“OS PREPARATIVOS PARA O DIA DO SENHOR”
LIÇÃO 03 – 15 DE ABRIL
DE 2012
TEXTO ÁUREO
“Depois destas, olhei, e que
estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira
falar comigo, disse Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas
devem acontecer”. Ap 4.1
VERDADE APLICADA
Somente quem mantiver o olhar
firme em Jesus, ouvirá o maravilhoso convite: Sobe aqui.
OBJETIVOS DA
LIÇÃO
Mostrar a unidade das Escrituras;
Ensinar que nossa época está inserida nas “coisas que depois
destas devem acontecer”; e
Chamar a atenção da classe para a iminência do Dia do
Senhor.
GLOSSÁRIO
Desencadeará: romper com ímpeto;
manifestar-se com fúria;
Vislumbre: sinal, vestígio, suspeita, indício; e
Redimir:
resgatar, salvar, arrendar.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ap 4.2 E
logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um
assentado sobre o Trono
Ap 4.3 E
o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra de jaspe e de
sardônica; e o arco celeste estava ao redor do Trono e era semelhante à
esmeralda.
Ap 4.4 E
ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos
vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre a cabeça
coroas de ouro.
Ap 4.6 E
havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal, e, no meio
do trono quatro animais cheios de olhos por diante e por detrás.
Ap 5.1 E
vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro
e por fora, selado com sete selos.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
- Segunda feira: Ap 4.7-9
7 - E o primeiro animal era
semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e tinha o
terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma
águia voando.
8 - E os quatro animais tinham, cada
um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e
não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor
Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
9 - E, quando os animais davam
glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao
que vive para todo o sempre,
- Terça feira: Ap 4.10-11
10 - Os vinte e quatro anciãos
prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam o que
vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
11 - Digno és, Senhor, de receber
glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade
são e foram criadas.
- Quarta feira: Ap 5.2-5
2 - E vi um anjo forte, bradando com
grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?
3 - E ninguém no céu, nem na terra,
nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.
4 - E eu chorava muito, porque
ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para
ele.
5 - E disse-me um dos anciãos: Não
chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para
abrir o livro e desatar os seus sete selos.
- Quinta feira: Ap 5.6-10
6 - E olhei, e eis que estava no meio
do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como
havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete
espíritos de Deus enviados a toda a terra.
7 - E veio, e tomou o livro da destra
do que estava assentado no trono.
8 - E, havendo tomado o livro, os
quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro,
tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações
dos santos.
9 - E cantavam um novo cântico, dizendo:
Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com
o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e
nação;
10 - E para o nosso Deus os fizeste
reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.
- Sexta feira: Ap 5.11-12
11 - E olhei, e ouvi a voz de muitos
anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles
milhões de milhões, e milhares de milhares,
12 - Que com grande voz diziam: Digno
é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e
força, e honra, e glória, e ações de graças.
- Sábado: Ap. 5.13-14
13 - E ouvi toda a criatura que está
no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas
que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam
dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.
14 - E os quatro animais diziam:
Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que vive para
todo o sempre.
INTRODUÇÃO.
Os profetas do Antigo Testamento
viram, com antecipação assombrosa, fatos que ocorrerão na terra no Dia do
Senhor. Mas eles viram da Terra, por isso, eles próprios alcançaram pouca
compreensão do que viram. No Apocalipse, João descreve os mesmos
acontecimentos, porém acrescenta à causa que desencadeará cada evento e os
agentes de cada um deles. Isso foi possível porque João viu do ponto de vista
do céu.
O ponto de vista dos profetas foi muito
limitado, tendo em vista que as profecias e as visões ainda eram para o tempo
do fim, eles viam, mais não conseguiam entender, pois o entendimento somente o
Senhor pode proporcionar, e nesse momento ainda não era a hora do Senhor
faze-lo para que também não houvesse nenhuma interpretação errônea ou
equivocada das revelações recebidas, e por fim para que chegasse no tempo
devido do seu cumprimento para toda humanidade.
Tudo Deus tem o controle e devemos saber
obedecer e esperar o cumprimento de cada uma delas.
