“A instituição do discipulado”
LIÇÃO 07 – 17 de Fevereiro de
2013
Texto Áureo
“Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo”. Mt 28.19
Verdade
Aplicada
Uma grande
prova do nosso amor ao Senhor Jesus está em o obedecermos através da prática do
discipulado.
Objetivos da
Lição
► Mostrar que o discipulado é o que o
Mestre nos pediu para fazer;
► Apresentar quem Jesus de fato é para
que desse tal ordem;
► A quem compete por em prática o
exercício do discipulado.
Textos de
Referência
Mt 28.16 E os onze discípulos partiram para a Galiléia,
para o monte que Jesus lhes tinha designado.
Mt 28.17 E, quando o viram, o adoraram; mas
alguns duvidaram.
Mt 28.18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes,
dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Mt 28.19 Portanto, ide, ensinai todas as
nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Mt 28.20 ensinando-as a guardar todas as
coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias,
até à consumação dos séculos. Amém!
INTRODUÇÃO
A palavra discipulado vem do latim “discipulatu”
e quer dizer aprendizado. Quando dizemos discipulado bíblico, referimo-nos ao
aprendizado de quem Jesus é e do que nos ordenou a fazer à luz da Bíblia
Sagrada. Enquanto que evangelizar é transmitir, propagar as boas novas a todos,
discipular é um compromisso mais profundo e envolvente através do ensino,
convivência e exemplo, basta olharmos para Jesus e veremos isso, é o que
faremos a seguir.
1.
O mestre Jesus Cristo
O discipulado visa, mediante o ensino no poder
do Espírito Santo, gerar Cristo nos corações (Gl 4.19). quer dizer, a
transformação de vidas, de pensamentos e de atitudes, evidenciando a habitação
de Cristo no viver do novo discípulo (2 Co 5.17; Gl 2.20). Mas só se conseguirá
realizar tal missão, aquele que estiver plenamente cônscio de quem Jesus é com
absoluta convicção.
Discipulado é o processo de
compreensão teórica e prática acerca do plano divino que Jesus ensinou nos
Evangelhos e o Espírito Santo ensinou por meio dos apóstolos. Obter a
compreensão desse plano, que revela toda a vontade de Deus para a vida cristã,
é que se denomina discipulado.
Trata-se do processo de aprendizagem
acerca das leis do Reino de Deus, para se conhecer todo o funcionamento desse
Reino. É como se alguém mudasse para um país totalmente diferente do seu, com
um objetivo de lá servir em alguma função. Lá chegando tem que aprender tudo
sobre aquele país, quer seja na questão do idioma, das leis, dos costumes, dos
hábitos alimentares, da maneira de se vestir, etc.
Essa mudança de lugar ou de ambiente
espiritual foi precisamente o que Deus fez com os crentes. Paulo escreveu o
seguinte: “Ele nos libertou do Império das Trevas e nos transportou para o
Reino do Filho do Seu amor” (Cl 1.13).
O estudo no processo do discipulado
visa à integração e a adaptação na nova realidade de vida que abraçou. Só
depois desta adaptação e compreensão daquilo que deve fazer, acompanhado de um
bom treinamento, é que tal pessoa pode exercer a função para a qual foi chamada
lá.
Jesus Cristo escolheu doze apóstolos
com uma missão bem específica de serem os continuadores da Sua obra no Mundo.
Antes de exercerem a missão tiveram que passar com Ele três anos e meio
aprendendo como deveriam fazer. Foi um tempo de instrução e treinamento, é a
isso que se dá o nome de discipulado.
O discipulado salienta o aprendizado,
a prática e o exercício da vivência cristã. A autodisciplina e o autocontrole
são caraterísticas próprias e sempre constantes dos discípulos de Jesus. (Curso de Aperfeiçoamento Para o
Evangelismo, Discipulado e Missões - Wilson Valentim dos Santos)
1.1. Como
discipular segundo Jesus?
O
Relacionamento de Jesus com os Seus Discípulos
O discipulado é, acima de tudo, uma
questão de relacionamento do mestre com o discípulo. Vejam os como Jesus se
relacionava com eles:
• Tinha intimidade com os Seus
discípulos.
• Comia junto com eles. Mantinha
comunhão com eles (Mt 9.10).
• Dava-lhes o exemplo em tudo o que
ensinava (Jo 13.12-18).
• Seus discípulos eram a Sua família
(Mt 12.46-50).
