“João Batista, um homem resignado”


LIÇÃO 04 – 27 DE JANEIRO DE 2013

Texto Áureo

“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele”. Mt 11.11

11. Consequentemente nenhum ser humano é maior do que João. Aqui Jesus destrói qualquer suspeita de desentendimento entre ele e João.
Mas o menor no reino dos céus é maior do que ele. Nesta declaração parece que João fica de fora do reino. Por isso o reino dos céus deve ser encarado como o reino messiânico anunciado por ambos, João e Jesus (3:2; 4:17). João, cujo ministério era o da preparação, estava agora prisioneiro e logo morreria. Mas aqueles que atenderam à proclamação e estavam agora dentro do círculo dos seguidores de Jesus constituíram o núcleo do Seu reino. Receberam novas verdades e privilégios, e depois da rejeição nacional de Jesus, seriam batizados em um novo corpo espiritual, a Igreja (uma parte do reino messiânico, Cl. 1:13; Ap. 20:6). João era o amigo do Esposo, mas os discípulos eram a Esposa (Jo. 3:29). Quando Jesus proferiu essas palavras (antes do Pentecostes, Atos 2), reino dos céus foi o termo mais inteligível que poderia ter usado. (Comentário Bíblico Moody – Mateus)

Verdade Aplicada

João Batista é um gigante da fé que se resignou para preparar o caminho daquele que viria depois dele.

Objetivos da Lição

      Mostrar o ambiente familiar em que João se desenvolveu, e a importância de reproduzir­mos tal ambiente;
      Revelar que Deus, antes de escolher João, escolheu e pre­parou uma família piedosa para o seu pleno desenvolvimento;
      Relembrar que não há evan­gelho e desempenho ministe­rial verdadeiro sem resignação.

Textos de Referência

Mt 11.10    porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu ca­minho.
Mt 11.11    Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele.
Mt 11.12    E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele.
Mt 11.13    Porque todos os profe­tas e a lei profetizaram até João.

INTRODUÇÃO
João era de origem simples, como veremos a seguir, porém, de uma grandeza admirável. Apesar de ter hábito alimentar e vestuário heterodoxos dos seus contemporâneos, ele conseguia ser uma poderosa fonte de influência para eles, no que tangia a esperança do reino messiânico. É tanto, que as suas raízes, sua missão e sua autoresignação fizeram dele uma estrela de primeira grandeza no cenário bíblico de sua época.

1. As raízes de João
João, o batizador, ocupa nas páginas do Novo Testamento um papel muito relevante, o de iniciar a transição de uma aliança antiga para outra nova proposta por Deus em Jesus Cristo. João veio trabalhar em favor do cumprimento cabal das profecias soteriológicas, anunciando o mistério de Deus oculto de todos os séculos, de maneira que teve a honra de ser o pioneiro da própria pregação do arrependimento. Entretanto, para que pudesse por mãos à obra teve de esperar quase trinta anos, vejamos como isso começou.

1.1. Nascido em um lar piedoso (Lc 1.5-7)
Um sacerdote fiel (vv. 5-7). Zacarias (Jeová se lembrou) e Isabel (Deus é meu juramento) era um casal piedoso. Ambos pertenciam à linhagem sacerdotal. Os sacerdotes eram divididos em 24 turnos (1Cr 24), e cada sacerdote servia no templo duas semanas por ano. Apesar da iniquidade a seu redor, Zacarias e Isabel obedeciam à Palavra de Deus fielmente e eram irrepreensíveis, sua única tristeza era não terem filhos.
Pediam sempre a Deus que lhes concedesse uma família. Nem imaginavam que Deus responderia a suas orações e lhes daria não um sacerdote, mas um profeta! Seu filho não seria um simples profeta, pois proclamaria o Rei que estava porvir! (comentário bíblico expositivo novo testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)

