As sete igrejas da Ásia
Texto Áureo
“O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos
sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os
sete castiçais, que viste, são as sete igrejas”. Ap 1.20
Verdade Aplicada
Qualquer organização cristã que não corresponder ao perfil das
sete igrejas, pelo menos em algumas das suas características, não pode ser
considerada Igreja.
Objetivos da Lição
► Ressaltar a importância das cartas para que os crentes
individualmente sejam santos.
► Conduzir a igreja à apropriação tanto das reprimendas quanto das
promessas de Jesus.
► Ensinar que nossos dias são os dias imediatamente anteriores “às
coisas que em breve devem acontecer”.
Textos de Referência
Ap 1.4 João, às sete igrejas que estão na
Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de
vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono;
Ap 1.5 E da parte de Jesus Cristo, que é a
fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da Terra.
Àquele que nos ama e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,
Ap 1.6 E nos fez reis e sacerdotes para
Deus e Seu Pai, a Ele, glória e poder para todo sempre amém.
Ap 1.10 Eu fui arrebatado em espírito, no dia
do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta.
Ap 1.11 Que dizia: o que vês, escreve-o num
livro e envia-o as sete igrejas que estão na Ásia: A Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a
Filadélfia, e a Laodicéia.
LEITURAS COMPLEMENTARES
- Segunda
feira: Ap 2.1-7
Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem
na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:
Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não
podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são
e tu os achaste mentirosos; e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu
nome e não te cansaste.
Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade.
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as
primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu
castiçal, se não te arrependeres.
Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais
eu também aborreço.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que
vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de
Deus.
- Terça
feira: Ap 2.8-11
E ao anjo da igreja que está em Esmirna escreve: Isto diz o Primeiro
e o Último, que foi morto e reviveu:
Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza (imas tu és rico), e a
blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.
Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará
alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de
dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer
não receberá o dano da segunda morte.
- Quarta
feira: Ap 2.12-17
E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que
tem a espada aguda de dois fios:
Eu sei as tuas obras, e onde habitas, oque é onde está o trono de Satanás;
e reténs o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha
fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem
a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos
filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se
prostituíssem.
Assim, tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu
aborreço.
Arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles
batalharei com a espada da minha boca.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer
darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, re na pedra
um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.
- Quinta
feira: Ap 2.18-29
E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus,
que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao latão reluzente:
Eu conheço as tuas obras, e a tua caridade, e o teu serviço, e a tua
fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as
primeiras.
Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz
profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos
sacrifícios da idolatria.
E dei-lhe tempo upara que se arrependesse da sua prostituição; e não
se arrependeu.
Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá
grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras.
E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu
sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo
as vossas obras.
Mas eu vos digo a vós e aos restantes que estão em Tiatira, a todos
quantos não têm esta doutrina e não conheceram, como dizem, as profundezas de
Satanás, que outra carga vos não porei.
Mas o que tendes retende-o até que eu venha.
E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei
poder sobre as nações,
e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de
oleiro; como também recebi de meu Pai,
dar-lhe-ei a estrela da manhã.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
- Sexta
feira: Ap 3.1-6
E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem
os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens
nome de que vives e estás morto.
Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque
não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e
arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás
a que hora sobre ti virei.
Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas
vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.
O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma
riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu
Pai e diante dos seus anjos.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
- Sábado:
Ap 3.7-22
E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é
santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém
fecha, e fecha, e ninguém abre:
Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e
ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não
negaste o meu nome.
Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus
e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus
pés, e saibam que eu te amo.
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei
da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que
habitam na terra.
Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a
tua coroa.
A quem vencer, meu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele
nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do
meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo
nome.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: nIsto diz o Amém,
a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.
Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras
frio ou quente!
Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da
minha boca.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e
não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu),
aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te
enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da
tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas.
Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e
arrepende-te.
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a
porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono,
assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Introdução
Ao
estudar sobre as sete igrejas da Ásia, tenha em mente o que foi dito a elas e a
respeito delas poderá ser dito de todas e para todas as congregações cristãs de
qualquer lugar e tempo. Em vista disso, Jesus as constituiu como um tipo de
igreja que surgiria sobre a terra. E aos fieis que congregarem em seu interior,
o Senhor já elegeu qual tipo da Igreja que reúne os elementos indispensáveis ao
arrebatamento.