• Ele abria o coração para os Seus
discípulos (Mt 16.21).
• Ensinava-os todas as coisas acerca
do Reino de Deus (Mt 5-7).
• Reprovava-os por causa da dureza de
seus corações, na falta de compreensão e conceito errado sobre o Reino (Mt
20.17-23).
• Ensinava-os a ofertar (Mt 6.1-49.
• Ensinava-os a orar (Mt 6.5-13; Lc
11.5-13).
• Ensinava-os a perdoar (Mt 6.14-15;
18.23-5).
• Ensinava-os a jejuar (Mt 6.16-18).
• Repreendia-os quando eles erravam
(Lc 9.54-56).
• Corrigiu seu sistema de valores (Mt
6.19-21).
• Saia para evangelizar com eles (Mt
9.35).
Também
é importante verificarmos como Jesus via os Seus discípulos.
• Jesus via Seus discípulos como
servos do Reino de Deus (Mt 22.2-14).
• Jesus via Seus discípulos como
súditos do Seu Reino (Lc 12.32).
• Jesus via Seus discípulos como Seus
amigos (Jo 15.15).
• Jesus via Seus discípulos como Seus
irmãos (Mt 28.10; Hb 2.11).
• Jesus via Seus discípulos como Seus
escolhidos (Jo 15.16).
• Jesus via Seus discípulos como Seus
filhos (Jo 21.5).
• Jesus via Seus discípulos como Suas
ovelhas (Jo 10.11).
• Jesus via Seus discípulos como
pessoas frágeis (Lc 22.31-34).
• Jesus amava Seus discípulos (Jo
13.1).
• Jesus via Seus discípulos como
carentes de consolação (Jo 14.16). (Curso
de Aperfeiçoamento Para o Evangelismo, Discipulado e Missões - Wilson Valentim
dos Santos)
Como evangelista itinerante, Jesus se
movia entre as cidades de Israel, e pregava o reino de Deus, curava os
enfermos, libertava os oprimidos por Satanás, e ensinava com autoridade.
Multidões o seguiam (Mc 3.7,8). No Sermão da Montanha, ensinou a uma multidão
(Mt 5.1), alimentou os 5.000 homens (Mt 14.21) e os 4.000 homens (Mt 15.38),
sem contar mulheres e crianças. De todos estes seguidores e
simpatizantes,escolheu doze “ para que
estivessem com ele, e para os enviar a pregar, e que tivessem autoridade para
curar as enfermidades e para expulsar demônios”(Mc 3.14,15).
Os lideres emergentes necessitam de capacitação e ensino. Mas, ainda mais,
precisam de bons modelos e oportunidades que lhes ofereçam experiências de
liderança. Jesus exemplificou para seus discípulos a liderança por excelência. Eles o
acompanharam em seu ministério, e foram testemunhas de seus profundos ensinos e
de seus milagres estremecedores. Ele lhes deu oportunidades de ministrar, e
para isso lhes concedeu sua autoridade (Mt 10.1-23).
No decurso de seu ministério o Senhor
Jesus começou a mudar a ênfase; decide dedicar menos tempo às multidões, e
investe mais e mais tempo em seus discípulos, até chegar àquele evento íntimo,
a última ceia que compartilha com seus discípulos. Logo, no jardim de
Getsêmani, convida os seus chegados (Pedro, Tiago e João) para que o acompanhem
na angustiante luta que trava antes de seu sofrimento na cruz (Mt 26.36-46).
Podemos observar no enfoque
ministerial de Jesus Cristo uma mudança intencional das massas para os
discipulos. Esta decisão estratégica frutificou na formação dos doze, que
vieram a não se estender seus ensinos por todo o mundo conhecido, mas também
constituiram a liderança da igreja nascente e foram os formadores dos novos
lideres.
Jesus investiu seus melhores esforços
na formação de um grupo relativamente pequeno de lideres, e o resultado pode
ser visto até hoje, no fato de que sua igreja continua crescendo. Se Jesus não
tivesse seguido esta estratégia de desenvolver líderes, onde estaria a igreja
home em dia? O Senhor Jesus nos deixou um modelo maravilhoso de como ser um bom
mentor ou discipulador. (Ide e Fazei
Discípulos - Abe Huber & Ivanildo Gomes)
1.2. A
ressurreição e o discipulado
A
Grande Comissão. Mt 28:16-20.
