“o legado de Jesus cristo para sua igreja”
LIÇÃO 08 – 24 DE
fevereiro DE 2013
Texto Áureo
“porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os
filhos”. 2Co 12.14b
Verdade Aplicada
Dentre outros, Jesus deixou o legado do amor, da paz, segurança, do prazer
de viver, e da dependência recíproca.
Objetivos da Lição
► Apresentar o Senhor Jesus como um
modelo que se ocupou em acumular um legado para seus seguidores;
► Mostrar os diferentes tipos de legado
outorgados pelo Senhor Jesus;
► Destacar as bênçãos da salvação.
Textos de Referência
Lc 4.13 E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo.
Lc 4.14 Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama
correu por todas as terras em derredor.
Lc 4.15 E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado.
Lc 4.16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo
o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.
INTRODUÇÃO
Uma das importantes
características de Jesus era a capacidade de transformar os seus discípulos em
pessoas ativas, dinâmicas e com habilidade de transmitir suas ideias. Ele não
idealizou um grupo de homens e mulheres passivos, tímidos, com a personalidade
anulada. Antes os encheu do Espírito Santo após sua ressurreição para que
levassem o seu legado a humanidade.
1. O legado histórico
Não temos qualquer
dúvida de que o Jesus histórico é o Cristo da fé que encontramos nos quatro
evangelhos. Temos o bom senso de nos apoiar na tradição que os recebeu desde os
tempos primitivos, acreditando em todos os seus relatos. Tais relatos foram
elaborados a partir do ponto de vista da identidade divina de Jesus e não em
supostos folclóricos, não há ficção, tudo foi plenamente real e é isso que tem
transformado vidas através dos séculos até hoje.
Quem, senão o próprio
Jesus poderia dizer: "Toda a autoridade no céu e na terra me foi
dada"? Jesus é o Filho Unigênito de Deus. Seu nascimento milagroso,
seu sacrifício vicário e ressurreição, são os eventos mais importantes na
história da humanidade.
Deus tornou-se homem.
Ele morreu na cruz e foi ressuscitado dentre os mortos para salvar as pessoas
do pecado e dar vida eterna a todos que O receberem. O resultado foi uma
revolução espiritual que transformou o mundo do primeiro século e alterou
dramaticamente o curso da história.
Um homem, da cidade de
Nazaré, chamado Jesus, a maior pessoa que já viveu, causou o maior número de
mudanças para o bem em toda a história da humanidade, por meio da transformação
da vida de centenas de milhares de homens e mulheres.
Um historiador,
chamado Phillip Schaf disse: "Jesus de Nazaré, sem dinheiro e sem
armas, conquistou mais milhões do que Alexandre, César, Maomé e Napoleão. Sem
conhecimento científico e erudição, Ele lançou mais luz sobre as coisas humanas
e divinas do que todos os filósofos e eruditos juntos. Sem a eloqüência de
escolas, Ele pronunciou palavras de vida como nunca haviam sido ditas antes e
nem depois, e produziu efeitos que estão além do alcance de qualquer orador ou
poeta. Sem escrever uma única linha, Ele colocou mais escritores em ação e
forneceu temas para mais sermões, orações, discussões, obras de arte, volumes
eruditos e cantos de louvor do que todo o exército de grandes vultos dos tempos
antigos e modernos. Nascido em uma manjedoura, crucificado como um malfeitor,
Ele controla o destino do mundo civilizado e domina um império espiritual que
circunda o globo".
Somente Ele transforma
homens, mulheres e nações. Onde quer que a Sua mensagem chegue, vidas são
transformadas. (EBD e Discipulado -
Valter José G. da Silva)
1.1.
A
história de Jesus nos evangelhos
A religião cristã se alicerça no testemunho a
respeito do caráter messiânico de Jesus de Nazaré e não em uma novela
histórica, eis aí o fracasso da caça pelo Jesus Histórico. A busca do Jesus
histórico foi uma tentativa de descobrir um mínimo de fatos confiáveis sobre o
homem Jesus de Nazaré, para se obter um fundamento seguro à fé cristã. Essa
tentativa foi um fracasso. A pesquisa histórica forneceu probabilidades sobre
Jesus, em grau maior ou menor. A base dessas probabilidades, ela esboçou “Vidas
de Jesus”. Mas essas se pareciam mais a novelas do que a biografias; elas com
certeza não poderiam fornecer uma base segura para a fé cristã. O cristianismo
não se baseia na aceitação de uma novela histórica; ele se baseia no testemunho
a respeito do caráter messiânico de Jesus por pessoas que não estavam
absolutamente interessadas numa biografia do Messias.