Ao
olharmos para as sete igrejas da Asia, podemos vislumbrar para os tempos atuais
as mesmas características para a igreja do século XXI, as mesmas
características que continham estas igrejas, tanto o seu fervor, quando a sua
frieza, estão sendo evidenciadas nos dias hodiernos. Que o Espírito Santo nos ajude
a escolhermos o melhor das sete igrejas para nossas vidas com Cristo.
1.
considerações preliminares
A Igreja é caracterizada, no primeiro
capitulo do Apocalipse, para que possamos identificá-la quando ela aparecer de
novo no desenrolar do livro. As sete estrelas na mão do Senhor são
interpretadas por Jesus como sendo os sete anjos (pastores) das sete igrejas da
Ásia menor. As igrejas são os castiçais; seus ministros são estrelas; mas
Cristo é o sol (Ap 1.16b,20, Ml 4.2). Ele é para o mundo moral o que o sol é
para o mundo físico.
É importante observarmos a saudação de João neste
versículo. As sete igrejas que naqueles dias se encontravam dentro dos limites
da Ásia Menor, eram compostos de judeus e gentios. Ele diz “graça” (para os
crentes gentios – incluindo também gregos), e “paz” (para os crentes judeus). O
autor dirige-se às igrejas da Ásia, que a seguir serão especificadas também
geograficamente (1.11), mas por trás delas, dado o simbolismo do número, que
indica “totalidade”, está toda a Igreja, estamos nós também.
1.1 O Numero Sete
1.4 ÀS SETE IGREJAS. O Apocalipse é dirigido às
sete igrejas da Ásia (nome antigo de uma região que agora faz parte da Turquia
ocidental). Cada uma dessas igrejas consistia de várias congregações. Essas
igrejas foram provavelmente selecionadas por representarem a totalidade das
igrejas daqueles dias, pois o número "sete" representa um número
perfeito. Aquilo que lhes foi dito, aplica-se à igreja inteira. Noutras
palavras, as "sete igrejas" representam todas as igrejas no decurso
desta era da igreja. Os "sete espíritos" devem representar a
perfeição e o ministério do Espírito Santo à igreja (cf. 4.5; 5.6; Is 11.2,3).
E da dos sete espíritos. Esta expressão é repetida
nos capítulos 3.1 e 4.5. Ela está associada aos “sete olhos do Senhor, que
discorrem por toda a terra” (Zc 4.10). Significa: “... da parte do Espírito
Santo em sua plenitude Septiforme” (cf. 3.1; 4.5 e 5.6). São pela ordem: “(aaa)
o espírito do Senhor; (bbb) o espírito de sabedoria; (ccc) e de inteligência;
(ddd) o espírito de conselho; (eee) e de fortaleza; (fff) o espírito de
conhecimento; (ggg) e de temor do Senhor”. Is 11.1. Podemos observar no
presente texto, a multiforme operação do Espírito Santo, pois os “sete
espíritos de Deus” são: “as diferentes operações do Espírito Santo nessa
perfeição, que necessariamente, lhes pertence” (7). O Novo Testamento fala em outras
passagens, da pluralidade de funções do Espírito Santo (cf. 1 Co 12.11; 14.32;
Hb 2.4).
Dois pontos importantes devem ser analisados no
presente versículo: as sete estrelas; o rosto do Filho do homem:
1. As sete estrelas. Sobre a presente expressão:
“as estrelas”, existem várias interpretações, sendo que, duas delas, são
aceitas no campo teológico e a segunda, sem exitação:
(a) As sete estrelas (anjos), são instrumentos nas
mãos de Cristo, seres angelicais literais, que ministram à Igreja, controlando
seus ministros, e, pelo menos em alguns casos, servindo de mediadores dos dons
espirituais. “Por extensão dessa idéia, podemos supor que todas as comunidades
locais dos crentes contam com os seus próprios anjos guardiões...”. (Cf. Sl
34.7; 1Co 11.10).
(b) As sete estrelas na mão direita do Senhor, são
interpretadas por Jesus como sendo os “sete anjos (pastores) das sete igrejas”
da Ásia Menor. Cf. v. 20. Este sete “mensageiros” foram homens enviados pelas
igrejas da Ásia para saberem do estado do velho Apóstolo, então um exilado em
Patmos (compare-se Fl 4.18); mas (sendo na sua volta portadores das “sete
cartas”) pode figurar também em nossos dias um ministro de Deus portando uma
mensagem especial para uma igreja. A palavra “anjo” é apenas transliteração do
grego para o português e significa “mensageiro”. É, portanto, o pastor ou
pastores que aqui estão em foco.