1.2. Nascido com propósito (Lc 1.17b)
Para converter os corações dos pais aos filhos. João veio no poder de Elias, não poder pelo qual ele fazia milagres [para John nenhum forjado, João 10:41], mas "no poder de Elias transformando o corações dos homens, "& c. Elias transformou muitos dos filhos de Israel para com o Senhor seu Deus, 1 Reis 18: assim como João, que para além "transformou os corações dos pais para com seus filhos." Que o que se deve dizer é algo escuro e ininteligível. Você dificilmente vai permitir que os judeus "brilho sobre este lugar, que o fazem muito erro sobre a pessoa, e que vai permitir que nada de bom para ser feito pelo Elias que esperam, mas dentro do compasso de Israel. Mas não são os gentios para ser convertidos? Eles nos profetas "dialeto são" os filhos de Sião, de Jerusalém, da igreja judaica ": nada mais frequentes. E neste sentido são as palavras de Malaquias agora estamos manuseio para ser entendida: "Elias Batista vai virar o coração dos judeus para os gentios, e dos gentios em relação aos judeus." Esta foi a grande obra do evangelho, para trazer a judeus e gentios em abraços mútuos através do reconhecimento de Cristo: que João mais feliz começou que veio para que "todos os homens cressem por meio dele", João 01:07: sim , e os soldados romanos acreditavam, assim como os judeus, 3:14 Lucas.
[os rebeldes à sabedoria dos justos.] O grego em Malaquias tem ela, o coração de um homem para com o próximo. As palavras do profeta tendo sido variados, o anjo também varia, mas a um sentido mais adequado. Para os gentios não deviam ser entregues aos judeus como tal, ou à religião dos judeus, mas a Deus "na sabedoria dos justos." "Os filhos para os pais": a frase pais, de acordo com o Estado judeu na época, era de som duvidoso, e tinha algo de perigo nele, por essa palavra geralmente na época, foi não significava nada mais, mas os Padres das Tradições, a quem Deus proíbe qualquer deve ser voltada para os pais, a loucura de tradições, mas a Deus na sabedoria dos justos. (Comentário Bíblico dos Evangelhos - John Lightfoot)

1.3. A mão do Senhor estava com ele (Lc 1.66)
“... que virá a ser, pois. este menino...?” De uma criança nascida sob tais circunstâncias, só se poderia esperar a grandeza. A última porção deste versículo “... e a mão do Senhor estava com ele...” é uma espécie de reflexo do autor, sobre o princípio da vida e da carreira subsequente de João Batista. A grandeza já esperada, em realidade, foi um fato em sua vida. A expressão “mão do Senhor” é uma expressão hebraica que fala sobre a orientação especial e a presença de Deus na vida de alguém, como também encontramos nas passagens de Jz. 2:15 ; I I Cr. 30:12 e Ed. 7:9. Essa expressão ocorre somente nos escritos de Lucas, em todo o N.T. Comparar com Atos 11:21 e 13:11. O T, Hieros. Megilla, fl. 70.1 interpreta a expressão mão do Senhor (comentário sobre I Cr. 38:19) como a presença do Espírito Santo. (O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - VOL.2. Lucas a Joao - Russell Norman Champlin)

2. João, uma voz profética
Assim como Jesus, João, o Batista teve a sua vida oculta, a partir do seu nascimento. Na época em que foi escrito os evangelhos, as pessoas não se preocupavam em dar certos detalhes, como fazem os escritores modernos. Por isso, praticamente, quase nada temos desses momentos que antecederam o ministério profético de João. Entretanto, sabemos que ele depois de certo tempo se isolou por deliberação própria nos desertos, tudo indica que se acolheu entre os essênios e daí procede a prática do batismo empregada por ele. Isso sucedeu até que se manifestou publicamente como uma voz profética em meio a sua geração.

2.1. No espírito de Elias
1.17a no espírito e poder de Elias. I. O Batista é Elias, como nosso Salvador foi David, isto é, o protótipo, Jeremias 30:9; Malaquias 4:5; Oséias 3:5, & c. É menos de admirar que os judeus, a partir das palavras de Malaquias, deve esperar o pessoal vinda de Elias, uma vez que não são poucos cristãos que seria olhar para a mesma coisa, apesar de ter um anjo neste lugar interpretá-la de outra forma, e nosso bendito Salvador em outro lugar se [Mateus 11:14]; "Este é Elias que havia de vir." Mas eles mal entendido a frase do "grande e terrível dia do Senhor", como também foram enganados no erro pela versão grega ", que Elias deve vir antes do julgamento final." (Comentário Bíblico dos Evangelhos - John Lightfoot)

