“o legado de Jesus cristo para sua igreja”


LIÇÃO 08 – 24 DE fevereiro DE 2013


Texto Áureo

“porque não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos”. 2Co 12.14b

Verdade Aplicada

Dentre outros, Jesus deixou o legado do amor, da paz, segu­rança, do prazer de viver, e da dependência recíproca.

Objetivos da Lição

      Apresentar o Senhor Jesus como um modelo que se ocu­pou em acumular um legado para seus seguidores;
      Mostrar os diferentes tipos de legado outorgados pelo Senhor Jesus;
      Destacar as bênçãos da sal­vação.

Textos de Referência

Lc 4.13      E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo.
Lc 4.14      Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor.
Lc 4.15      E ensinava nas suas sinagogas e por todos era lou­vado.
Lc 4.16      E, chegando a Naza­ré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.

INTRODUÇÃO
Uma das importantes características de Jesus era a capacidade de transformar os seus discípulos em pessoas ativas, dinâmicas e com habilidade de transmitir suas ideias. Ele não idealizou um grupo de homens e mulheres passivos, tímidos, com a personalidade anulada. Antes os encheu do Espírito Santo após sua ressurreição para que levassem o seu legado a humanidade.

1. O legado histórico
Não temos qualquer dúvida de que o Jesus histórico é o Cristo da fé que encontramos nos quatro evangelhos. Temos o bom senso de nos apoiar na tradição que os recebeu desde os tempos primitivos, acreditando em todos os seus relatos. Tais relatos foram elaborados a partir do ponto de vista da identidade divina de Jesus e não em supostos folclóricos, não há ficção, tudo foi plenamente real e é isso que tem transformado vidas através dos séculos até hoje.

Quem, senão o próprio Jesus poderia dizer: "Toda a autoridade no céu e na terra me foi dada"? Jesus é o Filho Unigênito de Deus. Seu nascimento milagroso, seu sacrifício vicário e ressurreição, são os eventos mais importantes na história da humanidade.
Deus tornou-se homem. Ele morreu na cruz e foi ressuscitado dentre os mortos para salvar as pessoas do pecado e dar vida eterna a todos que O receberem. O resultado foi uma revolução espiritual que transformou o mundo do primeiro século e alterou dramaticamente o curso da história.
Um homem, da cidade de Nazaré, chamado Jesus, a maior pessoa que já viveu, causou o maior número de mudanças para o bem em toda a história da humanidade, por meio da transformação da vida de centenas de milhares de homens e mulheres.
Um historiador, chamado Phillip Schaf disse: "Jesus de Nazaré, sem dinheiro e sem armas, conquistou mais milhões do que Alexandre, César, Maomé e Napoleão. Sem conhecimento científico e erudição, Ele lançou mais luz sobre as coisas humanas e divinas do que todos os filósofos e eruditos juntos. Sem a eloqüência de escolas, Ele pronunciou palavras de vida como nunca haviam sido ditas antes e nem depois, e produziu efeitos que estão além do alcance de qualquer orador ou poeta. Sem escrever uma única linha, Ele colocou mais escritores em ação e forneceu temas para mais sermões, orações, discussões, obras de arte, volumes eruditos e cantos de louvor do que todo o exército de grandes vultos dos tempos antigos e modernos. Nascido em uma manjedoura, crucificado como um malfeitor, Ele controla o destino do mundo civilizado e domina um império espiritual que circunda o globo".
Somente Ele transforma homens, mulheres e nações. Onde quer que a Sua mensagem chegue, vidas são transformadas. (EBD e Discipulado - Valter José G. da Silva)