16. Este
aparecimento aos onzena Galiléia, cumprindo instruções anteriores (26:32; 28:7,
10), é sem dúvida o aparecimento a "mais de quinhentos" mencionado
por Paulo (I Co. 15:6). A Galiléia era o lar da maioria dos discípulos de
Cristo, e o lugar mais indicado para uma multidão como essa não ser molestada
pelas autoridades.
17.
... o adoraram; mas alguns duvidaram. Reconhecimento verdadeiro de sua
divindade pela maioria (conf. com o caso anterior de Tomé, Jo. 20:28);
hesitação de alguns poucos. A dificuldade de compreender que esses duvidadores
fossem alguns dos Onze, depois dos aparecimentos em Jerusalém, tem levado
muitos a identificá-los entre os quinhentos de Paulo. Mateus, entretanto,
apesar de não excluir certamente a presença dos outros, dificilmente poderia
ter pensado neles.
É melhor aceitá-lo como um
surpreendente mas honesto comentário dos fatos, e mais ainda, como uma
indicação de que os discípulos não eram um grupo crédulo, crendo apenas com
base em "muitas e infalíveis provas" (Atos 1:3).
18. Toda a autoridade me foi dada. A
comissão decorrente foi secundada pela autoridade daquele que é Rei mediador de
Deus, com poder que se estende por todos os domínios.
Fazei
discípulos de todas as nações. A tarefa de evangelizar e alistar homens
sob o senhorio de Cristo. Batizando-os.O rito simbólico através do qual uma
pessoa reconhecepublicamente sua aquiescência pessoal à mensagem cristã.
Nome
do Pai e do Filho, e do Espírito Santo. A fórmula completa a ser empregada,
enfatizando o caráter distintamente cristão desse batismo quando comparada a
tipos anteriores de abluções judias.
20.
Ensinando-os. Inculcando os preceitos de Cristo como esboço da maneira própria de
viver dos seus discípulos.
E
eis que eu estou convosco todos os dias. Uma promessa bendita da presença de
Cristo como também de que a sua autoridade concederá poder aos seus servos para
a execução desta comissão. (COMENTARIO
BIBLICOS MOODY - MATEUS)
A
Graça de Deus. Tt 2:11
11.
Graça (Pastorais: I Tm. 1: 14; II Tm. 1:9; 2:1; Tt. 3:7) é sempre a
grande palavra chave da salvação. Salvadora
é uma palavra só, que significa "salvando". A
todos os homens dá a nota universal e evangelística tão proeminente nas
Pastorais. Ela se manifestou em Jesus Cristo (II Tm. 1:10). Todas as promessas
de Deus e Sua obra salvadora desde o começo da raça revelaram a Sua graça;
todas as Suas bênçãos e dons foram planejados para levar oshomens ao
arrependimento (Rm. 2:4). (COMENTARIO
BIBLICOS MOODY - TITO)
1.3. Poder
de Jesus de enviar os novos discípulos
“Ide.
portanto, fazei discípulos...” Algumas traduções dizem “ensinai todas as nações”, Porém. *fazei discípulos* é
melhor tradução, embora em Mat. 13:52
Seja usada essa expressão com o sentido de “instruir”, O fazer discípulos
envolve, em primeiro lugar, a necessidade do evangelismo ou da pregaçÃo do
evangelho; mas também subentende um exercício de treinamento e orientação, de
forma que esses discípulos sejam melhor firmados e instruídos na plenitude da
mensagem das Escrituras Sagradas. A palavra *portanto*, provavelmente é uma
glosa, pois é omitida pelos mss Aleph, AEFHKMSUV, Gamma e outros. Todavia e
porção muito antiga do texto, por causa do Códex do Vaticano, como também dos
mss Delta e Fam Pi. A glosa é excelente, conforme a maioria dos intérpretes
concorda prontamente, porque mostra que essa ação de fazer discípulos dentre
todas as nações. repousa na autoridade universal de Crísto. Por conseguinte, sem
importar o que aconteça, algum sucesso está garantido; e o que parece ser
fracasso, em realidade não pode sê-lo. Se tragédias acontecerem, se mártires
surgirem, se um tratamento vergonhoso for dado aos pregadores, se desumanidades
forem perpetradas contra os discípulos, devemos saber que tudo será por causa
de Jesus, e que a vitória e o sucesso final estão plenamente assegurados. Se
males forem cometidos contra os discípulos de Cristo, o que parece não ter
remédio, todavia. Deus curará a tudo. porque em Cristo está toda a autoridade,
não somente neste mundo, mas também no céu. E . assim sendo, dessa promessa
flui um rio de paz e de segurança. Da mesma maneira como a horrenda crucilicação
de Jesus foi prontamente sarada, final e completamente, pela ressurreição,
assim também todos os recuos e derrotas dos verdadeiros discípulos serão
saradas, porquanto a autoridade de Jesus Cristo garante isso.