A intuição dessa
situação induziu alguns teólogos a desistirem de qualquer tentativa de
construir uma “vida” ou uma Gestalt do Jesus histórico e restringir-se a uma
interpretação das “palavras” de Jesus. A maior parte dessas palavras (embora
não todas) não se referem a ele mesmo e podem ser separadas de qualquer
contexto biográfico. Portanto, seu sentido é independente do fato de que possam
ou não ter sido ditas por ele. Nessa base o problema biográfico insolúvel não
guarda a menor relação com a verdade das palavras correta ou erradamente
registradas como palavras de Jesus. O fato de que a maioria das palavras de Jesus
tem um paralelo na literatura judaica contemporânea não é um argumento contra
sua validez. Esse também não é um argumento contra sua unicidade e poder, tais
como aparecem em coleções como o Sermão da Montanha, as parábolas e as
discussões com inimigos (Filemom
Escola Superior de Teologia – CRISTOLOGIA)
1.2.
A
doutrina de Jesus no Novo Testamento
Jesus apareceu no meio
do seu povo anunciando o evangelho do Reino de Deus, Mt 4.17. Esta frase é uma das mais comuns usadas por Jesus. Sem
dúvida alguma, representa um dos seus ensinos mais fundamentais. De acordo com
o evangelho segundo Marcos, Jesus começou a anunciar o seu evangelho, dizendo
que o Reino de Deus estava próximo, Mc
1.16. Indaguemos agora qual é a verdadeira significação desta frase "O
Reino dos Céus".
O pensamento religioso
do povo judaico estava saturado com a idéia de um Reino de Deus. A ideia de uma
teocracia achava-se impregnada na vida da nação judaica, influenciando todo o
povo, Êx 19.5,6. Apesar desta
expressão, "o Reino de Deus" não ocorrer no Antigo Testamento, a
ideia verifica-se em toda a extensão da atividade profética.
A expressão "o
reino dos céus", aparece em Mateus, onde é mencionada cerca de trinta e
quatro vezes. Várias vezes em Mateus, e em vários lugares no restante do Novo
Testamento, a expressão "reino de Deus", é usada. O “reino dos
céus" é uma expressão semítica, na qual o vocábulo "céus" é um
termo usado em substituição ao nome "divino" - Lc 15.18. Na realidade, ambas as expressões "o reino de
Deus" e "o reino dos céus", raramente foram usadas na literatura
judaica antes dos dias de Jesus. (TEOLOGIA
DO NOVO TESTAMENTO – VNCP)
1.3.
A
tradição evangélica herdada
Infelizmente, temos
vivido nestes últimos tempos de forma totalmente avessa aos padrões espirituais
que Cristo ensino e que sua palavra nos leva a cada dia a vivermos. Uma vida
dedicada ao próximo, a realizar basicamente o que Cristo durante seu ministério
veio nos ensinar e ele mesmo realizou.
Como discípulos de
Cristo precisamos começar a fazer a obra de evangelização, mais essa obra
precisa ser nos moldes do conceito que Cristo deixou para nós.
Durante muitos anos
vivemos nos moldes humanos, ditado por homens que viveram uma época basicamente pautada por dogmas humanos,
desprezando assim os valores do cristianismo em sua totalidade.
Jesus nunca condenou
ninguém ao inferno e muitos o tem feito sobre o pretexto de santidade ou
achando que tem esse direito. Como o comentarista coloca, “será que vivemos um
cristianismo inspirador, capaz de motivar nossos cônjuges, filhos, amigos e
irmãos a desejarem viver acima da mediocridade?”.
O que estamos vivendo
de fato?
O Apostolo Paulo deixa
para nós uma palavra “Sede meus
imitadores, como também eu de Cristo”.1 Co 11:1 o que é ser imitador de Paulo?
Paulo não solicita: “Sede
imitadores de Cristo” diretamente aos cristãos de Corinto. Isso é digno de nota
para nós, que rapidamente apelamos à imitatio Christi, à “imitação de Cristo”.
Nesse caso Paulo, portanto, considerou necessário algo como um “trabalho de
tradução” que mostrasse aos cristãos das outras nações como se configura hoje o
caminho de Jesus numa cidade grega. Paulo realizava essa “tradução” em sua
própria vida.