1.1.           A história de Jesus nos evangelhos
A religião cristã se alicerça no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus de Nazaré e não em uma novela histórica, eis aí o fracasso da caça pelo Jesus Histórico. A busca do Jesus histórico foi uma tentativa de descobrir um mínimo de fatos confiáveis sobre o homem Jesus de Nazaré, para se obter um fundamento seguro à fé cristã. Essa tentativa foi um fracasso. A pesquisa histórica forneceu probabilidades sobre Jesus, em grau maior ou menor. A base dessas probabilidades, ela esboçou “Vidas de Jesus”. Mas essas se pareciam mais a novelas do que a biografias; elas com certeza não poderiam fornecer uma base segura para a fé cristã. O cristianismo não se baseia na aceitação de uma novela histórica; ele se baseia no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus por pessoas que não estavam absolutamente interessadas numa biografia do Messias.
A intuição dessa situação induziu alguns teólogos a desistirem de qualquer tentativa de construir uma “vida” ou uma Gestalt do Jesus histórico e restringir-se a uma interpretação das “palavras” de Jesus. A maior parte dessas palavras (embora não todas) não se referem a ele mesmo e podem ser separadas de qualquer contexto biográfico. Portanto, seu sentido é independente do fato de que possam ou não ter sido ditas por ele. Nessa base o problema biográfico insolúvel não guarda a menor relação com a verdade das palavras correta ou erradamente registradas como palavras de Jesus. O fato de que a maioria das palavras de Jesus tem um paralelo na literatura judaica contemporânea não é um argumento contra sua validez. Esse também não é um argumento contra sua unicidade e poder, tais como aparecem em coleções como o Sermão da Montanha, as parábolas e as discussões com inimigos (Filemom Escola Superior de Teologia – CRISTOLOGIA)

1.2.           A doutrina de Jesus no Novo Testamento
Jesus apareceu no meio do seu povo anunciando o evangelho do Reino de Deus, Mt 4.17. Esta frase é uma das mais comuns usadas por Jesus. Sem dúvida alguma, representa um dos seus ensinos mais fundamentais. De acordo com o evangelho segundo Marcos, Jesus começou a anunciar o seu evangelho, dizendo que o Reino de Deus estava próximo, Mc 1.16. Indaguemos agora qual é a verdadeira significação desta frase "O Reino dos Céus".
O pensamento religioso do povo judaico estava saturado com a idéia de um Reino de Deus. A ideia de uma teocracia achava-se impregnada na vida da nação judaica, influenciando todo o povo, Êx 19.5,6. Apesar desta expressão, "o Reino de Deus" não ocorrer no Antigo Testamento, a ideia verifica-se em toda a extensão da atividade profética.
A expressão "o reino dos céus", aparece em Mateus, onde é mencionada cerca de trinta e quatro vezes. Várias vezes em Mateus, e em vários lugares no restante do Novo Testamento, a expressão "reino de Deus", é usada. O “reino dos céus" é uma expressão semítica, na qual o vocábulo "céus" é um termo usado em substituição ao nome "divino" - Lc 15.18. Na realidade, ambas as expressões "o reino de Deus" e "o reino dos céus", raramente foram usadas na literatura judaica antes dos dias de Jesus. (TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO – VNCP)

1.3.           A tradição evangélica herdada
Infelizmente, temos vivido nestes últimos tempos de forma totalmente avessa aos padrões espirituais que Cristo ensino e que sua palavra nos leva a cada dia a vivermos. Uma vida dedicada ao próximo, a realizar basicamente o que Cristo durante seu ministério veio nos ensinar e ele mesmo realizou.
Como discípulos de Cristo precisamos começar a fazer a obra de evangelização, mais essa obra precisa ser nos moldes do conceito que Cristo deixou para nós.
Durante muitos anos vivemos nos moldes humanos, ditado por homens que viveram uma época  basicamente pautada por dogmas humanos, desprezando assim os valores do cristianismo em sua totalidade.
Jesus nunca condenou ninguém ao inferno e muitos o tem feito sobre o pretexto de santidade ou achando que tem esse direito. Como o comentarista coloca, “será que vivemos um cristianismo inspirador, capaz de motivar nossos cônjuges, filhos, amigos e irmãos a desejarem viver acima da mediocridade?”.
O que estamos vivendo de fato?
O Apostolo Paulo deixa para nós uma palavra “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo”.1 Co 11:1 o que é ser imitador de Paulo?
Paulo não solicita: “Sede imitadores de Cristo” diretamente aos cristãos de Corinto. Isso é digno de nota para nós, que rapidamente apelamos à imitatio Christi, à “imitação de Cristo”. Nesse caso Paulo, portanto, considerou necessário algo como um “trabalho de tradução” que mostrasse aos cristãos das outras nações como se configura hoje o caminho de Jesus numa cidade grega. Paulo realizava essa “tradução” em sua própria vida.
Pessoalmente, porém, ele é “imitador do Cristo”. Paulo não esclarece em maiores detalhes como ele mesmo entende isso. Mas podemos depreender de Fp 2.5ss como ele entendia o “exemplo” de Jesus. Não se trata de uma “imitação” artificial de Jesus, não de uma adaptação a palavras ou atos isolados dele. Isso tão somente produziria uma caricatura. Pelo contrário, trata-se da “mente do Cristo”, que nós “temos” pelo Espírito Santo (1Co 2.16), aquela mentalidade básica que não visa reter nada como uma usurpação, mas que pode se “despojar” e assumir a “forma de servo”, a fim de servir aos outros e ajudá-los a alcançar a salvação.
A “imitação do Cristo” não é nada diferente do que aquilo que Paulo já expusera aos coríntios em 1Co 4.9-13, em 1Co 8.13, em 1Co 9.19-22 e agora em 1Co 11.1. (Grifo meu) (Comentário 1 Corintios - Esperança - Werner de Boor)

