As sete igrejas da Ásia


Lição 02 - 08 de Abril de 2012


Texto Áureo

“O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas”. Ap 1.20

Verdade Aplicada

Qualquer organização cristã que não corresponder ao perfil das sete igrejas, pelo menos em al­gumas das suas características, não pode ser considerada Igreja.

Objetivos da Lição

►      Ressaltar a importância das cartas para que os crentes individualmente sejam santos.
►      Conduzir a igreja à apro­priação tanto das reprimendas quanto das promessas de Jesus.
►      Ensinar que nossos dias são os dias imediatamente ante­riores “às coisas que em breve devem acontecer”.

Textos de Referência

Ap 1.4        João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono;
Ap 1.5        E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da Terra. Àquele que nos ama e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,
Ap 1.6        E nos fez reis e sacerdo­tes para Deus e Seu Pai, a Ele, glória e poder para todo sempre amém.
Ap 1.10      Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta.
Ap 1.11      Que dizia: o que vês, escreve-o num livro e envia-o as sete igrejas que estão na Ásia: A Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.


LEITURAS COMPLEMENTARES

  • Segunda feira: Ap 2.1-7
Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro:
Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos; e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste.
Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade.
Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.
Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus.

  • Terça feira: Ap 2.8-11
E ao anjo da igreja que está em Esmirna escreve: Isto diz o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu:
Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza (imas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.
Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.

  • Quarta feira: Ap 2.12-17
E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios:
Eu sei as tuas obras, e onde habitas, oque é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.
Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.
Assim, tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço.
Arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, re na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.

  • Quinta feira:  Ap 2.18-29
E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao latão reluzente:
Eu conheço as tuas obras, e a tua caridade, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.
Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.
E dei-lhe tempo upara que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu.
Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras.
E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.
Mas eu vos digo a vós e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei.
Mas o que tendes retende-o até que eu venha.
E ao que vencer e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações,
e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai,
dar-lhe-ei a estrela da manhã.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

  • Sexta feira: Ap 3.1-6
E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.
Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.
Mas também tens em Sardes algumas pessoas que não contaminaram suas vestes e comigo andarão de branco, porquanto são dignas disso.
O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

  • Sábado: Ap 3.7-22
E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre:
Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.
Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
A quem vencer, meu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: nIsto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.
Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente!
Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu),
aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas.
Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.
Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Introdução
Ao estudar sobre as sete igrejas da Ásia, tenha em mente o que foi dito a elas e a respeito delas poderá ser dito de todas e para todas as congregações cristãs de qualquer lugar e tempo. Em vista disso, Jesus as constituiu como um tipo de igreja que surgiria sobre a terra. E aos fieis que congregarem em seu interior, o Senhor já elegeu qual tipo da Igreja que reúne os elementos indispensáveis ao arrebatamento.
Ao olharmos para as sete igrejas da Asia, podemos vislumbrar para os tempos atuais as mesmas características para a igreja do século XXI, as mesmas características que continham estas igrejas, tanto o seu fervor, quando a sua frieza, estão sendo evidenciadas nos dias hodiernos. Que o Espírito Santo nos ajude a escolhermos o melhor das sete igrejas para nossas vidas com Cristo.

1.     considerações preliminares
A Igreja é caracterizada, no primeiro capitulo do Apocalipse, para que possamos identificá-la quando ela aparecer de novo no desenrolar do livro. As sete estrelas na mão do Senhor são interpretadas por Jesus como sendo os sete anjos (pastores) das sete igrejas da Ásia menor. As igrejas são os castiçais; seus ministros são estrelas; mas Cristo é o sol (Ap 1.16b,20, Ml 4.2). Ele é para o mundo moral o que o sol é para o mundo físico.
É importante observarmos a saudação de João neste versículo. As sete igrejas que naqueles dias se encontravam dentro dos limites da Ásia Menor, eram compostos de judeus e gentios. Ele diz “graça” (para os crentes gentios – incluindo também gregos), e “paz” (para os crentes judeus). O autor dirige-se às igrejas da Ásia, que a seguir serão especificadas também geograficamente (1.11), mas por trás delas, dado o simbolismo do número, que indica “totalidade”, está toda a Igreja, estamos nós também.