1. UM CONVITE ESPECIAL
“Depois destas coisas, olhei, e
eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta
ouvira falar comigo, disse Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois
destas devem acontecer” (Ap 4.1). Portanto, tudo que João vê e escreve daqui
por diante até o capítulo 12, acontece no céu e tem efeito sobre a Terra. É o desenrolar e o concluir da história da
redenção, anunciada por todos os profetas e denominada “Dia do Senhor”, vista e
contada antecipadamente por alguém que a observa das alturas celestiais.
1.1.A ocasião do convite
Hebreus 12:1 - PORTANTO nós também, pois que
estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o
embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a
carreira que nos está proposta,
Com o
capítulo 4. inicia-se a segunda parte do Apocalipse. A partir desse capítulo o
livro do Apocalipse é completamente futurístico e a visão muda também de
posição geográfica: da terra para o céu. As secções deste grande livro de Deus
sempre são divididas pelo uso da palavra “depois”; a partir daí a cena muda de
posição.
o capítulo
4.1, observa-se que a preposição grega META
TAUTA, regida pelo acusativo e traduzida em português pelo advérbio “DEPOIS DESTAS COISAS”, logicamente nos
indica a continuação do relato constante da primeira visão narrada no capítulo
primeiro do mesmo livro. Tambem depois de escrever as coisas acerca das igrejas
de Ap 2 – 3.
1.2.O motivo do convite
João vê agora
uma porta abrindo-se no céu, e ouve uma voz dizendo: "Sobe aqui, e
mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer". (Para outras
ocasiões em que o céu se abriu, veja Ez. 1:1; Mc. 1:10; Jo. 1:51).
De fato era
uma abertura no céu. Do grego THURA, um portal ou entrada, porta ou portão.
Traduzido como porta 36 vezes (Mt 6.6; 25.10; 28.2; At 3.2; etc.)
Aqui fala do
que iria acontecer com a humanidade depois do arrebatamento da igreja da face
da terra, para que os homens se preparem para não ficarem aqui quando da volta
de Cristo e sim estarem preparados para poderem tambem todos juntos subirmos
para estar com o Senhor para sempre.
1.3.Como João subiu ao céu
Após ser
arrebatado em espírito (seu corpo ficou na terra), João é convidado ao céu para
ver “as Coisas que hão de acontecer”. João ouviu a mesma voz que ouvira na
primeira visão, a voz do Senhor! ate o final do capitulo 3, o Senhor falava do
meio dos candeeiros que simbolizam a Igreja. Agora, nesta visão, ele não fala
mais a sua igreja na terra, mas fala do céu, sendo João um tipo deste
arrebatamento.
Arrebatada em
espírito= a pessoa é transportada em espírito, com consciência. Seu espírito,
inteligente, é levado para ver as coisas espirituais possíveis ao homem
conhecer, a locais que o corpo físico não poderia comparecer.
O comentarista aqui coloca que “o translado de Elias indica o modo
publico e ostensivo de como os santos e profetas que surgirem durante a
tribulação, e sobreviverem a ela, serão removidos da terra, antes que seja
derramados sobre o planeta os últimos juizos de Deus” Apocalipse 11:11-12
11 - E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de
Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os
que os viram.
12 - E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi para
aqui. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.
Só que neste
texto trata-se das duas testemunhas que serão mortas e depois de 3 dias e meio
Deus os ressussitara e os chamara para os céus, e não para qualquer outro que
durante a ultima semana de Daniel venha se levantar como santo ou profeta, pela
sua fidelidade ao Senhor Jesus.
2. UMA VISÃO PANORÂMICA E GLORIOSA
João chegou ao céu, e,
naturalmente, ficou maravilhado com o que viu. Diante do esplendor e da
grandeza da visão, ele só consegue captar os componentes principais da cena.
Eis o que ele descreve desta primeira impressão e seus significados:
2.1. O trono e o mar de vidro (Ap 4.2,6)
Após o
arrebatamento João viu alguém assentado em um Trono deslumbrante, não viu seu
aspecto físico, mas descreveu-o semelhante ao Jaspe e ao Sardônio, pedras do peitoral
do juízo do sumo sacerdote, isto quer dizer que depois que a igreja for
arrebatada o Senhor estará assentado m um trono de juízo.