2. Seu rosto era como o sol. As igrejas são
castiçais; seus ministros são estrelas; mas Cristo é o sol (Ml 4.2). Ele é para
o mundo moral, o que o sol é para o mundo físico. A luz do rosto de Jesus
Cristo é tal que na nova Jerusalém “não necessitarão de lâmpada nem de luz do
sol...” porque “... o cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23; 22.5). Num contexto
geral do significado do pensamento, o rosto dos justos resplandece como o sol
(Mt 13.43), o que também sucede no caso dos anjos (Ap 10.1)
1.2 A função das cartas
O
propósito deste livro é tríplice. (1) As cartas às sete igrejas de Apocalipse
revelam que ocorriam graves desvios do padrão bíblico da verdade e retidão
segundo o NT em muitas igrejas da Ásia. João escreve, da parte de Cristo, para
repreender a transigência e pecado dessas igrejas, e chamá-las ao
arrependimento e ao seu primeiro amor. (2) Tendo em vista a perseguição
resultante do endeusamento do imperador, o livro de Apocalipse foi enviado às
igrejas para fortalecer-lhes a fé, firmeza e fidelidade a Jesus Cristo, e
encorajar os membros a serem vencedores e permanecerem fiéis até a morte. (3)
Finalmente, foi escrito para dar aos crentes de todas as eras a perspectiva
divina do férreo conflito entre eles e as forças conjuntas de Satanás, nesta
revelação do desfecho da história. O Apocalipse revela principalmente os
eventos dos últimos sete anos antes da segunda vinda de Cristo, quando, então,
Deus intervirá neste mundo e vindicará seus santos, derramando sua ira sobre o
reino de Satanás. A isto se seguirá a segunda vinda de Cristo.
O intuito do Senhor Jesus Cristo era que a
revelação fosse preservada para as gerações seguintes; e até hoje a forma
escrita é a melhor maneira de preservar uma comunicação.
O leitor deve observar bem a frase “escreve-o num
livro, e envia-o”. Isso nos dá entender que não só a carta endereçada à igreja
devia ser lida, mas também todo o conteúdo do livro que encerrava a visão
(.13). O Dr. Russell Norman Champrin, observa que a posição geográfica onde se
encontravam essas igrejas, formava um CÍRCULO. As cidades foram numeradas
partindo de Éfeso, na direção Norte, para Esmirna (64 quilômetros); daí para
Pérgamo, 80 quilômetros ao norte de Esmirna; então, atravessando 64 quilômetros
para sueste, até Tiatira, descendo, então, 80 quilômetros para Sardo; daí para
Filadélfia a 48 quilômetros a sueste de Sardo; então Laodicéia a 64 quilômetros
a sueste de Filadélfia.
1.3 O significado de Anjo
A palavra anjo (hb. malak; gr. angelos) significa=
mensageiro. Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de DEUS (Hb
1.13,14), criados por DEUS antes de existir a terra (Jó 38.4-7; Sl 148.2,5; Cl
1.16).
Qual a função principal dessas criaturas de Deus?
“dirigir, guiar, guardar, fortalecer,
avisar, censurar e punir os homens” Sucedeu, pois, que naquela mesma noite,
saiu o anjo do SENHOR e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco
mil deles; e, levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram corpos mortos.
2Rs 19.35 O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra Sl
34.7 E, tendo-se eles retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em
sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e
demora-te lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o menino para o
matar. Mt 2.13 A bíblia fala que existe uma multidão deles Gn 28.12
“Ao anjo da
igreja”. Nada se
sabe de certo quem era esse “anjo” nos dias em que esta carta estava sendo
enviada, a não ser aquilo que depreende do texto em foco. Segundo o relato de
Lucas em Atos 20, quando Paulo visitou a Ásia Menor, “... de Mileto mandou a
Éfeso, chamar os anciãos da igreja. E, logo que chegaram juntos dele, disse-lhes...