“... no espírito e poder de Elias...” As passagens de Mt.11:13 e Mc. 9:13 dão a impressão de um Elias redivivo, mas aqui a idéia é simplesmente que João Batista seria um grande profeta, que atuaria no espírito e tradição de um antigo e grande profeta . Ele haveria não somente de realizar a antiga função de um profeta, mas também prepararia o povo para o governo de Deus, que foi uma das predições daquele mesmo antigo profeta. Ele mesmo (isto é. João Batista) era cumprimento de uma predição (ver Ml. 4:5,6).
Haveria de exibir o poder e a autoridade de Elias, e isso indicaria, de alguma maneira, a estatura da sua grandeza. A expressão, “Senhor seu Deus não é uma referência cristianizada a Jesus, mas deve ser acatada como expressão própria do V.T. para indicar Jeová de Israel, acerca de quem é dito que ele mesmo apareceria em glória, na pessoa do Messias divinamente comissionado. Os verdadeiros súditos do Messias seriam o “povo preparado” para o Senhor. (O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - VOL.2. Lucas a Joao - Russell Norman Champlin).
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2.2. Preparando o caminho
“... para o Senhor um povo preparado...” Essas palavras descrevem, de maneira geral, tanto o propósito como — o resultado — do ministério de João. Ele apresentaria a Cristo um povo preparado, arrependido, convertido, justo e sincero, e esse povo seria o núcleo do reino, e, finalmente, o núcleo da igreja. João Batista foi alguém enviado para preparar o caminho, e do povo preparado se compõe daqueles que se têm posto no caminho do retorno a Deus, de conformidade com a sabedoria por ele fornecida. Esse povo haveria de compartilhar das características de João Batista, no sentido de que também haveria de exibir aquelas qualidades espirituais totalmente desconhecidas pelo homem comum, que são os incrédulos e inconversos. (O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - VOL.2. Lucas a Joao - Russell Norman Champlin).

2.3. Pregando o reino de Deus e batizando
Como ele veio (v.3). Semelhante ao profeta Elias em sua maneira de se vestir (Lc 1:17; Mt 3:4; 2Rs 1:8), João dirigiu-se à região próxima ao rio Jordão, onde batizava e pregava. Anunciava a chegada do reino do céu (Mt 3:3) e chamava o povo ao arrependimento. Séculos antes, Israel atravessara o rio Jordão (um batismo nacional para tomar posse de sua Terra Prometida). Agora, Deus os convidava a deixar seus pecados e a entrar em seu reino espiritual.
É importante lembrar que João não se ateve a pregar contra o pecado; também proclamou o evangelho. O verbo "anunciar", em Lucas 3:18, dá origem a nosso verbo "evangelizar" (“anunciar as boas-novas").
João apresentou Jesus como o Cordeiro de Deus (Jo 1:29) e instou o povo a crer nele. João foi apenas o padrinho do casamento; o centro das atenções deveria ser Jesus, o Noivo (Jo 3:25-30). João regozijou-se com a oportunidade de apresentar as pessoas ao Salvador e, então, deixou o caminho livre para Cristo.
O ministério de João foi caracterizado de maneira singular pelo batismo (Lc 20:1-8; Jo 1:25-28). Essa prática não era novidade para o povo, pois os judeus costumavam batizar gentios prosélitos. Mas João fazia algo incomum: batizava judeus. Atos 9:1-5 explica que o batismo de João prenunciava a vinda do Messias, enquanto o batismo cristão recorda a obra consumada em Cristo.
No entanto, havia algo maior que o batismo de João: o batismo que seria ministrado pelo Messias (Lc 3:16). Os que cressem, seriam batizados por ele com o Espírito Santo, como passou a ocorrer depois de Pentecostes (At 1:5; 2:1 ss). Hoje, no momento em que um pecador aceita a Cristo, é batizado pelo Espírito e se torna parte do corpo de Cristo (1 Co12:13).
O que é o "batismo de fogo"? Não se refere às "línguas como de fogo" em Pentecostes, pois dificilmente pode-se considerar essas línguas sobre a cabeça de uma pessoa como um "batismo". O uso que João faz do símbolo do "fogo", em Lucas 3:9e 17, indica que está se referindo a julgamento, não a bênção. No ano 70 d.C, a nação passou pelo batismo de fogo, quando Tito e os exércitos romanos destruíram Jerusalém e dispersaram o povo. Todos os incrédulos passarão por um batismo de julgamento no lago de fogo (Ap 20:11-15)( comentário bíblico expositivo novo testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)

3. O batismo de arrependimento. Plummer (ICC, pág. 86) diz que "o batismo do arrependimento" é um batismo relacionado com o arrependimento, um símbolo externo da mudança interior.
Arrependimento significa uma mudança de mente ou atitude que não é apenas emocional, mas que envolve uma inversão do pensamento e conduta anteriores.  Para remissão dos pecados. O propósito da pregação de João era levar os homens a experimentarem o perdão. (Comentário Bíblico Moody – Lucas)

3. João, um homem resignado
O ministério profético envolve aspectos de anunciar uma diferente percepção daquilo que Deus quer para aquele determinado momento, envolve denúncia de atitudes que não se conformam com a vontade de Deus, e também instrução pormenorizada e clara dessa mesma vontade d’Ele. Basta olharmos para a vida de João, conforme exposto nos evangelhos, e tudo isso constataremos que ele realizou completamente. O que envolveu um elevado grau de resignação, isto é, de renúncia pessoal e morte para si mesmo.

