“JACÓ SOFRE PERDAS IMPREVISÍVEIS NA FAMÍLIA”


LIÇÃO 10 – 04 DE MARÇO DE 2012


TEXTO ÁUREO
“E enviaram a túnica de várias cores, mandando levá-la a seu pai, e disseram Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho”. Gn 37.32
Parece que a túnica foi enviada a Jacó por seus servos, e só depois mais tarde os filhos foram consolar o pai. A expressão foi dita “a túnica de teu filho”, não a túnica de nosso irmão, para não ocasionar peso na consciência do que eles havia feito a José

VERDADE APLICADA
Para compreendermos o valor da âncora, é preciso enfrentar uma tempestade.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que Deus não se esquece das suas promessas;
Demonstrar que a confiança em Deus nos faz avançar nos momentos de adversidades; e
Ensinar que a colheita é o resultado do que plantamos.

GLOSSÁRIO
Irrefutável: Que não se pode refutar (argumento irrefutável); incontestável;
Sabra: Diz-se de pessoa nascida no Estado de Israel; e
Operação cesariana: Cirurgia que consiste em abrir o útero da mãe para retirar o feto.

LEITURAS COMPLEMENTARES
  • Segunda feira: Gn 35.17-21
E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também este filho terás.
E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim.
Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém.
E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje.
Então partiu Israel, e estendeu a sua tenda além de Migdal Eder. 

  • Terça feira: Gn 35.27-29
E Jacó veio a seu pai Isaque, a Manre, a Quiriate-Arba (que é Hebrom), onde peregrinaram Abraão e Isaque.
E foram os dias de Isaque cento e oitenta anos.
E Isaque expirou, e morreu, e foi recolhido ao seu povo, velho e farto de dias; e Esaú e Jacó, seus filhos, o sepultaram.

  • Quarta feira: Rm 4.13
Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.

  • Quinta feira:  1Jo 2.25
E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.

  • Sexta feira: Gn 37.11
Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai porém guardava este negócio no seu coração.

  • Sábado:  1Co 15.54-56
E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?
Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. 

INTRODUÇÃO
Jacó sobe a Betel em obediência à Palavra de Deus, levanta um altar, promove purificação no meio do seu acampamento; levanta uma coluna em testemunho fazendo libação sobre ela e depois de toda a comunhão e adoração a Deus Jacó será imerso em experiências de dores com perdas irreparáveis na família.

1. RENOVANDO A PROMESSA
Deus apareceu a Jacó e renovou a promessa que fizera a Abraão, Isaque e a ele quando,  pela primeira vez, estivera em Betel. Deus conheceu a fragilidade do homem e para que este não desvanecesse de tempo em tempo lhe faz lembrar o que prometeu. Com isso Deus esperou que a humanidade fosse agradecida e que tivesse sempre motivação para continuar fazendo a sua vontade, buscando parecer cada vez mais com Ele, e servindo ao próximo e a Ele de todo o coração “E apareceu Deus outra vez a Jacó, vindo de Padã-Arã, e abençoou-o” (Gn 35.9). Não existem barreiras entre Deus e Jacó e, por isso, ele pôde ser abençoado por Deus.
Ao retornar para Betel e adorar a Deus, o Senhor aparece a ele reafirmando as promessas feitas a seus pais Abraão e Isaque. O El Shaddai = o Deus todo Poderoso reafirma a sua promessa a ele feita anos antes quando ele fugia de seus irmão Esau. Deus conhecia nossas fragilidades, mais mesmo assim ele trabalha com essas fragilidades, para nos tornar fortes e dispostos na sua obra. Deus trabalha é na nossa fraqueza para nos tornar fortes. Você já viu Deus escolhendo os fortes? Não né, ele escolhe os fracos, pois com o tempo ele vai se fortalecendo em sua presença.

1.1.Promessa de crescimento
Vemos a mão de Deus sobre esta nação, pois desde a sua fundação pos exílio em 14 de maio de 1948 quando então foi proclamado o Estado de Israel, no dia seguinte a criação do Estado de Israel, os 6 Estados da Liga Arabe – Jordania, Síria, Libano, Iraque, Egito e Arabia Saudita, invadiram o território de Israel para liquidá-los, guerra esta que só terminou em 1949 com a derrota total dos inimigos do povo de Deus. E outras guerras que anos mais tarde veio a acontecer.
Mesmo com todos esses acontecimentos temos observado a poderosa mão de Deus sobre seu povo, tudo por causa de uma promessa que ele fez a Abraão, Isaque e Jacó. Números 23:19 “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?”