1.1 O Numero Sete
1.4 ÀS SETE IGREJAS. O Apocalipse é dirigido às sete igrejas da Ásia (nome antigo de uma região que agora faz parte da Turquia ocidental). Cada uma dessas igrejas consistia de várias congregações. Essas igrejas foram provavelmente selecionadas por representarem a totalidade das igrejas daqueles dias, pois o número "sete" representa um número perfeito. Aquilo que lhes foi dito, aplica-se à igreja inteira. Noutras palavras, as "sete igrejas" representam todas as igrejas no decurso desta era da igreja. Os "sete espíritos" devem representar a perfeição e o ministério do Espírito Santo à igreja (cf. 4.5; 5.6; Is 11.2,3).

E da dos sete espíritos. Esta expressão é repetida nos capítulos 3.1 e 4.5. Ela está associada aos “sete olhos do Senhor, que discorrem por toda a terra” (Zc 4.10). Significa: “... da parte do Espírito Santo em sua plenitude Septiforme” (cf. 3.1; 4.5 e 5.6). São pela ordem: “(aaa) o espírito do Senhor; (bbb) o espírito de sabedoria; (ccc) e de inteligência; (ddd) o espírito de conselho; (eee) e de fortaleza; (fff) o espírito de conhecimento; (ggg) e de temor do Senhor”. Is 11.1. Podemos observar no presente texto, a multiforme operação do Espírito Santo, pois os “sete espíritos de Deus” são: “as diferentes operações do Espírito Santo nessa perfeição, que necessariamente, lhes pertence” (7). O Novo Testamento fala em outras passagens, da pluralidade de funções do Espírito Santo (cf. 1 Co 12.11; 14.32; Hb 2.4).

Dois pontos importantes devem ser analisados no presente versículo: as sete estrelas; o rosto do Filho do homem:
1. As sete estrelas. Sobre a presente expressão: “as estrelas”, existem várias interpretações, sendo que, duas delas, são aceitas no campo teológico e a segunda, sem exitação:
(a) As sete estrelas (anjos), são instrumentos nas mãos de Cristo, seres angelicais literais, que ministram à Igreja, controlando seus ministros, e, pelo menos em alguns casos, servindo de mediadores dos dons espirituais. “Por extensão dessa idéia, podemos supor que todas as comunidades locais dos crentes contam com os seus próprios anjos guardiões...”. (Cf. Sl 34.7; 1Co 11.10).
(b) As sete estrelas na mão direita do Senhor, são interpretadas por Jesus como sendo os “sete anjos (pastores) das sete igrejas” da Ásia Menor. Cf. v. 20. Este sete “mensageiros” foram homens enviados pelas igrejas da Ásia para saberem do estado do velho Apóstolo, então um exilado em Patmos (compare-se Fl 4.18); mas (sendo na sua volta portadores das “sete cartas”) pode figurar também em nossos dias um ministro de Deus portando uma mensagem especial para uma igreja. A palavra “anjo” é apenas transliteração do grego para o português e significa “mensageiro”. É, portanto, o pastor ou pastores que aqui estão em foco.
2. Seu rosto era como o sol. As igrejas são castiçais; seus ministros são estrelas; mas Cristo é o sol (Ml 4.2). Ele é para o mundo moral, o que o sol é para o mundo físico. A luz do rosto de Jesus Cristo é tal que na nova Jerusalém “não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol...” porque “... o cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23; 22.5). Num contexto geral do significado do pensamento, o rosto dos justos resplandece como o sol (Mt 13.43), o que também sucede no caso dos anjos (Ap 10.1)