•...
de todas as nações...• Todas as limitações fronteiriças são aqui removidas,
como também se verifica em Mt 10:5.
Assim foi estabelecida a universalidade da comissão apostólica. Aquestão sobre
como os discípulos haveriam de receber e de incorporar-se na igreja, ainda não fora
respondida; e ainda não haviam sido feitas as revelações, dadas a Paulo, que
identificam a igreja como organismo quase totalmente gentílico, uma noiva
gentílica, e também aquelas outras que falam da alta chamada dessa igreja, que
será transformada completamente segundo a imagem de Cristo. Todas essas coisas
haveriam de ser esclarecidas m ais tarde. e podemos ler acerca delas em trechos
como Rm. 8 ; Ef . 1; Cl. 1; Hb. 5. O desenvolvimento dessa semente é deixado
nas mãos do Espirito Santo, através do ministério dos apóstolos. Todas as
naçóes certamente incluiria os judeus; mas a mensagem não teria mais alcance
provinciano. Um dos principais temas deste evangelho de Mateus é o de
demonstrar a universalidade da mensagem cristã; e este é o trecho central desse
tema. Assim sendo, encontramos nesta passagem a grande *Magna Carla* do
empreendimento missionário do cristianismo.
•...
batizando-os… Essa declaração tem com o base o conceito da triunidade divina. Paulo
lambém ligou dessa maneira Jesus Cristo com Deus Pai e com Deus Espirito Santo,
segundo se vê em II Co. 13:14 e I Co. 12:4-6; e o quarto evangelho envolve m
uita coisa dessa natureza. Este versículo também é evidência de que a mesma g
eraçlo que conheceu a Jesus Cristo na carne, também já eslava reconhecendo as
implicações trinitárias. tendo adotado uma expressão das mesmas em seu rito
batismal. Isso se tornou uma fórmula consagrada pelo uso. que tem
prosseguimento até os nossos dias. (Ver também Atos 2:38 e 8:16, que
subentendem a mesma coisa). Por conseguinte, apesar dessa doutrina não ter
recebido sanção oficial se não já no concilio
de Nicéia (325 D.C.), todavia, já ganhara a ascendência sobre todas as outras
idéias, ao tempo em que os evangelhos foram escritos. É útil reivindicar que a
doutrina da triunidade divina foi mero pronunciamento de um concilio eclesiástico,
porque isso simplesmente não é verdade. O que sucedeu é que nesse concilio a
doutrina foi ratificada, aprovada, sobre outras idéias referentes às relações
entre o Pai, o Filho e o Espirito Santo. Foi aprovada e não criada, pelo
concilio de Nicéia. Os cristãos primitivos talvez não compreendessem a palavra trindade,
segundo ela é atualnente empregada como termo teológico; porém, se tivessem
sido solicitados a explicar as relações no seio da deidade, entre Pai, Filho e
Espirito Santo, provavelmente teriam dito algo similar ao que essa doutrina
ensina atualmente. Naturalmente que havia muitas vozes contraditórias na
igreja, como ainda existem, se incluirmos aqui tudo quanto se convencionou chamar
de igreja. Ver sobre a Trindade. 1 Joio
5:7.
“...batizando-os
em ...” é reflexo do texto grego, neste caso. Aqui temos uma significação profunda,
porquanto expressa admiravelmente bem o sentido do batismo, que é a identificação espiritual com Cristo.
Estamos plenamente identificados com Cristo, em sua morte. Com partilhamos dessa
morte e de todas as suas implicações. Estamos mortos para o pecado, e fomos
libertados do castigo imposto contra o pecado. Também compartilhamos da vida
ressurrecão de Cristo. que é o outro notável simbolo do balismo. Compartilhamos
da vida eterna que Jesua trouxe do túmulo. É como se o sepulcro fosse o ventre
da própria vida. Jesus saiu dali uma nova criatura, o primeiro homem imortal.
