerdotal na igreja: “clero” e
“leigos”. Tudo nos faz crer, que esta seita denominada de “nicolaítas” faz
parte de um “sistema” gnóstico existente naqueles dias; pode ser isso o sentido
real do que temos aqui.
(b) Como já ficou estabelecido acima: “...
Em época posterior a Cristo, houve uma seita gnóstica conhecida pro “os
nicolaítas”, a qual é mencionada por Tertuliano de Cartago. Que também era de
índole gnóstica”. (Apocalipse Versículo
por Versículo - Severino Pedro da Silva)
Deus nunca
está desatento ao que fazemos por Ele. Jesus diz à igreja de Éfeso: Eu sei (2). Sempre é um conforto lembrar
que nosso Senhor nos conhece corretamente.
A igreja de
Éfeso é primeiramente elogiada por suas obras. Encontramos isso novamente em
2.19; 3.1,8,15. Trabalho (kopos) é um termo forte. Barclay diz que ele descreve "trabalho
até suar; trabalho até ficar exausto; o tipo de labuta que suga toda a energia
e mente que um homem possui".
Paciência dificilmente é uma tradução
adequada para a palavra grega aqui, que significa "persistência
imperturbável". Barclay comenta: "Hupomone não é a paciência inflexível que resignadamente aceita as
coisas, e que curva sua cabeça quando preocupações aparecem. Hupomone é a bravura corajosa que aceita sofrimento, privação e perda
e os transforma em graça e glória".
Smith faz uma
observação interessante acerca desses três termos usados aqui. Ele escreve:
"Fé, esperança e amor lamentavelmente estão faltando
aqui. Contraste essa igreja com a de Tessalonicenses: Éfeso tinha obras, mas não obras de fé; trabalho, mas não
trabalho de amor; paciência, mas não paciência de amor" (1 Ts 1.3). Ele
então torna essa declaração significativa: "Não é demais dizer que uma
igreja pode ter todas essas virtudes mencionadas e mesmo assim estar destituída
de vida espiritual". Poderíamos acrescentar o seguinte: e o mesmo vale
para cada indivíduo.
A igreja de
Éfeso não era apenas diligente, mas também cautelosa em termos de disciplina:
ela não podia sofrer ("suportar", ARA;
"tolerar", NVI) os
maus. Diferentemente de Corinto,
ela não tolerava o pecado dentro da igreja. Ela havia colocado à prova os que dizem ser apóstolos
e o não são e os havia achado mentirosos. A íntima conexão dessas cláusulas
sugere que os maus devem ser identificados com os falsos apóstolos. Swete explica quem eram essas pessoas:
"Os falsos mestres afirmavam ser apostoloi num
sentido mais amplo, mestres itinerantes com uma missão que os colocava num
nível mais elevado do que os anciãos locais" (cf. 1 Co 12.28; Ef 4.11).
Esses apóstolos itinerantes se tornaram um
verdadeiro problema na Igreja Primitiva. Evidentemente, era requerido que
levassem "cartas de recomendação" de alguma igreja estabelecida (2 Co 3.1). Em
sua primeira epístola, João adverte: "provai [testai] se
os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no
mundo" (1 Jo 4.1). O Didaquê, escrita em meados do
segundo século, relata como esses itinerantes deveriam ser testados: "E
cada apóstolo que vem a vocês, que seja recebido como o Senhor; mas ele não
deverá permanecer mais do que um dia; se, no entanto, for necessário, que fique
mais um dia; mas se permanecer três dias,
ele é falso profeta". Em outras palavras, ele não deve se aproveitar da
hospitalidade da igreja.
No melhor
manuscrito grego, tens
paciência (3) vem antes de sofreste, que está conectado com pelo meu nome; ou seja: "Vocês têm
pacientemente sofrido por causa do meu nome". E trabalhaste pelo meu nome e não
te cansaste no grego
significa simplesmente: "e vocês não têm desfalecido". Os cristãos
de Éfeso eram obreiros incansáveis.
Acerca da
descrição da igreja em Éfeso, Ramsay escreve:
"O melhor comentário disso é encontrado na carta de Inácio aos Efésios
[...] As características que ele elogia na Igreja de Éfeso são as mesmas que
São João menciona [...] 'Devo ser treinado para a disputa convosco na fé, na
admoestação, na perseverança e na longanimidade' (v. 3): 'porque todos vós
viveis de acordo com a verdade e nenhuma heresia tem se alojado no meio de vós'
(v. 6)".