Olhai, pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos
constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com
seu próprio sangue” (At 20.17, 18, 28). Quando Paulo falou essas palavras,
Timóteo era o pastor (anjo) da igreja de Éfeso (1Tm 1.3) e provavelmente
Tíquico tenha sido seu substituto (At 20.4; Ef 6.21; 2Tm 4.12). O “anjo” a que
Jesus se refere bem pode ser este último.
O que podemos ver também é que esses anjos são
cobrados duramente pelo Senhor e louvor pela fidelidade.
O de Éfeso
2.4 “Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade.”
O de Esmirna
2.9 “Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a
blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.”
O de Pérgamo
2.14 “Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a
doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos
de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.”
O de Tiatira
2.20 “Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa,
ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios
da idolatria.”
O de Sardes
3.2 “Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não
achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.”
O de Filadélfia
3.8 “Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém
a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu
nome.”
O de Laodicéia
3.15 “Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio
ou quente!”
Então não pode estar se tratando de seres
angelicais e sim de homens mortais mesmo.
2. A
história das sete cidades da Asia menor
As congregações cristãs
que nasceram na Ásia Menor refletem um pouco as características de cada cidade.
As histórias de cada cidade são importantes para que cada crente entenda o
quanto a cultura de uma região poderá influenciar na conduta e forma de pensar
de cada congregação.
2.1 Éfeso e Laodicéia
Éfeso era a cidade principal da província da Ásia,
do lado oeste da Ásia Menor. Na época em que João a escreveu, essa cidade era
um grande porto, situado perto da boca do rio Caister. Caravanas nas
estradas romanas do norte, leste e sul convergiam aqui, para deixar suas cargas
em navios que velejavam para o oeste em direção a Corinto ou mesmo até a
Itália. Éfeso era uma metrópole agitada. Essa cidade era a porta de entrada da
Ásia. O procônsul precisava desembarcar aqui quando iniciava o seu
ofício como governador da Ásia. Ao mesmo tempo, ela era a estrada principal
para Roma. No início do segundo século, quando os cristãos estavam sendo
enviados por navio para Roma para alimentar os leões, Inácio chamou Éfeso de a
Rota dos Mártires.
Politicamente, Éfeso era uma cidade livre. Isso
significava que ela desfrutava de uma medida considerável de autonomia
autônomo. Nessa cidade também ocorriam os famosos jogos anuais.
Na área da religião, Éfeso era o centro de
adoração de Ártemis. Seu templo era uma das sete maravilhas do mundo
antigo. Éfeso era chamada de "A Luz da Ásia". Contudo, ela era uma
cidade pagã, repleta de trevas da superstição pagã. Swete escreve:
"A cidade era um canteiro de rituais e superstições, um local de encontro
do ocidente e do oriente, onde gregos, romanos e asiáticos se acotovelavam nas
ruas".
Por causa da sua importância estratégica, Paulo
havia passado mais tempo aqui (perto de três anos, At 20.31) do que em qualquer
outro lugar nas suas três viagens missionárias. Ele fez muitos convertidos,
tanto judeus quanto gentios (At 19.10) e construiu uma igreja forte. Nos anos
60 d.C, Timóteo foi colocado lá (1 Tm 1.3). A tradição da Igreja
Primitiva afirma que João passou os últimos anos da sua vida nesse terceiro
grande centro do cristianismo (depois de Jerusalém e Antioquia).
Hoje essa metrópole poderosa do passado é um monte
de ruínas. O rio Caister encheu o porto com lodo, de maneira
que a cidade é somente um pântano de juncos. O mar fica a cerca de dez
quilômetros de distância.
Laodicéia
distava cerca de 60 quilômetros a sudeste de Filadélfia. Ela se
localizava junto ao rio Licos, 10 quilômetros ao sul
de Hierápolis e 16 quilômetros a oeste de Colossos. Fundada
por Antíoco II (267-246 a.C), essa cidade foi chamada de
Laodicéia em homenagem à sua esposa, Laodice. Visto que estava localizada
na junção de três estradas importantes, tornou-se uma grande cidade comercial e
administrativa. O fato de ser um centro financeiro, a tornou tão próspera que
foi capaz de reconstruir-se depois do grande terremoto em 60 d.C. sem o
subsídio imperial. Ela também era conhecida pela fabricação de roupas e tapetes
de uma lã preta, brilhante e macia. Laodicéia também era famosa por causa
da sua renomada escola de medicina, particularmente conhecida por sua pomada para
tratamento dos ouvidos e pelo "pó frígio", usado para
fabricar colírio.