1.2 A função das cartas
O propósito deste livro é tríplice. (1) As cartas às sete igrejas de Apocalipse revelam que ocorriam graves desvios do padrão bíblico da verdade e retidão segundo o NT em muitas igrejas da Ásia. João escreve, da parte de Cristo, para repreender a transigência e pecado dessas igrejas, e chamá-las ao arrependimento e ao seu primeiro amor. (2) Tendo em vista a perseguição resultante do endeusamento do imperador, o livro de Apocalipse foi enviado às igrejas para fortalecer-lhes a fé, firmeza e fidelidade a Jesus Cristo, e encorajar os membros a serem vencedores e permanecerem fiéis até a morte. (3) Finalmente, foi escrito para dar aos crentes de todas as eras a perspectiva divina do férreo conflito entre eles e as forças conjuntas de Satanás, nesta revelação do desfecho da história. O Apocalipse revela principalmente os eventos dos últimos sete anos antes da segunda vinda de Cristo, quando, então, Deus intervirá neste mundo e vindicará seus santos, derramando sua ira sobre o reino de Satanás. A isto se seguirá a segunda vinda de Cristo.

O intuito do Senhor Jesus Cristo era que a revelação fosse preservada para as gerações seguintes; e até hoje a forma escrita é a melhor maneira de preservar uma comunicação.
O leitor deve observar bem a frase “escreve-o num livro, e envia-o”. Isso nos dá entender que não só a carta endereçada à igreja devia ser lida, mas também todo o conteúdo do livro que encerrava a visão (.13). O Dr. Russell Norman Champrin, observa que a posição geográfica onde se encontravam essas igrejas, formava um CÍRCULO. As cidades foram numeradas partindo de Éfeso, na direção Norte, para Esmirna (64 quilômetros); daí para Pérgamo, 80 quilômetros ao norte de Esmirna; então, atravessando 64 quilômetros para sueste, até Tiatira, descendo, então, 80 quilômetros para Sardo; daí para Filadélfia a 48 quilômetros a sueste de Sardo; então Laodicéia a 64 quilômetros a sueste de Filadélfia.

1.3 O significado de Anjo
A palavra anjo (hb. malak; gr. angelos) significa= mensageiro. Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de DEUS (Hb 1.13,14), criados por DEUS antes de existir a terra (Jó 38.4-7; Sl 148.2,5; Cl 1.16).
Qual a função principal dessas criaturas de Deus? “dirigir, guiar, guardar, fortalecer, avisar, censurar e punir os homens” Sucedeu, pois, que naquela mesma noite, saiu o anjo do SENHOR e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram corpos mortos. 2Rs 19.35 O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra Sl 34.7 E, tendo-se eles retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o menino para o matar. Mt 2.13 A bíblia fala que existe uma multidão deles Gn 28.12

“Ao anjo da igreja”. Nada se sabe de certo quem era esse “anjo” nos dias em que esta carta estava sendo enviada, a não ser aquilo que depreende do texto em foco. Segundo o relato de Lucas em Atos 20, quando Paulo visitou a Ásia Menor, “... de Mileto mandou a Éfeso, chamar os anciãos da igreja. E, logo que chegaram juntos dele, disse-lhes... Olhai, pois por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue” (At 20.17, 18, 28). Quando Paulo falou essas palavras, Timóteo era o pastor (anjo) da igreja de Éfeso (1Tm 1.3) e provavelmente Tíquico tenha sido seu substituto (At 20.4; Ef 6.21; 2Tm 4.12). O “anjo” a que Jesus se refere bem pode ser este último.

O que podemos ver também é que esses anjos são cobrados duramente pelo Senhor e louvor pela fidelidade.
O de Éfeso 2.4 “Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade.”
O de Esmirna 2.9 “Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.”
O de Pérgamo 2.14 “Mas umas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel para que comessem dos sacrifícios da idolatria e se prostituíssem.”
O de Tiatira 2.20 “Mas tenho contra ti o tolerares que Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensine e engane os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.”
O de Sardes 3.2 “Sê vigilante e confirma o restante que estava para morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.”
O de Filadélfia 3.8 “Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.”
O de Laodicéia 3.15 “Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente!”
Então não pode estar se tratando de seres angelicais e sim de homens mortais mesmo.