2. O legado espiritual
Partindo do princípio da pessoa que Jesus era, o legado espiritual por ele deixado jamais será superado - a salvação da alma humana - visto que não era da competência do homem comum.
Mas de alguém com uma dupla identidade humana e divina. Todavia o Mestre ressuscitado nos compartilhou a sua missão expansionista do reino de Deus quando disse “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20.21b). Ele até poderia fazer tudo só, mas escolheu trabalhar por meio de sua igreja.

2.1. A justificação pela fé
Rm 5.1 - Tendo exposto o meio usado por Deus para justificar os pecadores, e tendo estabelecido isto com base no precedente veterotestamentário, Paulo agora enumera as bênçãos que se acumulam para aqueles cuja fé lhes foi imputada para justiça. A primeira delas é paz com Deus. Homens e mulheres anteriormente em estado de rebelião contra Ele, agora estão reconciliados com Ele pela morte de Cristo. Como Paulo diz noutra epís­tola, o propósito de Deus era reconciliar "consigo mesmo todas as cousas", mas, preeminentemente, era reconciliar consigo aqueles que eram "estranhos e inimigos" dele "no entendimento" — ou "no coração" (Cl 1:20-22). E que de fato a morte de Cristo realizou esta reconciliação é matéria de nítida experiência nas vidas de sucessivas gerações de crentes. A reconciliação é algo que Deus já efetuou mediante a morte de Cristo, e os homens são convidados a aceitá-la, a desfrutá-la, para estar em paz com Deus.
Esta paz traz consigo livre acesso a Deus. Os ex-rebeldes não são apenas perdoados no sentido de que sua merecida punição recebeu indul­to, mas são colocados num lugar em que desfrutam de alto favor de Deus — "esta graça na qual estamos firmes". É mediante Cristo que eles en­traram neste estado de graça, e é também por meio dele que se alegram "na esperança da glória de Deus". Paz e alegria são bênçãos gêmeas do Evangelho. Nas palavras de um velho pregador escocês, "paz é alegria em repouso; alegria é paz a dançar".
Rm 10. 13.  Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo.
Citação de Joel 2:32, onde a passagem se relaciona com o período das vésperas do "grande e terrível dia do Senhor" em que o Espírito de Deus há de se derramar sobre toda a carne. Compare-se isto com o uso que Pedro faz da mesma passagem bíblica para explicar os acontecimen­tos do dia de Pentecoste: “O que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel" (At 2:16).
Proclamação universal (10:14-21).
Daí surge à necessidade de proclamar o Evangelho no mundo in­teiro. Os homens são exortados a invocar o nome do Senhor e serem sal­vos. Mas não invocarão o Seu nome a menos que sejam movidos a crer nele, não crerão nele a menos que ouçam falar dele, não podem ouvir dele a menos que alguém lhes leve as novas, e ninguém pode levar as novas a menos que seja enviado para isso. O pregador é um "apóstolo" no sentido primário da palavra; é um arauto ou embaixador que transmite a men­sagem de alguém que o autorizou a entregá-la. Aqui Paulo engrandece o ofício do apóstolo ou evangelista. Por sua proclamação da anistia divina, Deus tem prazer em dar a compreender a Sua misericórdia aos que crêem na mensagem. Dos que levam estas alegres novas, o profeta falou séculos antes: "Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia cousas boas, que faz ouvir a sal­vação, que diz a Sião: O teu Deus reina!" (Is 52:7; ver nota sobre 1:1, pp.59s.). (Comentário Bíblico - Romanos - Introdução e Comentário - F. F. Bruce)

