“JACÓ EM SIQUÉM”


LIÇÃO 8 – 19 DE FEVEREIRO DE 2012



TEXTO ÁUREO
“E vieram os filhos de Jacó do campo, ouvindo isso, e entristeceram-se os homens, e iraram-se muito, porquanto Siquém cometera uma insensatez em Israel, deitando-se com a filha de Jacó; o que não se devia fazer assim”. Gn 34.7

VERDADE APLICADA
Diante do perigo, o que nos leva a vencer o medo e a ansiedade e permanecer firme, é a confiança nas promessas de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ensinar que quando confiamos em Deus não precisamos temer ao homem;
Lembrar que temos que cumprir os votos que fazemos a Deus; e
Mostrar o perigo das amizades com os ímpios.

GLOSSÁRIO
Aplacar: Fazer diminuir a força, o ímpeto de; tornar mais brando, plácido; acalmar; serenar;
Constituir: Dar existência a; criar, formar, organizar; e
Dispensação: Período de tempo os quais Deus trata com o homem, em relação a revelação a este concedida.

LEITURAS COMPLEMENTARES
Segunda feira: Gn 33.1-4
E levantou Jacó os seus olhos, e olhou, e eis que vinha Esaú, e quatrocentos homens com ele. Então repartiu os filhos entre Lia, e Raquel, e as duas servas.
E pôs as servas e seus filhos na frente, e a Lia e seus filhos atrás; porém a Raquel e José os derradeiros.
E ele mesmo passou adiante deles e inclinou-se à terra sete vezes, até que chegou a seu irmão.
Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram. 

Terça feira: Gn 33.5-7
Depois levantou os seus olhos, e viu as mulheres, e os meninos, e disse: Quem são estes contigo? E ele disse: Os filhos que Deus graciosamente tem dado a teu servo.
Então chegaram as servas; elas e os seus filhos, e inclinaram-se.
E chegou também Lia com seus filhos, e inclinaram-se; e depois chegou José e Raquel e inclinaram-se. 

Quarta feira: Lc 9.57-62
E aconteceu que, indo eles pelo caminho, lhe disse um: Senhor, seguir-te-ei para onde quer que fores.
E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai.
Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus.
Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me despedir primeiro dos que estão em minha casa.
E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus. 

Quinta feira:  Ec 5.1-4
Guarda o teu pé, quando entrares na casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal.
Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra; assim sejam poucas as tuas palavras.
Porque, da muita ocupação vêm os sonhos, e a voz do tolo da multidão das palavras.
Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos; o que votares, paga-o. 

Sexta feira: Dt 22.28,29
Quando um homem achar uma moça virgem, que não for desposada, e pegar nela, e se deitar com ela, e forem apanhados,
Então o homem que se deitou com ela dará ao pai da moça cinqüenta siclos de prata; e porquanto a humilhou, lhe será por mulher; não a poderá despedir em todos os seus dias. 

Sábado:  2Co 6.14-16
Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 

INTRODUÇÃO
Essa lição vai mostrar que todas as aparições de Deus não foram suficientes para dar segurança e produzir transformação total na vida de Jacó. Muitos crentes acham que experiências específicas com Deus são suficientes para promover mudanças radicais. É preciso lembrar que a vida com Deus é resultado de uma jornada e não de eventos isolados como no caso de Jacó.

1. O REENCONTRO COM ESAÚ (GN 33.1-20)
O reencontro é uma experiência clássica de reconciliação. Quando Jacó viu que Esaú estava chegando com os seus quatrocentos homens, dividiu os seus filhos em grupos, que ficaram com suas respectivas esposas Léia e Raquel, bem como suas criadas. Jacó separou estrategicamente sua família e suas posses no intuito de estabelecer, antes do encontro, um ambiente de paz; pois sabia da animosidade que havia na família.
Chegou o dia de prestação de contas. Aproximou-se a companhia que vinha com Esaú. Jacó, temeroso, enviou à sua frente suas esposas e seus filhos, a fim de tentar tocar o coração de Esaú e fazê-lo sentir misericórdia. Porém, tudo era desnecessário. Esaú não estava mais irado. E tudo se resumiu em uma daquelas tocantes reuniões de família, após tantos anos de separação. Deus já havia cuidado da situação. Esaú nem ao menos estava interessado nos liberais presentes que Jacó lhe oferecia. Jacó humilhou-se diante de Esaú e prostrou-se por sete vezes; mas Esaú não poderia ter dado menor atenção às homenagens. «Esaú correu-lhe ao encontro, lançou-se lhe ao pescoço e o beijou; e eles choraram» (Gn 33:4).