2.     A história das sete cidades da Asia menor
As congregações cristãs que nasceram na Ásia Menor refletem um pouco as características de cada cidade. As histórias de cada cidade são importantes para que cada crente entenda o quanto a cultura de uma região poderá influenciar na conduta e forma de pensar de cada congregação.

2.1 Éfeso e Laodicéia
Éfeso era a cidade principal da província da Ásia, do lado oeste da Ásia Menor. Na época em que João a escreveu, essa cidade era um grande porto, situ­ado perto da boca do rio Caister. Caravanas nas estradas romanas do norte, leste e sul convergiam aqui, para deixar suas cargas em navios que velejavam para o oeste em direção a Corinto ou mesmo até a Itália. Éfeso era uma metrópole agitada. Essa cidade era a porta de entrada da Ásia. O procônsul precisava desembarcar aqui quando iniciava o seu ofício como governador da Ásia. Ao mesmo tempo, ela era a estrada principal para Roma. No início do segundo século, quando os cristãos estavam sendo enviados por navio para Roma para alimentar os leões, Inácio chamou Éfeso de a Rota dos Mártires.
Politicamente, Éfeso era uma cidade livre. Isso significava que ela desfrutava de uma medida considerável de autonomia autônomo. Nessa cidade também ocorriam os famosos jogos anuais.
Na área da religião, Éfeso era o centro de adoração de Ártemis. Seu templo era uma das sete maravilhas do mundo antigo. Éfeso era chamada de "A Luz da Ásia". Contudo, ela era uma cidade pagã, repleta de trevas da superstição pagã. Swete escreve: "A cidade era um canteiro de ritu­ais e superstições, um local de encontro do ocidente e do oriente, onde gregos, romanos e asiáticos se acotovelavam nas ruas".
Por causa da sua importância estratégica, Paulo havia passado mais tempo aqui (perto de três anos, At 20.31) do que em qualquer outro lugar nas suas três viagens missionárias. Ele fez muitos convertidos, tanto judeus quanto gentios (At 19.10) e construiu uma igreja forte. Nos anos 60 d.C, Timóteo foi colocado lá (1 Tm 1.3). A tradição da Igreja Primitiva afirma que João passou os últimos anos da sua vida nesse terceiro grande centro do cristianismo (depois de Jerusalém e Antioquia).
Hoje essa metrópole poderosa do passado é um monte de ruínas. O rio Caister en­cheu o porto com lodo, de maneira que a cidade é somente um pântano de juncos. O mar fica a cerca de dez quilômetros de distância.

Laodicéia distava cerca de 60 quilômetros a sudeste de Filadélfia. Ela se localizava junto ao rio Licos, 10 quilômetros ao sul de Hierápolis e 16 quilômetros a oeste de Colossos. Fundada por Antíoco II (267-246 a.C), essa cidade foi chamada de Laodicéia em homenagem à sua esposa, Laodice. Visto que estava localizada na junção de três estradas importantes, tornou-se uma grande cidade comercial e administrativa. O fato de ser um centro financeiro, a tornou tão próspera que foi capaz de reconstruir-se depois do grande terremoto em 60 d.C. sem o subsídio imperial. Ela também era conhecida pela fabricação de roupas e tapetes de uma lã preta, brilhante e macia. Laodicéia também era famosa por causa da sua renomada escola de medicina, particularmente conhecida por sua pomada para tratamento dos ouvidos e pelo "pó frígio", usado para fabricar colírio.
A igreja de Laodicéia já existia quando Paulo estava preso em Roma. Ele escreveu uma carta a ela (cf. Cl 4.16) que evidentemente se perdeu.
A cidade foi conquistada pelos turcos. No lugar existe hoje uma série de ruínas, ainda não escavadas.