Pessoalmente, porém,
ele é “imitador do Cristo”. Paulo não esclarece em maiores detalhes como ele
mesmo entende isso. Mas podemos depreender de Fp 2.5ss como ele entendia o “exemplo”
de Jesus. Não se trata de uma “imitação” artificial de Jesus, não de uma
adaptação a palavras ou atos isolados dele. Isso tão somente produziria uma
caricatura. Pelo contrário, trata-se da “mente do Cristo”, que nós “temos” pelo
Espírito Santo (1Co 2.16), aquela mentalidade básica que não visa reter nada
como uma usurpação, mas que pode se “despojar” e assumir a “forma de servo”, a
fim de servir aos outros e ajudá-los a alcançar a salvação.
A “imitação do Cristo”
não é nada diferente do que aquilo que Paulo já expusera aos coríntios em 1Co
4.9-13, em 1Co 8.13, em 1Co 9.19-22 e agora em 1Co 11.1. (Grifo meu) (Comentário 1 Corintios - Esperança - Werner de Boor)
2. O legado espiritual
Partindo do princípio da pessoa
que Jesus era, o legado espiritual por ele deixado jamais será superado - a
salvação da alma humana - visto que não era da competência do homem comum.
Mas de alguém com uma dupla
identidade humana e divina. Todavia o Mestre ressuscitado nos compartilhou a
sua missão expansionista do reino de Deus quando disse “Assim como o Pai me
enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21b). Ele até poderia fazer tudo só, mas
escolheu trabalhar por meio de sua igreja.
2.1. A justificação pela fé
Rm 5.1 - Tendo exposto o meio usado por Deus para justificar os pecadores, e
tendo estabelecido isto com base no precedente veterotestamentário, Paulo agora
enumera as bênçãos que se acumulam para aqueles cuja fé lhes foi imputada para
justiça. A primeira delas é paz com Deus. Homens e mulheres anteriormente em
estado de rebelião contra Ele, agora estão reconciliados com Ele pela morte de
Cristo. Como Paulo diz noutra epístola, o propósito de Deus era reconciliar
"consigo mesmo todas as cousas", mas, preeminentemente, era
reconciliar consigo aqueles que eram "estranhos e inimigos" dele
"no entendimento" — ou "no coração" (Cl 1:20-22). E que de
fato a morte de Cristo realizou esta reconciliação é matéria de nítida
experiência nas vidas de sucessivas gerações de crentes. A reconciliação é algo
que Deus já efetuou mediante a morte de Cristo, e os homens são convidados a
aceitá-la, a desfrutá-la, para estar em paz com Deus.
Esta paz traz consigo
livre acesso a Deus. Os ex-rebeldes não são apenas perdoados no sentido de que
sua merecida punição recebeu indulto, mas são colocados num lugar em que
desfrutam de alto favor de Deus — "esta graça na qual estamos
firmes". É mediante Cristo que eles entraram neste estado de graça, e é
também por meio dele que se alegram "na esperança da glória de Deus".
Paz e alegria são bênçãos gêmeas do Evangelho. Nas palavras de um velho
pregador escocês, "paz é alegria em repouso; alegria é paz a dançar".
Rm 10. 13. Todo
aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo.
Citação de Joel 2:32, onde a passagem se relaciona com o período das
vésperas do "grande e terrível dia do Senhor" em que o Espírito de
Deus há de se derramar sobre toda a carne. Compare-se isto com o uso que Pedro
faz da mesma passagem bíblica para explicar os acontecimentos do dia de Pentecoste:
“O que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel" (At 2:16).
Proclamação universal (10:14-21).
Daí surge à
necessidade de proclamar o Evangelho no mundo inteiro. Os homens são exortados
a invocar o nome do Senhor e serem salvos. Mas não invocarão o Seu nome a
menos que sejam movidos a crer nele, não crerão nele a menos que ouçam falar
dele, não podem ouvir dele a menos que alguém lhes leve as novas, e ninguém
pode levar as novas a menos que seja enviado para isso. O pregador é um
"apóstolo" no sentido primário da palavra; é um arauto ou embaixador
que transmite a mensagem de alguém que o autorizou a entregá-la. Aqui Paulo
engrandece o ofício do apóstolo ou evangelista. Por sua proclamação da anistia
divina, Deus tem prazer em dar a compreender a Sua misericórdia aos que crêem
na mensagem. Dos que levam estas alegres novas, o profeta falou séculos antes:
"Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que
faz ouvir a paz, que anuncia cousas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a
Sião: O teu Deus reina!"