1.1.  O presente de Jacó a Esaú
O presente, ou minha foi algo muito bem escolhido, consistindo de cerca de 580 animais dentre os seus melhores rebanhos. O minha era um presente que geralmente se oferecia a um superior com a intenção de se obter um favor ou para despertar sua boa vontade. Jacó disse: Eu o aplacarei (v. 20). A palavra é muito significativa no que se refere à expiação. Seu sentido literal é, “eu cobrirei”. Por meio do presente, Jacó esperava "cobrir" o rosto de Esaú, de modo que ele fizesse vista grossa para a injúria, abandonando sua ira. Suas próximas palavras – porventura me aceitará – são, literalmente, para que ele levante o meu rosto. É uma linguagem simbólica, indicando plena aceitação depois do perdão. Jacó foi excepcionalmente humilde, cortês e conciliatório em suas mensagens para Esaú. Ele chamou Esaú de "meu Senhor" e intitulou-se "seu servo". Ele não deixaria nenhuma pedra que não fosse revolvida em busca da reconciliação.

1.2.  Apresentando sua família
Esaú observou o grande número de pessoas que estavam em companhia de Jacó, suas esposas, seus filhos, seus criados e todos os animais. Admirado, indagou quem era toda aquela gente. Jacó falou-lhe sobre como Deus o havia feito prosperar; e isso é o que explica todas as boas coisas que acontecem conosco. Então Jacó forçou Esaú a aceitar alguns generosos presentes, que Esaú aceitou com relutância. Jacó afirmou: «... aceita o presente da minha mão; porquanto tenho visto o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus, e tu te agradaste de mim» (Gn 33:10).

1.3.  A reconciliação
Embora Jacó não aceitasse a generosa oferta de proteção de Esaú, nem o seu insistente convite a que fosse para o Monte Seir, apreciou grandemente o espírito magnânimo do seu irmão. Esaú provara que era capaz de perdoar e esquecer. Os irmãos separaram-se em paz e amizade, o que prevaleceu durante todo o resto de suas vidas. E não se encontraram de novo senão quando chegou o tempo de sepultar o pai deles, Isaque, na sepultura da família (Gn 35:29).

2. A VIDA DE JACÓ EM SIQUÉM
Deus queria que Jacó voltasse para a terra de seu pai, mas ele permaneceu em Siquém que era uma parada no caminho de Canaã. Primeiro ele construiu uma casa em Sucote, e por fim comprou uma parte do campo e armou a sua tenda. Ele não havia chegado a Betel nem a Hebrom; estava apenas em Siquém e habitava ali, e não apenas habitava, mas comprara uma terra, e isso demonstrou que Jacó não aprendera adequadamente a lição. A diferença da família dos patriarcas com os demais povos da época era a relação que estes tinham com Deus, pois eles eram monoteístas e desfrutavam das revelações e promessas de Deus, e, hoje, é essa a diferença da Igreja para com o mundo e suas religiões. A Igreja por servir ao Deus Vivo tem um padrão moral que o mundo não conhece e nem compreende (Mt 16.18; 1 Co 1.2; Ef 5.27; Ap 3.20).
Não temos provas conclusivas quanto ao tempo que Jacó ficou em Sucote. Pode ter sido muito tempo. Depois de fazer as pazes com Esaú, não precisava mais se apressar. Antes de atravessar o Jordão, provavelmente passou vários anos na região bem aguada ao leste do rio. Vemos o escolhido do Senhor mesmo depois de mudado seu nome agindo de forma errada a vontade do Senhor, pois a ordem era retornar para berseba e não construir residência em outra localidade, e por conta desta desobediência digamos assim, Jacó pagou o preço como veremos abaixo por causa de um ato violento por parte de siquém filho do rei de siquém.

2.1. O altar levantado em Siquém
Atravessando o no, encontrou-se nas redondezas de Siquém, onde Abraão acampara em sua primeira viagem à terra de Canaã. Siquém ficava aproximadamente 61,6 kms ao norte de Jerusalém, no vale entre o Monte Ebal e o Monte Gerizim. O poço de Jacó ficava ali e Sicar não ficava muito longe. Jacó comprou algumas terras nas vizinhanças de Siquém, e assim estabeleceu-se como proprietário em Canaã. Recebera ordens de retomar à terra de seus pais e ao seu povo, provavelmente significando que devia dirigir-se ao Hebrom. Certamente deveria ter ao menos ido até Betel. Ele aprenderia que o povo de Siquém não seria uma boa influência para a sua família.

2.2. O altar lugar de adoração
Sendo considerado pelo próprio Deus um local de adoração, ele próprio erigiu altares, no livro de Hebreus 8.5 – “Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.” Hebreus 9:23
 -“De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.” Apocalipse 6:9 –“E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.”
O escritor de Hebreus declara que Deus mandou Moises fazer tudo conforme o modelo do que ele vira no monte, e moises ao fazer o altar estava recriando conforme Deus havia mostrado para ele.