Eis que um
trono estava posto no céu. Visto que a palavra “trono” aparece 38 vezes no
Apocalipse, ele é, sem dúvida, “o livro do trono” e chega até nós com toda a
autoridade do espantoso controle de Deus. No Apocalipse, o “trono” é aludido,
algumas vezes como pertencente ao Pai; mas em outras vezes com pertencente ao
Filho. “O livro abre (1.4) e fecha (22.3) com um trono” (81). Cf. 1.4; 3.21;
4.2-6, 9, 10; 5.1, 6, 7, 11, 13; 6.16; 7.9-11, 15, 17; 8.3; 12.5; 14.3, 5;
16.17; 19.4, 5; 20.11; 21.5 e 22.1, 3). Algumas traduções, ao invés de dizerem
“eis que um trono estava posto...”, dizem: “E eis que estava armado um trono no
céu”. “Posto” traz a idéia de que o trono foi levado de algum lugar para lá,
motivo pelo qual somos propensos a achar mais exata a primeira tradução, que
nos parece, aliás, mas de acordo com o texto grego (Nestlé-Marshall). Esse
trono foi a “primeira coisa” que João viu no céu. O trono é, pois, o de Deus. É
sinal da divina Soberania e Majestade. Não admira, portanto, que essa palavra
esteja presente em quase todos os capítulo desse livro.
um como mar
de vidro”. Simbolicamente o “mar” representa
povos, e multidões, e nações, e línguas: em estado de inquietação (cf. Lc 21.25
e Ap 17.15). O “mar” do presente texto, pode simbolizar a “nação santa, o povo
adquirido...” pelo sangue do Cordeiro (cf. 1Pd 2.9), que subseqüentemente
acharam seu lar nos céus. O “mar” terrestre representa as “nações mortais” (Ap
13.1). Assim, o “mar” celestial representa as “nações celestiais”. Esse “mar” é
claro e puro, em contraste com as águas agitadas e imundas dos mares terrenos
aqui deste mundo. Podemos observar a frase: “como mar de vidro” e aceitarmos
esse sentido. (“Um dia chegaremos na praia do outro mar”. Enfatiza um cantor
sacro).
2.2. Vinte e quatro Anciãos e Seres viventes (Ap 4. 4,7,8)
vinte e
quatro anciãos”. Em (Is 24.23), afirma-se que o
Senhor quando “...reinar no monte de Sião e em Jerusalém... perante os seus
anciãos haverá glória”. Os judeus criam que a Jerusalém terrena tivesse seu
paralelo nos céus, e que o Templo terrestre cópia do celestial (cf. Hb 8.5 e
9.23). Assim, se há anciãos que entoam louvores a Deus, na Capital terrestre,
haverá aqueles que fazem idêntica coisa nos céus. “Os vinte e quatro anciãos”
do capítulo em foco, não podem ser anjos: eles entoam o cântico da redenção,
como tendo sido redimidos (Ap 5.8-9). É evidente que, em sentido geral, os anjos
não são vistos coroados, e nem assentados em tronos. Jesus falou aos seus
discípulos que eles n futuro se assentariam sobre “doze tronos” (Mt 19.28).
Esses “personagens” misteriosos encontram-se estado de salvação definitiva
(vestidos de branco), já possuem o prêmio de sua salvação (coroas de ouro) e
participam com autoridade no desenvolvimento da salvação (assentados em
tronos). Quem são eles? Há somente um sentido possível: Os doze primeiros
anciãos deste turno de vinte e quatro, são “os doze patriarcas” filhos de
Israel, que estão ao lado de Cristo, representando todos os remidos da
“dispensação da lei” focalizada no Antigo Testamento (cf. Nm 13.2-3; 17.1-6; Hb
8.5 e 9.23). Os outros doze, são “os doze Apóstolos do Cordeiro”, pois em
alguns casos eles são chamados de “anciãos” (cf. Fm v.9; 1Pd 5.1; 2Jo v.1 e 9
Jo v.1). Estão ao lado de Cristo, representando todos os remidos da
“dispensação da graça” focalizada no Novo Testamento (cf. Mt 19.29; Ap 21.12,
14). Está aqui já o início do cumprimento da promessa do Senhor em (Mt 19.28).
Tronos, no primeiro caso, e coroas no segundo (cf. 2Tm 4.8). Provavelmente
serão eles os mesmos personagens que se assentarão ao lado de Cristo durante o
Milênio (cf. Ap 20.4).
quatro animais cheios de olhos. Estes seres sobrenaturais são
sempre citados em conexão com o trono de Deus (cf. Ez 1 e 10). Nas passagens
dos capítulos (1 e 10) de Ezequiel eles são chamados de “querubins”. A palavra
“querubim” ou “querubins” tem sua raiz no verbo “Keruhbim”. Plural de “querube”.