Subsequentemente foi glorificado em sua ascensão. e então ainda mais
glorificado quando de sua glorificação, a
mão direita de Deus Pai. Agora estamos seguindo as suas pisadas. Participam os
de sua imagem moral e metafísica, e participaremos plenamente de sua natureza e
imagem. (O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO
VERSICULO POR VERSICULO - VOL.1. MATEUS
A Marcos - Russell Norman Champlin)
2.
A grande comissão
Quando o Mestre ordenou a prática do
discipulado, ele o fez com alguns critérios em relação aos que ele mandou, quer
dizer, só poderiam discipular aqueles que desfrutaram da associação com ele,
que se tornaram testemunhas oculares de seus milagres e ressurreição, e por
último, pessoas que foram efetivamente transformadas. Tais exigências vigoram
hoje por serem princípios fundamentais.
2.1. Os
primeiros discípulos
Jo
15.26, 27. Os discípulos não teriam de enfrentar o mundo sozinhos. Teriam um
ajudador divino, o Espírito da verdade.
Ele traria à baila a verdade sobre a condição pecadora dos homens e a verdade
sobre Cristo, o remédio para esse pecado. O Espírito viria em dupla missão, por
assim dizer, sendo enviado do Filho pelo Pai, a fim de testificar de Cristo
(cons. 16:7-13). E vós também
testemunhareis. Provavelmente mais indicativo que imperativo. Do ponto de
vista da associação com Jesus, a qual lhes deu o conhecimento necessário para
um testemunho válido, já estavam qualificados, uma vez que estiveram com Ele desde o princípio- o começo do seu
ministério. Mas, para vigorar, seu testemunho tinha de se juntar ao do Espírito
operando neles e através deles (cons. Atos 5:32). (COMENTARIO BIBLICOS MOODY - João)
Jesus havia ensinado claramente aos discípulos
que, um dia, sofreriam perseguições. Mencionou esse fato no Sermão do Monte (Mt
5:10-12,44) e em seu "sermão de comissão", quando enviou os discípulos
a ministrar (Mt 10:16-23). Em seu sermão de acusação dos fariseus, declarou abertamente que eles perseguiriam e matariam
servos de Deus (Mt 23:34,35); podemos encontrar uma advertência parecida em sua
mensagem profética no monte das Oliveiras (Mc 13:9-13).
Ao longo do Evangelho de João, fica
evidente que a instituição religiosa não apenas se opôs a Jesus, mas também
procurou matá-lo (Jo 5:16; 7:19,25; 8:37,59; 9:22; ver ainda 11:8). Ao prosseguir com seu ministério, Jesus enfrentou
ondas de ressentimento, de ódio e, por fim, oposição ostensiva. Assim, os
discípulos não deveriam ter se surpreendido quando Jesus tocou na questão da perseguição,
pois já haviam ouvido suas advertências e visto o Mestre enfrentar o ódio dos homens
durante seu ministério.
Além disso, o Espírito testemunha a nós
e por meio de nós em tempos de perseguição (Jo 15:26,27). Lembra-nos de que o que
estamos experimentando é "a comunhão de seus sofrimentos [de Cristo]"
(Fp 3:10) e que é um privilégio ser injuriado em nome de Cristo (convém ler com
atenção 1 Pe4:12-19).
Para a Igreja, os tempos de perseguição
também foram tempos de proclamação e de testemunho. Devemos estar "sempre
preparados para responder a todo aquele que [nos] pedir razão da esperança que há
em[nós)" (1 Pe 3:15). OEspírito testemunha a nós, a fim de que possamos testemunhar
ao mundo(Mc 13:11). Sem o poder do Espírito de Deus não é possível dar um testemunho
claro de Cristo (At 1:8) (comentario biblico
expositivo novo testamento - Mateus a Galatas - Warren W. Wiersbe)
2.2. Os
que foram testemunhas de sua ressurreição
E qual foi o resultado da aplicação
desta estratégia pelos Apóstolos?
Alcançaram seu mundo na sua geração. E se recuperarmos o mesmo enfoque,
será que não podemos também alcançar o nosso mundo nesta geração? Creio que
sim. Senão, vejamos. Como Funciona.
Fazer discípulo leva tempo e pode ser
incômodo, mas é a maneira mais rápida, certa e segura de efetivamente
alcançarmos o mundo. À primeira vista, pensando superficialmente, pode parecer
que não. Aliás, a visão que parece prevalecer no mundo evangélico atual é de
evangelismo em massa—temos de ganhar almas e em número maior possível. Quanto
mais almas em quanto menos tempo, melhor. Só que não resolve. Pode dar um
crescimento rápido aparente a curto prazo, mas acaba ruindo por não existir o
alicerce e a infra-estrutura para agüentar tamanho peso. Criança não trabalha;
dá trabalho.