1.2.Promessa da posse da terra
Novamente Deus apareceu a Jacó e assegurou-lhe que seu novo nome, Israel, seria um lembrete constante de seu novo caráter, seu novo relacionamento com Jeová, e sua caminhada real no divino caminho da vida. Ele era o herdeiro das promessas feitas a Abraão. A aliança continuava em pleno vigor, e continuariam a agir sobre ele e seus
descendentes. Ao falar com Jacó, Deus usou o Seu nome, Deus Todo-poderoso, 'El Shadday, "o Todo-suficiente" (v. 11). Jacó podia contar com 'El Shadday para suprir qualquer necessidade e para lhe dar graça para enfrentar qualquer emergência.

1.3.A morte de Raquel
Agora Raquel, que fornecera a  Jacó a inspiração e o amor necessários, chegava ao fim de  sua vida. Morreu dando à luz o seu segundo filho, o qual chamou de Benoni,  filho da minha tristeza. Mas Jacó escolheu o nome Benjamim, filho da minha destra. Raquel deve ter sido sepultada em algum lugar ao sul de Betel, na estrada que vai para o Hebrom (cons. 35:16, 19). Betel ficava 16kms ao norte de Jerusalém, e Belém ficava cerca de 9,6 kms ao  sul de Jerusalém. Conclui-se que Raquel foi sepultada nas imediações de Belém. O lugar tradicional costuma ainda ser apontado para os visitantes da cidade.
O primeiro registro de lapide. Tanto judeus como árabes continuam honrando sua supultura. Agora esta marcada por uma pequena construção com um domo branco. A 1,6Km de Belém e 4.8Km de Jerusalém.
Flavio Josefo historiador judeu do primeiro século diz no seu livro a Historia dos Hebreus - 1º livro cap. 18.59 sobre esse acontecimento. (foi sacrificar em Betei,* no mesmo lugar onde tivera a visão de que acabamos de falar. De lá passou a Efrata, onde Raquel teve um filho e morreu de parto. Ela foi sepultada ali mesmo, sendo a única de sua descen­dência que não foi levada a Hebrom, ao sepulcro de seus antepassados. A morte dela causou grande aflição a ]acó, e ele chamou ao filho Benjamim, porque havia sido causa de dor, ao custo da vida de sua mãe Belém

2. EXPERIÊNCIAS HUMANAS: NASCER E MORRER
Isaque viveu até aos cento e oitenta anos. Viveu por cerca de quarenta anos depois de haver abençoado Jacó e Esaú. A morte passou a todos os homens, como um acidente, pois Deus não criou o homem para que morresse (Rm 5.12). O homem não pode remover este obstáculo, e Jesus veio nos trazer essa libertação. “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.”
Através da transgressão e queda de Adão, o pecado como princípio ou poder ativo conseguiu penetrar na raça humana (vv. 17,19; Gn 3; 1 Co 15.21,22). (1) Duas conseqüências decorrem disso: (a) O pecado e a corrupção penetraram no coração e na vida de Adão; e (b) Adão transmitiu o pecado ao gênero humano, corrompendo todas as pessoas nascidas a partir de então. Todos os seres humanos passaram a nascer propensos ao pecado e ao mal (v. 19; 1.21; 7.24; Gn 6.5,12; 8.21; Sl 14.1-3; Jr 17.9; Mc 7.21,22; 1 Co 2.14; Gl 5.19-21; Ef 2.1-3; Cl 1.21; 1 Jo 5.19). (2) Paulo não explica como o pecado de Adão é transmitido aos seus descendentes.
Nem diz que toda a humanidade estava presente em Adão e que assim ela participou do seu pecado e por isso herda a sua culpa. Paulo não diz, em nenhum lugar, que Adão foi o cabeça coletivo dos seus descendentes, nem que o pecado de Adão foi-lhes imputado. Todos são culpados diante de Deus por causa dos seus próprios pecados pessoais, porque "todos pecaram" (v. 12). O único ensino no tocante a isso, que tem apoio bíblico, é que homens e mulheres herdam uma natureza moral corrupta, bem como a propensão para o pecado e o mal (ver 6.1 nota). (3) A morte entrou no mundo através do pecado e por isso todos estão sujeitos à morte, "por isso que todos pecaram" (vv. 12,14; cf. 3.23; Gn 2.17; 3.19;