Significa guardar, cobrir ou celestial.
São vistos pela primeira vez, ao
lado oriental do Jardim do Éden, guardando “o caminho da árvore da vida” (Gn
3.24). Sobre o propiciatório (a tampa da arca), eram contemplados dois
querubins de ouro (Êx 25.17-22). As bordaduras das cortinas do tabernáculo eram
figuras de querubins (Êx 25.18). O véu que fazia “separação entre o santuário e
o lugar santíssimo” era bordado com figuras de querubins em alto relevo (Êx
26.31, 33). Deus habita entre os querubins e deles faz sua carruagem (Sl 18.10
e 80.1). Os querubins contemplados aqui por João, fazem a “Guarda Celeste” do
trono de Deus (Ap 4.6, 9; 5.13-14). O comentarista Ridout é de opinião que
estas quatro criaturas, correspondem à significação dos quatro Evangelhos e a
sua apresentação de Cristo. “Assim em Mateus, o primeiro Evangelho, Cristo é
ali representado como o poderoso “Leão da tribo de Judá” em razão de ser este
animal, o mais nobre da fauna (cf. Pv 30.30). Em Marcos, o segundo Evangelho,
Cristo é visto aí como o “paciente novilho”, representado a força divina e sua
paciência no holocausto da cruz (Lv capítulo 1). Em Lucas, o terceiro
Evangelho, Cristo é contemplado como “O Filho do homem”: sua humanidade
representada nele por mais de quarenta vezes, servindo a vontade divina e a
necessidade humana (Mt 20.28 e Lc 22.27). Em João, o quarto Evangelho, Cristo é
representado como “uma Águia voando”, em razão de ser esta ave a mais nobre das
aves do céu e Jesus o mais nobre dos filhos de Deus (cf. Hb 1.4 ss). “Cada uma
dessas criaturas tem seis asas, e estão cheias de olhos “por diante e por
detrás”, o que sugere aventurosa energia, serviço obediente, direção
inteligente e elevadas aspirações e plenitude.
2.3. Anjos (Ap 5.11)
milhões de milhões e milhares de milhares”. Graficamente falando, os anjos são mencionados por 293 vezes
nas Escrituras, mas na esfera celeste este número é elevado à terceira
potência: “Há muitos milhares de anjos” (Hb 12.22) e “milhões de milhões” (Ap
5.11). O Salmista Davi inspirado por Deus, fala de “milhares de milhares” na
poesia (Sl 68.17). A angelologia do Antigo Testamento atingiu seu mais alto
desenvolvimento no livro de Daniel. Ali os anjos são pela primeira vez em toda
a extensão das Escrituras dotados de nomes próprios. (Ver Dn 8.16 e 10.21). No
conceito geral dos escritores sagrados, o anjo é um “enviado”, pouco importa
sua natureza boa ou mal, dependendo do contexto (cf. Ap 12.7 e ss). São
enviados por Deus para missões específicas e dependendo do ofício do
mensageiro, são chamados:
1. (a) sacerdotes. Ec 5.6 e Ml 2.7; (b)
intérpretes. Jó 33.23; (c) homens. Lc 24.4; (d) mancebos. Mc 16.5. Na poesia
são chamados de “deuses” (Sl 97). A palavra hebraica “deuses” é traduzida por
anjos, angellos no grego da Septuaginta e assim aparece no texto original da
Epístola aos Hebreus.
2. O Dr. E. H. Bancroft, citando Gabelein diz; “Em Hb 12.22
os anjos são indicados como uma inumerável companhia, literalmente, miríades.
De acordo com Lc 2.13, multidões de anjos apareceram na noite do nascimento de
Cristo, clamando de alegria em visita do início da nova criação, como tinham
feito no principio da primitiva criação. Quão vasto é o número deles, somente o
sabe Aquele cujo nome é Jeová-sabaote, o Senhor dos Exércitos. Cenário de
beleza nunca vista; João ouviu a voz de muitos anjos. Não está escrito que os
anjos aqui cantavam. Alguns acreditam assim. (Jo, descreve que os anjos cantam!