A
igreja de Laodicéia já existia quando Paulo estava preso em Roma. Ele escreveu
uma carta a ela (cf. Cl 4.16) que evidentemente se perdeu.
A
cidade foi conquistada pelos turcos. No lugar existe hoje uma série de ruínas,
ainda não escavadas.
2.2 Pérgamo, Tiatira e Sardes
Pérgamo comercialmente não era tão importante como Éfeso e Esmirna, mas mesmo
assim era importante como centro político e religioso. Começou a se destacar
depois da morte de Alexandre o Grande em 333 a.C. Em 133 a.C, Atalo III,
o último rei de Pérgamo, passou o reino a Roma em seu testamento, e
Pérgamo, se tornou a capital da província romana da Ásia. Foi também
a primeira cidade da Ásia que incentivou abertamente o culto ao imperador. No
ano 29 a.C. foi dedicado um templo "ao divino Augusto e à deusa
Roma", e desta maneira Pérgamo se tornou o principal lugar de adoração ao
imperador na Ásia. Com o passar do tempo esta adoração ficou sendo uma prova de
lealdade a Roma, pois o culto ao imperador era o ponto central da política do
Império, e a recusa a tomar parte no culto oficial era considerada alta
traição.
Pérgamo era também o centro de culto a muitos
outros deuses. Na cidade havia uma acrópole de uns 300 metros de
altura com muitos templos a deuses pagãos. No topo havia um bonito templo
dedicado a Zeus, tendo ao lado um templo da deusa Atenas. Pérgamo também era o
centro do culto a Asclépio, o deus-serpente das curas, e seu colégio de
sacerdotes-médicos era famoso. Pérgamo, assim era uma fortaleza das religiões
pagas e do culto ao imperador, um ambiente extremamente difícil para uma igreja
cristã.
Cerca de 65 quilômetros a sudeste de
Pérgamo ficava Tiatira. Era uma cidade da Lídia, perto da fronteira
com a Mísia. Construída por Seleuco I, fundador da dinastia
dos Selêucidas, ela foi povoada pelos veteranos das campanhas de Alexandre,
o Grande, na Ásia. Em torno de 190 a.C, Tiatira foi tomada
pelos romanos. Embora tivesse um centro comercial próspero, era muito inferior
ao de Éfeso, Esmirna, e Pérgamo. Charles observa: "A carta mais longa foi
dirigida à cidade menos importante das Sete Cidades". Evidentemente, havia
judeus ali, porque (At 16.14) menciona "Lídia, vendedora de
púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus". Parece que na época
ela era uma prosélita convertida ao judaísmo.
A igreja em Tiatira evidentemente era pequena.
Fala-se que ela desapareceu no fim do segundo século.
Continuando
rumo ao sudeste de Tiatira, o mensageiro teria de viajar cerca de 50
quilômetros até Sardes, a antiga capital da Lídia. Ela era famosa
pela sua fabricação de lã e afirmava ter sido a primeira cidade a descobrir a
arte de tingir lã.
Sardes
havia alcançado seu ápice de prosperidade sob o rico
rei Croesus (560 a.C). Conquistada por Ciro, ela permaneceu
desconhecida durante o governo persa. No período romano,
houve certa medida de restauração. Mas Charles diz que mesmo então
"nenhuma cidade na Ásia apresentou um contraste mais deplorável entre o
esplendor passado e o declínio inquietantemente atual". Por esse
motivo Ramsay chama Sardes de "a cidade da morte". Ele
escreve: "Assim, quando as Sete Cartas foram escritas, Sardes era uma
cidade do passado, que não tinha futuro". Hoje existe uma pequena vila,
chamada Sart. O principal culto em Sardes era a depravada adoração
de Cibele (ou Artemis). Charles diz: "Seus habitantes
tinham se destacado pela luxuria e libertinagem". Isso dificultou a
manutenção dos padrões cristãos de pureza.
2.3 Esmirna e Filadélfia
A história da fundação da igreja em Esmirna nos é
desconhecida; mas, no segundo século, a igreja de Esmirna
atingira certa posição de importância. Foi alvo de amargas perseguições, já que Esmirna
se tornara o centro mesmo do culto ao imperador. O culto ao imperador era uma adoração
obrigatória aos imperadores romanos, como se estes fossem divindades.