5.1"pois (portanto)"- Esta conjunção frequentemente assinala: (1) o sumário da argumentação teológica até este ponto; (2) as conclusões baseadas nesta apresentação teológica; e (3) a apresentação de uma nova verdade (5.1; 8.1; 12.1).
"tendo sido justificados" – Este é um PARTICÍPIO PASSIVO AORISTO. Deus justificou os que crêem. Está colocado em primeiro lugar, na sentença grega (vv.1-2) para ênfase. Parece haver uma sequência de tempo nos vv.1a11: (1) Nos vv.1-5, nossa atual experiência da graça; (2) nos vv.6-8, a obra completada por Cristo em nosso favor; e (3), nos vv.9-11, nossa esperança futura e segurança da salvação.
O fundamento do VT para o termo "justificado" (dikaioõ) era uma "linha reta" ou "cana de medir".
Foi usado metaforicamente a respeito de Deus mesmo. O caráter e a santidade de Deus são o único padrão para julgamento (LXX, Lv 24.22; e teologicamente Mt 5.48). Por causa da morte sacrificial e substituta de Jesus, os crentes têm uma posição legal diante de Deus (ver nota em 5.2). Isto não implica em ausência de culpa do crente, mas antes algo como anistia. Alguém, outra pessoa, pagou a penalidade (2 Co 5.21). Os que creem foram declarados perdoados.
"pela fé" – Fé é a mão que aceita o dom de Deus (v.2; Rm 4.1 e segs.). A fé não foca no grau ou intensidade do comprometimento ou resolução do crente (Mt 17.20), mas no caráter e promessas de Deus (Ef 2.8-9). A palavra que o VT usa para "fé” originalmente significava alguém estar numa postura estável. Passou a ser usado metaforicamente para significar alguém leal, fiel e confiável. A fé não focaliza nossa fidelidade ou confiabilidade, mas a de Deus. (Comentário Bíblico - Romanos - Bob Utley)

2.2. Bênçãos da salvação
Na primeira parte deste capítulo, Paulo examina o significado da justificação pela fé para os crentes. O que eles têm? O que eles deveriam fazer? Como Deus se relaciona com eles e qual é o seu futuro? Depois ele volta para uma comparação dos efeitos do afastamento de Deus, por parte de Adão, com os efeitos da obra reconciliatória de Cristo. A importância da justificação na última metade do capítulo foi esclarecida pela repetição do termo em 5:17, 18,19,21.
Os Efeitos da Justificação pela Fé sobre os Recipientes. 5:1-11.
1. O particípio fala da ação que foi realizada. Justificados, pois, mediante a fé. Este tem sido o tema desde 3:21 até 4:25. Partindo deste tema, seguem-se certas condições e reações.
As principais formas verbais em 5:1, 2, 3 podem ser traduzidas: "Temos paz... nos gloriamos...". Ou esses verbos podem ser traduzidos como exortações: "Desfrutemos da paz que temos... gloriemo-nos na esperança... gloriemo-nos nas aflições..." Os verbos estão todos no tempo presente, e expressam atividade constante. A paz que um crente tem é a paz com Deus. Este é um estado objetivo para aquele que é declarado justificado. Ele é por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. A obra redentora de Cristo forneceu uma expiação, uma cobertura para. O pecado daquele que foi declarado justificado pela fé. Esse tal foi reconciliado com Deus. Portanto a hostilidade e animosidade entre Deus e os crentes já se foi. Em lugar disso há uma bendita paz.
2b. A tradução gloriemo-nos na esperança deixa de esclarecer ao leitor que o mesmo verbo foi usado aqui, e em 5:3 – "nos gloriamos nas tribulações". Portanto 5:2 realmente significa: E nos gloriemo-nos na esperança da glória que Deus há ele manifestar ou exibir. A esperança exerce parte vital na vida dos crentes, pois ela se relaciona com tudo o que Deus tem prometido fazer por eles em Cristo.
9. Mas Paulo rapidamente muda o cenário do nosso anterior estado de pecadores para o agora. Se Deus nos amava quando éramos pecadores, se Cristo morreu por nós então, muito mais agora, tendo sido declarados justificados por Seu sangue, seremos salvos através dEle (Cristo) da futuro ira de Deus. Observe que a base para a justificação é o sangue de Cristo. Esta futura salvação é do castigo da ira de Deus, do qual se fala em lI Ts. 1:9, "eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder".
10. Os que agora estão justificados, diz-se, que foram reconciliados com Deus, quando inimigos. A base dessa reconciliação ficou explicitamente declarada – mediante a morte de seu Filho. Fomos reconciliados por Sua morte enquanto ainda éramos inimigos. Sendo isto verdade, conclui o apóstolo, muito mais verdade é que seremos salvos pela sua vida. Em outro lugar, Paulo destaca que aquele que é ligado ao Senhor é um espírito com Ele (I Co. 6:17), isto é, participa da vida ressurreta e poder espiritual de Cristo. Ele também diz: "Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, em glória" (Cl. 3:4). Seremos salvos pela vida de Cristo porque participamos desta vida. Pertencemos a Cristo. O escritor aos Hebreus destaca que Cristo vive para interceder por nós (Hb. 7:25). A vida intercessória de Cristo na glória tem um desempenho vital na salvação dos crentes. Mas o contexto aqui parece destacar a participação dos crentes na morte e vida ressurreta de Cristo. Os crentes serão salvos (futuro) pela sua presente e futura participação na vida de Cristo. (Comentário Bíblico Moody – Romanos)