2.2 Pérgamo, Tiatira e Sardes

Pérgamo comercialmente não era tão importante como Éfeso e Esmirna, mas mesmo assim era importante como centro político e reli­gioso. Começou a se destacar depois da morte de Alexandre o Grande em 333 a.C. Em 133 a.C, Atalo III, o último rei de Pérgamo, passou o reino a Roma em seu testamento, e Pérgamo, se tornou a capital da província romana da Ásia. Foi também a primeira cidade da Ásia que incentivou abertamente o culto ao imperador. No ano 29 a.C. foi dedicado um templo "ao divino Augusto e à deusa Roma", e desta maneira Pérgamo se tornou o principal lugar de adoração ao imperador na Ásia. Com o passar do tempo esta adoração ficou sendo uma prova de lealdade a Roma, pois o culto ao imperador era o ponto central da política do Império, e a recusa a tomar parte no culto oficial era considerada alta traição.
Pérgamo era também o centro de culto a muitos outros deuses. Na cidade havia uma acrópole de uns 300 metros de altura com muitos templos a deuses pagãos. No topo havia um bonito templo dedicado a Zeus, tendo ao lado um templo da deusa Atenas. Pérgamo também era o centro do culto a Asclépio, o deus-serpente das curas, e seu colégio de sacerdotes-médicos era famoso. Pérgamo, assim era uma fortaleza das reli­giões pagas e do culto ao imperador, um ambiente extremamente difícil para uma igreja cristã.

Cerca de 65 quilômetros a sudeste de Pérgamo ficava Tiatira. Era uma cidade da Lídia, perto da fronteira com a Mísia. Construída por Seleuco I, fundador da dinastia dos Selêucidas, ela foi povoada pelos veteranos das campanhas de Alexan­dre, o Grande, na Ásia. Em torno de 190 a.C, Tiatira foi tomada pelos romanos. Embora tivesse um centro comercial próspero, era muito inferior ao de Éfeso, Esmirna, e Pérgamo. Charles observa: "A carta mais longa foi dirigida à cidade menos importante das Sete Cidades". Evidentemente, havia judeus ali, porque (At 16.14) menciona "Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus". Parece que na época ela era uma prosélita convertida ao judaísmo.
A igreja em Tiatira evidentemente era pequena. Fala-se que ela desapareceu no fim do segundo século.

Continuando rumo ao sudeste de Tiatira, o mensageiro teria de viajar cerca de 50 quilômetros até Sardes, a antiga capital da Lídia. Ela era famosa pela sua fabricação de lã e afirmava ter sido a primeira cidade a descobrir a arte de tingir lã.
Sardes havia alcançado seu ápice de prosperidade sob o rico rei Croesus  (560 a.C). Conquistada por Ciro, ela permaneceu desconhecida durante o governo persa. No período romano, houve certa medida de restauração. Mas Charles diz que mesmo então "nenhuma cidade na Ásia apresentou um contraste mais deplorável entre o esplendor passado e o declínio inquietantemente atual". Por esse motivo Ramsay chama Sardes de "a cidade da morte". Ele escreve: "Assim, quando as Sete Cartas foram escritas, Sardes era uma cidade do passado, que não tinha futuro". Hoje existe uma pequena vila, chamada Sart. O principal culto em Sardes era a depravada adoração de Cibele (ou Artemis). Charles diz: "Seus habitantes tinham se destacado pela luxuria e libertinagem". Isso dificultou a manutenção dos padrões cristãos de pureza.


2.3 Esmirna e Filadélfia

A história da fundação da igreja em Esmirna nos é desconhecida; mas, no segundo século, a igreja de Esmirna atingira certa posição de importância. Foi alvo de amargas perseguições, já que Esmirna se tornara o centro mesmo do culto ao imperador. O culto ao imperador era uma adoração obrigatória aos imperadores romanos, como se estes fossem divindades. Naturalmente, os crentes se recusavam a tal, e, em conseqüência, foram amargamente perseguidos, e muitos deles sofreram o martírio. Esmirna tornou-se o símbolo mesmo da igreja dos mártires. Por conseguinte, supõe-se que a carta que ora iniciamos deve ser entendida como predição sobre o período das horrendas perseguições que tiveram lugar entre o ano 100 d.C. e o tempo da conversão de Constantino, já no começo do século IV d.C.