2.3. Os
que foram efetivamente transformados
O
supremo exemplo:
1. Três coisas um pai deve a seus
filhos, três coisas um mestre deve a seus alunos: Exemplo... exemplo...
exemplo.
2. Jesus deu o supremo exemplo, ver
notas em Fl. 2:3-11.
3 . Paulo servia de um sub exemplo
notável, ver notas em I Co. 11:1.
4 . Há algumas crenças que têm grande
importância . Certamente, uma delas é: seguir o exemplo de Cristo. Se seguires
meu exemplo, poderás fazer as obras que eu faço e até maiores! (Jo 14:12). Deve
haver poder nesse exemplo.
5 . Não basta saber; é mister seguir.
Senhor, não é de conhecimento que precisamos; é de força de vontade.
6 . O versículo nos deixa bracejando
em águas profundas. Quem é o Ideal? Do que consiste a vereda? Cristo é o ideal:
e o seu caminho é a vereda. Pode o homem mortal atingir esse alvo? Em seu
Espirito, sim; mas jamais por iniciativa própria apenas.
7 . O exemplo específico que aqui nos
é recomendado seguir é o do serviço humilde prestado ao próximo. Jesus
destacou, no versículo seguinte, que essa é a essência mesma da grandeza
autêntica.
O último pensamento destacado neste
vers ículo pelo autor sagrado é ouve dos púlpitos evangélicos, porque expressa
não só a necessidade da conformidade moral com Deus. mas também a própria
participaçào em sua natureza.
Whittier expressou esse conceito com o
segue:
Por tudo quanto ele requer de mim, Sei
o que Deus deve ser. (O NOVO TESTAMENTO
INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - VOL.2. Lucas a Joao - Russell Norman
Champlin)
«...imitadores...» Temos aqui
uma correta tradução, que é melhor do que «seguidores», conforme dizem outras
traduções. Vemos aqui alguém que duplica um padrão de conduta, que reproduz
alguma coisa, que é cópia fiel de uma idéia, de uma atitude.
«...como
também eu sou de Cristo...» Nenhum espírito de arrogância levou o apóstolo
dos gentios a solicitar que outros crentes o imitassem.
Antes, assim agia a fim de que a
imagem de Cristo se formasse neles, visto que era im itan d o a ele, o apóstolo
de Cristo, que poderiam imitar automaticamente a Jesus Cristo. Tão somente ele
lhes mostrava um exemplo prático de como essa imitação é possível para o
crente. Note-se que Paulo nos deixou um exemplo de auto-sacrifício; porque esse
é o aspecto da imitação de Cristo que realmente impressiona os homens, como
também é comum que esse era o aspecto da vida e da personalidade de Cristo que
é exposta aos leitores do N.T. como o nosso grande exemplo. (Ver Rom. 15:2,3;
II Cor. 8:9; Efé. 5:2 e Fil. 2:4,5). A vida cristã, quando é bem vivida requer
uma dedicação suprema às realidades espirituais, com a negação de tudo quanto é
meramente material e terreno. O crente precisa reconhecer e desenvolver os
poderes de sua alma remida, para glória de Jesus Cristo. (O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - VOL.4.
Corintos a Efeso - Russell Norman Champlin)
«...oferecer-vos
exemplo...» A «ética de trabalho»,
ensínada por Paulo precisava ser enfatizada, sobretudo para evitar a preguiça e
a ociosidades que, infelizmente, são defeitos que podem acompanhar o ministériô
do evangelho e a vida cristã de muitos. Mas Paulo queria mostrar àqueles crentes
quão «honroso» e «necessário» é o labor honesto e diligente, até mesmo além da
chamada do dever. Mas alguns membros da comunidade de Tessalônica, sobretudo
aqueles que já eram preguiçosos por natureza, poderiam criticar o ministério
cristão como uma «maneira fácil de ganhar a vida», conforme geralmente os
críticos têm dito, desde então. Na realidade, porém, alguns ministros agem
exatamente assim, mostrando-se preguiçosos acerca de seus deveres, dando assim
péssimo exemplo, além de trazerem descrédito ao ministério. Quando é
corretamente efetuado, o ministério consome tempo e envolve trabalho duro; mas
muitos ministros se têm acomodado, tornando o trabalho do ministério um a
atividade leve. Quando é corretamente realizado, o ministério serve de
«exemplo» do labor diligente (O NOVO
TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - VOL.5. Filipenses a Hebreus -
Russell Norman Champlin)
3.