2.3. Um novo padrão ético-moral
Em que consiste o reino de Deus? Quais são as leis desse reino? Que tipo de pessoa pertence a esse rei­no? Que fazer para entrar nesse rei­no? Com o propósito de responder essas indagações e estabelecer o padrão de conduta dos cidadãos do Reino, Jesus proferiu um discurso chave popularmente conhecida como "o Sermão do Monte".
Este sermão indica que a vida com Cristo requer a substituição do nosso 'padrão de justiça pelo padrão de justiça de Deus. Jesus ensinou que a felicidade por Ele oferecida não deve depender do que temos ou fazemos, mas do que somos; e não pode ser importada, mas precisa nascer da alma, do interior.
Podemos concluir, através des­se magistral sermão que, se quiser­mos alcançar a felicidade nesta vida e a eternidade, não nos resta outra alternativa, senão, atentarmos para todos os sublimes ensinamentos do majestoso Filho de Deus.
Entre os sermões proferidos por Cristo aos discípulos, o Sermão do Monte, como ficou conhecido, tra­duz de forma marcante e reveladora a essência e a natureza de sua doutrina. Teremos, neste trimestre, não só a oportunidade ímpar de conhecer ou recordar as suas vigas mestras, mas, acima de tudo, de procurar fazer desse ensino singular o ideal de vida de todos quantos desejam sinceramente praticar O cristianismo bíblico. (ebdareiabranca.com/As Bem Aventuranças/lição 01 - 2006)