Essa cidade distava de Sardes pouco menos de 50 quilômetros a sudeste. Ela recebeu o nome do seu fundador, Atalus II (Philadelphus), que reinou de 159 a 138 a.C. Muitas vezes sacudida por terremotos, ela foi destruída em 17 d.C, junto com Sardes e dez outras cidades no vale de Lídia. O medo fez com que grande parte da popu­lação deixasse de morar no interior dos seus muros. Aparentemente, tanto a cidade quanto a igreja eram pequenas nessa época.
A adoração principal era a Dionísio (mais tarde chamado de Baco). Mas a carta indica que a principal oposição veio dos judeus e não dos pagãos.
Quando os turcos conquistaram a Ásia Menor na Idade Média, Filadélfia suportou o ataque por muito mais tempo do que outras cidades. Ramsay diz: "Ela exibia todas as qualidades nobres de perseverança, verdade e constância que são atribuídas a ela na carta de João". Hoje há uma cidade relativamente grande lá, com uma estação ferroviária.

3.     O retrato de jesus e a importância da igreja
O retrato de Jesus que é conhecido pela Igreja espalhada na Ásia Menor, está listado no capitulo um. Todavia, Jesus é visto no meio da sua Igreja. Cristo valoriza tanto a sua Igreja que ele se dá a conhecer no meio dela e não a parte dela. Ninguém verá Jesus fora da Igreja. Hoje muitas pessoas querem Cristo, mas não a Igreja. Hernandes Dias Lopes, teólogo conceituado de nosso país, diz que é impossível que alguém possa ser salvo fora da comunidade cristã, porque Cristo esta voltando para sua noiva. Ela ocupa o centro da sua atenção.

3.1 A igreja em Éfeso, e em Laodicéia
A comunidade de Éfeso é ativa e faz muita coisa boa, seu nome significa = Desejavel. Mas deixou de obedecer ao mandamento do amor, correndo o risco de perder a sua identidade como comunidade cristã. (Jo 13.35) Esta exortação para ouvir o Espírito, aparece no fim das sete cartas. Quando a Igreja se encontra em processo de conversão para seguir a Jesus. Qual é a palavra a ser dita e a ação oportuna a ser realizada no momento que ela esta vivendo. Tinha perdido o primeiro amor e estava se desviando, e se não se arrependesse e voltasse seria retirada do seu lugar e deixaria de ser luz. Quando deixa o Senhor, qualquer coisa toma o lugar de Cristo como: o lazer, a moda, os amigos, ou o pecado. A igreja deveria buscar o que havia perdido, ou seja, o primeiro amor as coisas de Deus. Esta igreja representa a igreja do Século I, a igreja da época Apostólica. A igreja do amor decadente

A comunidade de Laodicéia é rica e auto-suficiente. Seu nome significa = direito do povo. Ela confia em si mesma, e não quer depender de ninguém. Contudo, a verdadeira riqueza de uma comunidade é ouvir a palavra de Jesus e ficar unida a ele. Ela achava que sua condição espiritual era perfeita, o que certamente refletia uma vida material prospera, no entanto, o testemunho do Senhor Jesus a seu respeito era exatamente o contrario. Era uma igreja morna e achavam-se ricos e abastados e se não se arrependessem iriam ser tirados da presença do Senhor. Esta igreja representa a igreja dos dias finais desta dispensação. É a igreja morna.
É digno de nota o fato de que somente na primeira e na última das sete cartas as igrejas são ameaçadas de completa des­truição, pela desanimadora, e puramente negativa, razão que é a fal­ta de fervente devoção.