Por que devemos discipular?
Atualmente temos duas realidades contrastantes
em relação à divulgação do evangelho: a primeira é que muita propaganda dele
tem sido feita no mundo; segunda, o avanço de um paganismo e descristianização
da sociedade através das artes e do secularismo em todas as áreas. Às vezes,
pensamos nas nações, povos e etnias sem o evangelho e nos preocupamos, isso é
legitimo, mas nos descuidamos de discipular nossos filhos, amigos e vizinhos,
por isso precisamos voltar ao princípio.
3.1. Por
causa da eficácia desse método
O discipulador deve ser um cristão
preparado e vocacionado para este serviço. O discipulado é mais exigente do que
a evangelização. Ela exige um processo didático e quem o pratica deve ter
capacidade para tal. O preparo deve ser nas seguintes condições:
A. Certeza da salvação.
B. Profunda Convicão.
C. Ter Feito o Discipulado.
D. Ter Desejo de Servir a Deus.
E. Ter Preparo Espiritual.
F. Ter Preparo Bíblico.
G. Ter Facilidade de Relacionamento.
H. Alguém com experiência de igreja
local.
Deus promete recompensas aos
ensinadores da Sua palavra.
Acerca disso Daniel escreveu: E os que a muitos ensinam a justiçarejulgirão
como as estrelas, sempre e eternamente”(Dn 12.3).
A igreja que pratica o discipulado se
sente abençoada porque está cumprindo a Grande Comissão. Ela colherá os frutos
da sua obediência ao grande mandado de Cristo. Ela terá arrolado em sua
membrasia, crentes fortes e saudáveis que, por sua vez, discipularão outros e
assim haverá crescimento, consolidação e firmeza.
A ssim sendo a prática do discipulado
produzirá:
• Crentes fortes e sãos na fé (Tt
1.13).
• Crentes firmes na fé (Mt 7.24, 25).
• Crentes aperfeiçoados (Ef 4.12).
• Crentes maduros (íTs 4.14).
• Crentes que compreendam a palavra de
Deus (Mt 13.23).
• Crentes que renunciam a tudo por
Cristo (Mt 16.24).
• Crentes que carregam a cruz do
compromisso (Mt 16.24).
• Crentes que amam a Cristo de todo o
coração.
• Crentes comprometidos com o Reino de
Deus na Terra.
• Crentes humildes de espírito (Mt
5.3).
• Crentes sábios (Sl 119.99).
• Crentes com condições de resistir ao
diabo (iPe 5.8,9).
• Crentes mais que vencedores (Rm
8.37).
• Crentes dispostos a morrer por
Cristo (Mc 8.35; Rm 8.35-36).
• Crentes preparados para o
arrebatamento da Igreja (Mt 25.10).
A literatura é um dos métodos mais
eficazes na transmissão de conhecimento. Todas as seitas, empresas,
profissionais em todos os ramos, fazem da literatura a sua ferram enta de
trabalho; no discipulado não é diferente.
Acerca da importância da literatura,
Daniel Dantas escreveu:
7 “Já é consenso que dois factores
influenciarão profundamente a vida de uma pessoa dentro dos próximos cinco
anos: Os bons livros que ela ler e os relacionamentos que ela estabelecer. Na
história humana mudanças ocorreram a partir da influência direta da literatura.
Líderes mundiais leram e registaram ideias que impataram suas vidas e a de seus
contemporâneos.
O discipulado proposto pelo Senhor
Jesus Cristo, que preconiza sermos conformados à Sua imagem e proclamadores
ativos do Evangelho, revela a importância que tanta a literatura como a
liderança exercem diretamente nesse processo. O discipulado cristão envolve
aquilo que a igreja cristã lê”.
Se não houverem literaturas apropriadas
o ministério do discipulado será exercido com defeito e não produzirá os frutos
desejados pelo Senhor Jesus Cristo.
Tanto os Evangelhos como as Epístolas
foram literaturas apropriadas no discipulado dos primitivos tempos da igreja.
Essas mesmas literaturas sagradas não podem, em hipótese alguma, deixar de
serem usadas no discipulado cristão.