“E ele passou a ensiná-los. dizendo...” Expressão oriental usada para introduzir algum discurso formal. Algumas vezes serve para indicar uma comunicação solene e confidencial. As idéias apresentadas nas declarações de Jesus se baseiam principalmente no A.T. (Ver Is. 57:1s; 61:1-3; Sl. 34:11-19: 37 :11; 73:1; I Sm. 2:5; Ec. 7:4).
Embora seja verdade que os ensinos éticos de Jesus pareçam ser a nota chave dos ensinos morais do *reino de Deus* que ele veio anunciar, também é certo que essas eram — as convicções reais — de Jesus sobre o que constitui a ação moral e um caráter piedoso, sem importar o período histórico em foco. Deve-se notar principalmente que para Jesus a ação moral depende tanto dos motivos como dos atos exteriorizados. Ê errôneo esperar nessas declarações distinções e explicações expandidas sobre doutrinas profundas com o a “justificação” e o “perdão dos pecados”, as quais são abordadas de forma mais dogmática em livros posteriores do N.T. especialmente nos escritos de Paulo. Assim sendo, as tentativas para harmonizar os ensinos de Jesus e de Paulo, em secções como estas, são estéreis e desnecessárias.
As bem-aventuranças são promessas feitas aos discípulos fiéis do reino dos céus. A pesar de Jesus ter proferido essas palavras originalmente a Israel, não há que duvidar que ele queria que se aplicassem plenamente ao Novo Israel, a igreja. O evangelho de Mateus foi escrito quando a era cristã já tinha cinquenta anos, e não tem sentido supor que não tencionava ser um documento inteiramente «cristão». Os discípulos de Cristo devem aprender a apegar-se a ele, a confiar nele e em suas palavras explicitamente. Não pode haver reservas na dedicação a ele e às suas palavras. As bem-aventuranças—mostram como seremos abençoados se fizermos disso a regra de nossas vidas. Os crentes seriam oprimidos pelo mundo (talvez um reflexo da perseguição de Domiciano, que a igreja — sofria quando este evangelho foi escrito; ver a secção II da introdução, sobre a Data do livro). Mas os oprimidos haverão de obter eventualmente a vitória. Embora nunca sem uma clara lealdade ao seu Senhor. «... as bem-aventuranças mostram que para Jesus, a retidão é mais do que a súmula de seus mandamentos; é uma total atitude de mente, uma forma particular de caráter. Aqueles que são louvados no evangelho são homens e mulheres humildes, amorosos, confiantes, fiéis e corajosos A inda não são perfeitos, mas são convertidos. Seus interesses e desejos se voltam na direção do reino de Deus. Mateus aparentemente enumera nove bem-aventuranças, embora a oitava e a nona possam constituir uma só; e se for removido o vs. 5, teremos apenas sete. Lucas 6:20-23 contém quatro bem-aventuranças, todas as quais têm paralelos aqui.
Provavelmente tinha as mesmas, na terceira pessoa, e não na secunda, conforme se vê em Lucas. Mateus, entretanto, adicionou termos tais como "em espirito” (vs. 3) e “justiça” (vs. 6). Também haveria bem-aventuranças em L e M? Nesse caso, os quatro ais de Lucas (Lc. 6:24-261 podem provir de L, e pelo menos algumas das bem-aventuranças de Mateus se derivam de M. (Sherman Johnson, in loc.). (Ver informações completas sobre as fontes informativas dos evangelhos, referidas aqui pelas abreviações «Q», «L» e «M», no artigo da introdução ao comentário intitulado «O Problema Sinóptico»). (O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSICULO POR VERSICULO - VOL.1. MATEUS A Marcos - Russell Norman Champlin)

3. O legado da autoridade
Devemos lembrar que cumpre a nós como igreja temperarmos a nossa sociedade, com o bom tempero de Cristo. Esse poder salinizador nos foi conferido para ser levado a efeito nas artes, na política e educação, entre outros (Mt 5.13). Uma vida religiosa é uma coisa boa, mas ineficaz para produzir frutos de arrependimento e realizar sonhos. O que precisamos é do poder de Deus sobre nós para viver e transmitir esse maravilhoso legado.

5.13 SAL DA TERRA. Os cristãos são o sal da terra. Dois dos valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja, portanto, deve ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o mal e a corrupção na sociedade. (1) As igrejas mornas apagam o poder do Espírito Santo e deixam de resistir ao espírito predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por Deus (ver Ap 3.16 nota). (2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13); i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade ímpia (cf. Dt 28.13,43,48; Jz 2.20-22). (Bíblia de Estudos Pentecostal)