2.1 A morte de Isaque (Gn 35.27-29)
Isaque viveu até a volta de Jacó, de Harã. De Berseba mudou-se para Mamre, pertinho da cidade de Hebrom. Ali Abraão comprou a Caverna de Macpela para o sepultamento de Sara. Agora com 189 anos de idade, expirou Isaque e morreu. A palavra hebraica geiwei significa "decair" ou "enfraquecer-se". Na hora do sepultamento, Esaú e Jacó estiveram juntos ao lado da sepultura, em homenagem ao seu pai.
Os irmãos estavam unidos por uma dor comum, como Ismael e Isaque estiveram junto à sepultura de Abraão.
Josefo historiador judeu do primeiro século diz no seu livro a Historia dos Hebreus – 1º livro Cap 19.60 - Jacó não teve a consolação de encontrar Rebeca, sua mãe, ainda com vida, e Isaque viveu muito pouco depois do seu regresso. Esaú e Jacó enterraram-no junto de Rebeca, em Hebrom, no túmulo destinado a toda a sua descendên­cia. Esse homem foi tão ilustre em virtude que mereceu que Deus o cumulasse de bênçãos e não tomasse menos cuidado dele do que de Abraão, seu pai. Viveu cento e oitenta e cinco anos, que então era uma longa idade. Só teve e mereceu louvores durante todo o curso de sua vida.

2.2. O nascimento de Benjamim (Gn 35.16-21)
35.18 CHAMOU O SEU NOME BENONI; MAS SEU PAI O CHAMOU BENJAMIM. Léia e Raquel deram nomes a todos os filhos de Jacó. No entanto, o nome Benoni que significa (filho da minha aflição) teria colocado um ônus terrível de culpa no menino, pois o levaria a pensar que fora culpado da morte da mãe. Jacó mudou seu nome para outro nome mais honroso: Benjamim, que significa (filho da minha mão direita), indicando que ele, como pai, estava jubiloso por ter este filho, apesar de Raquel ter falecido. As crianças não devem ser culpadas por problemas que surgem no lar, sem elas os terem originado.

3. O FAVORITISMO DE JACÓ POR JOSÉ (GN 37.1-36)
O mesmo tipo de favoritismo que Jacó vira sua mãe ter por ele e Isaque ter por Esaú, ele estava tendo por José. Como já foi dito em outra lição o favoritismo dos pais sempre cria males no meio da família. Quando José foi levado para o Egito, o favoritismo de Jacó fora transferido para Benjamim. Ambos foram favorecidos por Jacó por serem filhos de Raquel a quem ele amava.
A história de Jose começa agora, e a de Jacó é interrompida, e só será retomada no cap 46. Jacó tinha 107 anos aproximadamente, e estava de volta a Canaã fazia 10 anos.

3.1. José filho da esposa amada
Josefo historiador judeu do primeiro século diz no seu livro a Historia dos Hebreus - no 2º livro cap. 2.64 - José, que Jacó tivera de Raquel, era o mais querido de todos os seus filhos, fosse por causa das melhores qualidades de espírito e de corpo, em que sobrepujava os outros, fosse por sua grande sabedoria. Esse afeto, que o pai não conseguia esconder, incitou contra José a inveja e o ódio dos irmãos, agrava­dos ainda por causa de alguns sonhos que o moço lhes contara na presença do pai e que lhe pressagiavam uma felicidade extraordinária, capaz mesmo de sus­citar inveja entre as pessoas mais próximas.
De um lado, ele reagia fortemente contra o comportamento imoral e contrário à ética dos seus irmãos, denunciando-os ao seu pai e, assim, levando a fama de intrigante. Para piorar ainda mais a situação, seu pai lhe deu túnicas reais, com longas mangas esvoaçantes, o que o destacava como o mais favorecido do grupo. Deduzimos naturalmente que Jacó havia escolhido José como aquele através do qual as bênçãos divinas continuariam. Além disso, José tinha sonhos que apontavam para sua futura e destacada grandeza, e ele contava seus sonhos aos seus irmãos.