(Is 52:7; ver nota sobre 1:1, pp.59s.). (Comentário
Bíblico - Romanos - Introdução e Comentário - F. F. Bruce)
5.1"pois (portanto)"- Esta conjunção frequentemente assinala: (1) o sumário da argumentação teológica
até este ponto; (2) as conclusões baseadas nesta apresentação teológica; e (3) a
apresentação de uma nova verdade (5.1; 8.1; 12.1).
"tendo sido justificados" – Este é um PARTICÍPIO PASSIVO AORISTO. Deus justificou os que crêem. Está
colocado em primeiro lugar, na sentença grega (vv.1-2) para ênfase. Parece haver
uma sequência de tempo nos vv.1a11: (1) Nos vv.1-5, nossa atual experiência da graça;
(2) nos vv.6-8, a obra completada por Cristo em nosso favor; e (3), nos vv.9-11,
nossa esperança futura e segurança da salvação.
O fundamento do VT para
o termo "justificado" (dikaioõ) era uma "linha reta" ou "cana
de medir".
Foi usado metaforicamente
a respeito de Deus mesmo. O caráter e a santidade de Deus são o único padrão para
julgamento (LXX, Lv 24.22; e teologicamente Mt 5.48). Por causa da morte sacrificial
e substituta de Jesus, os crentes têm uma posição legal diante de Deus (ver nota
em 5.2). Isto não implica em ausência de culpa do crente, mas antes algo como anistia.
Alguém, outra pessoa, pagou a penalidade (2 Co 5.21). Os que creem foram declarados
perdoados.
"pela fé" – Fé é a mão que aceita
o dom de Deus (v.2; Rm 4.1 e segs.). A fé não foca no grau ou intensidade do comprometimento
ou resolução do crente (Mt 17.20), mas no caráter e promessas de Deus (Ef 2.8-9).
A palavra que o VT usa para "fé” originalmente significava alguém estar numa
postura estável. Passou a ser usado metaforicamente para significar alguém leal,
fiel e confiável. A fé não focaliza nossa fidelidade ou confiabilidade, mas a de
Deus. (Comentário Bíblico - Romanos -
Bob Utley)
2.2. Bênçãos da salvação
Na primeira parte
deste capítulo, Paulo examina o significado da justificação pela fé para os
crentes. O que eles têm? O que eles deveriam fazer? Como Deus se relaciona com
eles e qual é o seu futuro? Depois ele volta para uma comparação dos efeitos do
afastamento de Deus, por parte de Adão, com os efeitos da obra reconciliatória
de Cristo. A importância da justificação na última metade do capítulo foi
esclarecida pela repetição do termo em 5:17, 18,19,21.
Os Efeitos da Justificação pela Fé sobre os Recipientes.
5:1-11.
1. O particípio fala da ação que foi realizada. Justificados, pois, mediante a fé. Este
tem sido o tema desde 3:21 até 4:25. Partindo deste tema, seguem-se certas
condições e reações.
As principais formas
verbais em 5:1, 2, 3 podem ser traduzidas: "Temos paz... nos
gloriamos...". Ou esses verbos podem ser traduzidos como exortações:
"Desfrutemos da paz que temos... gloriemo-nos na esperança... gloriemo-nos
nas aflições..." Os verbos estão todos no tempo presente, e expressam
atividade constante. A paz que um
crente tem é a paz com Deus. Este é
um estado objetivo para aquele que é declarado justificado. Ele é por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. A
obra redentora de Cristo forneceu uma expiação, uma cobertura para. O pecado
daquele que foi declarado justificado pela fé. Esse tal foi reconciliado com
Deus. Portanto a hostilidade e animosidade entre Deus e os crentes já se foi.
Em lugar disso há uma bendita paz.
2b. A tradução gloriemo-nos na esperança deixa de
esclarecer ao leitor que o mesmo verbo foi usado aqui, e em 5:3 – "nos
gloriamos nas tribulações". Portanto 5:2 realmente significa: E nos
gloriemo-nos na esperança da glória que Deus há ele manifestar ou exibir. A
esperança exerce parte vital na vida dos crentes, pois ela se relaciona com
tudo o que Deus tem prometido fazer por eles em Cristo.
9. Mas Paulo rapidamente muda o cenário do nosso
anterior estado de pecadores para o agora. Se Deus nos amava quando éramos
pecadores, se Cristo morreu por nós então, muito mais agora, tendo sido
declarados justificados por Seu sangue, seremos salvos através dEle (Cristo) da
futuro ira de Deus. Observe que a base para a justificação é o sangue de
Cristo. Esta futura salvação é do castigo da ira de Deus, do qual se fala em lI
Ts. 1:9, "eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu
poder".