Naturalmente, os crentes se recusavam a tal, e, em conseqüência, foram
amargamente perseguidos, e muitos deles sofreram o martírio. Esmirna
tornou-se o símbolo mesmo da igreja dos mártires. Por conseguinte, supõe-se que
a carta que ora iniciamos deve ser entendida como predição sobre o período das
horrendas perseguições que tiveram lugar entre o ano 100 d.C. e o tempo da
conversão de Constantino, já no começo do século IV d.C.
Essa
cidade distava de Sardes pouco menos de 50 quilômetros a
sudeste. Ela recebeu o nome do seu fundador, Atalus II
(Philadelphus), que reinou de 159 a 138 a.C. Muitas vezes sacudida
por terremotos, ela foi destruída em 17 d.C, junto com Sardes e dez
outras cidades no vale de Lídia. O medo fez com que grande parte da população
deixasse de morar no interior dos seus muros. Aparentemente, tanto a cidade
quanto a igreja eram pequenas nessa época.
A
adoração principal era a Dionísio (mais tarde chamado de Baco). Mas a
carta indica que a principal oposição veio dos judeus e não dos pagãos.
Quando
os turcos conquistaram a Ásia Menor na Idade Média, Filadélfia suportou o
ataque por muito mais tempo do que outras cidades. Ramsay diz:
"Ela exibia todas as qualidades nobres de perseverança, verdade e
constância que são atribuídas a ela na carta de João". Hoje há uma cidade
relativamente grande lá, com uma estação ferroviária.
3.
O retrato de jesus e a importância da
igreja
O retrato de Jesus que é conhecido pela
Igreja espalhada na Ásia Menor, está listado no capitulo um. Todavia, Jesus é
visto no meio da sua Igreja. Cristo valoriza tanto a sua Igreja que ele se dá a
conhecer no meio dela e não a parte dela. Ninguém verá Jesus fora da Igreja.
Hoje muitas pessoas querem Cristo, mas não a Igreja. Hernandes Dias Lopes,
teólogo conceituado de nosso país, diz que é impossível que alguém possa ser
salvo fora da comunidade cristã, porque Cristo esta voltando para sua noiva.
Ela ocupa o centro da sua atenção.
3.1 A igreja em Éfeso, e em
Laodicéia
A comunidade de Éfeso é ativa e faz muita coisa
boa, seu nome significa = Desejavel.
Mas deixou de obedecer ao mandamento do amor, correndo o risco de perder a sua
identidade como comunidade cristã. (Jo 13.35) Esta exortação para ouvir o Espírito,
aparece no fim das sete cartas. Quando a Igreja se encontra em processo de
conversão para seguir a Jesus. Qual é a palavra a ser dita e a ação oportuna a
ser realizada no momento que ela esta vivendo. Tinha perdido o primeiro amor e
estava se desviando, e se não se arrependesse e voltasse seria retirada do seu
lugar e deixaria de ser luz. Quando deixa o Senhor, qualquer coisa toma o lugar
de Cristo como: o lazer, a moda, os amigos, ou o pecado. A igreja deveria
buscar o que havia perdido, ou seja, o primeiro amor as coisas de Deus. Esta
igreja representa a igreja do Século I, a igreja da época Apostólica. A igreja
do amor decadente
A comunidade de Laodicéia é rica e
auto-suficiente. Seu nome significa = direito
do povo. Ela confia em si mesma, e não quer depender de ninguém. Contudo, a
verdadeira riqueza de uma comunidade é ouvir a palavra de Jesus e ficar unida a
ele. Ela achava que sua condição espiritual era perfeita, o que certamente
refletia uma vida material prospera, no entanto, o testemunho do Senhor Jesus a
seu respeito era exatamente o contrario. Era uma igreja morna e achavam-se
ricos e abastados e se não se arrependessem iriam ser tirados da presença do
Senhor. Esta igreja representa a igreja dos dias finais desta dispensação. É a
igreja morna.
É digno de nota o fato de que somente na primeira e na
última das sete cartas as igrejas são ameaçadas de completa destruição, pela
desanimadora, e puramente negativa, razão que é a falta
de fervente devoção.