3.1. Resignado em seu estilo de vida
Alguns acreditam que as condições ascéticas da vida de João Batista indicam que ele seria um nazireu, alguém que fizera voto de disciplina e abstinência, até onde seria permissível para a existência humana, a fim de poder cumprir uma função especial e significativa em sua vida. Desligado dos empecilhos que comumente agrilhoam os homens. Não sabemos se ele teria de seguir estritamente as provisões do voto do nazireado, segundo lemos em Nm. 6:3. Se ele deveria cumprir oficialmente ou não esse ofício, não importa. O fato é que ele foi esse tipo de indivíduo.
O termo grego, traduzido aqui por bebida forte, indica qualquer tipo de licor intoxicante que não seja feito de uvas: mas outras passagens bíblicas indicam que a sua abstinência se ampliava para envolver todas as bebidas alcoólicas. Foi predito que João Batista seria o que Sansão também fora (ver Jz. 13:4), e que também teria a semelhança de Samuel (ver I Sm. 1:11).
Parece haver uma conexão intima entre a vida dos nazireus e a vida dos profetas, o que também se evidencia no trecho de Amós 2:11,12. Pelo estudo do misticismo sabemos que a ausência de estímulos inferiores, como bebidas alcoólicas, sexo e ate mesmo grande abundância de alimentos, provoca o estímulo vindo do alto, o estimulo espiritual. Jesus e o apóstolo Paulo são ilustrações desse princípio . (O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - VOL.2. Lucas a Joao - Russell Norman Champlin).

3.2. A fé de João Batista
Porque veio (vv.4-20). A ilustração usada neste capítulo nos ajuda a compreender o ministério que João recebeu de Deus.
Em primeiro lugar, João Batista foi uma voz "que clama no deserto" (Lc 3:4; ver também Is 40:1-5 e Jo 1:23). Fez o papel de arauto, indivíduo que ia adiante do cortejo real a fim de se certificar de que as estradas estavam preparadas para o rei. Em termos espirituais, a nação de Israel vivia em um "deserto" de incredulidade, e os caminhos para a realidade espiritual eram tortuosos e praticamente intransitáveis. A corrupção do sacerdócio (em vez de um sumo sacerdote, havia dois!) e a hipocrisia legalista dos escribas e fariseus haviam deixado a nação espiritualmente enfraquecida. O povo precisava encarecidamente ouvir uma voz proclamando a mensagem de Deus, e João foi essa voz fiel.
Coube a João preparar a nação para o Messias e depois lhes apresentar esse Messias (Lc  1:16, 17, 76, 77; Jo 1:6-8, 15-34).
Repreendeu os pecados do povo e anunciou a salvação de Deus, pois sem o convencimento do pecado não pode haver salvação.
João também é comparado a um agricultor derrubando árvores improdutivas (Lc 3:9) e separando o trigo do restolho (Lc 3:17).
Como certos "pecadores religiosos" de hoje, alguns judeus acreditavam ter um lugar reservado no céu pelo simples fato de serem descendentes de Abraão (ver Jo 8:31-34; Rm 4:12-17; GI 3:26-29). João lembrou-os de que Deus vai até a raiz das questões e não se impressiona com confissões religiosas que não produzem frutos. No julgamento final, os que crêem de todo coração (trigo) serão juntados por Deus, enquanto os pecadores (restolho, palha) serão lançados ao fogo. Em Lucas 3:7, João retrata os pecadores hipócritas como serpentes fugindo do fogo que se aproxima! Jesus comparou os fariseus a víboras (Mt 23:33), pois sua hipocrisia e incredulidade os tornavam filhos do diabo Jo 8:44,45; Ap 20:2). Como é triste ver que os líderes religiosos recusaram-se a dar ouvidos à mensagem de João e a se submeter ao seu batismo (Lc 20:1-8). Não apenas deixaram de entrar no reino como também foram um mau exemplo, e seus falsos ensinamentos impediram a entrada de outros no reino.
João Batista também foi um mestre (Lc 3:12). Não apenas pregou publicamente, como também ministrou ao povo em nível pessoal, mostrando aos arrependidos como colocar sua nova fé em prática (Lc 3:10-14).
Disse-Ihes que não fossem egoístas, mas que compartilhassem suas bênçãos com outros (ver At 2:44, 45; 4:32-37).
Até mesmo os coletores de impostos buscaram o conselho de João. Esses homens eram desprezados por seus compatriotas judeus, pois trabalhavam para o império romano e costumavam extorquir dinheiro do povo. Lucas enfatiza a amizade de Jesus com os coletores de impostos (Lc 5:22ss; 15: 1,2; 19:1-10). João não lhes disse para deixar de trabalhar, mas sim para fazê-lo de modo honesto.
Os soldados também não foram condenados por sua ocupação. Antes, João lhes disse que não usassem sua autoridade em benefício próprio. É possível que esses soldados trabalhassem no templo ou na corte de algum governante judeu, pois dificilmente soldados romanos pediriam conselhos a um profeta judeu. (comentário bíblico expositivo novo testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)