10. Os que agora estão justificados, diz-se, que foram
reconciliados com Deus, quando inimigos. A base dessa reconciliação ficou
explicitamente declarada – mediante a morte de seu Filho. Fomos reconciliados
por Sua morte enquanto ainda éramos inimigos. Sendo isto verdade, conclui o
apóstolo, muito mais verdade é que seremos salvos pela sua vida. Em outro
lugar, Paulo destaca que aquele que é ligado ao Senhor é um espírito com Ele (I
Co. 6:17), isto é, participa da vida ressurreta e poder espiritual de Cristo.
Ele também diz: "Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então
vós também sereis manifestados com ele, em glória" (Cl. 3:4). Seremos
salvos pela vida de Cristo porque participamos desta vida. Pertencemos a
Cristo. O escritor aos Hebreus destaca que Cristo vive para interceder por nós
(Hb. 7:25). A vida intercessória de Cristo na glória tem um desempenho vital na
salvação dos crentes. Mas o contexto aqui parece destacar a participação dos
crentes na morte e vida ressurreta de Cristo. Os crentes serão salvos (futuro)
pela sua presente e futura participação na vida de Cristo. (Comentário Bíblico Moody – Romanos)
2.3. Um novo padrão ético-moral
Em que consiste o reino de Deus? Quais são as leis desse reino? Que tipo de
pessoa pertence a esse reino? Que fazer para entrar nesse reino? Com o
propósito de responder essas indagações e estabelecer o padrão de conduta dos
cidadãos do Reino, Jesus proferiu um discurso chave popularmente conhecida como
"o Sermão do Monte".
Este sermão indica que a vida com Cristo requer a substituição do nosso
'padrão de justiça pelo padrão de justiça de Deus. Jesus ensinou que a
felicidade por Ele oferecida não deve depender do que temos ou fazemos, mas do
que somos; e não pode ser importada, mas precisa nascer da alma, do interior.
Podemos concluir, através desse magistral sermão que, se quisermos
alcançar a felicidade nesta vida e a eternidade, não nos resta outra
alternativa, senão, atentarmos para todos os sublimes ensinamentos do majestoso
Filho de Deus.
Entre os sermões proferidos por Cristo aos discípulos, o Sermão do Monte,
como ficou conhecido, traduz de forma marcante e reveladora a essência e a
natureza de sua doutrina. Teremos, neste trimestre, não só a oportunidade ímpar
de conhecer ou recordar as suas vigas mestras, mas, acima de tudo, de procurar
fazer desse ensino singular o ideal de vida de todos quantos desejam
sinceramente praticar O cristianismo bíblico. (ebdareiabranca.com/As Bem Aventuranças/lição 01 - 2006)
“E ele passou a ensiná-los. dizendo...” Expressão oriental usada para introduzir algum discurso formal. Algumas
vezes serve para indicar uma comunicação solene e confidencial. As idéias
apresentadas nas declarações de Jesus se baseiam principalmente no A.T. (Ver
Is. 57:1s; 61:1-3; Sl. 34:11-19: 37 :11; 73:1; I Sm. 2:5; Ec. 7:4).
Embora seja verdade
que os ensinos éticos de Jesus pareçam ser a nota chave dos ensinos morais do
*reino de Deus* que ele veio anunciar, também é certo que essas eram — as
convicções reais — de Jesus sobre o que constitui a ação moral e um caráter
piedoso, sem importar o período histórico em foco. Deve-se notar principalmente
que para Jesus a ação moral depende tanto dos motivos como dos atos
exteriorizados. Ê errôneo esperar nessas declarações distinções e explicações
expandidas sobre doutrinas profundas com o a “justificação” e o “perdão dos
pecados”, as quais são abordadas de forma mais dogmática em livros posteriores
do N.T. especialmente nos escritos de Paulo. Assim sendo, as tentativas para
harmonizar os ensinos de Jesus e de Paulo, em secções como estas, são estéreis
e desnecessárias.
As bem-aventuranças
são promessas feitas aos discípulos fiéis do reino dos céus. A pesar de Jesus
ter proferido essas palavras originalmente a Israel, não há que duvidar que ele
queria que se aplicassem plenamente ao Novo Israel, a igreja. O evangelho de
Mateus foi escrito quando a era cristã já tinha cinquenta anos, e não tem
sentido supor que não tencionava ser um documento inteiramente «cristão». Os
discípulos de Cristo devem aprender a apegar-se a ele, a confiar nele e em suas
palavras explicitamente. Não pode haver reservas na dedicação a ele e às suas
palavras. As bem-aventuranças—mostram como seremos abençoados se fizermos disso
a regra de nossas vidas. Os crentes seriam oprimidos pelo mundo (talvez um
reflexo da perseguição de Domiciano, que a igreja — sofria quando este
evangelho foi escrito; ver a secção II da introdução, sobre a Data do livro).