A igreja em
Éfeso é também aprovada porque
aborrece as obras dos nicolaítas (6). Não se sabe ao certo quem
eram essas pessoas (Eles são mencionados novamente no v. 15). Irineu (cerca de
180 d.C.) diz que eles foram estabelecidos por Nicolau de Antioquia, mencionado
em Atos 6.5. Mas Clemente de Alexandria questiona isso. Depois de discutir as
várias teorias, Swete conclui:
"Como um todo parece melhor aceitar a suposição de que um partido levando
esse nome existia na Ásia quando o Apocalipse foi escrito, quer devesse sua
origem a Nicolau de Antioquia, que não é improvável [...] ou a algum outro
falso mestre com esse nome".
Na expressão as quais eu também aborreço, Swete faz esta observação pertinente:
"Aborrecer obras más [...] é uma verdadeira contrapartida do amor ao bem e
ambos são divinos". (Lição 07 - CARTA À IGREJA DE ÉFESO – BETEL 4º trimestre 2006)
2.
A frieza dos cristãos de Éfeso
O caráter da igreja de Éfeso tinha um
diferencial em relação às demais igrejas. Estava alinhada com as práticas
litúrgicas e doutrinárias, mas divorciada da prática da piedade e do exercício
do amor. Eles haviam esquecido o primeiro amor, e não se importavam mais com esse
tema.
2.1. O
primeiro amor foi esquecido
Cristo o grande Cabeça da Igreja viu apenas uma coisa errada na congregação em Éfeso. Embora essa congregação
fosse ortodoxa, perseverante e zelosa, ela carecia do amor. Sem isso, tudo o
mais era em vão.
A tradução da KJV minimiza a seriedade da acusação ao inserir em
itálico a palavra somewhat (depois substituída
por something, que quer dizer "algo" ou "alguma
coisa"). Isso distorce a afirmação do original. O grego diz: "Tenho,
porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor" (cf. ARA),
como é o titulo da nossa lição dominical. Isso não era um insignificante "alguma
coisa". O texto seguinte mostra que a situação era uma completa tragédia,
requerendo um remédio drástico.
Muitas vezes é dito que a igreja de Éfeso tinha "perdido"
seu primeiro amor. Mas, não é isso que o texto diz. Lemos: que deixaste [o teu primeiro amor]. O verbo é aphiemi, que significa "deixar ir,
mandar embora, desistir, abandonar". Tudo isso sugere uma negligência voluntária. É por
isso que se exigiu o arrependimento. Pecados de omissão podem ser tão fatais em
suas consequências quanto que pecados de ação.
O que era essa primeira caridade que a igreja de Éfeso havia
deixado? Quase todos os comentaristas concordam que a palavra primeira precisa ser interpretada
cronologicamente: esse era o amor da igreja primitiva em Éfeso, especialmente
durante os dias do ministério de Paulo ali (cf. At 19.20; 20.37). A tentativa
de alguns de interpretá-la qualitativamente como que significando "amor de
primeira classe" não parece encontrar apoio adequado na palavra grega
usada aqui. É verdade que ela pode significar "principal" ou
"superior". Mas a ideia
é de prioridade e não de qualidade.
O termo caridade (ou "amor") é
interpretado pela maioria como significando "amor fraternal". Os Pais
gregos da Igreja Primitiva acreditavam que a referência era à falta de cuidado
pelos irmãos pobres. Outros associam essa passagem a Jeremias 2.2, em que Deus acusa Israel de ter
esquecido "do teu amor quando noiva". Isto é, os Efésios haviam
deixado o seu amor por Cristo. A melhor proposta é a posição inclusiva de
Charles R. Erdman:
"Esse era o amor por Cristo e o amor pelos companheiros cristãos. Os dois
aspectos são inseparáveis".
Inevitavelmente
aparece uma pergunta: Porventura, o zelo da igreja de Éfeso na sua defesa
pela ortodoxia contribuiu para a perda do amor? Isso é bem provável. Ao
defender a verdade e disciplinar membros instáveis, é fácil desenvolver um
espírito severo e crítico que acaba destruindo o amor. E, com frequência,
quando o calor do amor divino desaparece, as pessoas tornam-se mais zelosas
na luta por doutrinas e padrões ortodoxos. Esse é um perigo contra o
qual todos devem vigiar. (Lição 07 - CARTA À IGREJA DE ÉFESO – BETEL 4º trimestre 2006)
2.2. A
importância do amor
“...