2.3. O altar é para adoração ao senhor
Quando o profeta Elias foi ate Israel no reinado de Acabe, ele convoca o povo para o sacrifício e para a adoração ao verdadeiro Deus I Reis 18:21 – “Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.” So que antes do sacrifício ele teve que arrumar o altar que estava quebrado I Reis 18:30 – “Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e restaurou o altar do SENHOR, que estava quebrado” ele chama o povo para perto de si e conserta o altar, pois Deus não recebe adoração de altar desconcertado, fora de comunhão. Josué 3:5 – “Disse Josué também ao povo: Santificai-vos, porque amanhã fará o SENHOR maravilhas no meio de vós.”

3. PRESERVANDO A IDENTIDADE
Um dos grandes perigos que o povo de Deus enfrentou e ainda enfrentará enquanto estiver aqui na terra, é a mistura com povos que não temem ao Senhor. Isso aconteceu no tempo de Noé (Gn 6.2), Jacó estava diante de uma situação semelhante (Gn 34.9) e o apóstolo Paulo recomenda às Igrejas que isso deve ser evitado, pois este tipo de união desagrada a Deus (2Co 6.14-17). Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 

3.1. O passeio de Diná
Diná, uma filha de Jacó e Lia, a julgar pela idade de Judá e José, Diná tinha aproximadamente uns 14 ou 15 anos, fizera uma visita desastrosa à vizinha cidade de Siquém. A imatura jovenzinha não tinha formação espiritual para apoiá-la na hora da necessidade. Siquém, o jovem filho de Hamor, apaixonou-se desesperadamente por ela e logo a família de Jacó conheceria as trágicas conseqüências do incidente. O hebraico leiqah, tomando-a (v. 2), indica que foi usada força irresistível. A palavra eina, humilhou (desonrou), indica tratamento desonroso. A pobre moça estava arruinada. Imediatamente Siquém falou-lhe ao coração (v. 3), tentando consolar aquela a quem fizera mal. Amava-a e queria se casar com ela.

3.2. A vingança de Simeão e Levi
Entretanto, os filhos de Jacó eram esquentados, obstinados e inescrupulosos. Com o subterfúgio de exigirem observâncias religiosas, obrigaram os homens de Siquém a se circuncidarem. Todos os homens da tribo submeteram-se ao ritual.  Os filhos de Jacó mataram todos os homens enquanto estavam incapacitados de lutar e levaram consigo suas famílias e propriedades. Na história da família do patriarca, este é um sórdido capítulo de paixão, crueldade e desgraça.
O ataque foi feito no terceiro dia, quando a febre e a inflamação, que geralmente acompanhavam a circuncisão, estavam mais fortes, e os siquemitas estariam menos aptos a se defenderem.

3.3. Preservando a linhagem
Pela ordem do Senhor não era para se misturarem com os povos das nações que estavam na terra de Canaã, para preservarem a linhagem sem contaminação, o fato do povo de Israel em casar-se com habitantes da terra de Canaã, serviria para a implantação da idolatria, como vemos em Números os conselhos de Balaão a Balaque para que Deus viesse a amaldiçoar o seu povo, era para as mulheres moabitas casar-se com os homens Israelitas e assim Deus amaldiçoaria seu povo por esse ato. “E Israel deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.” Nm 25.1 Pelo que Deus não tolerou essa desobediência e exterminou com uma praga 24 mil homens de Israel “Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, deram ocasião aos filhos de Israel de transgredir contra o SENHOR no caso de Peor; por isso houve aquela praga entre a congregação do SENHOR.”
Nm 31.16
Da mesma forma nos dias de hoje o Senhor quer de seu povo a pureza em sua linhagem, ou seja não é ideal um crente se casar com um incrédulo, ou de um ministério diferente do seu, pois Paulo trata como julgo desigual II Corintios 6:14 – “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”

CONCLUSÃO
Jacó foi desonrado em Siquém e dois dos seus filhos tramaram e mataram Siquém e todos os homens da cidade. Jacó ficou em dificuldade, e foi então que Deus o chamou para Betel. As circunstâncias podem ser usadas por Deus para nos ensinar e fazer cumprir os seus propósitos.


Curiosidade bíblica.

O Nome Jacó. O sentido básico desse nome é que El (Deus) proteja (no hebraico, Ya' qub ei). Esse nome tem sido encontrado em tabletes do século XVIII A.C., descobertos em Chagar Bazar, no norte da Mesopotâmia. O nome Jacó também foi encontra­do como nome locativo, na lista de lugares de Tutmés III, do século XV A.C.


Fontes:
Bíblia de Estudo – Dake
COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY – Genesis
Revista: JACÓ – Editora Betel - 1º Trimestre 2012 – Lição 08.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

LIÇÃO 09 - AS SETE TAÇAS DA IRA DE DEUS

“o legado de Jesus cristo para sua igreja”

As Sete Promulgações da lei Divina