Entretanto também são necessárias
literaturas extra-bíblicas nesse serviço. São literaturas totalmente com base
em toda a Bíblia Asgrada; livros didaticamente preparados para o ensino
cristão, dentro das faixas de idade de cada novo ou velho crente. (Curso de Aperfeiçoamento Para o
Evangelismo, Discipulado e Missões - Wilson Valentim dos Santos)
3.2. Porque
a vinda de Jesus se aproxima
Mt
25.5 Foram tomadas de sono e adormeceram. A parábola não alia culpa a este
detalhe. Por isso talvez descreva a certeza do remanescente em esperar o noivo,
e não o seu descuido; mas no caso das virgens loucas, era uma certeza falsa.
Mt
25.19. Depois de muito tempo. Uma indicação de que a volta de
Cristo não seria imediata, embora a expressão seja indefinida. Na parábola a
volta foi ainda dentro do período de vidados servos. (COMENTARIO BIBLICOS MOODY - Mateus)
2
Pe 3.3,4. Virão escarnecedores ... Onde está a promessa da sua vinda? Pode-se
debater sobre se esta é maisuma referência aos falsos mestres do capítulo 2, ou
simplesmente uma declaração de que a demora da volta de Cristo levaria muitos a
se afastarem e até mesmo a zombarem da gloriosa esperança da Igreja. (COMENTARIO BIBLICOS MOODY – 2 Pedro)
1
Co 11.26. Porque introduz o motivo da Ceia precisar ser continuamente repetida. Ela
é um sermão objetivo, pois por meio dela anunciais
a morte do Senhor (mostrais). A Ceia descortina dois quadros, passado e
futuro, uma vez que deve ser realizada até
que ele venha (cons. Mt. 26:29). (COMENTARIO
BIBLICOS MOODY – 1 Corintios)
Todos tosquenejaram e dormiram. A
demora representa o espaço entre a conversão verdadeira ou aparente deste
professantes e a vinda de Cristo, para levá-los pela morte ou para julgar o
mundo. Mas ainda que Cristo demore mais que a nossa época, não demorará mais do
tempo devido. As virgens sábias mantiveram ardendo suas lâmpadas, mas não
ficaram acordadas. Demasiados são os cristãos verdadeiros que ficam remissos e
negligenciam sua atuação. Os que se permitem cabecear, escassamente evitam
dormir; portanto tema o começo do deterioro espiritual. (Comentário Bíblico Novo Testamento - Matthew Henry)
3.3. Porque
a vida terrena é curta, mas a alma é eterna.
A morte que
iniciou no espírito de nosso antepassado gradativamente até alcançar seu corpo.
Embora continuado a viver por muitos anos depois que seu espírito morreu, a
morte, todavia, continuou operando nele até que seu espírito, alma e corpo
estivessem mortos. Seu corpo que poderia ter sido transformado e glorificado,
retornou ao pó. Porque seu homem interior precipitou-se no caos, seu corpo
exterior deve morrer e ser destruído. A partir dali o espírito de Adão (como
também os de todos os seus descendentes) caiu sob a opressão da alma até que,
gradativamente, uniu-se com a alma tornando-se as duas partes intimamente
unidas. O escritor de Hebreus diz que a Palavra de Deus vai penetrar e dividir
alma e espírito (4.12). A separação é necessária porque o espírito e a alma
tornaram-se um. (Grifo meu)
4.12 A PALAVRA DE DEUS A palavra de
Deus mostra quem vai entrar no repouso de Deus. Ela é uma espada cortante que
penetra no mais íntimo do nosso ser para discernir se nossos pensamentos e
motivos são espirituais ou não (vv. 12,13). Tem dois gumes e corta, ou para nos
salvar ou para nos condenar à morte eterna (cf. Jo 6.63; 12.48). Por isso,
nossa atitude para com a palavra de Deus deve ser achegar-nos a Jesus como nosso
sumo sacerdote (vv. 14-16) ( Bíblia de
Estudos Pentecostal)
CONCLUSÃO
Posto
que, ninguém faz discípulos para si, mas para o reino de Deus através de sua vida
do lugar onde estamos. regressar ao discipulado bíblico é uma exigência urgente
em nossos dias, por se tratar um retorno ao método primitivo do cristianismo
com toda a sua eficácia, sem necessariamente abrirmos mão dos meios modernos de
comunicação.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: VIDA CRISTÃ
VITORIOSA – Editora Betel - 1º Trimestre 2013 – Lição 07.
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