Mas os oprimidos haverão de obter eventualmente a vitória. Embora nunca sem uma
clara lealdade ao seu Senhor. «... as bem-aventuranças mostram que para Jesus,
a retidão é mais do que a súmula de seus mandamentos; é uma total atitude de
mente, uma forma particular de caráter. Aqueles que são louvados no evangelho
são homens e mulheres humildes, amorosos, confiantes, fiéis e corajosos A inda
não são perfeitos, mas são convertidos. Seus interesses e desejos se voltam na
direção do reino de Deus. Mateus aparentemente enumera nove bem-aventuranças,
embora a oitava e a nona possam constituir uma só; e se for removido o vs. 5,
teremos apenas sete. Lucas 6:20-23 contém quatro bem-aventuranças, todas as
quais têm paralelos aqui.
Provavelmente tinha as
mesmas, na terceira pessoa, e não na secunda, conforme se vê em Lucas. Mateus,
entretanto, adicionou termos tais como "em espirito” (vs. 3) e “justiça”
(vs. 6). Também haveria bem-aventuranças em L e M? Nesse caso, os quatro ais de
Lucas (Lc. 6:24-261 podem provir de L, e pelo menos algumas das
bem-aventuranças de Mateus se derivam de M. (Sherman Johnson, in loc.). (Ver
informações completas sobre as fontes informativas dos evangelhos, referidas
aqui pelas abreviações «Q», «L» e «M», no artigo da introdução ao comentário
intitulado «O Problema Sinóptico»). (O
NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - VOL.1. MATEUS A Marcos -
Russell Norman Champlin)
3. O legado da autoridade
Devemos lembrar que cumpre a nós
como igreja temperarmos a nossa sociedade, com o bom tempero de Cristo. Esse
poder salinizador nos foi conferido para ser levado a efeito nas artes, na
política e educação, entre outros (Mt 5.13). Uma vida religiosa é uma coisa
boa, mas ineficaz para produzir frutos de arrependimento e realizar sonhos. O
que precisamos é do poder de Deus sobre nós para viver e transmitir esse
maravilhoso legado.
5.13 SAL DA TERRA. Os cristãos são o
sal da terra. Dois dos valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da
corrupção. O cristão e a igreja, portanto, deve ser exemplos para o mundo e, ao
mesmo tempo, militarem contra o mal e a corrupção na sociedade. (1) As igrejas
mornas apagam o poder do Espírito Santo e deixam de resistir ao espírito
predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por Deus (ver Ap 3.16 nota).
(2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13); i.e., os
mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade
ímpia (cf. Dt 28.13,43,48; Jz 2.20-22). (Bíblia
de Estudos Pentecostal)
3.1. Autoridade para viver uma nova
realidade
2.2 FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA. Efésios 2.1-4 revela uma razão por que o cristão deve ter grande
compaixão e misericórdia dos que ainda vivem em ofensas e pecados. (1) Todo aquele
que está sem Cristo é controlado pelo "príncipe das potestades do
ar", i.e., Satanás. Sua mente é obscurecida por Satanás, para que não veja
a verdade de Deus (cf. 2 Co 4.3,4). Tais pessoas estão escravizadas pelo pecado
e concupiscências da carne (v. 3; Lc 4.18). (2) A pessoa irregenerada, por
causa de sua condição espiritual não poderá compreender, nem aceitar a verdade
à parte da graça de Deus (vv. 5,8; 1 Co 1.18; Tt 2.11-14). (3) O cristão deve
ver a todos do ponto-de-vista bíblico. Quem vive na imoralidade e no orgulho
deve ser alvo da nossa compaixão, por causa da sua escravidão ao pecado e a
Satanás (vv. 1-3; cf. Jo 3.16). (4) A pessoa sem Cristo é responsável pelo seu
pecado, pois Deus dá a cada ser humano uma medida de luz e graça, com a qual possa
buscar a Deus e escapar da escravidão do pecado, mediante a fé em Cristo (Jo
1.9; Rm 1.18-32; 2.1-6).