3.2. José, o filho predileto
Os irmãos de Jose eram jovens, Ruben, o mais velho, tinha aproximadamente 29 anos, e benjamim, o mais novo talvez sete ou oito anos. Todos os irmãos que o venderam aos ismaelitas no caminho para o Egito tinham entre 18 e 29 anos – uma fase mais propensa a invejas, a atos imprudentes e despreocupados, do que em outra fase mais madura da vida.
De Hebrom, onde moravam, a Siquém no norte, esses homens foram à procura de pastos para seus rebanhos e gado. Jacó enviou José a Siquém para visitar seus outros filhos e trazer-lhe notícias deles. Quando chegou perto de Siquém, José soube que seus irmãos tinham ido para Dotã, uns 24 kms mais para o norte. Quando os irmãos viram José que vinha chegando, planejaram matá-lo, embora Rúben terrina procurado salvar a vida do rapaz. Rúben convenceu os outros a colocarem José dentro de uma cisterna, esperando retirá-lo de lá mais tarde. Subseqüentemente Judá convenceu seus irmãos que seria melhor retirar o rapaz da cisterna e vendê-lo a uma caravana que passava a caminho do Egito.
No desenrolar dos fatos, José encontrou-se prisioneiro de uma caravana de Ismaelitas (v.25) ou midianitas. Logo mais seria escravo em alguma família egípcia. Ismaelitas e midianitas eram descendentes de Abraão. Talvez o grupo fosse composto de ambos.
Dolorosamente apresentaram a Jacó uma vestimenta manchada de sangue e uma história mentirosa que praticamente quebrou o coração do velho patriarca. Convenceu-se de que o seu filho favorito estava morto. Aquele que, na sua mocidade, fora o campeão dos enganadores, estava sendo agora cruelmente enganado.

3.3. José o filho da velhice
37.3 UMA TÚNICA DE VÁRIAS CORES. A túnica ricamente ornamentada que José recebeu de seu pai, contrasta fortemente com as túnicas comuns usadas por seus irmãos. Ela revelava uma posição especial de favoritismo e honra diante de seu pai. José, o filho mais velho de Raquel, era o predileto de seu pai
Jacó. Por causa disso e por outros motivos ele ficou prejudicado diante dos seus irmãos.
Jacó tinha 91 anos aproximadamente quando Jose nasceu ele não era o filho de sua velhice mais do que os outros. Benjamim nasceu aproximadamente nove anos após Jose. A frase filho da velhice se refere mais a um filho especialmente devotado ao cuidado de Jacó em sua velhice. Após a morte de Raquel, Jose talvez tenha se tornado o principal provedor das necessidades do pai, e um intermediador entre ele e seus irmãos. (v. 2,13,14)

CONCLUSÃO
Depois que Jacó passou a ser modelado por Deus, através de seus sofrimentos, e reconheceu a sua própria fraqueza, é que, gradativamente, ele foi transformado. Tudo o que Deus fez na intrigante história de Jacó é para se aproximar mais e mais dele. E mostrar ao neto de Abraão que sua história terá um final melhor.
“Levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.” Jr 18.2 - Esta parábola contém várias lições importantes sobre a obra de Deus em nossa vida. (1) Nossa submissão a Deus como aquele que molda tanto o nosso caráter quanto o nosso serviço para Ele, determina, em grande parte, o que Ele pode fazer através de nós. (2) Falta de profunda dedicação a Deus, da nossa parte, pode estorvar seu propósito original para nossa vida (cf. v. 10). (3) Deus, se quiser, pode mudar seus planos para a nossa vida (fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer, v. 4).
“Mas, agora, ó SENHOR, tu és o nosso Pai; nós, o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.” Is 64;8
Romanos 9.20,21 – “Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?” “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da    mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?”



Fontes:
Bíblia de Estudo – Dake
Biblia de Estudo Pentecostal
COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY – Genesis
A Historia dos Hebreus – Flavio Josefo
Revista: JACÓ – Editora Betel - 1º Trimestre 2012 – Lição 10

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