3.1. Autoridade para viver uma nova realidade
2.2 FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA. Efésios 2.1-4 revela uma razão por que o cristão deve ter grande compaixão e misericórdia dos que ainda vivem em ofensas e pecados. (1) Todo aquele que está sem Cristo é controlado pelo "príncipe das potestades do ar", i.e., Satanás. Sua mente é obscurecida por Satanás, para que não veja a verdade de Deus (cf. 2 Co 4.3,4). Tais pessoas estão escravizadas pelo pecado e concupiscências da carne (v. 3; Lc 4.18). (2) A pessoa irregenerada, por causa de sua condição espiritual não poderá compreender, nem aceitar a verdade à parte da graça de Deus (vv. 5,8; 1 Co 1.18; Tt 2.11-14). (3) O cristão deve ver a todos do ponto-de-vista bíblico. Quem vive na imoralidade e no orgulho deve ser alvo da nossa compaixão, por causa da sua escravidão ao pecado e a Satanás (vv. 1-3; cf. Jo 3.16). (4) A pessoa sem Cristo é responsável pelo seu pecado, pois Deus dá a cada ser humano uma medida de luz e graça, com a qual possa buscar a Deus e escapar da escravidão do pecado, mediante a fé em Cristo (Jo 1.9; Rm 1.18-32; 2.1-6).
2.9 NÃO VEM DE OBRAS. Ninguém poderá ser salvo pelas obras e boas ações, ou por tentar guardar os mandamentos de Deus. Seguem-se as razões: (1) Todos os não salvos, estão espiritualmente mortos (v. 1), sob o domínio de Satanás (v. 2), escravizados pelo pecado (v. 3) e sujeitos à condenação divina (v. 3). (2) Para sermos salvos precisamos receber a provisão divina da salvação (vv. 4,5), ser perdoados do pecado (Rm 4.7,8), ser espiritualmente vivificados (Cl 1.13), ser feitos novas criaturas (v. 10; 2 Co 5.17) e receber o Espírito Santo (Jo 7.37-39; 20.22). Nenhum esforço da nossa parte poderá realizar essas coisas. (3) O que opera a salvação é a graça de Deus mediante a fé (vv. 5,8). O dom salvífico de Deus inclui os seguintes passos: (a), a chamada ao arrependimento e à fé (At 2.38). Com essa chamada vem à obra do Espírito Santo na pessoa, dando-lhe poder e capacidade de voltar-se para Deus. (b) Aqueles que respondem com fé e arrependimento e aceitam a Cristo como Senhor e Salvador, recebem graça adicional para sua regeneração, ou novo nascimento, pelo Espírito e ser cheios do Espírito (At 1.8; 2.38; Ef 5.18). (c) Aqueles que se tornam novas criaturas em Cristo, recebem graça contínua para viver a vida cristã, resistir ao pecado e servir a Deus (Rm 8.13,14; 2 Co 9.8). O crente se esforça em viver para Deus, mediante a graça que nele opera (1 Co 15.10). A graça divina opera no crente dedicado, tanto para ele querer, como para cumprir a boa vontade de Deus (Fp 2.12,13). Do começo ao fim, a salvação é pela graça de Deus. (Bíblia de Estudos Pentecostal)

Depois de descrever nossos bens espirituais em Cristo, Paulo volta à atenção para uma verdade complementar: nossa posição espiritual em Cristo. Primeiro, explica o que Deus fez pelos pecadores em gerar em seguida, fala do que Deus fez mais especificamente pelos gentios. O pecador que creu em Cristo foi exaltado e assentando no trono (Ef 2:1-10), e os judeus e gentios que creram foram reconciliados e edificados juntos no templo (Ef 2:11-22). Que milagre da graça de Deus! Somos tirados do grande cemitério do pecado e colocados na sala gloriosa do trono. (Comentário Bíblico Expositivo Novo Testamento - Éfeso a Apocalipse - Warren W. Wiersbe)

2 Co 5.17 O crente agora torna-se uma nova criatura. Sobre nova, veja 3:6. Já passaram. O tempo é aoristo, e assim indica uma mudança definitiva que aconteceu por ocasião da regeneração. O mesmo verbo (parerkomai) foi usado com referência ao passar catastrófico do céu e da terra na última conflagração (Mt. 5:18; Lc. 21:32, 33; II Pe. 3:10). O tempo perfeito em eis que se fizeram novas dramatiza a mudança permanente introduzida pela regeneração. (Comentário Bíblico Moody – 2 Corintios)

3.2. Autoridade para levar esperança
14. Por amor de Cristo (cons. Rm. 8:35; Ef. 3:19) vamos entender o próprio amor de Cristo por nós. O verbo constrange (suneko) normalmente significa "conservar junto"; mas aqui Arndt o considera significando "insistir, impelir". Nos constrange parece estar justificado à luz do versículo anterior. O amor de Cristo manterá qualquer crente afastado de extremos insanos. O julgamento de Paulo, feito uma vez para sempre na sua conversão, foi "Um morreu por todos, logo todos morreram". O por em um morreu por todos ensina substituição (como em Jo. 10:15; 11:50, 51; Rm. 5:6 e segs.; Gl. 1:4). O tempo aoristo em todos morreram identifica o crente com Cristo na sua morte (cons. Rm. 6:2-11; Gl. 2:19; Cl. 3:3).
15. Aqueles que foram redimidos por Aquele que por eles morreu e ressuscitou deveriam agora viver inteiramente dedicados ao seu Senhor, não ao seu ego (cons. Rm. 14:7 e segs.; I Co. 6:19, 20; I Ts. 5:10; Ap. 14:1-5). (Comentário Bíblico Moody – 2 Coríntios)