Quando cantaram os anjos? Na criação do universo (particularmente da terra):
“...Quando se fundava a terra... as estrelas da alva juntas alegremente
cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?”. Jó 38.4, 7).
3. OBSERVANDO OS DETALHES
Passado o êxtase do primeiro
momento, João viu coisas e personagens importantes que ele antes não pudera
ver. O claro entendimento do que ele vê e descreve no capítulo cinco é
fundamental para a compreensão dos demais capítulos do Apocalipse.
3.1. Um livro selado, mas escrito por dentro e por fora
um livro
selado com sete selos”. No presente capítulo temos a
continuação da administração programada pelo governo divino. O livro selado
contém: “o programa divino” que se cumprirá sucessivamente até ao capítulo 8.5
do presente livro. Isso não significa que não pode ser lido, mas que
simplesmente a indignidade não permitia e, por essa razão, ainda não se encontrou
ninguém que executasse a ordem celeste. Também é autoridade legal a fim de ser
quebrado seus selos.
A visão de
João continua, e ele ve que o que estava assentado no trono tinha em sua mão
direita um livro selado com sete selos. Selo quer dizer garantia, proteção,
segurança, certeza, autenticação, inviolabilidade. Deus tinha o livro em sua
mão direita porque é o dono, o único possuidor de todos os direitos desse
documento, e ele só dará o livro aquele que tiver capacidade de abri-lo. É o
livro do Juizo das nações, e nele estão as pragas para serem derramadas sobre a
terra depois do arrebatamento da igreja.
3.2. O anjo forte
um anjo
forte, bradando...” O Arcanjo Miguel deve está aqui
em foco! O Arcanjo Miguel é sempre designado para missão especial (cf. Dn 12.1;
Jd v.9; Ap 12.7). Três vezes é referida essa categoria de anjo denominado de
“forte”; e todas elas (5.2; 10.1; 18.21) para tarefas executivas de grande
importância. Aqui, ele é o arauto de uma proclamação de grande urgência.
“O vocábulo”
anjo em hebraico é “mal’ãkh” (lê-se malaque); no grego “angellos”. Ambos os
termos denotam um “mensageiro de Deus”, familiarizado com Ele face, e por isso
pertence a uma ordem de ser superior ai homem (cf. Sl 8.5 e 2P 2.11). A palavra
é também usado na Bíblia, em alguns casos, para descrever homens mortais (cf.
2Sm 14.17; Mt 11.10; Ap 1.20). No presente texto, porém, refere-se a um
mensageiro de natureza imortal”. Estas criaturas celestes são mencionadas cerca
de 108 vezes no Antigo Testamento e 175 no Novo. Em Lucas nada menos de 23
vezes. Neste livro do Apocalipse, além de referências tais como: “...milhares
de milhares” e “milhões e milhões” (5.11), são mencionados textualmente por 71
vezes: (1.1, 20; 2.1, 8, 12, 18; 3.1, 7, 14; 5.2, 11; 7.1, 2, 11; 8.2, 3, 4, 5,
6, 7, 8, 10, 12, 13; 9.1, 11, 13, 14, 15; 10.1, 5, 7, 8, 9, 10; 11.1, 15; 12.7;
14.6, 8, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15.1, 6, 8’16.1, 3, 4, 5, 8, 10,12, 17; 17.1,
7; 18.1, 21; 19.17; 20.1, 9, 12, 17; 22.6, 8, 16 etc). Existem apenas 3
capítulos: 4, 6, 13 onde a palavra está ausente.
3.3. O Leão e o Cordeiro
O leão da
tribo de Judá”. A presente expressão “leão da
tribo de Judá”, faz alusão a uma das primeiras profecias messiânicas, em (Gn
49.9-10): “Judá é um leãozinho, de presa subiste, filho meu. Encurva-se, e
deita-se como leão, e como um leão velho quem o despertará? O Cetro não se
arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Silo (aquele
a quem pertence, outra tradução); e a ele se congregarão os povos”.
Que venceu.
Cristo é Vencedor por vários motivos. Consideremos os pontos seguintes: (a)
Através de seu ofício real; (b) Através de Sua descendência real como Filho de
Davi segundo a carne. Rm 1.3; (c) Através do seu poder inerente, na qualidade
de Leão da tribo de Judá; (d) Através do equilíbrio de seu caráter; (e) Através
de sua missão terrena, que foi completada, incluindo a expiação, ressurreição e
glorificação, como grande declaração de seu supremo poder pessoal. Essa grande
vitória de Cristo é abrangente e universal e pode fazer calar a todos que
pranteiam, a exemplo de João no presente capítulo.