2.9 NÃO VEM DE OBRAS. Ninguém poderá ser salvo pelas obras e boas ações, ou por tentar guardar
os mandamentos de Deus. Seguem-se as razões: (1) Todos os não salvos, estão
espiritualmente mortos (v. 1), sob o domínio de Satanás (v. 2), escravizados
pelo pecado (v. 3) e sujeitos à condenação divina (v. 3). (2) Para sermos
salvos precisamos receber a provisão divina da salvação (vv. 4,5), ser
perdoados do pecado (Rm 4.7,8), ser espiritualmente vivificados (Cl 1.13), ser
feitos novas criaturas (v. 10; 2 Co 5.17) e receber o Espírito Santo (Jo
7.37-39; 20.22). Nenhum esforço da nossa parte poderá realizar essas coisas.
(3) O que opera a salvação é a graça de Deus mediante a fé (vv. 5,8). O dom
salvífico de Deus inclui os seguintes passos: (a), a chamada ao arrependimento
e à fé (At 2.38). Com essa chamada vem à obra do Espírito Santo na pessoa,
dando-lhe poder e capacidade de voltar-se para Deus. (b) Aqueles que respondem
com fé e arrependimento e aceitam a Cristo como Senhor e Salvador, recebem
graça adicional para sua regeneração, ou novo nascimento, pelo Espírito e ser
cheios do Espírito (At 1.8; 2.38; Ef 5.18). (c) Aqueles que se tornam novas
criaturas em Cristo, recebem graça contínua para viver a vida cristã, resistir
ao pecado e servir a Deus (Rm 8.13,14; 2 Co 9.8). O crente se esforça em viver
para Deus, mediante a graça que nele opera (1 Co 15.10). A graça divina opera
no crente dedicado, tanto para ele querer, como para cumprir a boa vontade de
Deus (Fp 2.12,13). Do começo ao fim, a salvação é pela graça de Deus. (Bíblia de Estudos Pentecostal)
Depois de descrever nossos bens espirituais em Cristo, Paulo volta à atenção
para uma verdade complementar: nossa posição espiritual em Cristo. Primeiro,
explica o que Deus fez pelos pecadores em gerar em seguida, fala do que Deus
fez mais especificamente pelos gentios. O pecador que creu em Cristo foi
exaltado e assentando no trono (Ef 2:1-10), e os judeus e gentios que creram
foram reconciliados e edificados juntos no templo (Ef 2:11-22). Que milagre da
graça de Deus! Somos tirados do grande cemitério do pecado e colocados na sala
gloriosa do trono. (Comentário Bíblico
Expositivo Novo Testamento - Éfeso a Apocalipse - Warren W. Wiersbe)
2 Co 5.17 O crente agora torna-se uma nova
criatura. Sobre nova, veja 3:6. Já passaram. O tempo é aoristo, e assim
indica uma mudança definitiva que aconteceu por ocasião da regeneração. O mesmo
verbo (parerkomai) foi usado com referência
ao passar catastrófico do céu e da terra na última conflagração (Mt. 5:18; Lc.
21:32, 33; II Pe. 3:10). O tempo perfeito em eis que se fizeram novas dramatiza a mudança permanente introduzida
pela regeneração. (Comentário Bíblico
Moody – 2 Corintios)
3.2. Autoridade para levar esperança
14. Por amor de Cristo (cons. Rm. 8:35; Ef. 3:19) vamos entender o próprio amor de Cristo por
nós. O verbo constrange (suneko) normalmente significa
"conservar junto"; mas aqui Arndt o considera significando "insistir,
impelir". Nos constrange parece
estar justificado à luz do versículo anterior. O amor de Cristo manterá
qualquer crente afastado de extremos insanos. O julgamento de Paulo, feito uma
vez para sempre na sua conversão, foi "Um morreu por todos, logo todos
morreram". O por em um morreu por todos ensina substituição
(como em Jo. 10:15; 11:50, 51; Rm. 5:6 e segs.; Gl. 1:4). O tempo aoristo em
todos morreram identifica o crente com Cristo na sua morte (cons. Rm. 6:2-11;
Gl. 2:19; Cl. 3:3).
15. Aqueles que foram redimidos por Aquele que por eles morreu e ressuscitou deveriam agora viver inteiramente
dedicados ao seu Senhor, não ao seu ego (cons. Rm. 14:7 e segs.; I Co. 6:19,
20; I Ts. 5:10; Ap. 14:1-5). (Comentário
Bíblico Moody – 2 Coríntios)
Ele morreu para que morrêssemos
(v. 14). O tempo do verbo confere-lhe o sentido de "então,
todos morreram", uma verdade explicada em mais detalhes em Romanos 6, que trata
da identificação do cristão com Jesus Cristo. Quando Cristo morreu, morremos
nele e com ele. Portanto, a antiga vida não deve ter poder algum sobre nós hoje.