Ele morreu para que morrêssemos (v. 14). O tempo do verbo confere-lhe o sentido de "então, todos morreram", uma verdade explicada em mais detalhes em Romanos 6, que trata da identificação do cristão com Jesus Cristo. Quando Cristo morreu, morremos nele e com ele. Portanto, a antiga vida não deve ter poder algum sobre nós hoje. "Estou crucificado com Cristo" (GI 2:19).
Morreu para que vivêssemos (vv. 15-17).
Este é o aspecto positivo de nossa identificação com Cristo: não apenas morremos com ele, mas também fomos ressuscitados com ele para que pudéssemos andar em "novidade devida" (Rm 6:4). Uma vez que morremos com Cristo, vencemos o pecado e, uma vez que vivemos com Cristo, podemos dar frutos para a glória de Deus (Rm 7:4).
Ele morreu para que vivêssemos por meio dele: "Deus [enviou] o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele" (1 Io4:9). Essa é nossa experiência de salvação, a vida eterna pela fé em Jesus Cristo. Mas também morreu para que vivêssemos para ele, não para nós mesmos (2 Co5:15).  (Comentário Bíblico Expositivo Novo Testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)

3.3. Autoridade para operar sinais e maravilhas
Atos 1:8 é um versículo-chave.  Em primeiro lugar, explica que o poder da Igreja vem do Espírito Santo, não dos homens (ver Zc 4:6). À medida que recebeu novas oportunidades e que enfrentou diferentes obstáculos, o povo de Deus foi cheio repetidamente pelo Espírito (At 2:4; 4:8,31; 9: 17;  13:9). Pessoas comuns foram capazes de fazer coisas extraordinárias, pois o Espírito de Deus operava em sua via. O ministério do Espírito Santo não é um luxo, mas sim  é  uma necessidade  básica.
"Testemunha" é uma palavra-chave no Livro de Atos e aparecem vinte e nove vezes na forma de substantivo ou verbo. Uma testemunha é alguém que relata o que viu e ouviu (At 4:19,20). Quem está no banco das testemunhas em um tribunal não apresenta ao juiz suas idéias e opiniões, pois ele está interessado apenas em ouvir o que a testemunha sabe. O termo mártir vem de uma palavra grega que pode ser traduzida por "testemunha", e muitos do povo de Deus selaram seu testemunho entregando a própria vida.
Hoje, fala-se muito sobre "ganhar almas", o que não deixa de ser uma ótima ênfase.
Alguns do povo de Deus são chamados para o evangelismo (Ef 4:11), mas todos do povo de Deus devem ser testemunhas e falar do Salvador aos perdidos. Nem todo cristão pode conduzir o pecador à fé e a uma decisão (apesar de a maioria de nós sermos capaz de se esforçar um pouco mais nesse sentido), mas todo cristão pode dar testemunho fiel do Salvador. "A testemunha verdadeira livra almas" (Pv  14:25).              
Atos 1:8 também apresenta um esboço geral do Livro de Atos, descrevendo geograficamente a propagação do evangelho: de Jerusalém (At 1-7) para a Judéia e Samaria (At 8-9), depois para os gentios e até os confins da Terra (At 10-28). Não importa onde vivemos; como cristãos, devemos começar a testemunhar em casa e depois "por todo o mundo". Como Oswald J. Smith costumava dizer: "A luz cujo resplendor chega mais longe brilhará com mais intensidade no próprio lar". (Comentário Bíblico Expositivo Novo Testamento - Mateus a Gálatas - Warren W. Wiersbe)

1.8. Em lugar de se ocuparem com debates sobre o final estabelecimento do reino judeu, os apóstolos deviam se preocupar com outras coisas. O Espírito Santo viria sobre eles para lhes conceder poder sobrenatural, na força do qual seriam testemunhas de Cristo por todo o mundo. Este versículo é um resumo de todo o livro de Atos: em Jerusalém cobre os capítulos 1-7; em toda a Judéia e Samaria cobre os capítulos 8:1 - 11:18;  e  aos confins da terra vai de 11:19 até o final do livro. (Comentário Bíblico Moody – Atos)

CONCLUSÃO
Cristo Jesus compartilhou conosco toda a sua herança sem jamais empobrecer, então somos co-herdeiros com Ele. Seu propósito foi tornar-se um modelo vivo de inspiração para todos nós neste particular. Cumpre a nós deixarmos também um legado, devemos pensar hoje, em como queremos ser lembrados no dia do nosso sepultamento.



Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: VIDA CRISTÃ VITORIOSA – Editora Betel - 1º Trimestre 2013 – Lição 08.

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