Um Cordeiro”. O nome “Cordeiro” (gr. “arnion”) ocorre 27 vezes no
Apocalipse e proporciona um sentido lato e significativo. O vocábulo está em
foco nas seguintes passagens: (5.6, 8, 13, 14; 6.1, 16; 7.10, 17; 12.11; 13.8;
14.4 (duas vezes), 10; 17.14; 19.7, 9; 21.9, 14, 22, 23, 27; 22.1, 3, 14). Em
13.11: é usado para descrever a segunda Besta. O Cordeiro do versículo 6 é o
mesmo Leão do versículo 5. Ele é na qualidade de um “Cordeiro” na sua mansidão
em tratar com os homens, mas, como o Leão, no Seu poder irresistível para
executar juízo contra os ímpios. Nas páginas
do Antigo Testamento, conforme devemos estar lembrados, o cordeiro pascoal
conferiu aos israelitas a vitória sobre o Egito, não sendo apenas aquilo que
forneceu a expiação. Paulo alude à pessoa de Cristo como a páscoa, que foi
sacrificado por nós (1Co 5.7). João, em todo o Novo Testamento, ao referir-se à
pessoa de Cristo como Cordeiro, usa o termo no grego “arnion”. O vocábulo grego
“anion” é a forma diminutiva de “arnos”, e necessariamente tem o sentido de
“cordeirinho”, expressando, assim, a inocência de Cristo (cf. Is 53.7; Jo 1.29,
36; At 8.32; 1Pd 1.19, etc).
CONCLUSÃO
Todos os mortos no Senhor, e
todos os que vivem para o Senhor receberão o convite que João recebeu “Sobe
aqui”. João assistiu, por antecipação, às coisas que aconteceriam em breve e
depois teve que voltar a Terra. Nós, porém, não seremos meros expectadores, mas
participantes do programa de eventos divinos e estaremos para sempre com o
Senhor.
Mais para isso precisamos estar preparados para
este grande momento da igreja na terra. Você esta pronto pra ouvir o toque da
trombeta?
v.10 ... e eles reinarão sobre a terra”. Foi predito nas Escrituras que, um dia, Israel será cabeça
das nações. Isso sucederá durante o Milênio. Mas o presente versículo
mostra-nos que a posição do Israel espiritual, a Igreja, será ainda mais
elevada. O texto em foco, lembra-nos (Mateus 5.5), quando Jesus em seu imortal
ensino disse aos seus discípulos: “Bem-aventurados os mansos, porque eles
herdarão a terra”. O texto em apreço, fala do Milênio de Cristo; no primeiro
caso, e de nossa herança no “Novo Céu e Nova Terra”, onde habita a justiça; no
segundo (cf. 2Pe 3.13). Essa é, nosso ver, uma face interessantíssima da
remissão. Somos, assim, como um pobre rebanho que o Cordeiro deu ao pastor,
depois de transformar-se ao ponto de nos constituir “reino e sacerdotes”; isto
é, súditos do Reino Celestial e Sacerdotes para Deus, o Pai. Essa promessa de
“reinar sobre a terra” é para o futuro, mas também tem aplica;cão na era atual;
estamos, realmente, já reinando ao lado de Cristo, no “Reino de Deus” (cf. Rm
14.14, etc).
Fontes:
Bíblia de Estudo Dake – Atos
Comentario Biblico de Moody - Apocalipse
Apocalipse Versículo por Versículo - Severino Pedro da Silva
Revista: Apocalipse
– Editora Betel - 2º Trimestre 2012 – Lição 03
Obrigada por seus comentários que tanto me auxiliaram na elaboração do plano de aula de amanhã...
ResponderExcluirDeus nos abençoe hj e sempre
eu é que agradeço querida, por saber que estou sendo útil para o que Senhor me chamou. fico feliz em saber que suas aulas estão sendo abençoadas pelo nosso comentário.
ResponderExcluirestamos fazendo o possível para poder atender a todos os pedidos que chegam ate mim, e peço oração de todos a meu favor para o Senhor nos dar graça para continuarmos neste ministério do ensino.
boa aula a todos
a paz do Senhor Jesus Cristo