"Estou crucificado com Cristo" (GI 2:19).
Morreu para que vivêssemos (vv.
15-17).
Este é o aspecto positivo de nossa identificação com Cristo: não apenas morremos
com ele, mas também fomos ressuscitados com ele para que pudéssemos andar em "novidade
devida" (Rm 6:4). Uma vez que morremos com Cristo, vencemos o pecado e,
uma vez que vivemos com Cristo, podemos dar frutos para a glória de Deus (Rm 7:4).
Ele morreu para que vivêssemos por meio dele: "Deus [enviou] o seu
Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele" (1 Io4:9). Essa é nossa
experiência de salvação, a vida eterna pela fé em Jesus Cristo. Mas também
morreu para que vivêssemos para ele, não para nós mesmos (2 Co5:15). (Comentário Bíblico Expositivo
Novo Testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)
3.3. Autoridade para operar sinais e
maravilhas
Atos 1:8 é um versículo-chave. Em primeiro
lugar, explica que o poder da Igreja vem do Espírito Santo, não dos homens (ver
Zc 4:6). À medida que recebeu novas oportunidades e que enfrentou diferentes
obstáculos, o povo de Deus foi cheio repetidamente pelo Espírito (At 2:4; 4:8,31;
9: 17; 13:9). Pessoas comuns foram
capazes de fazer coisas extraordinárias, pois o Espírito de Deus operava em sua
via. O ministério do Espírito Santo não é um luxo, mas sim é uma
necessidade básica.
"Testemunha" é uma palavra-chave no Livro de Atos e aparecem
vinte e nove vezes na forma de substantivo ou verbo. Uma testemunha é alguém
que relata o que viu e ouviu (At 4:19,20). Quem está no banco das testemunhas
em um tribunal não apresenta ao juiz suas idéias e opiniões, pois ele está
interessado apenas em ouvir o que a testemunha sabe. O termo mártir vem de uma
palavra grega que pode ser traduzida por "testemunha", e muitos do
povo de Deus selaram seu testemunho entregando a própria vida.
Hoje, fala-se muito sobre "ganhar almas", o que não deixa de ser
uma ótima ênfase.
Alguns do povo de Deus são chamados para o evangelismo (Ef 4:11), mas todos
do povo de Deus devem ser testemunhas e falar do Salvador aos perdidos. Nem
todo cristão pode conduzir o pecador à fé e a uma decisão (apesar de a maioria
de nós sermos capaz de se esforçar um pouco mais nesse sentido), mas todo
cristão pode dar testemunho fiel do Salvador. "A testemunha verdadeira livra
almas" (Pv 14:25).
Atos 1:8 também apresenta um esboço geral do Livro de Atos, descrevendo
geograficamente a propagação do evangelho: de Jerusalém (At 1-7) para a Judéia
e Samaria (At 8-9), depois para os gentios e até os confins da Terra (At
10-28). Não importa onde vivemos; como cristãos, devemos começar a testemunhar
em casa e depois "por todo o mundo". Como Oswald J. Smith costumava dizer:
"A luz cujo resplendor chega mais longe brilhará com mais intensidade no próprio
lar". (Comentário Bíblico Expositivo
Novo Testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)
1.8. Em lugar de se ocuparem com debates sobre o final estabelecimento do
reino judeu, os apóstolos deviam se preocupar com outras coisas. O Espírito
Santo viria sobre eles para lhes conceder poder sobrenatural, na força do qual
seriam testemunhas de Cristo por todo o mundo. Este versículo é um resumo de
todo o livro de Atos: em Jerusalém cobre
os capítulos 1-7; em toda a Judéia e
Samaria cobre os capítulos 8:1 - 11:18;
e aos confins da terra vai de 11:19 até o final do livro. (Comentário Bíblico Moody – Atos)
CONCLUSÃO
Cristo Jesus compartilhou conosco toda a sua herança sem
jamais empobrecer, então somos co-herdeiros com Ele. Seu propósito foi
tornar-se um modelo vivo de inspiração para todos nós neste particular. Cumpre
a nós deixarmos também um legado, devemos pensar hoje, em como queremos ser
lembrados no dia do nosso sepultamento.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa -
Editora Betel,
Revista: VIDA
CRISTÃ VITORIOSA – Editora Betel - 1º Trimestre 2013 – Lição 08.
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