3.2 A igreja em Pérgamo, em Tiatira, e em Sardes
A comunidade de Pérgamo que significa = Casamento. Sabe resistir à religião imperial (trono de Satanás) que efetua perseguições e martírios, mas sucumbe à sedução do sincretismo religioso (doutrina de Balaão e dos nicolaitas). A comunidade cristã precisa discernir e combater a idolatria do poder político totalitário e a idolatria das idéias que ameaçam a vida cristã autentica. Nos tribunais gregos e romanos, os juízes tinham pedrinhas brancas e pretas. Se o réu recebia uma pedrinha preta estava acusado, se branca estava perdoado. Também receberá um novo nome. Era o centro da idolatria e tinha um grande altar erigido à adoração de um deus-serpente. Isto talvez explique as palavras “onde satanás habita”. A doutrina de Balaão é achar que “nada faz mal”, que os costumes do mundo não impedem o crente de caminhar como: sexo fora do casamento, divórcio, drogas, alcoolismo, palavrões, roupas indecentes, etc. esta igreja representa a igreja mundana dos anos 313 a 600 dc. Em 313 deu-se a união da igreja como estado
A comunidade de Tiatira que significa = que sacrifica sempre. É exemplar em tudo, menos no combate às falsas doutrinas que ameaçam desvirtuar a vida cristã. Ensinamento errado, jovens se prostituindo por falsos conselhos, ídolos, fitas nos braços e suas pernas, comidas e doces oferecidos a Cosme e Damião, símbolos em correntinhas penduradas no pescoço ou pintadas em camisetas, etc. ali havia alguém que foi comparada a Jezabel, uma mulher má, sedutora, insubordinada, autoritária, adoradora de deuses estranhos, que levaram muitos do povo de Deus a praticarem o erro. Esta é a igreja profana dos anos 600 a 1517.
Com poucas exceções, a comunidade de Sardes que significa = os que escapam ou remanescentes. Apóia-se na hipocrisia. São pessoas que vão a igreja levar os filhos como se fosse um passeio dominical, sem mostrar o real propósito que é a adoração ao Senhor. Procuram casamento, amigos, moda, negócios e apresentar shows sem sentido de adoração. Sua vida como comunidade cristã é apenas aparência que não corresponde a realidade. Parece viva mais esta morta. Ela é a igreja morta do período de 1517 a 1750. Em 1750 inicia a evangelização e missões.

3.3 A Igreja em Esmirna e em Filadélfia
A comunidade de Esmirna que significa = Amargura, é pobre. Sua riqueza consiste no testemunho e no seguimento de Jesus. Por isso, ela não deve temer as perseguições: assim como Jesus morreu e ressuscitou, do mesmo modo, também ela terá sempre a vida. A igreja tipo Esmirna, pode estar sofrendo pressão tanto externa (prova), quanto interna (tentação). A igreja não recebeu nenhuma repreensão do Senhor. É a igreja do período dos anos 100 a 312, a igreja perseguida.
A comunidade de Filadélfia que significa = amor fraternal, é fraca, mas permanece fiel a sua fé, e por isso recebe proteção especial de Jesus na hora da perseguição. É na fraqueza do homem que se manifesta o amor de Jesus, dando-lhe força e coragem. Características principais da igreja eram serem crentes humildes, trabalhadores e perseverantes. Os crentes santos serão exaltados, mas os orgulhosos serão humilhados. O período da grande tribulação que virá sobre o mundo, mas seus fies não estarão aqui neste período. O crente que não permanecer fiel pode perder a “coroa da vida” prometida ao crente perseverante que suporta as provações. É a igreja avivada e missionária do século XVIII, XIX e inicio do século XX.

Conclusão
Tudo indica que estamos vivendo os dias imediatamente anteriores ao arrebatamento. Dias em que predominam as igrejas do tipo “Laodicéia”, a Igreja que vai subir, é do tipo “Filadélfia e Esmirna”. Se uma onda de tribulação nos atingir de repente, poderá muito bem ser o amor disciplinador de Jesus, para produzir crentes fiéis que perseverem até o fim.




Fontes:
Bíblia de Estudo Dake – Atos
Comentario Biblico de Moody - Apocalipse
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva
Revista: Epístolas às igrejas de Cristo –Editora Betel – 4º Trimestre 2006
Revista: Apocalipse – Editora Betel - 2º Trimestre 2012 – Lição 02

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