A primeira caridade”. (O primeiro amor). A presente expressão, não
significa “declínio da fé” como alguns, mas, antes, sugere um esfriamento no
amor (Mt 24.12). Cerca de 30 anos antes desta carta, a igreja de Éfeso, tinha
ardente caridade para com “todos os santos” (cf. Ef 3.18). Paulo chegou até a
convidá-los a participarem da “... largura, e a altura e a profundidade” do amor
de Deus, “... que excede todo o entendimento” (Ef 3.18-19). O desaparecimento
gradual do amor fraternal no coração do salvo (Mt 24.12). Tem como resultado, o
abandono da “primeira caridade”. Pedro disse aos seus leitores: “... sobretudo,
tende ardente caridade...” (1Pd 4.8).
1. Cristo mencionou não menos que 9
características destacadas e louváveis que achou na igreja do Éfeso. Mas por
isso podia desculpá-la da falta de amor. Apesar de qualquer esforço, ou de
qualquer grau de sinceridade, gravíssimo é o nosso estado espiritual se nos
faltar o amor: “... ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os
mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que
transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria”. “... ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me
aproveitaria”. Esta é a grande declaração do Apóstolo Paulo, em 1Co 13.3-4. Se
o cristão não tem amor, a vida espiritual também não tem sentido. “Nada
Seria!”. Disse ele!. (Apocalipse
Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva)
2.3. O que
era o primeiro amor para eles?
Depois de elogiar a igreja pelo seu
trabalho, paciência e intolerância para com os pseudo-apóstolos, o Senhor
refere-se a uma trágica deficiência - ela perdera o seu primeiro amor (v. 4).
G.Campbell Morgan relaciona esta
passagem com as palavras de advertência de Paulo à igreja de Corinto:
"Pois eu a dei por esposa a um marido, para que a pudesse apresentar como
virgem pura a Cristo. Mas temo, e espero que não aconteça, que tal como a
serpente envolveu Eva em sua malícia, suas mentes se corrompam afastando-se da
simplicidade e pureza que há em Cristo... Os elementos do primeiro amor são,
então, a simplicidade e a pureza... O amor da Igreja por Cristo está
exemplificado pelo amor da esposa w marido. Qual é então o amor de Cristo pela
Igreja? Amor altruísta, amor no qual não há o menor lugar para o ego.
Qual é então o amor da Igreja por Cristo?
A resposta do amor ao mistério do amor, a submissão do amor ao amor perfeito.
Primeiro amor é o amor do casamento. Suas características são a simplicidade,
pureza, amor conjugal, reação do amor ao amor, a sujeição de um grande amor ao
grande amor, a submissão de um amor auto-renunciante a um amor que nega o
próprio ego. O primeiro amor é o abandono de tudo por um amor que também
abandonou tudo" (A First Century Message to Twentieth Century Christians,
págs. 40-42). (Comentário
Bíblico Moody - Apocalipse)
3.
O retorno ao primeiro amor (Ap 2.5)
Um autor renomado já disse que aqueles crentes
haviam caído de suas maiores elevações espirituais; tinham caído do serviço
motivado pelo princípio do amor; tinham caído apesar de sua ortodoxia; tinham
caído a despeito de continuarem a defender a verdade; tinham caído apesar de
seus labores religiosos e apesar de sua lealdade em meio a perseguição. Eles
precisavam retornar ao primeiro amor. Para que isso acontecesse, o Salvador
aponta o caminho dizendo que eles tinham que se lembrar, arrepender-se e
praticar as primeiras obras.