3.2 A igreja em Pérgamo, em
Tiatira, e em Sardes
A comunidade de Pérgamo que significa = Casamento. Sabe resistir à religião
imperial (trono de Satanás) que efetua perseguições e martírios, mas sucumbe à
sedução do sincretismo religioso (doutrina de Balaão e dos nicolaitas). A
comunidade cristã precisa discernir e combater a idolatria do poder político
totalitário e a idolatria das idéias que ameaçam a vida cristã autentica. Nos
tribunais gregos e romanos, os juízes tinham pedrinhas brancas e pretas. Se o
réu recebia uma pedrinha preta estava acusado, se branca estava perdoado.
Também receberá um novo nome. Era o centro da idolatria e tinha um grande altar
erigido à adoração de um deus-serpente. Isto talvez explique as palavras “onde
satanás habita”. A doutrina de Balaão é achar que “nada faz mal”, que os
costumes do mundo não impedem o crente de caminhar como: sexo fora do
casamento, divórcio, drogas, alcoolismo, palavrões, roupas indecentes, etc.
esta igreja representa a igreja mundana dos anos 313 a 600 dc. Em 313 deu-se a
união da igreja como estado
A comunidade de Tiatira que significa = que sacrifica sempre. É exemplar em
tudo, menos no combate às falsas doutrinas que ameaçam desvirtuar a vida
cristã. Ensinamento errado, jovens se prostituindo por falsos conselhos,
ídolos, fitas nos braços e suas pernas, comidas e doces oferecidos a Cosme e
Damião, símbolos em correntinhas penduradas no pescoço ou pintadas em
camisetas, etc. ali havia alguém que foi comparada a Jezabel, uma mulher má,
sedutora, insubordinada, autoritária, adoradora de deuses estranhos, que levaram
muitos do povo de Deus a praticarem o erro. Esta é a igreja profana dos anos
600 a 1517.
Com poucas exceções, a comunidade de Sardes que
significa = os que escapam ou remanescentes.
Apóia-se na hipocrisia. São pessoas que vão a igreja levar os filhos como se
fosse um passeio dominical, sem mostrar o real propósito que é a adoração ao
Senhor. Procuram casamento, amigos, moda, negócios e apresentar shows sem
sentido de adoração. Sua vida como comunidade cristã é apenas aparência que não
corresponde a realidade. Parece viva mais esta morta. Ela é a igreja morta do
período de 1517 a 1750. Em 1750 inicia a evangelização e missões.
3.3 A Igreja em Esmirna e em
Filadélfia
A comunidade de Esmirna que significa = Amargura, é pobre. Sua riqueza consiste
no testemunho e no seguimento de Jesus. Por isso, ela não deve temer as
perseguições: assim como Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, também ela
terá sempre a vida. A igreja tipo Esmirna, pode estar sofrendo pressão tanto
externa (prova), quanto interna (tentação). A igreja não recebeu nenhuma
repreensão do Senhor. É a igreja do período dos anos 100 a 312, a igreja
perseguida.
A comunidade de Filadélfia que significa = amor fraternal, é fraca, mas permanece
fiel a sua fé, e por isso recebe proteção especial de Jesus na hora da
perseguição. É na fraqueza do homem que se manifesta o amor de Jesus, dando-lhe
força e coragem. Características principais da igreja eram serem crentes
humildes, trabalhadores e perseverantes. Os crentes santos serão exaltados, mas
os orgulhosos serão humilhados. O período da grande tribulação que virá sobre o
mundo, mas seus fies não estarão aqui neste período. O crente que não
permanecer fiel pode perder a “coroa da vida” prometida ao crente perseverante
que suporta as provações. É a igreja avivada e missionária do século XVIII, XIX
e inicio do século XX.
Conclusão
Tudo indica que estamos vivendo os dias
imediatamente anteriores ao arrebatamento. Dias em que predominam as igrejas do
tipo “Laodicéia”, a Igreja que vai subir, é do tipo “Filadélfia e Esmirna”. Se
uma onda de tribulação nos atingir de repente, poderá muito bem ser o amor
disciplinador de Jesus, para produzir crentes fiéis que perseverem até o fim.
Fontes:
Bíblia de Estudo Dake – Atos
Comentario Biblico de Moody - Apocalipse
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino
Pedro da Silva
Revista: Epístolas às igrejas
de Cristo –Editora Betel – 4º Trimestre 2006
Revista: Apocalipse – Editora Betel - 2º
Trimestre 2012 – Lição 02
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