3.3. O sofrimento de João Batista
João foi fiel em seu ministério de preparar o coração do povo e de lhes apresentar o Messias. Afirmou claramente que Jesus era "o Senhor" e o Filho de Deus (Lc 3:4). Censurou Herodes Antipas por seu casamento adúltero com Herodias; como consequência, foi preso pelo rei e, por fim, decapitado.
No entanto, havia cumprido fielmente a missão que Deus havia lhe dado e preparado o povo para se encontrar com o Messias, o Filho de Deus. (comentário bíblico expositivo novo testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)

REBELIÃOCONTRASEU PROFETA
(MT 11:1-30)
Exposição (vv.1-15). João Batista estava na prisão da fortaleza de Maquero, pois havia denunciado corajosamente o casamento adúltero de Herodes Antipas com Herodias (Lc 3:19,20). Seria de se esperar que os líderes religiosos se opusessem a Herodes e procurassem libertar João, mas em vez disso, ficaram de braços cruzados. A atitude deles com relação a João refletia seus sentimentos contra Jesus, pois João o havia apresentado e honrado.
Não é difícil entender como João estava sofrendo a prisão. Era um homem do deserto confinado a uma cela. Era um homem ativo que recebera de Deus a ordem de pregar e fora silenciado. Havia anunciado um julgamento que estava demorando a chegar (Mt 3:7-12). Recebia apenas relatórios parciais do ministério de Jesus e não tinha como visualizar tudo o que estava acontecendo. (comentário bíblico expositivo novo testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)

CONCLUSÃO
Assumir uma posição profética em toda sua dimensão bíblica exige um elevado grau de maturidade, de fé e de muita resignação. Se nos poupamos do sofrimento, se agimos sempre “dando um jeitinho” e somos infantis assumindo uma posição dúbia (em cima do muro), Deus não pode contar conosco para o exercício profético. Apenas há vida multiplicada quando a semente morre (Jo 12.24).
O tema central dessa mensagem é a glória de Deus (Jo 12:23,28). Seria de se esperar que Jesus dissesse: "É chegada a hora do Filho de Deus de ser crucificado". Mas Jesus olhou além da cruz e viu a glória que viria depois (ver Lc 24:26; Hb 12:2). Aliás, a glória de Deus é um tema importante dos capítulos restantes do Evangelho de João (ver lo 13:31,32; 14:13; 17:1,4,5,22,24).
Jesus usou a imagem de uma semente para ilustrar a grande verdade espiritual de que não pode haver glória sem sofrimento, vida produtiva sem morte, vitória sem entrega. A semente, em si, é fraca e imprestável, mas quando é plantada, ela "morre" e se torna fecunda. A "morte" de uma semente traz beleza e abundância e cumpre seu propósito. Se uma semente pudesse falar, sem dúvidas e queixaria de ser colocada na terra fria e escura. Mas só quando é plantada é que pode alcançar seu objetivo.
Os filhos de Deus são pequenos e insignificantes como sementes, mas trazem dentro de si a vida de Deus. Porém, essa vida não pode se consumar, a menos que nos entreguemos a Deus e deixemos que ele nos "plante". É preciso morrer para si mesmo, a fim de viver para Deus (Rm 6; GI2:20). A única maneira de ter uma vida produtiva é seguira Jesus Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição.
Com essas palavras, Jesus nos desafia hoje a entregar nossa vida a ele. (comentário bíblico expositivo novo testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)


Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: VIDA CRISTÃ VITORIOSA – Editora Betel - 1º Trimestre 2013 – Lição 04.

Comentários

  1. PARABÉNS PELO COMENTÁRIO. EXCELENTE.REGINALDO

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  2. obrigado querido, fico feliz por ter gostado, e peço oração, para que o Senhor continue me dirigindo e me guiando para levar aos amados um comentário que venha enriquecer a vida espiritual dos irmãos.

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