3.1. Lembranças
O primeiro passo de
volta para Deus é: Lembra-te (5). Lembra-te dos dias passados
de bênção espiritual. Essa igreja tinha caído não
meramente tropeçado. Ela estava abatida. Esse era o caso do filho pródigo, de
um modo geral. Mas ele lembrou-se (Lc 15.17) e voltou. (Lição 07 - CARTA À IGREJA DE ÉFESO – BETEL 4º trimestre 2006)
A Bíblia exorta-nos a lembrar-nos de Deus, porque ele jamais se esquece
de nós (Ec 12.1; Is 44.21; 49.15). O cristão, infelizmente, corre o risco de
esquecer-se daquele que se esquece somente de nossos pecados (Hb 8.12). Não é
constrangedor esquecer o nome de um amigo? No entanto, se não formos
diligentes, corremos o risco de não mais lembrarmos daquele amigo que é mais
chegado que um irmão (Pv 18.24) (Lição 03 - Éfeso, a Igreja do amor
esquecido – CPAD 2º trimestre 2012)
3.2. Arrependimento
De que maneira
essa igreja poderia se levantar outra vez? A resposta é: arrepende-te. Isso significa "mude sua
mente". Então pratica as
primeiras obras; isto é,
creia e obedeça. Hebreus 6.1 fala do
"fundamento do arrependimento [...] e de fé em Deus". Essa é
evidentemente a combinação aqui. Swete ressalta que lembra-te, arrepende-te e pratica "obedecem
aos três estágios na história da conversão". (Lição 07 - CARTA À IGREJA DE ÉFESO – BETEL 4º trimestre 2006)
"... Arrepende-te...". A mensagem de arrependimento não é somente para perdidos, mas também
para os filhos de Deus. Feliz e vitorioso é o crente que sabe sempre
arrepender. (Daniel e o Apocalipse - O Panorama do Futuro - Antonio Gilberto)
3.3. Praticar
Se a igreja de Éfeso rejeitasse ou
falhasse em se arrepender e praticar as
primeiras obras, Jesus
advertiu: brevemente a ti
virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres. Isto é, a igreja de Éfeso deixaria
de existir como congregação cristã. Isso finalmente ocorreu em uma época
posterior, mas a advertência foi evidentemente anunciada naquela época. Cerca
de 20 anos mais tarde Inácio escreveu aos Efésios: "Dei as boas-vindas à
sua igreja que se tornou tão estimada entre nós por causa da sua natureza
honesta, marcada pela fé em Jesus Cristo, nosso Salvador, e pelo amor a
Ele". (Lição 07 - CARTA À
IGREJA DE ÉFESO – BETEL 4º trimestre 2006)
Se Éfeso já era rica nas segundas obras,
porque voltar à prática das primeiras? Nenhuma obra é completa e perfeita sem o
amor. É o que poetiza o apóstolo Paulo no décimo terceiro capítulo de sua
Primeira Epístola aos Coríntios. Leia atentamente esta passagem; medite nela e,
através dela, afira o seu amor. Veja se você ainda ama o Cristo como Ele tem de
ser amado. Ou Será necessário que o próprio Senhor pergunte-lhe: “Amas-me mais
do que esses? (Jo 21.15).
Se não devotarmos a Cristo o primeiro amor,
como haveremos de ansiar por sua volta? Talvez, o anjo de Éfeso já não
almejasse o retorno do Senhor. O ativismo acabara por matar-lhe o primeiro amor
e o segundo também. Era-lhe urgente e necessário, pois, não somente amar a
Cristo como antes, como também amar-lhe a vinda como nunca. (Lição 03 - Éfeso, a Igreja do amor
esquecido – CPAD 2º trimestre 2012)
CONCLUSÃO
A
mensagem de Jesus à Igreja que estava na cidade de Éfeso denunciava sua frieza
espiritual, sem, contudo, deixar de reconhecer suas virtudes na defesa da fé
cristã. Aquela igreja, não havia deixado de ser povo de Deus, mas precisava
urgentemente voltar à prática original da fé, pois eles haviam esquecido o
primeiro amor, e não se importavam mais com esse tema.
Sem amor não pode haver Cristianismo. Sua base é o amor primeiro e
belo do início de nossa fé. Um amor que jamais deve morrer, mas renovar-se a
cada manhã. Se você já não ama a Cristo com oantes, arrependa-se desse pecado
grave e evite que as consequências se agravem. Voltar ao primeiro amor não
significa voltar à imaturidade espiritual, mas ao ardor do início de nossa fé.
Lembre-se de onde caiu. Volte imediatamente ao primeiro amor. Rogue
ao Pai que o reconduza à sala do banquete, onde o Noivo está à nossa espera;
“Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte em mim era o amor” (Ct 2.4) (Lição
03 - Éfeso, a Igreja do amor esquecido – CPAD 2º trimestre 2012)
Jesus exorta:
“Lembra-te de onde caíste”. Noutras palavras, lembre-se de quando aceitou a
Jesus. Reviva aquele sentimento inicial, quando você realmente amava a Jesus.
Você pode lembra-se de como amava a Jesus? De como era apaixonado por ele? (Steven
J. Lawson)
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: VIDA CRISTÃ VITORIOSA
– Editora Betel - 1º Trimestre 2013 – Lição 01.
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